Cidades

EX-JOGADOR

Prisão onde está Ronaldinho tem criminosos famosos e foi palco de torturas na ditadura

Ex-jogador e irmão estão presos a quatro dias no Paraguai

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Narcotraficantes, terroristas, políticos e dirigentes de futebol processados por lavagem de dinheiro. Uma população diversa está abrigada na Agrupação Especializada de Assunção, a prisão em que Ronaldinho Gaúcho está preso.

O astro e seu irmão Assis passaram no domingo a terceira noite reclusos no local. Lá, os ex-jogadores são vizinhos de criminosos de todo tipo de periculosidade: de traficantes de drogas e membros do Primeiro Comando da Capital e do Comando Vermelho a políticos detidos por enriquecimento ilícito.

A Agrupação Especializada da Polícia está localizada no bairro de Tacumbú, em Assunção, não muito longe da maior cadeia da capital do Paraguai: a Penitenciária de Tacumbú. De fato, o local não é uma prisão, mas um quartel da Polícia Nacional - no entanto, tem sido usado como espaço para receber detentos há anos.

Durante o período da ditadura militar de Alfredo Stroessner, a Agrupação Especializada era conhecido como Agrupação de Segurança. Lá, presos políticos foram torturados, mortos e até enterrados durante os anos mais duros de repressão do regime. Até hoje é possível ver os lugares onde parentes das vítimas realizaram escavações em busca de valas comuns para tentar encontrar restos dos desaparecidos com base em relatos escritos e orais daqueles que viram os perseguidos chegarem e morrerem naquele local.

Com a chegada da democracia, o lugar tornou-se a sede da Agrupação Especializada. Segundo um levantamento feito anos atrás pelo jornal ABC Color, esta é uma unidade de elite que apoia os trabalhos da Polícia Nacional. O quartel possui cinco companhias de suboficiais e dois grupos da polícia de choque de 150 agentes, que prestam serviços por turno. A segurança do local é composto por 18 policiais.

Além da guarda permanente, existem 24 câmeras de segurança localizadas nos pavilhões, assim como dentro e fora das instalações. Os policiais monitoram tudo de uma sala.

NÃO É UMA PRISÃO 

Toda autoridade que assume o Ministério do Interior insiste que o Agrupamento Especializado não é uma prisão. "Esta não é uma penitenciária, é um instituto da Polícia Nacional, mas, para uma questão excepcional, pode ser usada. Não é para prisioneiros, é para policiais", disse o atual ministro do Interior, Euclides Acevedo, há semanas.

No entanto, continua a abrigar presos. O quartel funciona de maneira improvisada como um local de prisão de criminosos considerados altamente perigosos ou abriga pessoas que, por algum motivo, não são consideradas prudentes de serem enviadas para prisões comuns. Por exemplo, todos os policiais que devem cumprir uma pena disciplinar são encaminhados para a sede do Agrupamento Especializado.

As salas ou celas destinadas a policiais que prestam seus serviços ou a pessoas indisciplinadas passaram a ser ocupadas por criminosos de alto risco, como sequestradores, homicidas e narcotraficantes.

VIZINHO DE DEPUTADOS 

Ronaldinho ocupa uma sala em um setor do Agrupamento Especializado que não vinha sendo usada como local de confinamento, sendo designada para funções administrativas.

Como resultado da recente alta da demanda por vagas onde "presos especiais" não se juntam aos perigosos, esse espaço foi novamente reajustado para funcionar como celas. Há pessoas como o deputado Miguel Cuevas, membro do movimento "Colorado Añetete", ao qual pertence o atual presidente da República, Mario Abdo Benítez. Cuevas está no local desde a semana passada e cumpre prisão preventiva, acusado de enriquecimento ilícito, tráfico de influência e declarações falsas.

Ramón González Daher, vice-presidente da Associação Paraguaia de Futebol e do Comitê Olímpico do Paraguai, e irmão do ex-senador pelo Partido Colorado Óscar González Daher, também está lá. Ambos são processados por crimes como suposta lavagem de dinheiro e usura. Segundo a Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro, a família Gonzalez Daher movimentou em cinco anos cerca de US$ 1,6 bilhão (aproximadamente R$ 7,4 bilhões).

NARCOTRAFICANTES E CRIMINOSOS PERIGOGOS 

Mas nem todos os vizinhos de Ronaldinho são criminosos de "colarinho branco", também existem alguns perigosos no local. Embora ele não esteja mais por lá, durante anos Pablo Vera Esteche esteve no mesmo quartel - ele confessou ser o assassino do vice-presidente Luis María Argaña, morto em março de 1999.

Também abriga o fundador e líder do autodenominado Exército do Povo Paraguaio (PPE), Alcides Oviedo Brítez. O PPE é um grupo terrorista que baseia suas ações em guerrilhas como as FARC, da Colômbia. Outros membros do grupo criminoso estão lá, como Aldo Meza, Anastacio Mieres e Vaciano Acosta.

Vários membros dos grupos criminosos Primeiro Comando da Capital e Comando Vermelho também estão detidos lá. Por exemplo, foi o local em que o narcotraficante Luis Henrique Boscatto ficou preso antes de ser extraditado para o Brasil há algumas semanas. Estima-se que 147 criminosos estejam detidos no local.

CENÁRIO DE ASSASSINATO 

 O momento mais crítico do Grupamento Especializado provavelmente ocorreu em abril do ano passado, quando o narcotraficante brasileiro Marcelo Pinheiro, conhecido como Marcelo Piloto, assassinou em sua própria cela uma mulher de 18 anos, identificada como Lídia Meza. Aparentemente, esse crime foi praticado como uma medida extrema para ser julgado no Paraguai, evitando ser extraditado.

Assim, entre traficantes de drogas, terroristas e políticos, se desenvolve a vida de Ronaldinho em uma prisão no Paraguai, onde ele chegou para lançar um livro e participar da abertura de um cassino, mas agora é investigado pela acusação de uso de documentos falsos, que poderia ser estendida à lavagem de dinheiro e outros crimes.

MATO GROSSO DO SUL

Blitz na MS-164 apreende mais de 150 canetas emagrecedoras dentro de veículo

Mercadorias de origem estrangeira estavam sem comprovação legal de importação

21/12/2025 16h00

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria

Ao todo, 175 canetas emagrecedoras foram encontradas no meio da mercadoria Divulgação

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Uma fiscalização de rotina da Polícia Militar Rodoviária (PMR) resultou na apreensão de uma grande carga de produtos de origem estrangeira transportados de forma irregular, na tarde deste sábado (20), em Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai.

De acordo com o portal Dourados News, a ação ocorreu por volta das 12h45, durante uma blitz realizada pela equipe da Base Operacional de Aquidabã, na rodovia MS-164, no km 105, em frente à unidade policial. Durante a abordagem a um veículo de passeio, os policiais encontraram diversos itens sem comprovação legal de importação.

Entre os produtos apreendidos estavam mercadorias dos ramos de perfumaria, farmácia, informática e mecânica. O destaque da ocorrência ficou por conta de 175 canetas emagrecedoras, de uso controlado, sendo 32 unidades de TG 15 mg, 115 unidades de Lipoless 15 mg, 25 unidades de Tirzec 15 mg, além de uma unidade de Lipoless 10 mg, uma de Lipoless 5 mg e duas de Retatrutide Loss.

Diante da irregularidade, o veículo, os produtos e os envolvidos foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal para as providências legais cabíveis.

Segundo a PMR, o valor estimado da mercadoria apreendida é de R$ 142.060, enquanto o veículo foi avaliado em R$ 80.500, totalizando um prejuízo de R$ 223.100 ao crime.

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Rede Pública de Ensino

Professores aprovados em concurso de 2022 serão convocados, garante Riedel

A expectativa é que sejam chamados mais 28 candidatos para tomar posse de forma imediata. Mais candidatos podem ser chamados até o fim do primeiro semestre de 2026

21/12/2025 15h00

Novos aprovados serão chamados para assumir os cargos de professores na rede Estadual

Novos aprovados serão chamados para assumir os cargos de professores na rede Estadual FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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Uma nova leva de professores aprovados no concurso público do Governo de Mato Grosso do Sul será convocada para o cargo efetivo de docente na rede pública estadual. 

O anúncio foi feito pelo governador do Estado, Eduardo Riedel, que firmou o compromisso de chamar de forma imediata mais 28 aprovados no certame, durante reunião com a direção da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), dos secretários estaduais Frederico Feline (Administração) e Hélio Daher (Educação) na última sexta-feira (19).

“Ficou estabelecido e autorizado pelo governador a chamada imediata de 28 aprovados do atual concurso para professores que está em andamento. Eles vão atender as necessidades imediatas da Rede Estadual”, afirmou Hélio Daher. 

O secretário também confirmou que uma nova reunião foi marcada para o próximo mês (janeiro de 2026) para discutir a chamada de mais candidatos chamados “remanescentes”, que estão na lista de espera e podem ser chamados ao longo do primeiro semestre do próximo ano. 

“Essa situação vai ser avaliada pelo Governo do Estado, com base em estudo que vai ser feito pelas secretarias de Administração e Educação”, adiantou. 

Durante a reunião, também foram discutidas outras pautas para a categoria, como a valorização dos docentes e melhorias para as carreiras. 

“O governador sempre está a mesa para ouvir as categorias, com muito respeito aos servidores públicos e sindicatos que representam as categorias. Hoje foi o dia de tratar de diversos assuntos com a Fetems. Ambos buscam melhorias nos serviços públicos e na qualidade de vida dos servidores”, descreveu o secretário Estadual de Administração. 

Concurso

O Concurso para recrutamento de novos professores para atender às demandas da Rede Estadual de Ensino foi realizado em 2022, com validade até junho de 2024, mas foi prorrogado por mais dois anos. 

O certame foi destinado ao cargo de Professor na Carreira Profissional da Educação Básica, e já convocou 1.060 professores de um total de 1.936 aprovados. 

A Secretaria Estadual de Educação tem o prazo de até junho de 2026 para concluir as nomeações para os quadros docentes das escolas estaduais. 

Em janeiro de 2025, foram publicadas mais 142 vagas, ampliando a oferta oferecida pelo concurso, que era de 722. 

A área com maior número de vagas foi na disciplina de História, com 54 oportunidades distribuídas no Estado, sendo 6 vagas somente em Três Lagoas. 

Em Campo Grande, a maior demanda é pela área de Sociologia, com 17 vagas, sendo 13 para ampla concorrência, 3 para cotistas negros e 2 para cotistas PcD. A Língua Inglesa tem 4 vagas, sendo 3 para ampla concorrência e 1 para cotistas negros. 

A carga horária prevista é de 20 horas/aula, com salário inicial variando conforme a titulação do candidato: R$ 4.190,82 para graduação; R$ 4.470,20 para pós graduação; e R$ 4.609,89 para mestrado ou doutorado. 

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