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O MENOR DA HISTÓRIA

Rio Paraguai expõe efeitos da seca e nível em Ladário é recorde

No sábado, depois de subir alguns centímetros com o retorno das chuvas na região, o rio superou o nível recorde de -61 cm e alcançou a marca de -64 cm

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Bancos de areia no leito do rio em período de seca, normalmente observados na parte alta do Pantanal (Mato Grosso), onde o assoreamento é mais acentuado e exige dragagem anualmente, agora se concentram ao longo do trecho do Rio Paraguai em solo brasileiro, entre as nascentes e a foz, na fronteira com o Paraguai. Em frente de Corumbá e Ladário, o volume de água é crítico, e as pessoas caminham até próximo ao Farol Balduíno, a 100 metros da margem.

No sábado, após subir alguns centímetros com o retorno das chuvas na região, nos dias 9 e 10, o rio superou o nível recorde de 1964, de - 61 cm, e ontem alcançou a marca de -64 cm na régua de Ladário, com tendência de continuar em elevação. 
Há previsão de chuvas (54 mm) para esta semana, porém, as condições hídricas deverão permanecer inalteradas, por conta da seca extrema acumulada desde 2019, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB).

RECUPERAÇÃO

O último boletim do sistema de alerta hidrológico e monitoramento da bacia, divulgado pelo SGB, indica que o rio atingiu seu longo período de vazão e, com a previsão do fim da estiagem, a tendência é iniciar a recuperação dos níveis em Cáceres (MT), Ladário, Forte Coimbra (Corumbá) e em Porto Murtinho a partir da segunda quinzena deste mês.

O afluente Rio Cuiabá se mantém estabilizado, e a vazão é controlada pela usina hidrelétrica de Manso. Em Ladário – onde está a régua da Marinha, considerada o marco referencial do sistema hidrológico do Pantanal para previsão de cheia e seca na planície –, o nível do Rio Paraguai deve continuar abaixo de 10 cm até a segunda quinzena de novembro, conforme prognóstico do SGB.

A se confirmar, haverá atrasos na retomada das exportações de minério de ferro e manganês pela hidrovia, acentuando o escoamento pela BR-262 e causando prejuízos ao tráfego na rodovia.

Conforme adiantou o Correio do Estado, todos esses dados são computados pelo SGB e ajudam a compor informações que vão ranquear o tipo de estiagem que uma bacia está enfrentando.

No caso da Bacia do Rio Paraguai, que caracteriza as condições do Pantanal, a classificação é de seca extrema. O mesmo indicativo se aplica às bacias do Rio Amazonas, do Rio Acre, do Rio Madeira e do Rio Xingu. 

FOGO CONTROLADO

O retorno da chuva no meio da semana passada, embora sem a intensidade esperada, ajudou a controlar os incêndios florestais no Pantanal. O último boletim do Corpo de Bombeiros, que está a 195 dias em operação integrada de combate intenso aos focos de calor no bioma, apontou que as precipitações “proporcionaram um alívio significativo”. 

Ontem, as ações se concentravam em dois focos no Paiaguás (Norte de Corumbá) e próximo ao Parque Nacional do Pantanal.
Apesar das condições favoráveis em relação ao fogo na região pantaneira – os bombeiros mantêm monitoramento e trabalho de rescaldo em vários pontos –, ontem Corumbá amanheceu coberta por fumaça oriunda dos incêndios na Bolívia, em contraste com as condições climáticas favoráveis às chuvas, anunciadas para hoje.

Ontem foi um dia abafado em Corumbá, com qualidade do ar crítica, com pouco vento e temperatura de 38°C, com sensação térmica de 40°C.

(Com informações de Rodolfo César)

 

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Lista suja do trabalho escravo tem 13 empregadores de Mato Grosso do Sul

Cadastro é atualizado a cada seis meses e manteve o quantitativo da divulgação anterior; Confira a lista

09/04/2025 16h01

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo Foto: Agência Brasil / Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem 13 empresas e empregadores na chamada lista suja do trabalho escravo. O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9).

Em comparação com a lista anterior, divulgada em outubro de 2024, o Estado manteve o mesmo quantitativo de propriedades cadastradas.

Em Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá concentra a maioria das propriedades onde foram encontrados trabalhadores em situação de escravidão, com seis locais e 22 trabalhadores resgatados.

Também há empregadores de Ponta Porã, Angélica, Porto Murtinho, Aparecida do Taboado, Laguna Carapã, Dourados e Caracol. Somando os trabalhadores resgatados nestas propriedades, foram 81.

Em todo o Brasil, são 745 nomes cadasttrados na lista suja.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café e
  • trabalho doméstico.

Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. 

O Cadastro existe desde 2003 e é regulamentadpo atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista.

Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.

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Encomenda com pistola e entorpecente é interceptada nos Correios

A apreensão realizada pela GCM ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma agência em Campo Grande

09/04/2025 15h33

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios Foto: Divulgação

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A Guarda Civil Metropolitana apreendeu, na agência dos Correios, uma pistola de origem turca enviada da fronteira e outro pacote com entorpecentes, em Campo Grande.

A apreensão ocorreu nesta quarta-feira (9), na agência localizada na Rua Vasconcelos Fernandes. A GCM foi acionada por volta das 10h para verificar o conteúdo suspeito.

A Gerência de Segurança Corporativa dos Correios repassou aos agentes que se tratava de três encomendas: uma pistola Canik 9mm, de fabricação turca, sem munição, e tabletes de skunk.

A encomenda que continha a arma de fogo foi enviada de uma cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, cujo nome não foi divulgado, e teria como destino o estado de Minas Gerais.

Junto com a pistola, havia dois carregadores que não estavam municiados.

Já outra encomenda, postada em Campo Grande com destino ao Rio de Janeiro, continha, em um pote que deveria armazenar proteína em pó, um líquido que passará por perícia para determinar sua composição.

A terceira apreensão, conforme pesagem da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), continha 3,422 kg de skunk, divididos em seis pacotes que estavam dentro de um micro-ondas. A encomenda também foi remetida em Campo Grande com destino à fronteira.

O líquido e o entorpecente foram levados até a Denar, enquanto a pistola foi entregue à Depac Cepol para os devidos procedimentos.

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