Cidades

UNIDADE DO TRAUMA

Recursos mal utilizados causaram "desperdício" de R$ 1,4 milhão

Local começou a funcionar em setembro de 2018

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Irregularidades na obra da Unidade do Trauma, da Santa Casa de Campo Grande resultaram em perdas de recursos na ordem de R$ 1.406.036,04. O valor milionário foi divulgado em relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que entre 1° de outubro e 30 de novembro de 2018 - quando o local já havia recebido pacientes - analisou a aplicação dos recursos do programa de fortalecimento do Sistema Únido de Saúde (SUS), destinados pela União.

Outro ponto questionado pela CGU é relativo as diversas restrições à competitividade no processo licitatório realizado em 2016 pela Santa Casa para a conclusão das obras. Um dos pontos desobedecidos pelo hospital foi relativo a não ter publicado extrato de divulgação do edital em jornal de grande circulação, de acordo com a CGU esta é uma das exigências para evitar manipulação no certame. No relatório o próprio hospital confirmou a iregularidade.

Inaugurada em maio do ano passado, a Unidade do Trauma começou a funcionar no mês de setembro de 2018 e só no dia 12 de julho o hospital iniciou plano para operar o setor com 100% da capacidade. Porém, até agora a ocupação completa ainda não foi atingida. O presidente da Associação Beneficente que adminsitra a Santa Casa (ABCG), Esacheu Nascimento, informou que os 30 leitos da área ortopédica do hospital mantidos no prédio antigo, continuam reservados para atender pacientes com demandas na área de trauma. Inicialmente o hospital deveria desocupar as vagas, para que fossem destinadas a cirurgias eletivas, o que até agora não ocorreu. 

No total, a unidade tem 126 leitos disponíveis e ainda com cinco salas de cirurgias e duas de pequenos procedimentos. A conclusão da obra se arrastou por 23 anos - desde a década de 1990. O local inicialmente seria uma nova maternidade, projeto que foi modificado. 

A obra parou pela última vez em 2013 e posteriorente foi retomada em janeiro de 2016. Na nova etapa o valor licitado foi de R$ 8.701.224,58 e a Poligonal Engenharia apresentou proposta de R$ 8.440.167.45, desconto de R$ 261.057,13, aproximadamente 3% do valor inicial. Ao todo foram R$ 32 milhões em investimentos, sendo R$ 20 milhões referente a estrutura que ficou parada desde os anos 90 e R$ 12 milhões referente aos últimos repasses do Ministério da Saúde.

Total de R$515.191,64 foi apontado pela CGU como gasto anti-econômico, pago indevidamente por serviços não executados, e por isso o relatório do órgão federal diz que a quantia foi devolvida. Já outros R$890.844,40 foram gastos a mais para refazer de serviços mal executados ou deteriorados, durante o período de paralisação da obra. A Santa Casa culpou a prefeitura, responsável pela intervenção ao hospital - no período de parte da paralisação, que durou quase oito anos, terminando em maio de 2013.

 

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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