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Sejusp promove perito criminal "demitido" duas vezes

Ele chegou a ser demitido por improbidade em 2016 e voltou a ser demitido no ano passado. Mas segue trabalhando. A promoção de agora foi um erro, alega a Segurança Pública

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Demitido a bem do serviço público em pelo menos duas oportunidades diferentes, o perito criminal Rogério Insfran Ocampos não só continua trabalhando na Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) como chegou a ser promovido para uma “função gratificada de Chefe de Seção, símbolo DAPC-7”. 

A promoção foi publicada na edição de segunda-feira (02) do diário oficial do Governo do Estado. Nesta terça-feira, porém, a medida foi revogada sob o argumento de que havia ocorrido um erro. “A Polícia Científica informa que a nomeação do servidor, publicada no Diário Oficial do Estado em 30 de maio de 2025 foi um erro de publicação”, informou nota da Segurança Pública. 

Mas, a mesma edição do diário oficial de segunda-feira, além de conceder a promoção, também trouxe a remoção do perito criminal de um setor para outro dentro da Coordenadoria Geral de Perícia, evidenciando que ele continua atuando normalmente no serviço público.

A promoção do servidor foi cancelada depois que colegas de profissão procuraram a imprensa para denunciar o fato de um servidor envolvido em um escândalo, que inclusive resultou na punição de  dois delegados, ter recebido cargo de chefia.

Portaria revoganao a promoção do perito, que havia sido publicada na segunda-feira, saiu no diário oficial desta terça-feira (3)

O perito promovido e no dia seguinte destronado de seu cargo de chefia foi denunciado pelo Ministério Público Estado após operação realizada em maio de 2022 (Operação Codicia), quando outros dez servidores da Segurança Pública de Ponta Porã foram acusados de cobrarem propina para liberação de veículos apreendidos na região de fronteira com o Paraguai. 

Ele foi condenado por corrupção ativa e associação criminosa. Além disso, o MPE recorreu e em novembro do ano passado a pena dele e de outros envolvidos aumentou. O Tribunal de Justiça o condenou  à perda da função pública e a pouco mais oito anos de reclusão. Porém, ele recorreu e segue trabalhando normalmente e também continua em liberdade. 

Além de cobrarem propina para a liberação de veículos, apontou a denúncia do MPE, os agentes públicos revendiam parte das drogas que eram apreendidas na fronteira e levadas para a delegacia de Ponta Porã. Para isso, chegavam a usar veículos oficiais para o transporte dos entorpecentes. 

Antes disso, em 2016 o mesmo perito também chegou a ser demitido, mas daquela vez em primeira instância. Depois, ao recorrer ao Tribunal de Justiça, foi readmitido. Ele foi denunciado e julgado por ter utilizado um veículo apreendido para fazer turismo por várias cidades de Mato Grosso do Sul durante o carnaval de 2014. 

O veículo foi apreendido com drogas em Ivinhema. O perito levou o carro para Nova Andradina com a missão de fazer uma perícia mais aprofundada em busca de vestígios que pudessem identificar mais envolvidos na quadrilha do narcotráfico. 

Em vez, disso, porém, usou o carro tomado dos traficantes para fazer um passeio por Campo Grande e Aquidauana, onde moravam familiares seus. Cerca de 15 dias depois devolveu o carro sem que a perícia tivesse sido realizada. 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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