Cidades

UTILIDADE PÚBLICA

MS terá coleta de DNA para auxiliar na identificação de pessoas desaparecidas

Estado registrou 776 casos neste ano, média de três pessoas por dia

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A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) vai participar da mobilização nacional de identificação de pessoas desaparecidas, com coleta de DNA de familiares, entre os dias 27 e 30 de agosto. 

Dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mostram que 2024 já contabiliza 776 pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul, o que corresponde a três por dia.

O Estado registrou 1.429 casos de desaparecidos só no ano passado. Em Campo Grande foram 583 em 2023; sendo 314 até o momento.

O serviço de coleta de DNA é fundamental para auxiliar na busca por essaspessoass. O exame será feito em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta.

Ao todo, 15 sedes regional irão colher o material genético nas unidades, através da Coordenadoria-Geral de Perícia. Fora do período da campanha, as coletas terão continuidade no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forense) a qualquer tempo.

Como será feita a coleta?

O procedimento para colher o material será feito apenas em parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida. Se possível, é recomendado que ao menos dois familiares façam a coleta. A ordem de preferência é:

  • genitores da pessoa desaparecida (mãe e/ou pai biológicos);
  • filhos(as) biológicos(as) da pessoa desaparecida e o outro genitor desses filhos(as);
  • irmãos biológicos da pessoa desaparecida (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).

Na hora da coleta, a pessoa irá assinar um Termo de Consentimento para a realização da doação. É preciso levar um documento de identificação junto com as informações do Boletim de Ocorrência do desaparecimento (número, estado de registro e delegacia). Se possível, deve-se apresentar cópia do Boletim de Ocorrência.

Além disso, os familiares podem levar objetos que possam ter material genético da pessoa desaparecida (objeto de uso único e pessoal do desaparecido), como, por exemplo: amostra de cordão umbilical; dente que se tenha guardado ou escova de dente.

A coleta pode ser feita a partir de células da mucosa oral por meio de um suabe (cotonete) que é passado no interior da bochecha. Também pode ser realizada a partir da coleta de uma gota de sangue do dedo da mão. Não é preciso estar em jejum.

A amostra vai para um laboratório de genética do órgão de perícia oficial para extração de DNA e será inserido no banco de DNA local e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Os bancos de DNA são administrados por peritos oficiais.

Nos bancos são cadastrados continuamente DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas e mortas, e DNA de familiares de pessoas desaparecidas.

Quando há coleta de amostras para exame de DNA dos familiares da pessoa desaparecida elas são processadas nos laboratórios de genética forense e os DNAs obtidos são então inseridos nos bancos locais e nacional de DNA.

Estes perfis são comparados continuamente com DNA de pessoas de identidade desconhecida, vivas ou mortas, visando sua identificação.

Caso seja identificado um vínculo genético e confirmada a identificação, os peritos vão fazer um laudo, notificar o Delegado de Polícia responsável pela investigação e a instituição que forneceu o material genético da pessoa desaparecida (hospital, abrigo, IML, etc.). A família será informada da identificação pelo órgão competente.

Quais pontos de coleta em Mato Grosso do Sul?

Localidade Nome da Unidade Endereço Telefone
CAMPO GRANDE/MS Instituto de Análises Laboratoriais Forenses Av. Filinto Muller, 1530 – Vila Ipiranga (67) 3345-6738
AMAMBAI/MS Núcleo Regional de Medicina Legal de Amambai R. Colombo, 807, Amambaí – MS (67) 3481-1066
BATAGUASSU Unidade Regional de Perícia e Identificação de Bataguassu Rua Padre Anchieta, 850 Jardim São Francisco (67) 3541-1943
COSTA RICA/MS Unidade Regional de Perícias e Identificação de Costa Rica Rua Domingos Augusto Coelho, 511, Centro (67) 3247-2170 – 3247-2783
FÁTIMA DO SUL Unidade Regional de Perícia e Identificação de Fátima do Sul Rua Weimar Gonçalves Torres, 1214 – Centro (67) 3467-4311
NOVA ANDRADINA/MS Unidade Regional de Perícia e Identificação de Nova Andradina Av. José Heitor de Almeida Camargo, 1044 – Centro (67) 3441-9421
COXIM/MS Unidade Regional de Perícias e Identificação de Coxim Av. General Mendes de Moraes, 240. Jd Aeroporto (67) 3291-7409
AQUIDAUANA/MS Unidade Regional de Perícia e Identificação Rua Luís da Costa Gomes, 593, Vila Cidade Nova (67) 3241-8697
NAVIRAÍ/MS Unidade Regional de Perícias e Identificação de Naviraí Avenida Campo Grande, 188, 1° piso, Centro (67) 3461-2930
CORUMBÁ/MS Unidade Regional de Perícia e Identificação de Corumbá Rua Major Gama, 290 (67) 3234-9913 / (67) 3234-9905
JARDIM-MS Unidade Regional de Perícia e Identificação de Jardim Avenida Fernando Aranha, 1055 Vila Major Costa (67) 3251-6100
DOURADOS/MS Núcleo Regional de Medicina Legal de Dourados Rua Cel. Ponciano Pereira de Mattos, 835 – Terra Roxa (67) 3416-5614
TRES LAGOAS -MS Núcleo Regional de Medicina Legal de Três Lagoas Rua Mario Cesar Mancini, 1192, Jardim Paranapunga (67) 3532-7975
PONTA PORÃ/MS Núcleo Regional de Medicina Legal de Ponta Porã Rua Jorge Roberto Salomão, 1534 – Jardim Ipanema (67) 3522-7975
PARANAÍBA/MS Unidade Regional de Perícia e Identificação de Paranaíba Rua Autogamis Rodrigues da Silva n. 1531 – Centro (67) 3503-1043

Lançamento

Como no dia 26 é feriado em Campo Grande (aniversário da cidade), a campanha será lançada oficialmente no Estado no dia 27/08, às 8 horas, na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e de Proteção à Pessoa. 

*Com informações da assessoria 

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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