Cidades

NA ASSEMBLEIA

Projeto de lei pretende usar dinheiro arrecadado com multas para custear CNH Social

Desde 2021, apenas 1.039 documentos foram emitidos pelo programa, sendo que a expectativa inicial era de 5 mil

Continue lendo...

Foi aprovado em primeira discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (15), o projeto do deputado Gerson Claro que autoriza o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul - (Detran-MS) a aplicar recursos arrecadados com multas de trânsito para custear a emissão de carteira de motorista pelo programa CNH MS Social.

De autoria do deputado estadual e presidente da Casa de Leis, Gerson Claro, a iniciativa pretende beneficiar pessoas em vulnerabilidade social, inscritas no CadÚnico, com renda mensal de até dois salários mínimos. "A proposta cria uma nova fonte de custeio, ampliando a sustentabilidade financeira e viabilizando a expansão do programa, que já beneficiou mais de mil pessoas”, afirmou.

De acordo com o texto, o projeto promove a adequação da Lei 5.806, que instituiu o Programa CNH Social, à mudança promovida no Código de Trânsito Brasileiro pela Lei Federal 15.153, sancionada em 26 de junho.

Antes dessa alteração, a receita das multas podia ser aplicada apenas em sinalização, engenharia de tráfego e de campo, fiscalização, renovação de frota circulante e educação de trânsito.

Se aprovada a segunda discussão e sancionada pelo Governo do Estado, os órgãos de trânsito ficarão autorizados a usar esses recursos para pagar taxas e demais despesas do processo de formação de condutores de baixa renda.

Para o autor do projeto, Gerson Claro o programa oferece uma transformação concreta na vida das pessoas: “A habilitação é, para muitos, o passaporte para a dignidade, a porta de entrada para o mercado de trabalho formal”.

PASSOS LENTOS

Conforme já divulgado pelo Correio do Estado, em 2022, o Detran-MS abriu edital com a promessa de conceder 5 mil carteiras nacionais de habilitação (CNHs) por meio do programa CNH Social. Entretanto, três anos depois, apenas 1.039 documentos foram entregues, ou seja, só 20,7% do programa foi efetivamente cumprido.

O programa foi instituído por meio da Lei Estadual nº 5.806, de 16 de dezembro de 2021. A ação, segundo a sua própria regulamentação publicada em março de 2022, seria feita por meio de editais que seriam lançados “periodicamente”. Acontece que, desde 2022, quando foi lançado, o programa não abriu novas seleções.

“O programa será executado de forma contínua pelo Detran-MS, por meio de editais a serem publicados periodicamente. Deverá ser observada a disponibilidade financeira e orçamentária do Detran-MS”, diz o artigo segundo da regulamentação.

Quando a lei entrou em vigor, em dezembro de 2021, a própria diretora de Educação para o Trânsito do Detran-MS à época, Elijane Coelho, afirmou ao site do órgão que a estimativa do departamento era “beneficiar cerca de 5 mil pessoas por ano”, o que não aconteceu, uma vez que não houve mais editais lançados desde então.

NACIONAL

A proposta de Gerson Claro, é inspirada no que foi sancionado no último dia 26 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  que autorizou o oferecimento da Carteira Nacional de Habilitação - (CNH), de maneira gratuita para pessoas de baixa renda, utilizando recursos arrecadados de multas de trânsito.

De acordo com a nova lei, serão beneficiados as pessoas de baixa renda que estejam no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), assim como diz o texto proposto por Gerson, em Mato Grosso do Sul. No âmbito nacional, até então, conforme a legislação, os recursos advindos de multas eram aplicados em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito. 

Com a sanção do presidente Lula, a partir de agora, o custeio, previsto no projeto, que é de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE)  e foi  aprovado pelo Congresso Nacional no fim de maio, abrangerá as taxas e demais despesas relativas ao processo de formação de condutores e do documento de habilitação.

Assine o Correio do Estado.

Cidades

Projeto em parceria com a Bracell doa mais de 2 mil quilos de alimentos em MS

Projeto Nós do Campo, promovido pela MS Florestal, empodera mulheres e doa cestas básicas com produção do Estado

30/12/2025 16h00

Imagem Divulgação

Continue Lendo...

O Projeto Nós do Campo, que neste ano movimentou R$ 29.899,72 em renda, com a comercialização de 2.119,86 quilos de hortifrúti, também beneficia famílias em situação de vulnerabilidade em Bataguassu.

O diferencial da produção de alimentos está na liderança feminina, que tem se consolidado como importante ferramenta na geração de renda, além de parte da produção ser revertida em causas sociais, atendendo o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.

Pensado para desenvolver o empoderamento feminino, o programa foca no trabalho de produtoras rurais que residem em assentamentos das seguintes localidades:

  • Bataguassu;
  • Santa Rita do Pardo;
  • Nova Andradina;
  • Nova Alvorada do Sul.

O projeto atua no fortalecimento da autonomia produtiva, social e econômica das participantes, reconhecendo o papel estratégico do trabalho feminino no campo.

“Esse projeto valorizou nossa comunidade, deu visibilidade às produtoras e possibilitou que o alimento produzido por nós chegasse às famílias da cidade, o que é algo muito significativo. Estamos muito felizes em fazer parte dessa iniciativa, que reconhece a qualidade e o empenho das mulheres do campo. Seguiremos trabalhando com dedicação, fortalecendo essa parceria com as empresas, para levar mais oportunidades, mais desenvolvimento e mais qualidade de vida para nossas famílias”, destacou a produtora rural e uma das participantes, Maria do Carmo Corrêa.

Atendendo a comunidade

Nas cinco entregas feitas em 2025, foram distribuídas cestas básicas compostas exclusivamente por hortifrutis cultivados pelas próprias participantes da iniciativa, resultado direto do trabalho desenvolvido nas propriedades rurais.

A ação envolveu a organização da produção, o aprimoramento do manejo agrícola e a estruturação da logística de comercialização, ampliando o alcance social da iniciativa e conectando agricultura familiar, solidariedade e desenvolvimento comunitário.

Saiba mais

Além da produção agrícola, o Projeto Nós do Campo também avança no fortalecimento das atividades pecuárias conduzidas pelas mulheres atendidas.

A iniciativa oferece atendimento veterinário especializado, orientações técnicas individualizadas e acompanhamento periódico das propriedades, com foco na sanidade, nutrição e melhoria genética do rebanho leiteiro.

Segundo o gerente de Relações Institucionais da MS Florestal, Bruno Madalena, ao integrar produção agrícola, pecuária, assistência técnica e impacto social, o Projeto Nós do Campo reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais onde atua, a valorização do protagonismo feminino e a geração de oportunidades no meio rural.

“Em 2025, o Projeto Nós do Campo comprova, na prática, que ações estruturadas no campo geram resultados concretos. Foram quase R$ 30 mil em renda, mais de duas toneladas de alimentos produzidos e um impacto social direto por meio das doações ao CRAS. Isso reforça nosso compromisso em apoiar iniciativas que transformam realidades e fortalecem as comunidades locais”, finaliza.

Imagem Divulgação

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. 

Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Mais informações: www.msflorestal.com.

Assine o Correio do Estado

 

 

PENDÊNCIAS FINANCEIRA

Criança autista pode ficar sem atendimento por falta de pagamento da Prefeitura à empresa

Segundo a mãe do menino, a instituição informou que poderia suspender os atendimentos caso o Executivo não regularizasse os seis meses de atraso

30/12/2025 15h35

O colar de girassol ou de quebra-cabeça facilitam a identificação de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista

O colar de girassol ou de quebra-cabeça facilitam a identificação de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista Divulgação

Continue Lendo...

A SAD Atendimento Domicilar Ltda., empresa especializada em home care, está cerca de seis meses sem receber repasses da Prefeitura de Campo Grande. Devido a estes atrasos, a instituição analisou a possibilidade de encerrar os atendimentos no dia 9 de janeiro de 2026, caso o Executivo não deposite o dinheiro.

Diante deste cenário, J.G.T, mãe de uma criança autista, vive a situação de mãos atadas. Na quarta-feira (24) passada, véspera de Natal, o dono da empresa a informou sobre a possibilidade do encerramento dos atendimentos ao paciente.

O menino recebe os atendimentos de Análise do Comportamento Aplicada (ABA), feito por uma psicóloga, além de fazer terapia ocupacional especializada em integração sensorial e fonoaudiologa especialista em linguagem.

Para tentar resolver a situação, a mãe atípica foi orientada pela empresa a entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A resposta do órgão público é que o prazo para o pagamento dos seis meses atrasados é até esta terça-feira (30). 

O Correio do Estado entrou em contato com a empresa para saber sobre os meses em que não receberam os repasses da Prefeitura. A SAD apenas informou que "as pendências estão sendo regularizadas e os atendimentos transcorrerão normalmente".

Porém, devido ao recesso de fim de ano, os órgãos públicos essenciais, como a Defensoria Pública, estão fechados, impossibilitando qualquer ação para resolver o conflito. Os atendimentos públicos só retornarão após o dia 5 de janeiro, deixando pouco tempo para a resolução antes do prazo final da empresa.

Com isso, a mãe da criança não consegue agendar procedimentos online, pois não possui a senha necessária para acessar o site e não consegue cadastrar uma nova. Além da burocracia, também afirma não ter condições financeiras para arcar com os custos do serviço por conta própria. O benefício do atendimento domiciliar foi garantido ao seu filho através da Defensoria Pública.

A Sesau foi procurada, por e-mail, para se manifestar sobre estes possíveis atrasos, mas até o momento não retornou.

SAD Atendimento Domicilar

A SAD Atendimento Domiciliar é uma empresa de home care, localizada na Rua Elpidio Belmontes de Barros, no bairro Vila Palmira, em Campo Grande. As atividades são focadas no fornecimento de infra-estrutura de apoio e assistência a paciente em domicílio. 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).