Cidades

guerra de facções

Professor e jovem mortos em ginásio de Sonora eram inocentes

Verdadeiro alvo dos bandidos, um jovem de 19 anos, chegou a ser atingido pelos disparos, mas conseguiu escapar

Continue lendo...

Além do professor Jair Ferreira Jara, de 49 anos, o jovem João Vitor Oliveira, de 21 anos, executado nesta sexta-feira (15) por bandidos em um ginásio de esportes em Sonora, também era inocente. O verdadeiro alvo dos pistoleiros, apesar de ferido, conseguiu escapar. Testemunhas relataram que o professor foi morto porque tentou impedir que os disparos atingissem as crianças que estavam no ginásio.

As revelações são da Polícia Civil, que conseguiu prender os dois assassinos, João Paulo Kataguiri, de 18 anos, e Wanderson Ferreira Alves, de 26 anos, na madrugada deste sábado, em uma boate, na cidade de Coxim, a mais de 110 quilômetros do local do crime. 

Por causa da gravidade da ocorrência, equipes do Bope (PM), Choque (PM) e do Garras foram enviadas a Sonora e Coxim para auxiliar nas investigações, que resultaram na prisão dos envolvidos pouco mais de 12 horas depois do atentado. 

A informação inicial era de que o alvo dos assassinos fosse João Vitor Oliveira, de 21 anos. Porém, em nota divulgada na manhã deste sábado, a Polícia Civil revelou que o verdadeiro alvo era um jovem de 19 anos, que conseguiu escapar depois de invadir o ginásio durante sua fuga.

Neste ginásio havia dezenas de crianças que participavam de aulas de Educação Física coordenadas pelo professor Jari Jara.  João Vitor estava no local porque estava trabalhando em uma pequena reforma no interior do prédio.

Testemunhas ouvidas pela polícia disseram que os agressores estavam em uma motocicleta e já entraram no ginásio atirando. As investigações mostram que os tiros que atingiram  João foram disparados pelo garupa da moto. 

Apavorado e ferido, o jovem tentou buscar refúgio dentro do ginásio, mas foi perseguido e morto pelo atirador. E nesta perseguição, também atirou no professor Jair, que tentou socorrer a vítima. O professor era servidor público municipal e a previsão era de que o sepultamento ocorresse no começo da tarde deste sábado.  

Além de mirar o alvo, que seria o homem que sobreviveu, e de matar dois inocentes, a Polícia Civil apurou que os acusados ainda descarregaram dois revólveres calibre 38, atirando em direção das pessoas que estavam no ginásio, inclusive das crianças. 

As armas utilizadas nos crimes foram localizadas e apreendidas por uma equipe da Polícia Militar, enterradas no quintal da casa do irmão de um dos autores, que também foi preso. A moto foi encontrada pelas equipes policiais abandonada em um matagal.  

 

De acordo com as testemunhas, conhecidos como Samurai, de Rio Verde de de Mato Grosso, e Mossoró, de São Gabriel do Oeste, descarregaram os dois revólveres atirando na direção das crianças e pessoas inocentes. O professor Jair Jara teria entrado na frente deles para que não atingissem as crianças que estavam no ginásio. 

A investigação apontou que eles integram uma facção criminosa, possivelmente o Comando Vermelho, e estariam tentando matar um integrante de uma facção rival. 

Durante as investigações os policiais localizaram e prenderam ainda pessoas que teriam dado fuga e apoio logístico aos autores, tanto em Sonora, emprestando casa, armas, transporte e alimentação, como aqueles que deram abrigo aos criminosos no município de Coxim, para onde fugiram. 

Conforme a Polícia Civil, no ato das prisões, os acusados estavam bebendo em uma boate e comemorando os homicídios. O dono do estabelecimento, que tinha conhecimento dos fatos, também foi preso.

Ao todo, seis pessoas foram presas por envolvimentos diretos e indiretos no crime, entre eles alguns integram uma organização criminosa. Além de serem autuados pelo duplo homicídio, os presos ainda vão responder por organização criminosa armada, corrupção de menores e porte ilegal de arma de fogo.

 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).