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Sem data nem local, prefeitura promete realocar famílias de favela

Comunidade do Mandela está em uma área de preservação em Campo Grande e mudança será feita porque o Ministério Público de MS acionou a administração

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Parte do empréstimo de R$ 95 milhões realizado pela Prefeitura de Campo Grande será empregada na realocação de 220 famílias da comunidade Mandela, na Capital, segundo promessa da administração municipal. 

As intervenções custarão R$ 16 milhões aos cofres públicos, mas o Executivo ainda não soube informar quando nem onde será a construção dessas casas para onde essas pessoas deverão ser encaminhadas. O anúncio do investimento veio depois que o Correio do Estado mostrou que a cidade conta, atualmente, com pelo menos 39 favelas.

O recurso, no valor de R$ 95 milhões, é proveniente de um empréstimo realizado em agosto deste ano e aprovado pela Câmara Municipal por meio da linha Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal.  

A comunidade do Mandela, localizada na região norte da cidade, foi criada em outubro de 2016 e atualmente conta com 220 famílias, que estão alocadas em barracos improvisados de lona, alvenaria e tijolos. A reportagem esteve no local e identificou a precariedade dos abrigos.  

O diretor de Administração e Finanças da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), Cláudio Marques Costa Júnior, pontuou que serão investidos R$ 16 milhões na realocação das famílias, porém, ainda não foi definido o local para o qual as mesmas serão transferidas.  

Marques alegou que novos projetos de desfavelização deverão ser lançados, à medida que recursos para habitação forem disponibilizados. Até o momento, nenhuma outra ocupação está sendo sinalizada para ser desapropriada.      

“Vamos realocar essas 220 famílias para uma área municipal que ainda não foi definida e, com a liberação do recurso, licitaremos as obras e daremos início às intervenções. Cada comunidade é um caso único", apontou.

"Hoje, infelizmente, não temos como solicitar empréstimo para todas as comunidades da cidade, existe um limite de gasto, mas o objetivo é que a realocação seja em todas as comunidades”, completou.

O Correio do Estado mostrou em matéria publicada no dia 7 de outubro que entre 2011 e 2013 foram entregues 3.718 unidades habitacionais na Capital, contra 1.750 no período de 2019 a 2021, uma redução de 52% na oferta de novas moradias, o que pode ser associado ao aumento de famílias em ocupações com condições mínimas.  

Em 2019, a então Agência Municipal de Habitação (Emha) realizou um mapeamento e um cadastro dos moradores da favela do Mandela. Na ocasião, a medida tinha como objetivo identificar as submoradias vazias, para compor o banco de dados de um programa habitacional.  

A ocupação está em uma Área de Preservação Permanente (APP), com isso, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) acionou a agência para solucionar a situação das famílias e desocupar o espaço.  

Segundo ele, o local da ocupação é motivo de investigação, visto que a área ocupada pelas 220 famílias é edificada em um espaço natural protegido, principalmente em função da capacidade estabilizadora do solo propiciada pelas matas ciliares e outras vegetações na proximidade.  

“A favela do Mandela está em uma APP, o ministério tem cobrado a realocação dessa área. Com isso, vamos transformar a realidade de vida dessas famílias por meio de um recurso pago, vamos atender essa comunidade e buscar viabilizar novas ações para outras ocupações, estamos estudando a melhor forma de atender todos”, destacou.  

A comunidade do Mandela fica localizada na Rua Elmira Ferreira de Lima, no Bairro Cel. Antonino. Quem quiser ajudar as famílias pode entrar em contato por meio dos telefones (67) 9 9205-6047 ou 9 9333-7025.

Últimas notícias

EXPANSÃO  

A falta de programas habitacionais em Campo Grande, aliada ao desemprego e à crise financeira ocasionada pela pandemia, resulta no crescimento de invasões de áreas públicas, que transformam espaços vazios em novas favelas. Atualmente, a Capital conta com pelo menos 39 ocupações irregulares distribuídas nas sete regiões.

Segundos dados da pesquisa “Aglomerados Subnormais: Classificação preliminar e informações de saúde para o enfrentamento à Covid-19”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em maio do ano passado, Mato Grosso do Sul tem 54 aglomerados subnormais, as chamadas favelas, com 6.766 ocupações distribuídas em sete municípios do Estado.  

Com 908 mil domicílios em MS e 6.766 localizados em favelas, a proporção é de 0,74% de residências em aglomerados subnormais em Mato Grosso do Sul, conforme o levantamento.

INVESTIMENTO  

O Correio do Estado tem mostrado, por meio de diversas reportagens, a condição precária de moradia que milhares de famílias vivenciam diariamente na Capital. Mesmo sem acesso à água tratada, à energia elétrica, ao saneamento básico, à coleta de lixo e outros serviços, novas comunidades estão se formando na cidade.  

A arquiteta, urbanista e professora da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) Katia Didone Macuglia avalia que um dos principais motivos do crescimento das áreas ocupadas, que acabam virando favelas, é o deficit habitacional.  

Segundo ela, a falta de moradias e de condições para pagar aluguel leva as famílias a invadirem terrenos enquanto esperam por uma vida melhor.

“Essas pessoas não podem ser esquecidas. Infelizmente, grande parte das favelas é desprovida de energia elétrica, água tratada e diversos serviços essenciais, e isso acaba acontecendo em áreas periféricas. Pessoas com poder aquisitivo melhor vão para as melhores áreas da cidade, e quem não tem condição de manter um aluguel e as despesas vai para as ocupações”, avaliou. 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

Cidades

Operação Natal:PRF fiscalizará 4 mil km de rodovias em MS

Polícia atuará no combate à alcoolemia ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas

22/12/2025 16h30

Foto: PRF / Divulgação

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia nesta terça-feira (23) a Operação Natal 2025, pmonitoramento que deve ocorrer em mais de 4 mil quilômetros de rodovias federais que cortam o Estado. 

Integrada à Operação Rodovida, a mobilização segue até o domingo (28) e pretende reforçar a fiscalização e as ações educativas durante o período de maior fluxo de veículos em razão das festas de fim de ano.

No Estado, policiais rodoviários federais atuarão a partir de nove Delegacias e 24 Unidades Operacionais, reforçando o, distribuídos em 11 rodovias .

A fiscalização será intensificada principalmente nos trechos e horários com maior índice de acidentes e ocorrências criminais.

Ao longo da operação, a PRF atuará com foco especial no combate à alcoolemia ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens proibidas. As ações contarão com o uso de câmeras de videomonitoramento e com o apoio da concessionária Motiva Pantanal.

Também estarão entre as prioridades da fiscalização o uso do capacete por motociclistas, o cumprimento do tempo mínimo de descanso dos motoristas profissionais, a proibição do uso de telefone celular ao volante, além do uso do cinto de segurança e do transporte correto de crianças em dispositivos adequados.

Restrição de tráfego

Durante a Operação Natal, haverá restrição de tráfego para veículos de carga com dimensões ou pesos excedentes nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul nos seguintes dias e horários.

24 de dezembro de 2025 (quarta-feira): das 16h às 22h

25 de dezembro de 2025 (quinta-feira): das 16h às 22h

Operação Natal 2024

No feriado de Natal de 2024, foram registrados 48 sinistros de trânsito nas rodovias federais do estado, sendo 15 considerados graves. Ao todo, 49 pessoas ficaram feridas e quatro morreram.

O balanço final da Operação Natal 2025 será divulgado na segunda-feira (29) no portal oficial da PRF.

Orientações aos motoristas

A PRF orienta que, antes de viajar, os condutores verifiquem as condições do veículo, com atenção especial aos itens de segurança, como freios, pneus e sistemas de iluminação e sinalização.

A viagem deve ser planejada para evitar longos períodos de condução ininterrupta, respeitando pausas de descanso, especialmente após quatro horas ao volante.

Todos os ocupantes do veículo devem utilizar o cinto de segurança, e crianças devem ser transportadas em dispositivos de retenção adequados, conforme a legislação. Bagagens devem ser acomodadas em compartimentos próprios, evitando riscos em caso de acidentes.

Os motoristas devem respeitar a sinalização, os limites de velocidade e realizar ultrapassagens somente em locais permitidos e com segurança.

A PRF alerta que ultrapassagens mal executadas estão entre as principais causas de mortes nas rodovias federais. Em caso de chuva, é fundamental reduzir a velocidade, manter os faróis acesos e aumentar a distância de segurança entre os veículos.

Em situações de emergência nas rodovias federais, a orientação é acionar a PRF pelo telefone 191.

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