Cidades

CONFUSÃO

Professores tentam impedir votação de projeto que reduz salários

Deputados votam sob gritos de 'covardes'; Veja vídeos

IZABELA JORNADA

10/07/2019 - 10h39
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Os professores estaduais tentam impedir, na manhã desta quarta-feira, a votação do projeto de lei ao projeto de lei que reduz salário e benefício de professores. Bate boca e xingamentos ocorreram no plenário e a segurança teve de ser reforçada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS). Apesar da pressão, o texto foi aprovado em primeira votação. 

O texto foi provado com 18 votos favoráveis e quatro contrários, dos deputados Cabo Almi (PT), Pedro Kemp (PT), Renan Contar (PSL) e Rinaldo Modesto (PSDB).

Das 16 emendas apresentadas na Comissão de Constituição de Justiça ao projeto de lei, apenas sete foram acatadas pelos deputados. A maior parte das alterações incluídas no texto foi proposta pela Executivo Estadual. 

O Projeto de lei complementar do Executivo de Mato Grosso do Sul – n° 9/2019 – que, prevê alterar a remuneração de aproximadamente 9 mil professores convocados, começou a tramitar nesta terça-feira, em regime de urgência. Governo alega economia de até R$ 130 milhões em um ano caso mudanças sejam aprovadas.

As medidas abrangem 11 mil professores contratados e 8 mil concursados.

EMENDAS

Das 16 emendas apresentadas ao projeto, nove foram rejeitadas e sete aprovadas. Dez foram apresentadas pelo deputado Pedro Kemp (PT), porém, apenas uma foi aceita, referente a exclusão da penalidade dos professores em situação de sindicância.

Anteriormente, eles não poderiam concorrer a cargo no sindicato, caso estivessem sendo alvo de processo interno. Se penalizados, seriam proibidos de disputar eleições durante quatro anos. Conforme o texto mais recente, os profissionais podem concorrer durante o trânsito em julgado e não precisarão se afastar. 

Quatro das sete alterações acatadas foram propostas pelo Executivo, entre elas a que altera o prazo para o cumprimento do piso nacional para jornada de 20h. Os professores já haviam concordado em alterar o prazo para pagamento de 100% do piso de 2019 para 2020. 

No entanto, o governador Reinaldo Azambuja queria esticar até 2025. A emenda feita ao texto votado no plenário, determina o cumprimento até 2024. A meta 17 do Plano Nacional de Educação prevê o reajuste de 4,17% ao salário médio dos docentes.

O governo também recuou parcialmente a proposta de retirar o ônus de professores cedidos para atuar nos sindicatos. Conforme o texto em votação, apenas um dos cedidos vai manter a remuneração.

As alterações também atingem os professores convocados. Eles não precisarão esperar pelo período de quatro anos para voltarem a atuar na rede estadual de ensino, depois de ter cumprido os dois anos de trabalho permitidos pela lei.

Outras emendas foram feitas pelos deputados Marçal de Souza (PSDB) e Renato Câmara (MDB).

 

 

Confira o climão neste momento da Assembleia:

Confira como os professores interpretam o projeto de lei: 

 

Alteração da Lei complementar 087/2000, como objetivo de:
 
Fim do pagamento dos salários dos presidentes e representantes sindicais em licença por mandato classista, 
 
Fim da complementação de carga horária passando todos a convocação com referência ao piso salarial Nacional de 40h (MS conquistou a duras lutas o valor o piso nacional para 20h, isso implica numa redução direta de 30% dos salários passando a vigorar para a contratação já em agosto)
 
Formação de Banco de Reserva para professores convocados por meio de processo seletivo, classificatório, ou seja, abre a possibilidade de realização de prova classificatória para formação do banco de reserva. 
 
Fim da eleição direta para diretor e diretor adjunto, o governo quer indicar via SED até três nomes para que a comunidade possa escolher (modelo já aprovado em MG e GO)
 
Já está anunciado o fechamento de 8 escolas duas da capital e 6 do interior para agosto agora. Existem escola com noturno de 290 alunos frequentes que terão encerramento do funcionamento nesse semestre.
 
Nesse momento as escolas estão sem autorização para fazer matrculas ou remanejamentos de alunos, sendo necessário solicitar autorização da SED para realização.
 

(Alterada às 11h para acréscimo de informações)

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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