Cidades

CLIMA TENSO

Reunião de governo mobiliza avião e helicóptero em combate ao fogo no Pantanal

Representantes do Estado, Corpo de Bombeiros e entidades de preservação estipularam no fim da tarde de ontem publicação do Decreto de Situação de Emergência

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Ainda no fim da tarde desta segunda-feira (13), representantes do Governo do Estado; Corpo de Bombeiros e entidades ligadas à preservação se reuniram para tentar "engrossar" o combate aos incêndios que se espalham pela região do Pantanal. Além de disponibilizar a frota de aeronaves sob o comando do Executivo, a ideia é que um Decreto de Situação de Emergência ajude na liberação de recursos para essas ações. 

Como bem aponta o Governo do Estado, mais de 97% dos focos de calor no Pantanal estão concentrados em apenas três municípios, sendo: 

  1. º Corumbá (74,8%), 
  2. º Aquidauana (12,8%) e 
  3. º Porto Murtinho (10%)

Para discutir o assunto, a mesa era composta pelos secretários de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, e de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira; assim como pelo secretários-executivos da Semadesc, Artur Falcette e Rogério Beretta, representando as áreas de Meio Ambiente e Desenvolvimento da pasta. 

Além desses, a reunião tinha presença da coordenação-geral da Defesa Civil, Hugo Djan Leite; do presidente da Famasul, Marcelo Bertoni; do diretor-presidente do Imasul, André Borges e membros representantes do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. 

Entre as decisões, espera-se agora o decreto que deve liberar os recursos necessários para atender 14 municípios da região do Pantanal que sofrem com incêndios florestais, intensificados mais recente devido influências climáticas do fenômeno do El Niño.


 
Esses recursos devem facilitar acesso a itens básicos que uma brigada necessita para esse trabalho, como a compra de combustível "para automóveis e aeronaves, diárias, alimentação, EPI´s e outras necessidades do Corpo de Bombeiros", cita Videira. 

Também, Jaime Verruck faz questão de apontar a orientação do governador, Eduardo Riedel, para que a frota aérea do Executivo auxilie nesse enfrentamento direto e indireto, ou seja, tanto como ferramenta de combate quanto no transporte dos militares empregados. 

"Vamos contar com aviões e helicópteros da Casa Civil, das polícias Civil e Militar, e do Corpo de Bombeiros. Com o apoio da Famasul, vamos mobilizar os produtores rurais para auxiliar no que for necessário. Além disso, o Imasul também contratou 500 horas de voo de aeronaves particulares que deverão ser utilizadas nessa ação intensificada de combate ao fogo nos próximos dias", cita o titular da Semadesc. 

Panorama

Ainda que Corumbá, Aquidauana e Porto Murtinho somem 97,6% dos focos de calor, outros 11 municípios da região do Pantanal também tem sido castigados por esses intensos incêndios florestais, entre eles: 

  • Ladário, 
  • Miranda,    
  • Sonora, 
  • Rio Verde de Mato Grosso, 
  • Coxim, 
  • Bodoquena, 
  • Jardim, 
  • Bonito, 
  • Anastácio, 
  • Corguinho e 
  • Rio Negro

Conforme boletim, emitido ontem (13) pelo Centro de Proteção Ambiental - responsável pela Operação Pantanal 2023 -, o último fim de semana indicou a necessidade de mais agentes em combate aos incêndios, devido ao aumento de solicitações registradas. 

O documento que aponta onde as guarnições de combates estão alocadas, também indica que o aumento da temperatura, aliado aos ventos fortes, ajuda na propagação das chamas e dificulta o trabalho das equipes. 

"Apenas no período noturno de domingo (12) para segunda-feira (13) a frente de fogo avançou cerca de 20km devido às condições climáticas adversas", diz.

Mais recente, o Correio evidenciou como milhares de hectares queimados, principalmente nas regiões do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e Pantanal do Paiaguás; Nabileque; Nhecolândia e Rio Negro, mostram animais locais sendo carbonizados. 

Sapos, cobras, macacos, sucuris, tamanduás, iguanas e capivaras são surpreendidos pelo fogo, não tem para onde correr e acabam morrendo queimados pelas chamas e intoxicados pela fumaça, e as fotos você confere na matéria completa CLICANDO AQUI.
**(Colaborou Naiara Camargo)

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

atraso nas chuvas

Nível do Rio Paraguai começa a subir e traz alento à mineração

Nos últimos 12 dias subiu 24 centímetros na régua de Ladário, mas ainda está longe de alcançar o nível ideal para o transporte de minérios

20/12/2025 18h30

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

Parte dos embarques de minérios é feita próximo da área urbana de Ladário, mas o volume maior ocorre em Porto Esperança

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Depois de chegar a 3,31 metros na régua de Ladário no dia 16 de julho, o nível do Rio Paraguai estava baixando ininterruptamente até o dia 8 de dezembro, quando atingiu a mínima de apenas 24 centímetros. Depois disso, começou a subir, mas tardiamente. No ano passado ele começou a subir quase dois meses mais cedo.

E, apesar de até agora as chuvas terem sido escassas na região norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso, o nível do rio está melhorando nos últimos 12 dias e neste sábado amanheceu  em 54 centímetros. O nível ainda está longe do necessário, mas já traz alívio para o setor de transporte de minérios, que está praticamente parado faz dois meses. 

Nos dez primeiros meses do ano foram escoados, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), 7,6 milhões de toneldas de minérios pela hidrovias, batendo todos os recordes de movimentação. Incluindo grãos e outros produtos, o volume transportado pelo Rio Paraguai chega a 8,2 milhões de toneladas em dez meses de 2025.

Em 2023, que até então era o melhor ano do setor, o volume de minérios havia chegado a 5,6 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano. Naquele ano, porém, havia muito mais água no rio e o pico da cheia chegou a 4,24 metros. Depois que ultrapassa os quatro metros em Ladário o rio começa a transbordar e a alagar a planície pantaneira.

No ano passado, quando atingiu seu pior nível da história, com 69 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário, as chuvas fortes chegaram mais cedo e o Rio Paraguai começou a subir já a partir do dia 17 de outubro. 

Por conta disso, no dia 20 de dezembro já estava em 94 centímetros, o que é 40 centímetros acima do nível em que amanheceu neste sábado (20). Estas chuvas logo no início da temporada, em setembro do ano passado, foram fundamentais para que o transporte de minérios fosse retomado logo no começo de 2025.

O cenário, porém, será diferente no começo de 2026. Sem as dragagens que estão previstas no projeto de concessão da hidrovia, o nível ideal para o transporte é acima de 1,5 metro. Porém, as barcaças ainda descem pela hidrovia, com volume menor, até que o rio tenha em torno de um metro na régua de Ladário. 

E, como até agora os rios subiram pouco na região sul de Mato Grosso, a pespectiva é de que o nível em Ladário só chegue a 1,5 metro depois de janeiro, atrapalhando o transporte de minérios no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2025, por exemplo, foram despachadas 521 mil toneladas de produtos. No final do mês o rio já estava em 1,34 metro. 

O nível se manteve acima de um metro até o dia 20 de outubro deste ano. No dia primeiro daquele mês ainda estava em 1,79 metro, mas recuou rapidamente e no final do mês estava em apenas 66 centímetros. Mesmo assim, segundo a Antaq, ainda foram despachadas 678 mil toneladas de minérios, o que equivale ao volome de cerca de 14 mil carretas bi-trem somente em outubro. 

TRIBUTÁRIOS IMPORTANTES

Embora os rios Miranda e Aquidauana desemboquem no Rio Paraguai abaixo da régua de Ladário, a água destes dois tributários é fundamental para melhorar a navegabilidade. E, esta semana foi a primeira vez que ambos superaram a marca dos quatro metros, segundo dados do Imasul. 

Na sexta-feira (19), em Aquidauana, o rio com o mesmo nome da cidade alcançou 4,56 metros, o que ainda é 1,5 metro abaixo do nível de alerta. Somente quando supera os 7,3 metros é que entre em situação de emergência. Ou seja, já se passaram quase quatro meses do período de chuvas e o Aquidauana não encheu nenhuma vez. 

Situação parecida ocorreu com o Miranda. Após as chuvas do começo da última semana, ele chegou a 4,48 metros na régua instalada próximo à cidade de Miranda. Ele também só entra em situação de emergência depois que ultrapassa os 7 metros, o que não aconteceu nenhuma vez na atual temporada de chuvas. 

O Rio Coxim, por sua vez, chegou a entrar em nível de alerta ao longo da última semana, ultrapassando os quatro metros. Mas, depois de alcançar 4,16 metros começou a baixar. Somente depois que ultrapassa os cinco metros é que se considera que ele encheu. 

O Rio Piquiri, na divisa com Mato Grosso, que entra em situação de emergência somente depois que ultrapassa os 5,8 metros, estava em apenas 2,12 metros nesta sexta-feira, apesar das chuvas que atingiram a região ao longo da semana. 


 

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