Com o crescimento de 83% na procura de leitos de UTI na última semana e a ineficiência do poder público em sanar os problemas de postos e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a saúde de Campo Grande vai de mal a pior. Para um dos problemas, a falta de UTIs, a prefeitura tenta solução paliativa com a compra de leitos em hospitais particulares, mas para as irregularidades em unidades de saúde, praticamente não há ações.
Ontem, o jornal Correio do Estado noticiou que atualmente existem 194 inquéritos abertos pelo Ministério Público Estadual (MPE) que investigam a má gestão de Alcides Bernal (PP) na área da saúde. Mas o número não para de aumentar.
Hoje mais uma apuração foi aberta, desta vez a promotora Filomena Aparecida Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça de Saúde, iniciou novo inquérito para investigar problemas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Moreninha III, recém-inaugurada.
Segundo a promotora, salas não foram ativadas por falta de profissionais médicos e enfermeiros, equipamentos e mobília. Também há problemas relacionados a exames diagnósticos.
Além desses problemas de estrutura e pessoal, a prefeitura também precisa lidar com a lotação de UPAs e postos. Pacientes que esperam por leitos de UTI lotam as unidades. O problema é que desde a semana passada Dourados, a segunda maior cidade do Estado, limitou o atendimento pelo SUS e só atende pacientes que vivem no município.
Com isso, doentes de mais 35 cidades da região sul estão sendo encaminhados para Campo Grande, quando o caso é grave e necessita de internação em leito se suporte avançado.
Ontem, o secretário municipal de saúde da Capital Ivandro Fonseca, disse ao Portal Correio do Estado que a prefeitura iniciou compra de leitos particulares para resolver de forma emergencial a falta de UTIs. No entanto, o problema persiste. Diariamente leitores informam a dificuldade em transferência de pacientes para hospitais.
A reportagem tentou novamente contato com o secretário, mas nenhuma ligação foi atendida.


