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Traficante Nem batia na namorada por causa de ciúmes, revela escuta da polícia

Traficante Nem batia na namorada por causa de ciúmes, revela escuta da polícia

ig

18/11/2011 - 20h30
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Juntos há pelo menos cinco anos e pais de uma menina, o chefe do tráfico na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, e sua namorada Danúbia de Souza Rangel, de 27 anos, chamada de a "Xerifa da Rocinha", viviam uma relação de amor e ódio.

Apesar de todos os mimos do traficante, que presenteava a amada com roupas de grife, joias e passeios paradisíacos, escutas telefônicas feitas por agentes da Polinter revelam que Nem, por ciúmes, batia na companheira.

Os trechos das interceptações constam em processo que tramita na 29ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

Um dos casos ocorreu em outubro do ano passado. Uma gravação feita no dia 19 daquele mês revelou uma conversa de Danúbia com uma amiga chamada Gisele em que a primeira-dama da Rocinha relata as agressões.

Danúbia contou que "estava ruim e bêbada" após sair de uma festa e que um amigo de Nem, de nome Serginho Fofão, a levou de motocicleta para casa. Após isso, segundo ela, o mesmo Fofão foi até o traficante contar que a namorada dele estava bêbada e de vestido "curtinho".

"Fiquei toda roxa, com olho roxo e tudo", contou Danúbia para Gisele.

A namorada de Nem, que se referia a ele como "o outro", disse que o traficante ainda quebrou seu telefone celular. Danúbia afirmou ainda para a amiga que, por estar bastante machucada, ficou uma semana sem sair de casa.

Uma outra escuta feita no dia 20 de janeiro, Danúbia conta a uma outra amiga que teve uma briga feia com Nem em um baile na favela da Rocinha e que apanhou dele.

As escutas da Polinter mostraram a paixão da namorada de Nem por roupas e sapatos de grife. Em vários trechos de interceptações, Danúbia fala sobre compras em lojas de Ipanema e de shoppings da zona sul carioca.

Em um deles, comenta que comprou duas sandálias, uma por R$ 300 e outra por R$ 320, na loja Colcci, localizada na rua Garcia D´Ávila, em Ipanema.

Salão de beleza

As investigações mostram que Danúbia é proprietária de um salão de beleza na Rocinha tendo como sócia uma irmã. O estabelecimento, segundo o inquérito, foi inaugurado no dia 18 de outubro do ano passado, com capital social de R$ 10 mil.

Danúbia também não economizava na decoração da casa que morava com Nem, na localidade da Cachopa, na Rocinha. Em uma conversa interceptada pelos policiais, a primeira-dama disse que pagaria R$ 3,5 mil por um serviço de jardinagem.

Na mesma casa, os agentes da Polinter encontraram, em outubro do ano passado, várias roupas de grife, além de eletrodomésticos da última geração como uma televisão de 42 polegadas, uma outra de 32 polegadas e um home theater.

No inquérito da Polinter consta que o casal foi batizado no dia 2 de janeiro em uma igreja da rua Haddock Lobo, na Tijuca, na zona norte.

Danúbia gostava de exibir a vida de luxo que levava e chegou a publicar em um site de relacionamentos fotos suas usando joias caras e roupas de marca. Um álbum de fotos da primeira-dama foi encontrado pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais) durante a ocupação iniciada na Rocinha no último domingo (13).

Apesar de Danúbia não ser considerada foragida já que não tem mandado de prisão pendente, a polícia suspeita que a loira saiu da Rocinha com parte da quadrilha de Nem e teria se refugiado no morro do Urubu, na zona norte, onde há traficantes da mesma facção que a da Rocinha.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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