Cidades

PASSO DO LONTRA

Rio Miranda invade hotéis e centro de pesquisa da UFMS

Prédios estão construídos sobre palafitas e os alagamentos são motivo de comemoração, já que atraem turistas

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Uma cena que não era registrada desde 2018 voltou a ser vista no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Por causa do grande volume de água canalizado principalmente pelos rios Aquidauana e Miranda, a base de pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e hotéis da região do Passo do Lontra estão “submersos”. Porém, como estão construídos sobre palafitas, funcionam normalmente. 

Os hotéis e pesqueiros estão instalados às margens do Rio Miranda, que continua subindo. E ao contrário do que poderia parecer, a alta do rio é motivo de comemoração para empresários e moradores da região. 

Depois de anos de estiagem e queimadas, eles agora comemoram porque era exatamente isso que os turistas estavam à espera, explica Lobão, um dos funcionários do hotel Joungle Lodge, que recebe principalmente hóspedes estrangeiros.

Mas, embora o nível esteja alto, a “pesca ainda está ruim, pois a água está muito escura e não está dando peixes. Mas, pelo menos não verificamos mais nenhuma mortandade nos últimos dias”, afirma  Rogério Iehle, que administra uma pousada e um pesqueiro no Passo do Lontra. 

Transbordamento do Rio Miranda tem sido fundamental para atrair turistas para o Pantanal, principalmente à região do Passo do Lontra

 

E apesar de a água ter se espalhado pela planície, ainda não encobriu a estrada parque. “Nas margens dela está tudo alagado e por isso é possível avistar muitas aves e animais silvestres típicos da região, já que ela é um dos poucos espaços secos que sobram na região”, explica Rogério. 

Como o nível continua subindo, a previsão é de que ela fique submersa nos pontos mais baixos entre o entroncamento da BR-262 e o Rio Abobral, segundo Quequé, conhecido comerciante que há décadas tem um bar na chamada Curva do Leque, distante uns 30 quilômetros do Rio Abobral. “Aqui perto do bar, porém, não acredito que tenhamos alagamentos, pois aqui a gente depende da cheia do Rio Paraguai, que neste ano ainda não está alto”, explica o pantaneiro.

Na margem do Rio Miranda, a base de estudos da UFMS ocupa uma área de pouco mais de 21  hectares e tem mais de 1,3 mil metros quadrados de construção. No local podem ser alojadas cerca de 50 pessoas. Além disso, tem toda a estrutura de cozinha, refeitórios, laboratórios, salas de reuniões e salas de aula. 

Apesar de a área estar parcialmente submersa, as atividades podem ser todas desenvolvidas normalmente, já que os prédios estão sobre palafitas e interligados por passarelas elevadas. Os hotéis  estão dotados da mesma estrutura. 

Rota turística

Antes da inauguração da BR-262, em 1986, a estrada parque era o único acesso terrestre até Corumbá.. Sem asfalto, foi construída sobre aterros de até 3 metros, numa tentativa de garantir o tráfego em qualquer época do ano, porém nas grandes cheias a água invade a estrada em vários pontos e, dependendo da altura, impede a passagem de veículos. 

Ao longo de cerca de 120 km foram instaladas 74 pontes de madeira para dar vazão à água que se espalha pela planície pantaneira e fica represada pelo dique criado pela estrada. Neste ano, a região alagada está nas imediações do Rio Miranda, já que o nível do Rio Paraguai ainda está longe de ponto de transbordamento. 

Na manhã desta quarta-feira, o nível na régua de Ladário estava em 2,42 metros, o que é 22 centímetros abaixo do pico do ano passado (2,64). Mas, somente depois dos quatro metros é que o principal rio pantaneiro começa a transbordar. Contudo, este nível já é maior que o pico de 2020 (2,10 metros) e 2021 (1,88 metro). Pela estrada parque, a travessia pelo Rio Paraguai ainda é feita por balsa, no Porto da Manga.

Em decorrência da cheia, peixes se espalham pela planície e aves, como o tuiuiú, são atraídas para as proximidades dos hotéis e da UFMS

 

INVESTIGAÇÃO

Conselho de Saúde aciona TCE-MS para investigar plantões fakes nas UPAs

Caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro pode alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês.

15/12/2025 17h45

UPA Universitário

UPA Universitário Marcelo Victor / Correio do Estado

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O Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Campo Grande acionou o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS), por meio de uma representação, para apurar supostas irregularidades no pagamento de plantões médicos na Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).

Através do documento, o qual a reportagem do Correio do Estado teve acesso, estima que, caso as irregularidades sejam confirmadas, o impacto financeiro possa alcançar o valor aproximado de R$ 2 milhões por mês. Uma denúncia anônima recebida pelo CMS, em meio às investigações das irregularidades, aponta que as fraudes ocorrem desde 2020.

A mesa diretora requer:

a) O recebimento da presente representação;
b) A instauração de procedimento de fiscalização e auditoria pelo TCE/MS;
c) A apuração da regularidade dos pagamentos de plantões realizados pela SESAU aos profissionais;
d) A análise retroativa dos pagamentos, inclusive a partir do exercício de 2020, conforme narrado na denúncia anônima;
e) A adoção das medidas corretivas e sancionatórias cabíveis, caso confirmadas irregularidades.

Denúncias

Em junho deste ano, veículos de notícias já abordavam sobre a possibilidade de haver uma "máfia dos plantões fake em Campo Grande", o que contribuiu para a ampliação da apuração conduzida pelo Conselho de Saúde.

A denúncia inicial aponta que médicos na função de diretor técnico em unidades de urgência e emergência estariam recebendo, mensalmente, o quantitativo de 14 plantões, sem a necessidade de cumprimento efetivo dessas escalas, limitando-se, em tese, à assinatura dos respectivos registros, como forma de complementação remuneratória e compensação financeira pelo exercício do cargo.

No documento também mostra que o Conselho recebeu uma segunda denúncia, posteriormente, no e-mail do órgão, onde citava nomes de outros profissionais, médicos e enfermeiros, com atuação em funções de gestão, lotados na Sesau.  Além disso, relata que as práticas irregulares estariam ocorrendo de forma continuada desde o ano de 2020.

Ofícios ignorados

A mesa diretora do Conselho passou a adotar providências formais, expedindo sucessivos ofícios à Sesau, solicitando esclarecimentos objetivos e documentação comprobatória acerca dos critérios de controle de frequência, fiscalização do efetivo cumprimento dos plantões e regularidade dos pagamentos realizados.

"Em resposta às solicitações deste Conselho, a Sesau encaminhou manifestações de caráter genérico, limitando-se a informar que os esclarecimentos constariam em manifestação da área técnica, sem apresentar documentos individualizados, registros de frequência, relatórios de auditoria interna ou comprovação objetiva do efetivo exercício dos plantões pagos, não sendo suficientes, até o momento, para afastar os indícios de irregularidades apontados", diz a representação do Conselho.

Após as respostas iniciais encaminhadas pela Sesau, esta deixou de apresentar novas manifestações aos reiterados ofícios expedidos pelo Conselho Municipal de Saúde.

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Cidades

Rachid Neder é interditada para obra no cruzamento com a rua Arthur Jorge

Rotatória ganhará semáforos para maior segurança no trânsito

15/12/2025 17h30

Divulgação

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A partir desta terça-feira (16), a rotatória do cruzamento da Av. Rachid Neder com a Rua Arthur Jorge, ficará temporariamente interditada para uma obra de adequação e reorganização do fluxo viário. 

A intervenção tem como principal objetivo reforçar a segurança viária e melhorar a fluidez do tráfego em um dos pontos mais importantes de interligação entre a região Central e a região do Segredo.

Segundo a Agência Municipal de Trânsito (Agetran), o cruzamento registra grande volume de veículos ao longo do dia, sendo utilizado diariamente por moradores, trabalhadores e condutores que se deslocam entre diferentes regiões da cidade.

Para melhorar o trânsito da região, estudos técnicos apontaram a necessidade de adequações na rotatória, visando organizar melhor os fluxos, reduzir conflitos de tráfego e proporcionar deslocamentos mais seguros e eficientes.

O projeto também prevê a instalação de semáforos no local, como medida complementar para reforçar a segurança viária e melhorar ainda mais a mobilidade e a fluidez do tráfego.

Equipes da Agetran atuarão com sinalização viária adequada e orientação aos condutores durante todo o período de interdição, para minimizar transtornos e garantir a segurança de todos os usuários da via.

A Agência pede que os motoristas redobrem a atenção ao trafegar pela região, respeitem a sinalização provisória e, se possível, utilizem rotas alternativas.

Não foi informado prazo para término das obras e fim da interdição.

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