Motoristas e passageiros já foram surpreendidos por uma elevação na pista, que vem seguida de um “desculpe” ou de um “segura aí”. Quebra-molas têm a função de reduzir a velocidade, mas carregam já no nome alguns problemas, como os danos que causam na suspensão dos veículos. Em Campo Grande, a falta de sinalização pega de surpresa motoristas que não conhecem o trajeto.
O diretor de trânsito da Agetran, Janine Bruno, afirma que o trabalho de conservação é contínuo. “Refazemos a pintura dia e noite, passando de bairro em bairro. Mas o quebra-molas tem um desgaste maior que o meio-fio, a pessoa freia em cima, tem mais desgaste”, aponta Janine. O tempo de duração da pintura varia entre seis meses e um ano e meio. O grande fluxo de veículos e a presença maior de terra são fatores que diminuem a vida útil do quebra-molas.
Além disso, há o problema das placas, que constantemente são roubadas ou pichadas. O preço da placa de metal com a madeira gira em torno de R$ 110, valor que sai do bolso dos motoristas multados. “Agora vai vir o período de chuva e não tem como fazer pintura”, alerta Janine.
Regulação
Quem regula a confecção das lombadas é a Resolução 39/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Ela prevê que a implantação de ondulações transversais deve ser feita depois de estudos de engenharia de tráfego que mostrem que seriam eficazes para redução de velocidade e acidentes.
Na lei, são previstos dois tipos de lombadas: o tipo I possui 1,5 metros de comprimento e 8 centímetros de altura; a do tipo II possui 3,7 metros de comprimento e 10 centímetros de altura. Ainda há outras regras sobre a implantação das lombadas, como estar distantes 15 metros das esquinas ou curvas, não podem ser implantadas em vias utilizadas por transportes coletivos e ainda devem ter 50 metros de distância entre elas. Se um motorista se sentir lesado por conta de um equipamento instalado incorretamente, pode procurar a justiça com base nesta resolução.


