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Sem licitação, Dourados renova concessão do transporte coletivo

Contrato foi prorrogado por mais cinco anos e em troca da redução do valor da passagem, empresa terá subsídio mensal de R$ 500 mil

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A tarifa do transporte coletivo de Dourados está mais barata desde ontem (01) e em troca a empresa que opera na cidade conseguiu um novo subsídio, de R$ 2 milhões, e prorrogação do contrato por mais cinco anos sem necessidade de fazer licitação. 

Conforme anúncio feito pelo prefeito Marçal Filho (PSDB) no dia 15 de maio,  o valor da passagem recuou de R$ 3,25 para R$ 3,00. Além disso, os estudantes, que pagavam R$ 1,65, passam a pagar R$ 1,00. 
Mas, o que o prefeito tucano não havia informado é que o contrato, assinado em abril de 2015 e tinha validade de dez anos, seria prorrogado por mais cinco sem necessidade de fazer licitação. 

Agora, conforme o site o oficial da prefeitura, o prefeito alegou que uma nova licitação demandaria mais tempo e que já determinou que o setor responsável prepare um pregão para ser aberto em abril de 2030, quando vence o contrato que agora foi prorrogado. 

“Esse tipo de licitação é muito complexa, sendo necessário primeiro licitar uma empresa especializada que, por sua vez, ficaria responsável por licitar a concessão”, alegou o prefeito. 

“Esse processo é longo e complexo, podendo demorar entre dois e três anos para ser finalizado. Por isso, optamos pela prorrogação, ao mesmo tempo em que já determinamos ao setor de licitação da Prefeitura de Dourados que inicie os trâmites para uma nova licitação”, justificou Marçal Filho. 

Mas a redução da passagem não significa que a empresa vai perder faturamento. Publicação do diário oficial de quinta-feira (29) garantiu subsídio mensal de R$ 500 mil para ajudar a bancar os custos da Viação Dourados pelos próximos quatro meses. 

E, em troca da prorrogação e do subsídio e do contrato, garante Marçal Filho, a empresa assumiu o compromisso de comprar três novos ônibus para o transporte de estudantes e se comprometeu a instalar elevadores para cadeirantes e ar condicionado em toda a frota até abril de 2030, quando vence o novo contrato. 

SEGUNDA REDUÇÃO

Esta é a segunda vez, desde 2022, que os cerca de 16 mil douradenses que utilizam o serviço são beneficiados com redução da passagem nos cercad e 50 ônibus que circulam na cidade ônibus.

Em abril daquele ano, o então prefeito, Alan Guedes, reduziu o valor de R$ 3,50 para R$ 3,25. Porém, manteve o valor do passe-estudante em R$ 1,65.

Agora, o prefeito tucano, que derrotou Alan Guedes na eleição do ano passado, fez redução idêntica e também cortou em 65 centavos o custo da passagem para estuantes. Na cidade, segundo Marçal Filho, existem em torno de 120 cursos universitários. A estimativa é de que a medida beneficie em torno de cinco mil estudantes.

“Entendemos que no caso dos estudantes essa redução teria que ser ainda maior, já que a quase totalidade deles ainda não têm renda própria e dependem dos pais para pagar pelo transporte. Por isso, negociamos com a empresa e conseguimos reduzir de R$ 1,65 para R$ 1,00 o preço da passagem para essa categoria”, destacou Marçal Filho.

Desde o primeiro corte nos valores o poder público concede subsídio. Inicialmente foram R$ 380 mil mensais, mas depois dos primeiros dez meses o valor subiu para R$ 500 mil por mês. 

 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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