Cidades

MEIO AMBIENTE

Projeto de lei cria Zoneamento Ambiental de Campo Grande

Proposta já foi aprovada por conselho de meio ambiente

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Aprovado pelos conselhos municipais de Meio Ambiente (CMMA) e de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDR), o projeto de lei que institui o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), também chamado de Zoneamento Ambiental, deve ser encaminhado para análise da Câmara Municipal ainda hoje. 

“É um instrumento de gestão ambiental, que consiste na delimitação de zonas ambientais e atribuição de usos e atividades compatíveis segundo as características [potencialidades e restrições] de cada uma delas. O objetivo é o uso sustentável dos recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas existentes”, explica o diretor de planejamento ambiental da Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), Rodrigo Giansante.

Pelo projeto, as 169 bacias hidrográficas da Capital estão divididas em quatro macrozonas ecológicas-econômicas: Zona Ecológica-Econômica do Ceroula (macrozona de recuperação); Zona Ecológica-Econômica do Guariroba/Lageado (macrozona de conservação); Zona Ecológica-Econômica do Anhanduí (macrozona de conservação) e Zona Ecológica-Econômica do Ribeirão Lontra (macrozona de expansão).

Para cada uma delas, foram criadas diretrizes e condições de uso do solo que objetivam, entre outros, estimular programas de recuperação de áreas degradadas; integrar a gestão do território com as alternativas econômicas e a qualidade de vida da comunidade local, priorizando o turismo e a agricultura familiar; apoiar a elaboração e a implementação do plano de manejo da unidade de conservação; e propor a realização de estudos de viabilidade de modais de transporte.

As macrozonas de conservação, por exemplo, são áreas que, em razão de sua alta vulnerabilidade, requerem maior atenção tanto para uso e manejo especial de seus recursos naturais quanto para a implantação de atividades econômicas que priorizem a condição de uso e conservação da água, do solo e da biodiversidade. 

Já as macrozonas de recuperação, em virtude de sua vulnerabilidade natural, associada à grande potencialidade socioeconômica e/ou ao uso indiscriminado do seu solo, requerem ações de recuperação ambiental.

São áreas já consolidadas em termos de uso de solo, utilizadas para atividades produtivas, inclusive com capacidade ambiental etecnológica para ampliação. E as macrozonas em expansão são áreas com nível de vulnerabilidade suportável, o que permite vislumbrar a expansão de atividades para o desenvolvimento econômico, de forma estratégica e programada, com manejos territoriais adequados.

“É uma forma de a gente começar a enxergar o território do muncípio sob uma ótica mais organizada, para sabermos onde se deve conservar, onde se deve expandir, é a primeira aproximação com caráter ambiental, a primeira organização do território rural para orientar como o município vai se desenvolver”, explicou  Giansante.

As delimitações levam em conta legislações pertinentes ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, além de recomendações de manejo.

O projeto de lei vem sendo objeto de estudo da agência desde 2015. De lá para cá, foi avaliado por diversas entidades de caráter ambiental.

A relatoria do projeto foi instituída em novembro de 2018 e contou com a participação de representantes do Conselho Municipal de Meio Ambiente e do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Para dar suporte aos relatores nas discussões durante as reuniões de trabalho, foi disponibilizada uma equipe técnica.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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