Cidades

Incentivo

Quatro estudantes do Instituto Federal de MS são selecionados para evento em Harvard

Agora, os alunos buscam apoio financeiro para realizar a viagem

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Entre os cerca de quatro mil estudantes de ensino médio de todo o mundo que estarão em Boston, nos Estados Unidos, para o Harvard Model United Nations (HMUN), em janeiro do próximo ano, quatro serão do Campus Campo Grande do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).

 

Mariana Vargas, 15, Beatrice Fernanda Martins Brixner, Raquel Braianai Pinheiro e Natanael Teixeira, ambos de 17 anos, foram os selecionados para o evento, a maior simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) para estudantes de ensino médio.

 

"Nós enviamos a nossa candidatura em maio deste ano e recebemos a resposta em setembro. Nesse tempo, estivemos na lista de espera do programa o que, evidentemente, nos deixou preocupados sobre a possibilidade de não sermos aprovados", explicou Natanael.

 

Foi ele quem descobriu que os quatro alunos do curso técnico em Eletrotécnica haviam sido aceitos para o HMUN. 

 

“Saí da sala para confirmar se era verdade e até cheguei a duvidar da minha tradução no inglês. Na mesma hora, contei para as meninas e elas saíram gritando e chorando da sala”, relembrou.

 

“Quando o Natanael veio me contar, eu simplesmente não acreditei, pois depois de meses na lista de espera já não tínhamos tanta esperança. Eu tive de enviar um e-mail para a HMUN confirmando”, contou Mariana.

 

Os estudantes se inscreveram na seleção por conta própria, sem estímulo direto institucional e, portanto, sem garantia de apoio financeiro. Para custear a viagem, estimada em cerca de R$50 mil para os quatro alunos, eles recorreram a uma vaquinha on-line, e pediram ajuda financeira até mesmo de Harvard.

 

Apesar do evento não estar incluso na previsão orçamentária do IFMS, o instituto se dispôs a contribuir com R$12 mil para ajudar os estudantes com parte das despesas. Segundo Priscila Vidor, assessora de Relações Internacionais do IFMS, a decisão de ajudar foi tomada pela relevância do evento.

 

“O IFMS decidiu contribuir com R$12 mil para o custeio de parte das despesas por entender a relevância desse evento. São os primeiros estudantes do estado a passarem nesta seleção e, após a participação, o conhecimento será replicado para os demais estudantes”, explicou.

 

Priscila adiantou ainda a intenção dos próprios alunos e professores do Campus Campo Grande de criarem um núcleo de internacionalização.

 

Natanael assegura que a prática de debates que eles irão vivenciar durante o HMUN poderá ser replicada no IFMS com a implementação do núcleo.

 

“Iremos compartilhar as experiências de internacionalização, por meio do núcleo, sendo possível auxiliar os estudantes que desejam participar da mesma oportunidade ou aqueles que se interessam por programa de intercâmbio ou graduação”.

 

Quanto ao restante do dinheiro ainda necessário para a viagem, os estudantes afirmam que a vaquinha, até o momento, arrecadou cerca de R$ 2 mil.


Transformação 

 

“Esperamos muito networking, conhecendo jovens do mundo todo, trocando ideias e saindo de lá com uma mente aberta”, diz Mariana ao relatar sua expectativa para participação no evento.

 

Segundo ela, durante o evento os estudantes terão a oportunidade de debater problemas atuais enfrentados em nível global, com desenvolvimento de liderança, oratória, pensamento crítico e ‘outras características necessárias para a vida profissional’.

 

“Entre as contribuições de um evento como esse em nossa formação estão as soft skills [habilidade interpessoais, em tradução livre] e a visão global que teremos. Com certeza não seremos os mesmos ao voltar da HMUN. Acredito que, por ter uma experiência tão rica, voltaremos com várias ideias para pesquisas e projetos”, celebra Mariana.

 

Expectativas semelhantes têm Natanael, que destaca a participação de estudantes de mais de 50 países no evento, além da possibilidade de redigir simulações de acordos de cooperação internacional e outros documentos diplomáticos.

 

“Neste programa, poderemos adquirir habilidades que não são trabalhadas na maioria das instituições de ensino, como por exemplo, liderança, oratória, negociação e argumentação. No aspecto humano, será capaz de nos dar uma visão crítica sobre o olhar de mundo que temos, bem como contribuir para a nossa formação profissional”, avalia.

 

Formação 

 

Natanael e Mariana atribuem parte do sucesso obtido nesta seleção à formação recebida no IFMS, a partir das oportunidades que têm com a experiência de estudar na instituição. 

 

“Eu iniciei na jornada de extracurriculares a partir do incentivo da instituição e observando a movimentação de outros alunos. O IF foi uma ilha de oportunidades para mim e, se eu estivesse em outro colégio, provavelmente não viveria essa experiência”, analisa Natanael.

 

“Com certeza acredito que o IFMS contribuiu para esta conquista. Mesmo que não seja uma atividade atrelada ao curso técnico, o IF em si encoraja muito a autonomia estudantil e a procura por extracurriculares”, complementa Mariana.

 

Para Flávio Amorim, professor de Inglês do campus, a seleção dos estudantes para participarem do HMUN é mérito da ‘formação holística’ que recebem no IFMS, que desenvolve o senso crítico e a proatividade e que contribui para que os alunos percebam oportunidades.

 

“Nossos alunos demonstram autonomia na busca pelos seus sonhos, com base nos interesses que são despertados durante seus percursos acadêmicos. Os quatro selecionados estão envolvidos em diversos projetos dentro do campus e têm a consciência da importância de um papel ativo na melhoria da educação dentro da comunidade local”, afirma Flavio.

 

Flavio, que está colaborando com a obtenção dos vistos, ressalta o nível de proficiência dos estudantes em inglês, língua em que as atividades serão desenvolvidas no HMUN, e diz acreditar que a experiência será não só de receber informações, mas de troca.

 

“São estudantes críticos que, por meio dessa experiência, não irão apenas aprender, mas levar muitas contribuições sobre a nossa instituição, sobre o nosso estado e nosso país”, diz.

 

HMUN

 

É uma simulação de relações internacionais, com duração de quatro dias, para estudantes do ensino médio realizada em Boston. Na HMUN, os delegados obtêm informações sobre o funcionamento das Nações Unidas e a dinâmica das relações internacionais, assumindo os papéis de líderes mundiais e tomadores de decisões internacionais.

 

O HMUN propicia a oportunidade para jovens líderes debaterem as questões mais urgentes do mundo e elaborarem soluções inovadoras e criativas. Os participantes desenvolverão várias habilidades durante a HMUN, como falar em público, negociação, trabalho em equipe, liderança e elaboração de políticas.

 

A edição 2023 será realizada entre os dias 23 e 26 de janeiro. Mais informação estão disponíveis na página da HMUN (em inglês).
 

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ABASTECIMENTO

Rompimento de tubulação leva lama às casas do Rita Vieira, em Campo Grande

Moradores registraram uma água de coloração marrom saindo das torneiras; Rede de fornecimento de água informou que a tubulação foi danificada por terceiros

24/11/2024 17h30

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água.

Em algumas partes do bairro, moradores também sofreram com falta de água. Foto: Arquivo

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Um vazamento em uma tubulação de água deixou diversos moradores do bairro Rita Vieira sem água potável neste fim de semana em Campo Grande (MS). Segundo registros, a água no encanamento das casas chegou a sair com coloração marrom devido à presença de terra. 

Conforme Alexandre Cavalcanti, um dos moradores afetados pelo problema na tubulação, a água estava “parecendo a do Rio Aquidauana”, com coloração escura e presença de terra. De acordo com o morador, um filtro de água da casa acabou entupindo com o barro e a caixa d'água da casa ficou suja.

Em outro caso, Aparecida Yamaciro, também moradora do bairro, relatou que percebeu a coloração estranha ainda pela manhã deste domingo (24), enquanto regava as plantas da casa. Apesar do susto, afirmou não ter sofrido grandes danos. 

“Só percebi que algo estava acontecendo quando fui molhar as plantas hoje de manhã. A água saiu da mangueira bem turva. Felizmente, a minha caixa d’água estava cheia e o dano foi bem menor”, explicou. 

De acordo com a Águas Guariroba, concessionária responsável pelo fornecimento de água na cidade, o problema foi causado devido a uma quebra na tubulação, causada por terceiros. A concessionária também informou que o fornecimento será normalizado até o fim da tarde deste domingo. 

Confira:

“Águas Guariroba informa que neste sábado uma tubulação da rede de água da região do Rita Vieira foi danificada por terceiros. Com isso, a água da região apresentou coloração. Ainda na noite de sábado as equipes da concessionária realizaram o reparo da rede de abastecimento.

Neste domingo, a concessionária está na região realizando "descargas" na rede, para que a água com coloração seja descartada.

A Águas Guariroba agradece a compreensão dos moradores da região e reforça que qualquer ocorrência que necessite de intervenção da empresa deve ser registrada nos canais oficiais: 0800 642 0115 (SAC e WhatsApp), site www.aguasguariroba.com.br e aplicativo Águas.”

Abastecimento

Em outro episódio recente, em outubro, moradores de algumas regiões de Campo Grande tiveram lidar com a falta de água. Em alguns locais, moradores relataram  sofrer com o desabastecimento desde o fim de agosto.

Na época, a concessionária Águas Guariroba informou, em nota, que uma oscilação de energia elétrica afetou o abastecimento de água na Capital.

"Diante do tempo que o sistema de abastecimento da concessionária de água leva para retomar a distribuição, pode ocorrer baixa pressão[...]. É recomendado que os moradores pratiquem consumo consciente", explicou a concessionária.

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SEGURANÇA

Policia Penal de MS transfere 29 detentos em operação contra comunicação ilícita

A ação ocorre em todo o âmbito nacional com objetivo de realizar revistas minuciosas nos pavilhões e celas das cadeias

24/11/2024 17h00

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios

Segundo a Sejusp, 210 policiais penais fizeram a vistoria de 32 celas para combater a comunicação ilícita nos presídios Foto: Divulgação / Comunicação Agepen

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Durante a Operação Mute, a Policia Penal de Mato Grosso do Sul transferiu 29 detentos com objetivo de desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios impedindo a comunicação ilícita entre os envolvidos.

A ação ocorreu durante a 6ª fase da operação, que está sendo feita em âmbito nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Em Mato Grosso do Sul, a operação, realizada ao longo de três dias, concentrou esforços em quatro unidades prisionais de Campo Grande: o Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” (Máxima), o Instituto Penal de Campo Grande, o Presídio de Trânsito e o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira.

Segundo a Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 210 policiais penais estiveram envolvidos em MS, vistoriando 32 celas e resultando nesta transferência de 29 internos para outras unidades.

De forma simultânea em todo o país, as equipes conduziram revistas minuciosas nos pavilhões e celas, com foco na localização de aparelhos celulares e outros meios utilizados por organizações criminosas para planejar e executar crimes além das muralhas dos presídios.

No estado, as ações foram coordenadas pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com participação de operacionais do Comando de Operações Penitenciárias (Cope) e supervisão de um representante da Senappen.

Realizada em 27 estados e no Distrito Federal, a operação tem como principal objetivo desarticular organizações criminosas atuantes dentro dos presídios e, com isso, reduzir os índices de violência no país.

OCORRÊNCIA

Tentativa de infiltrar celular em presídio falha, e Policia Militar apreende drone e aparelho celular que seria lançado pelo equipamento para dentro do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), localizado no bairro Noroeste, no mês de setembro.

De acordo com as informações da Policia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), a guarnição do 9º Batalhão da Policia Militar foi acionada para apreender um drone e um celular, na estacão de tratamento de águas, localizado na BR 262.

O equipamento estaria sobrevoando a região em direção ao estabelecimento prisional do Instituto Penal de Campo Grande, quando devido a uma falha técnica, o drone que carregava o celular caiu nas proximidades do presídio.

Depois da Policia Penal interceptar em flagrante, no mês de maio,  um drone com baterias e fone de ouvido para celulares, que sobrevoava o Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) começou a se empenhar no combate ao uso de aparelhos celulares por detentos nas unidades prisionais do Estado.

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