Cidades

SAÚDE-EMAGRECIMENTO

Remédio de diabete usado para obesidade foi aprovado pela Anvisa e custa mais de R$ 5 mil

A Anvisa aprovou o medicamento como um tratamento adicional à dieta e ao exercício em outros países, é aprovado para obesidade devido à sua capacidade de reduzir o apetite e promover a perda de peso

Continue lendo...

A Anvisa aprovou o Mounjaro (tirzepatida), parente do Ozempic (semaglutida), em setembro do ano passado para tratar diabetes tipo 2, além de ser utilizado para tratar obesidade, como seu "primo". Apesar disso, o medicamento ainda não está disponível para compra nas farmácias brasileiras e seu custo ultrapassa R$ 5 mil por tubo.

O tirzepatida é um fármaco que atua como receptor dual de GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e agonista do receptor GLP-1 (Peptídeo-1 semelhante ao Glucagon).

Bruno Halpern, presidente do Departamento de Obesidade da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) e da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), explica que o Mounjaro atua nos receptores dos hormônios intestinais.

A Anvisa aprovou o medicamento como um tratamento adicional à dieta e ao exercício para melhorar o controle glicêmico em adultos com diabetes tipo 2. Em outros países, é aprovado para obesidade devido à sua capacidade de reduzir o apetite e promover a perda de peso.

Halpern enfatiza que, embora o Mounjaro seja eficaz contra a obesidade, "no Brasil, temos uma tendência a priorizar medicamentos aprovados para o tratamento da obesidade em bula, mas isso não significa que medicamentos off-label, desde que comprovadamente eficazes e seguros, não possam ser usados em situações específicas", ele explica.

"No momento atual, em que é necessário importá-lo e seu custo é proibitivo para a maioria da população, não recomendamos seu uso, a menos que a pessoa tenha condições financeiras. Isso não reflete a realidade do brasileiro", acrescenta.

O preço nos EUA é de US$ 1.069,08 por tubo, equivalente a R$ 5.126,40 na conversão. No Brasil, os preços variam de R$ 1.516, 61 a R$ 4.009, 25, conforme a tabela de preços da CMED.

A Eli Lilly do Brasil afirma que não tem previsão para a venda do Mounjaro no país, pois ainda há procedimentos de importação e definição de preço a serem realizados.

A Anvisa afirmou que não tem informações sobre importações do Mounjaro.

DIFERENÇAS ENTRE MOUNJARO E OZEMPIC

Halpern destaca que o Mounjaro tem uma ação mais ampla, atuando no receptor do GLP-1 e do GIP, enquanto o Ozempic age apenas no receptor do GLP-1. Ele explica que isso confere ao Mounjaro um efeito maior na perda de peso e na redução da glicose.

Os efeitos colaterais são semelhantes para ambos os medicamentos: náuseas, vômitos, diarreia, constipação e mal-estar. Halpern adverte sobre o uso não indicado do Mounjaro.

"O tratamento da obesidade com medicamentos deve ser encarado como o tratamento de uma doença crônica, visando melhorar a saúde e a qualidade de vida, não como uma solução para emagrecimento sem necessidade", ressalta.

Ao interromper o uso do Mounjaro, o paciente pode recuperar o peso perdido, como ocorre com outros medicamentos para doenças crônicas.

"O tratamento visa melhorar a saúde e a qualidade de vida, não apenas melhorar a estética. Como médicos, estamos tratando a saúde e a qualidade de vida", conclui Halpern.

** Com FolhaPress

Assine o Correio do Estado

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

Continue Lendo...

Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).