Uma ação rápida das polícias civil e militar desarticulou rapidamente um princípio de invasão das terras da Fazenda Santa Eliza, de propriedade da Família Corrêa da Costa, da senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP).
Ao Correio do Estado, in loco, os oficiais destacaram que, por volta das 6h deste domingo (30), oito pessoas de um grupo denominado "Acampamento Fênix - Ressurgindo das cinzas", adentram a propriedade e foram identificados por vizinhos em uma área de reserva legal da propriedade, o que provocou o ocorrido. O local pertence ao espólio de Maria Manoelita Corrêa da Costa, mãe de Tereza Cristina.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terenos, Diná Freitas destacou que a articulação do grupo Fênix não teria ligação nem com movimentos indígenas, MST e nem com questões sindicais. "Eles levantam de manhã e arrumam um jeito de ganhar dinheiro, porque montar acampamento é fácil, difícil é fazer assentamento”, disse à reportagem.
Ao Correio do Estado, Dina Freitas disse que, ao contrário do que fez a organização, os movimentos constituídos sindicalmente indicam o ofício para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) possa vistoriar, entretanto, nesse meio tempo, segundo ela, o grupo toma conhecimento do ocorrido e parte para a frente das fazendas, o que ela condena.“Depois que o Incra fala que é improdutivo, que a fazenda foi confiscada, aí sim ocorre a ocupação, quando a terra está ociosa, caso contrário não", frisou.
Anteriormente
Na mesma linha da sindicalista, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) negou qualquer relação com a escalada de tensão na região. O interlocutor do MST, inclusive, informou ao Correio que o foco do movimento em Mato Grosso do Sul é a “agricultura ecológica e orgânica” e não ocupação de terras.
Em nota, o movimento destacou que não organizou nenhuma ação na propriedade da senadora, assim como repudiou as tentativas de vinculação do fato ao MST.
Por fim, a direção estadual do Movimento afirmou que a luta do MST é legítima e seguirá em defesa da Reforma Agrária Popular, da produção de alimentos saudáveis, da luta contra o latifúndio e da reconstrução do país. De acordo com a sindicalista, esse tipo de organização se diz independente por não querer colaborar com a estrutura de organização, como os sindicatos. “Olham um matinho, falam que é improdutivo e invadem , e com isso ganham do proprietário”.


