Cidades

EM EXPANSÃO

Rota Serra e Charme Paxixi impulsionam ecoturismo no berço do Pantanal

Região integra destinos turísticos em MS onde 83% das empresas atuam na visitação e exploração local

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Divulgada pelo Sebrae-MS nesta semana, a "Pesquisa Ecoar"  mostra que 83% das empresas atuam com ecoturismo em Mato Grosso do Sul. Com grande potencial de crescimento, o município de Camisão, na região de Aquidauana se destaca no segmento por oferecer atividades turísticas através da Rota Serra e Charme Paxixi. 

O cenário paradisíaco se divide entre a tranquilidade da vida no campo e opções de trilha, pesca esportiva, canoagem, boiacross, gastronomia regional, além do fomento à cultura sul-mato-grossense

Segundo a presidente do Associação dos Empreendimentos do Corredor Turístico Paxixi (Aecopaxi), Mirian Coura Aveiro, em pouco mais de um ano, as atividades tiveram grande expansão. 

"Neste ano, tivemos a primeira mostra de economia criativa do Paxixi. Nosso foco é trazer ecoturismo de sustentabilidade e preços acessíveis. Não podemos estar com um turismo que você precisa trabalhar o ano todo pra juntar dinheiro e viajar. Estamos pouco mais de uma hora de distância da Capital, bem pertinho e fácil de chegar", explica a gestora. 

Estrada Parque ao lado do Rio Aquidauana - Foto: Álvaro Rezende 

A empresária veio para a região de Camisão com o objetivo de encontrar um espaço para a filha, recém formada em Agronomia, exercer a profissão e acabou permanecendo.

O hub turístico conta com o distrito de Camisão, Piraputanga, Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti. Em julho do ano passado, um grupo com 13 empreendimentos foi formado e recebeu suporte técnico do Sebrae-MS.

Na ocasião, foram realizados aprimoramentos de técnicas culinárias e fortalecimento dos agentes de roteiro de turismo.

"Em um ano, já temos 213 leitos, 140 refeições dia e cerca de 100 pessoas vindo pra cá aos sábados e domingos. Após o mapeamento tivemos nossa primeira palestra. Havia necessidade de ter uma identidade e com a rota, vamos interligar os diferentes trechos do turismo. Teremos catálogos, identificação logística e outras opções que vão integrar os passeios turísticos", afirma. 

O levantamento "Ecoar" aponta que Brasil está em primeiro lugar no ranking de 50 países com maior potencial para o ecoturismo. O segmento representa em media 59,3% do faturamento das empresas do setor. 

Mato Grosso do Sul está em 3º lugar no ranking de estados que possuem mais empresas atuando expressivamente com ecoturismo com 83%. Em primeiro lugar vem Mato Grosso com 85,9% seguido do Maranhão, com 83,9%.

Em evento no espaço Terroir Pantanal, a diretora-técnica do Sebrae/MS,  Sandra Amarilha, falou sobre as empresas que atuam na região, sendo inédito o desenvolvimento. 

"Tem uma empresa aqui que faz queijo, que fornece matéria prima aos empresários. São pequenos negócios locais, tem o doce que também é fornecido. Aqui está sendo construído um centro de comercialização que vai expor tudo que é produzido na região em um único lugar. Então, o turista que chegar, ele pode ir ali naquele comércio, que vai ter acesso aos produtos, aos restaurantes locais", detalha. 

Divulgação da pesquisa Ecoar no Terroir Pantanal em Camisão - Foto: Sebrae-MS 

Sebrae-MS e a melhoria da Estradada Parque 

A estrada é composta por empresas ligadas ao turismo e a gastronomia como pousadas, pesqueiros, propriedades rurais, restaurantes e produções alimentícias locais. A rota traz a identificação dos espaços.

Neste ano, foram instaladas placas de sinalização que oficializam o destino ao longo da MS-345, apontando onde estão os empreendimentos participantes da iniciativa para os visitantes que vem conhecer a região ou estão de passagem, vindo de Campo Grande em direção a Bonito.

Ao todo, são 22 placas referentes aos estabelecimentos pertencentes à rota, sete placas de direção e três placas gerais de sinalização do destino.

Terroir Pantanal 

O distrito de Camisão, distante a 130 km de Campo Grande, inaugurou em 2023 um projeto pioneiro em Mato Grosso do Sul e no Pantanal: a primeira vinícola da região, chamada Terroir Pantanal. 

Além de oferecer vinhos para degustação, o espaço proporciona diversas experiências aos visitantes, como piqueniques, brunches, almoços harmonizados com vinhos brasileiros e passeios para explorar os vinhedos e trilhas da área.

As opções de passeios podem ser visualizadas pelo instagram: https://www.instagram.com/terroirpantanal/

Destino turístico oferece experiência gastronômica com desgustação de vinhos - Foto: Divulgação/Terroir Pantanal

Inspira Ecoturismo

Em setembro, o Sebrae-MS vai promover o 'Inspira Ecoturismo', iniciativa que visa reconhecer nacionalmente as práticas do setor. O evento será entre os dias 10 a 14 em Bonito e outras regiões que contemplam a Serra da Bodoquena e o Pantanal. 

Durante a ação, os participantes terão a oportunidade de participar de palestras, painéis, salas temáticas e visitas técnicas, permitindo que empreendedores e gestores do setor se conectem, compartilhem conhecimentos e descubram práticas sustentáveis para aplicar em seus negócios. 

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MATO GROSSO DO SUL

Mesmo com 'TAC', Famílias não recebem e apontam 'quebra de contrato' do Nasa Park

Afetados pelo rompimento da barragem aguardam o pagamento da indenização pelos estragos causados há cerca de oito meses

19/04/2025 17h00

No domingo de páscoa (20) completam-se oito meses desde o rompimento

No domingo de páscoa (20) completam-se oito meses desde o rompimento Arquivo/Correio do Estado/P.R

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Cerca de quatro meses após firmar termo de ajustamento de conduta (TAC), famílias afetadas pelo rompimento da barragem do lago administrado pela A&A Empreendimentos se queixam de que o primeiro pagamento por parte dos responsáveis pelo Nasa Park não aconteceu conforme o previsto. 

Em meados de dezembro de 2024 o Correio do Estado abordou o acordo de indenização, que somou cerca de R$ 1,3 milhão para apenas sete famílias das 11 afetadas, que chegou a ser parcelado em 12 vezes. 

Conforme descrito no TAC, firmado após audiências com o Centro de Autocomposição de Conflitos e Segurança Jurídica (Compor), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, os investigados concordaram com a indenização integral de sete das 11 famílias, oferecendo contraproposta para as demais. 

Esses depósitos, como bem esclarece o documento, deveriam acontecer respeitando os seguintes parâmetros: 

  1. Primeira parcela: 30% do valor em até 4 meses;
  2. Segunda parcela: 30% do valor em até 8 meses;
  3. Terceira parcela: 40% do valor em até 12 meses.

Cm o primeiro prazo vencendo na última semana, famílias alegam porém que os trinta porcento referentes ao primeiro pagamento não havia sido feito até então e, conforme os advogados, o promotor ficou encarregado de notificar os responsáveis pelo Nasa Park de que o pagamento não foi feito, para que tomem responsabilidade de executar em até 10 dias, o que deve vencer no início da semana. 

Pós-rompimento

Essa tragédia que afetou 10 propriedades e a vida de cerca de 11 famílias aconteceu há quase 8 meses, com Dona Luzia Prado Lopes sendo uma das afetadas, proprietária junto com sua família da fazenda Estaca. 

Eles alegam que não receberam os devidos valores acordados com Alexandre Alves de Abreu e Anselmo Paulino dos Santos, representantes da A & A Empreendimentos.

Sendo que para ela foi oferecido R$ 150 mil a título de reparação de danos, o filho Thiago foi quem conseguiu uma quantia um pouco mais elevada devido ao fato de que sua casa foi completamente destruída, oferecido para ele R$ 250 mil na mesma forma de pagamento de quitação em 12 meses. 

Para a filha de dona Luzia, Gabriele do Prado, a indenização até então não paga se trata de uma antecipação de tutela, proferida pela justiça em janeiro, dentro de processo contra o condomínio de luxo localizado em Jaraguari, no valor de apenas R$ 6 mil. 

Gabriele tem 4 filhos de 3, 7, 8 e 14 anos, dois dos menores usam fraldas e um deles é autista a família passa por dificuldades no pagamento de gastos sem renda fixa. "O gasto com combustível, alimentação, fraldas, remédios, aluguel, água, leite é absurdo. Estamos tentando refazer a horta na chácara mas os animais nativos da região estão acabando com tudo", descreveu.

Ela lembra que não havia qualquer plano de segurança, nem mesmo a sirene para alerta de rompimento foi tocada caso houvesse uma. 

Diante do não pagamento mais recente, ela aponta para a quebra de acordo indicando que o TAC teria sido apenas um "cala-boca" para que as famílias não denunciassem as situações vividas junto à imprensa, por exemplo. 

"O povo estava dando entrevista, minha mãe. Não tem cabimento eles fazerem acordo, para ficar quieta tantos meses para receber, daí chegar na hora e não ter pagamento. Vai fazer oito meses no dia da Páscoa, a gente não teve Natal, Ano Novo... é o famoso viver um dia de cada vez". 

Além dos pagamentos, a empresa também foi notificada a regularizar o licenciamento ambiental dos loteamentos Nasa Park I e II, bem como pausar todas as atividades até a obtenção de nova Licença de Operação. 

Sem que os pagamentos tenham sido feitos, o assunto que ronda pela região é de que a barragem do Nasa Park já estaria sendo refeita, com o intuito de que esteja cheia em breve. 

Enquanto isso, os moradores locais reclamam do descaso e abandono, sendo vítimas de picadas de cobra, ressaltando que as autoridades não estão preocupadas e não realizam sequer limpezas das áreas atingidas. 

O espaço segue aberto para posicionamento por parte de representantes do Nasa Park. 

 

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CAPITAL PÓS CHUVA

Prefeitura reforça alerta de chuvas após rastro de estragos por Campo Grande

Capital esperava até 50 milímetros de chuva e registrou regiões onde caiu quase o dobro d'água previsto, situação que deixou moradores sem sair de casa

19/04/2025 15h32

Município divulgou que fica estendido até amanhã (19) o alerta para risco de chuvas intensas

Município divulgou que fica estendido até amanhã (19) o alerta para risco de chuvas intensas Reprodução/Defesa Civil

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Após fortes chuvas abrirem o final de semana deixando um verdadeiro rastro de destruição por Campo Grande, a Prefeitura da Capital reforçou e estendeu o alerta da Defesa Civil até a manhã de domingo, ou seja, a previsão é de que o feriado de Páscoa de domingo (20) ainda seja "regado" de precipitações. 

O município divulgou que fica estendido até amanhã (19) o alerta para risco de chuvas intensas, reforçando os números de contato oficiais se constatada queda de galhos de árvore ou cortes de energia: 

  • 156 - solicitação de serviços
  • 193 - caso de risco elétrico 
  • 199 - Defesa Civil 

Essas chuvas trazem prejuízos para diversas áreas da Capital, desde os bairros mais periféricos aos mais nobres de Campo Grande, como os moradores da Chácara dos Poderes que viram a água subir e transformar as ruas em lagos. 

Édson Lazarotto mora há tempos na região, ele revela que não vê uma manutenção há meses "e devido às chuvas de ontem e hoje está intransitável", diz. 

Pelos registros enviados à equipe, é possível notar a subida da água da chuva, chegando até o portão das casas e impedindo a retirada do local que não seja por meio de um veículo alto. 

Demais estragos

Cabe destacar que a chuva de sexta para sábado veio muito além do previsto, anteriormente, pela Prefeitura de Campo Grande e respectiva Defesa Civil, que estipulava precipitações de até 50 milímetros por dia. 

Porém, dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que, onde choveu menos em Campo Grande o volume registrado foi de quase 60 mm. 

Na Avenida Engenheiro Amélio Carvalho de Bais com a rua Yokohama, próximo ao Jardim Panamá, o volume foi ainda maior, 98 mm de volume de chuva, que causaram derrubada de uma árvore caiu e fechou os dois sentidos da avenida, situação que se repetiu também próximo ao Cemitério Santo Antônio. 

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram que, no bairro Lageado, por exemplo, um caminhão de coleta de lixo chegou a ficar "atolado" em uma das crateras que ficaram ainda maiores com o volume de chuva. 

Já na Vila Popular, o cenário observado foi a formação de verdadeiros lagos, na rua Rádio Maia e José Barbosa Rodrigues, bem próximo da região da avenida Duque de Caxias. 

Na Avenida Gunter Hans, próximo à obra do corredor de ônibus, o barro invadiu a pista molhada e na Rua dos Rezendes, no Jardim Monte Alegre,  parte do asfalto foi arrancada e pedras entraram no caminho. 

Os estragos chegaram até mesmo ao Lago do Amor, região de muita polêmica após a última chuva forte na cidade, onde a água transbordou novamente e prejudicou os reparos que estavam sendo feitos no local, o que deve atrasar a conclusão dos trabalhos.

Conforme o meteorologista Natalio Abrahão, essas chuvas devem diminuir de intensidade e se afastar para o norte do estado, entretanto não está descartado chuvisco e nevoeiro no centro-sul de Mato Grosso do Sul, entre a noite e manhã deste domingo (20).
 

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