Cidades

Combate ao Tráfico

PRF teme que Rota Bioceânica abra 'novos caminhos' para o tráfico

Durante a sessão desta quinta-feira (22), na ALEMS policiais rodoviários federais solicitaram mudança na legislação, melhorias na malha viária e investimento em tecnologia

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Policiais Rodoviários Federais (PRF), foram até a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) para apresentar demandas diante do desafio da Rota Bioceânica, uma vez que o Estado é uma das portas de entrada da cocaína no país.

Durante a sessão desta quarta-feira (21), foi solicitado que os deputados estaduais se alinhem com a PRF para implementar melhorias que auxiliem o trabalho nas rodovias, com o objetivo de 'estrangular' o tráfico de drogas no Estado.


Rota da cocaína

Conforme o levantamento apresentado pelo superintendente da PRF em Mato Grosso do Sul, João Paulo Pinheiro Bueno, cerca de 38% da cocaína que entra no país atravessa a fronteira do Estado.

"Apreensão de maconha 34% sai daqui, de cocaína 38% sai daqui de Mato Grosso do Sul. Se dividirmos por 27 é quase metade do país todo passa por aqui. É muita droga, é muito tráfico de drogas que acontece aqui em Mato Grosso do Sul".

Divulgação PRF

Extensão

Mato Grosso do Sul Possui 11 rodovias federais, o que corresponde a 4.078 km de extensão, fazendo fronteira com o Paraguai e a Bolívia e outros cinco estados. Enquanto o efetivo da PRF representa 637 policiais, com 9 delegacias e 24 unidades operacionais (os postos por onde os veículos passam). 

“Se a gente fizer uma conta simples da extensão das rodovias, a gente vê que o efetivo é pequeno. Ele é pequeno para compreender a quantidade de rodovias que nós temos”, destacou o superintendente. 

Com o avanço significativo na construção da ponte que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, e a responsabilidade da PRF pela futura área alfandegária, além da revitalização da BR-267, que conecta Jardim a Porto Murtinho, os policiais rodoviários enfrentarão uma demanda de trabalho ainda maior.

Já que o histórico do Estado, segundo a estudo divulgado pelo Correio do Estado, indica que mais de 60% da cocaína que entra no Brasil passa pela fronteira de Mato Grosso do Sul.

Solicitações

  • Melhorias na infraestrutura das rodovias (em que grande parte não possuem acostamento);
  • Expansão da internet, fibra ótica e torres de rádio;
  • Criação de grupo de trabalho e compartilhamento de dados;
  • Investimento em inteligência (câmeras de monitoramento e cooperação internacional;
  • Atualização do efetivo e operação tática.

"Os senhores sabem muito mais do que eu que saindo de Campo Grande não tem mais sinal de celular, você só vai conseguir sinal em Ribas do Rio Pardo, depois em Água Clara e Três Lagoas e no meio desses kms a gente fica praticamente incomunicável. Por isso a importância do investimento em comunicação e dados". 

Devido ao baixo efetivo de policiais, o uso de tecnologia é fundamental para o desempenho do monitoramento das rodovias estaduais. 

Outro ponto abordado foi a legislação de trânsito em vista que irão circular veículos do Paraguai, Chile e Argentina nas rodovias do Estado.

“Essas discussões tem que ser pautadas porque algumas carretas nossas que transitam aqui, elas não podem transitar no Paraguai por conta da legislação deles. O mesmo acontece aqui, então esse debate precisa acontecer através dos senhores para que a gente possa fazer as mudanças necessárias na legislação para o desenvolvimento chegar”.

Atribuições da PRF

  • Patrulhamento das Rodovias Federais;
  • Áreas de interesse da união. 

Além do trânsito

  • Ações de educação para o trânsito;
  • Ações de segurança viária;
  • Integrações com outros órgãos;
  • Repressão ao combate à exploração sexual e infantil.

O superintendente deixou claro que as rodovias são pontos sensíveis para prática dos crimes sexuais e infantil e com a Rota Bioceânica o desafio será um desafio.

Ainda, com relação a apreensões em 2023, a PRF bateu o recorde do país com 13 toneladas tiradas de circulação. 

"A cocaína é uma droga mais lesiva, uma droga com alto valor. Há dez anos atrás tínhamos esse tipo de transporte, mas ele vinha de 5 ou 10. Hoje, eles chegam de 500 a 1 tonelada. O ano passado tivemos uma apreensão recorde do país de quase duas toneladas esse número é muito impactante". 

 

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Cidades

Após operação policial, pichações do PCC se alastram por cidade de MS

Polícia interpretou pichações como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território; autor foi preso

12/09/2024 12h30

Divulgação: Polícia Civil

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Um dia após uma grande operação da Polícia Civil de combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado, realizada na sexta-feira (6), Santa Rita do Pardo amanheceu com pichações de siglas do PCC.

A Operação Leviatã mobilizou mais de 23 policiais civis de diversas regiões do estado, que cumpriram mandados de busca e apreensão em 11 locais diferentes, incluindo dois alvos dentro da Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas. O objetivo da operação foi não apenas enfraquecer a facção criminosa investigada, mas erradicá-la completamente da cidade.

Durante a ação, cinco pessoas foram presas em flagrante, sendo encontradas em posse de diversas drogas, como crack, cocaína e maconha. Além disso, duas armas de fogo foram apreendidas. Essa é considerada a maior operação policial já realizada no município. A ação busca cessar a proliferação de “biqueiras”.

Nesta quinta-feira (12), a Polícia Civil prendeu o autor das pichações, que foram vistas pela polícia como uma tentativa da facção de manter a aparência de controle sobre o território, apesar das prisões. A investigação rápida e precisa da Polícia Civil identificou o responsável pelos atos: um usuário de drogas endividado, recrutado para realizar as pichações.

Ao ser localizado, o indivíduo foi convidado a reparar os danos, sendo orientado que tal atitude poderia contribuir para a redução de sua pena, que pode ultrapassar 15 anos, considerando as acusações de dano qualificado e promoção de organização criminosa.

"A Polícia Civil acompanha de perto o processo de reparo das pichações, garantindo tanto a execução correta dos trabalhos quanto a segurança do homem, que demonstrou arrependimento ao colaborar com as autoridades. O caso segue em andamento, e os resultados serão devidamente relatados no inquérito policial", diz nota da Polícia.

Saiba: O nome da operação, “Leviatã”, faz referência à criatura bíblica e ao conceito descrito pelo filósofo Thomas Hobbes, simbolizando um Estado forte e capaz de garantir a ordem pública e a paz.

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Preocupante

Ar de Campo Grande está entre os mais poluídos do país, diz estudo

Segundo a lista divulgada pela Folha de São Paulo, a capital de Mato Grosso do Sul teve a qualidade do ar classificada como insalubre e superior à cidade de São Paulo nesta sexta-feira (12).

12/09/2024 12h03

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias.

Campo Grande ficou encoberta por fumaça do Pantanal por mais de 10 dias. Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Nesta sexta-feira (12), Campo Grande amanheceu entre as cinco capitais com a pior qualidade do ar no Brasil. A capital de Mato Grosso do Sul ocupa atualmente a 5ª posição, superando a cidade de São Paulo, segundo dados de monitoramento da empresa suíça QAir.

De acordo com o indicador, Campo Grande atingiu nesta manhã o valor de 153, que coloca a cidade em alerta vermelho de "ar insalubre" para grupos vulneráveis. Em São Paulo, o valor registrado hoje (12) foi de 99, colocando a capital paulista em alerta amarelo moderado.

Em outro ranking que considera as maiores metrópoles do mundo, a região Sudeste do país estava no topo na tarde de ontem (11), pela terceira vez consecutiva, conforme dados divulgados pela Folha de São Paulo.

Veja as capitais brasileiras com pior qualidade do ar: 

 Rio Branco (AC)
Porto Velho (RO)
Cuiabá (MT)
Curitiba (PR)
Campo Grande (MS)
Florianópolis (SC)
Porto Alegre (RS)
São Paulo (SP)
Maceió (AL)
Manaus (AM)

Desde junho, Campo Grande estava dentro de um corredor de fumaça proveniente do norte do país, com as queimadas na região amazônica, passando por Peru, Bolívia e Paraguai e seguindo em direção à Argentina e ao sul do país.

Desde então, os campo-grandenses tiveram que se adaptar à névoa acinzentada que fazia parte do cenário, a qual começou a ser vista com menos intensidade desde o fim de agosto e início de setembro.


Classificação

Os dados da qualidade do ar medida pelo IQAir é utilizada desde 1976 nos Estados Unidos. Ela serve como análise para comparar qualidade de ar ao redor do mundo. 

Os índices utilizados pelos estudos vão de 0 a 500. Quando maior o número, pior a qualidade do ar naquela região: boa (0 a 50); moderada (51 a 100); insalubre para grupos sensíveis (101 a 150); insalubre (151 a 200); muito insalubre (201 a 300); perigosa (301 ou mais).


Mato Grosso do Sul terá chuva preta neste fim de semana


Divulgado esta semana pelo Correio do Estado, a previsão do tempo para o final de semana prevê a chuva preta em diversas cidades do estado. 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há possibilidade de pancadas de chuva neste sábado (14) e domingo (15), o que deve aliviar o calorão, sobretudo na região sul do Estado.

Chuva preta é um fenômeno atmosférico que ocorre quando a chuva se mistura com fuligem, cinzas ou outras substâncias escuras misturadas com a água, que se formaram a partir de queimadas e incêndios.

O resultado é gotas de chuva com coloração mais escura que o normal: marrom ou preta.

Em entrevista ao Correio do Estado, o meteorologista Natálio Abrahão afirmou que, em razão da fumaça oriunda dos incêndios e queimadas no Pantanal, a probabilidade de cair chuva preta neste fim de semana é gigantesca.

“Na atual situação, pode ocorrer chuva preta sim. Chuva preta é resultado da atmosfera que apresenta substâncias decorrentes das queimadas de florestas, lixões e incêndios de casas e obras. Portanto, pode ocorrer quando a chuva vem de nuvens acima dessas substâncias e se associam formando esse aglomerado de substâncias”, explicou Abrahão ao Correio do Estado.

A chuva preta pode se formar de duas formas:

  • Quando a carga de poluentes se encontra com uma nuvem de chuva, os materiais se agregam e há precipitação
  • Quando a "pluma de fumaça" se forma abaixo da nuvem, e a água capta essa sujeira ao chover

A chuva preta é prejudicial para ao meio ambiente e saúde humana/animal. O fenômeno pode poluir o solo, vegetação, rios, mananciais e lagos. Ao ser humano, causa problemas respiratórios.

Abrahão aconselha que a população não se exponha a chuva deste fim de semana. “É sempre importante não se expor, tanto pessoas quanto animais à chuvas que ocorrem depois de longos períodos de estiagem. A melhor chuva é a segunda porque aí a atmosfera já estará limpa”, detalhou.

A chuva preta é diferente da chuva ácida, pois, a chuva ácida ocorre a partir da fumaça de fábricas/indústrias, que liberam enxofre e nitrogênio que podem reagir com água, formando ácido sulfúrico e ácido nítrico.

 

*Claborou Naiara Camargo/ Correio do Estado 

 

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