Cidades

ENTREVISTA

"Temos investimentos industriais de R$ 6 bilhões para implementação de usinas"

O presidente da Biosul disse em entrevista ao Correio do Estado que a produção de etanol em MS cresceu em 75%, enquanto a média nacional foi de 19%

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Economista por formação, o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Amaury Pekelman, compartilhou uma visão abrangente sobre o setor de bioenergia e sua influência no desenvolvimento do Estado. 

Em entrevista ao Correio do Estado, analisou o desempenho recente das usinas, os desafios enfrentados nos últimos anos e as perspectivas para as próximas safras, destacando o papel fundamental da bioenergia para o desenvolvimento econômico regional e sua contribuição para a sustentabilidade.
 

Pekelman destacou os investimentos que devem chegar a R$ 6 bilhões nos próximos anos e que o Estado caminha para ser o segundo maior produtor de etanol do Brasil. Além disso, o setor dá grandes passos ao futuro com o desenvolvimento de tecnologias para novos produtos.

O dirigente da Biosul também avaliou os gargalos enfrentados pelo setor e quais as ações desenvolvidas para ajudar MS a alcançar a meta de ser um estado carbono neutro até 2030. Confira a seguir.

Como o senhor avalia o desempenho atual do setor sucroenergético em Mato Grosso do Sul? Quais foram os principais desafios enfrentados nos últimos anos?

O setor de bioenergia em Mato Grosso do Sul está vivendo sua terceira fase de expansão, marcada pela consolidação das usinas que chegaram aqui no fim dos anos 2000. Essas usinas se estabeleceram e continuam investindo na ampliação das plantas, na diversificação de produtos e na renovação dos seus canaviais. Com essa recuperação, nos últimos dois anos, novos investimentos chegaram no Estado, movimento que veio com a complementariedade do milho como matéria-prima para a produção de etanol, trazendo uma nova dinâmica ao setor e reforçando ainda mais a vocação do Estado para a produção de energia limpa e renovável.

Hoje, contamos com 22 usinas de bioenergia em operação, um crescimento de 22% de investimentos nos últimos dois anos. Esse avanço reflete não apenas no aumento da produção, mas também a melhoria da eficiência das indústrias, que passou a produzir mais com a mesma área de cultivo.

Claro que um ciclo de crescimento é antecedido por grandes desafios, a exemplo da pandemia mundial, que nos exigiu resiliência e proporcionou diversas melhorias e avanços no uso de tecnologias. A questão climática também é uma variável importante para o setor, que vem trabalhando fortemente na melhoria da produtividade agrícola.
 
Quais as perspectivas para a próxima safra?

Teremos impactos dos eventos climáticos que tivemos ao longo desse ano, com uma estiagem prolongada, pouca chuva nas lavouras e ocorrência de geada, que afetam o desenvolvimento da cana no campo. Ainda estamos avaliando uma possível quebra de safra, porém, o aumento da produção de etanol de milho tem contribuído para diversificar a nossa matriz produtiva.

O Estado tem se destacado na produção de etanol de cana-de-açúcar e agora de milho, despontando como um dos principais produtores do País. Ainda há espaço para crescer?

Sim, o setor vem crescendo com a melhoria de produtividade e a sua expansão, se necessário, se dá em áreas de pastagens degradadas. E temos o milho de segunda safra que também pode ser absorvido pelas indústrias que chegaram recentemente.

Temos novos investimentos previstos para o setor sucroenergético nos próximos anos?

Já temos investimentos industriais anunciados em torno de R$ 6 bilhões para os próximos anos, para implementação e ampliação de usinas para produção de açúcar, etanol e novos produtos, como biogás, biometano e etanol de segunda geração. 
 
Como a Biosul enxerga o papel das usinas no fortalecimento da economia regional? Qual o impacto do setor na geração de empregos e desenvolvimento local?

A história e o crescimento do setor bioenergético no Estado acompanham o desenvolvimento local dos municípios que estão em torno das usinas. Se olharmos indicadores de desenvolvimento econômico e humano, os impactos positivos são expressivos. 

Atualmente, o setor está presente em mais de 40 municípios e é responsável por cerca de 30 mil empregos diretos, com uma contribuição de 16,5% do PIB industrial do Estado.

Anualmente, o setor injeta cerca de R$ 1,2 bilhão em massa salarial, tanto no campo quanto na indústria. Números que causam grande impacto econômico pelos municípios onde as usinas estão instaladas.

No âmbito nacional, Mato Grosso do Sul tem condições de se tornar o maior produtor do País?

Mato Grosso do Sul é um dos grandes players de bioenergia do País e hoje ocupa a quarta posição no ranking geral, dando importantes passos para, nos próximos anos, tornar-se o segundo maior produtor de etanol do Brasil.

A produção do biocombustível, estimulada pela chegada do milho, tem apresentado crescimento acima da média nacional. Se olharmos para os últimos 10 anos, a produção de etanol no Estado cresceu em 75%, enquanto a média de crescimento nacional foi de 19%. 

Quais são as principais iniciativas do setor para promover práticas sustentáveis na produção de etanol e açúcar? Como as usinas do Estado têm se adaptado às exigências ambientais?

Nos últimos 20 anos, o setor sucroenergético passou por diversas transformações, e hoje é possível dizer que a sustentabilidade está em seu DNA. A preocupação com uma produção de baixo impacto ambiental cada vez mais eficiente faz parte da agenda do setor que hoje vive outra realidade.

Do campo à indústria, temos exemplos de mudanças que impactaram principalmente na preservação dos recursos naturais, na melhoria da produtividade dos canaviais, no reaproveitamento dos resíduos industriais, que agora são subprodutos, além da compensação do dióxido de carbono emitido ao longo da produção, que é absorvido pela cana-de-açúcar que está no campo.

Como exemplos, temos a mecanização da colheita da cana, que foi um grande avanço para o setor, o reaproveitamento da vinhaça para fertirrigação, que retorna para o campo como adubo orgânico, programas de controle biológico de pragas, transformação do bagaço da cana em energia elétrica, o uso da palha da cana para conservação do solo e a torta de filtro enriquecida, que retorna para o campo como adubo orgânico.

De usinas, passamos a ter parques de bioenergia onde a matéria-prima, seja cana, seja milho, é utilizada em sua totalidade, assim como os resíduos do processo de produção. Um exemplo de economia circular.
 
Como o setor está se adaptando para se desenvolver conforme a meta de tornar MS em um estado carbono neutro até 2030?

O setor de bioenergia está desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul, expandindo suas operações com atividades totalmente alinhadas com as principais políticas públicas ambientais estabelecidas para o Estado, visando torná-lo carbono neutro até 2030. 

Podemos mencionar como exemplos a adoção de tecnologias de baixa emissão que tornam a produção de açúcar, etanol e bioeletricidade ainda mais eficiente, promovendo a redução de emissões de gases de efeito estufa ao longo de toda a cadeia produtiva.

O RenovaBio, um dos maiores programas de descarbonização do mundo, atualmente, todos os parques de bioenergia estão certificados no programa. Como resultado, nos últimos quatro anos, a produção de etanol evitou a emissão de mais de 12 milhões de toneladas de CO2.

Além disso, é importante reforçar a contribuição do setor para a transição energética do País, que busca cada vez mais alternativas de combustíveis e energias produzidas a partir de fontes limpas e renováveis, estimulando a substituição de fósseis na matriz energética nacional. Nesse sentido, Mato Grosso do Sul também já é um exemplo de matriz energética cada vez mais verde, com uma ampla participação do setor de bioenergia.

A estiagem prolongada e a falta de chuvas prejudicou as últimas safras de soja e milho em MS. Isso também afetou a safra de cana-de-açúcar?

A estiagem prolongada e a falta de chuvas também impactaram a safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul, embora de forma menos severa que em outras culturas. 

As usinas têm adotado medidas para mitigar esses impactos, como a irrigação de áreas estratégicas, o uso de variedades de cana mais resistentes à seca e a gestão eficiente dos recursos hídricos. Contudo, estamos atentos ao cenário climático adverso que tem se apresentado no Estado.

Como a questão logística tem afetado a competitividade do setor no Estado? Existem desafios ou oportunidades relacionadas ao transporte de açúcar e etanol para os mercados internos e externos?

Há grandes desafios logísticos para superarmos em Mato Grosso do Sul. É uma das demandas do setor, que vem trabalhando junto ao governo do Estado.

Quais são os principais mercados de exportação para o açúcar e o etanol produzidos em Mato Grosso do Sul? Existe potencial para ampliar a participação no mercado internacional?

O açúcar é um dos principais produtos da balança comercial do Estado, com uma participação de 7% nas exportações anuais. No último ano, ele foi responsável pela receita de R$ 4,9 bilhões para MS, destinando cerca de 1,8 milhão de toneladas para o Canadá, a Argélia, a Malásia, a Índia e outros países. 

Diferentemente do açúcar, o etanol produzido em MS tem maior parte da sua destinação para o mercado interestadual, abastecendo estados vizinhos como São Paulo e Paraná. 

Perfil

Amaury Pekelman 

Com formação em Economia pela Fundação Armando Alvares Penteado (SP)e pós-graduação em Economia Internacional pela Universidade de Adelaide (Austrália), Amaury Pekelman atuou no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial da Bahia (Senai-BA) e na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). 

Em 1997, começou sua trajetória na Rede Bahia, onde atuou por mais de 12 anos na gestão de marketing e eventos, e foi executivo de emissoras afiliadas do grupo. Em 2010, Pekelman assumiu a gerência de assuntos institucionais da Braskem na Bahia, uma das maiores empresas mundiais do setor petroquímico. 

Dois anos depois, o executivo ingressou no setor bioenergético na antiga ETH Bioenergia, atual Atvos, onde permaneceu como vice-presidente de Relações Institucionais, Comunicação e Sustentabilidade do grupo até 2022. Nesse período, o executivo ocupou posições de liderança em entidades do setor, como presidente do Conselho da Biosul (2016-2024) e Presidente da União Nacional da Bioenergia (Udop) (2018-2022). 

No último ano, Pekelman também esteve como diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Paper Excellence, uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo.
 

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Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (26) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Chuva segue em maior parte do estado

26/10/2024 04h30

Chuva continua com calor no estado

Chuva continua com calor no estado Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Neste sábado (26) a previsão indica probabilidade para chuvas de intensidade fraca a moderada, e pontualmente podem ocorrer chuvas de intensidade forte e tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento no estado de Mato Grosso do Sul. Essa situação meteorológica ocorre devido ao avanço de uma frente fria, associada ao ciclone extratropical no Sul do Brasil.

Além disso, o intenso transporte de calor e umidade, aliado ao deslocamento de cavados deverão favorecer a formação de instabilidades no estado de Mato Grosso do Sul. Há probabilidade de chuvas mais significativas com acumulados que podem ficar acima de 40 mm/24h.

Os ventos atuam do quadrante norte (noroeste) e ao longo do sábado giram para o quadrante sul com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 23°C e máxima de 26°C. Chove.
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 24°C e 28°C. Deve chover.
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 24°C e a máxima de 30°C. Pode chover.
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 23°C e máxima de 30°C. Irá chover.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 23°C e 30°C. Irá chover.
  • Anaurilândia terá mínima de 23°C e máxima de 31°C. Há previsão de chuva.
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 21°C e máxima de 30°C. Há probabilidade de chuva.
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 21°C e 27°C. Chove.
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 20°C e máxima de 32°C. 

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Mato Grosso do Sul

Nova etapa de operação inclui devassa em contas e bens de desembargadores

STJ autorizou Polícia Federal a fazer pente-fino nas movimentações dos últimos 10 anos de suspeitos de venda de sentença

26/10/2024 04h00

Policiais federais retiraram cofre de dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Policiais federais retiraram cofre de dentro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Marcelo Victor

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O despacho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, que autorizou a operação Ultima Ratio, liberou a Polícia Federal para realizar uma completa investigação da vida financeira dos suspeitos no esquema de venda de sentenças que envolve a cúpula do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Os bancos deverão fornecer, no prazo de 30 dias, informações de todos os investigados na operação, referentes ao período de 1º de janeiro de 2014 a 22 de outubro deste ano.

Segundo o ministro, isso inclui “todas as contas (tais como depósito à vista, de poupança, de investimento, de depósito a prazo e outros bens, direitos e valores e todos os demais tipos de contas) nas quais as pessoas acima citadas tenham qualquer tipo de relação (titulares, co-titulares, representantes, procuradores e quaisquer outros tipos de relação), inclusive na qualidade de procurador”.

Na operação, desencadeada na manhã de quinta-feira (24), o ministro Francisco Falcão determinou o afastamento de cinco desembargadores de suas funções: o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins; o presidente eleito da Corte, Sideni Soncini Pimentel; o vice-presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva; além de Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos. Todos estão proibidos de se comunicar entre si, de retornar ao TJMS e deverão utilizar tornozeleira eletrônica.

Também foram afastados de seus cargos, com uso de tornozeleira eletrônica e impedidos de se comunicar com outros investigados pela Polícia Federal, o conselheiro do TCE-MS, Osmar Domingues Jeronymo, e seu sobrinho, Danillo Moya Jeronymo, servidor comissionado do TJMS.

No despacho que autorizou a operação, o ministro do STJ deu autonomia ao delegado da Polícia Federal que conduz o inquérito, Marcos André Araújo Damato, para requisitar diretamente às instituições financeiras e ao Banco Central do Brasil quaisquer dados e documentos relacionados às operações financeiras dos investigados no período do afastamento do sigilo.

Isso inclui “documentos de suporte, fitas de caixa, cadastros dos clientes, análises de crédito feitas pelas instituições financeiras, dados de compliance e controles internos, relacionados a cartões de débito e crédito e quaisquer outros dados pertinentes”, segundo o ministro.

O Banco Central também deverá fornecer à Polícia Federal todas as informações sobre remessas de dinheiro dos investigados para o exterior. Entre pessoas físicas e jurídicas, 38 nomes de pessoas e empresas tiveram seus sigilos bancário e fiscal quebrados pelo STJ e sofrerão devassa da Polícia Federal. 

QUBRA DE SIGILO

No topo da lista estão os desembargadores Sérgio Martins, Vladimir Abreu da Silva, Sideni Soncini Pimentel, Alexandre Bastos e Marcos José de Brito Rodrigues. 

A lista inclui ainda advogados, filhos de desembargadores, ex-desembargadores, advogados lobistas, empresários e empresas, tais como:

  • Marcus Vinicius Machado Abreu da Silva
  • Ana Carolina Machado Abreu da Silva
  • Julio Roberto Siqueira Cardoso
  • Natacha Neves de Jonas Bastos
  • Paulo Fernando Garcia Cardoso
  • Gustavo Soares Abrego Gomes
  • Camila Cavalcante Bastos Batoni
  • Pedro Henrique Cavalcante Bastos
  • Rodrigo Gonçalves Pimentel
  • Renata Gonçalves Pimentel
  • Divoncir Schreiner Maran
  • Vanio Cesar Bonadiman Maran
  • Divoncir Schreiner Maran Junior
  • Maria Fernanda Gehlen Maran
  • Rafael Fernando Gehlen Maran
  • Diogo Ferreira Rodrigues
  • Osmar Domingues Jeronymo
  • Felix Jayme Nunes da Cunha
  • Everton Barcellos de Souza
  • Diego Moya Jeronymo
  • Danillo Moya Jeronymo
  • DMJ Logística e Transportes Ltda
  • Percival Henrique de Sousa Fernandes
  • PH Agropastoril Ltda
  • Paulo Afonso de Oliveira
  • Fabio Castro Leandro
  • Andreson de Oliveira Gonçalves
  • Florais Transportes Eireli
  • Flavio Alves de Morais
  • Mauro Boer

BALCÃO DE NEGÓCIOS

As vendas de decisões, conhecidas como vendas de sentenças, ocorriam de diversas formas e em vários processos. 

Um caso emblemático envolve desembargadores do TJMS, que aceitaram decisões baseadas em uma escritura falsa lavrada no estado do Paraná, usada para transferir a propriedade de uma fazenda em Maracaju.

Outro caso envolve o desembargador Marcos José de Brito Rodrigues, que ajudou um colega do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o procurador de Justiça Marco Antônio Sottoriva, que havia feito um mau negócio na compra de uma fazenda. Sottoriva queria desistir da compra e enfrentava um contencioso de R$ 5 milhões na Justiça com a outra parte.

Brito Rodrigues decidiu sem ler o processo, delegando a seu assessor a elaboração da decisão, e atendeu ao pedido do amigo. Posteriormente, Sottoriva conseguiu um acordo para se livrar de pagar parcelas, aluguéis e lucros cessantes no desfazimento do negócio, agradecendo a Brito pela decisão favorável: “Graças a Deus e ao seu trabalho”.

Há também o caso do ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que pediu para parcelar a compra de uma decisão (para rescindir uma sentença em que ele havia sido condenado) em duas vezes, além de decisões favoráveis para soltar traficantes.

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