Homem fazia parte da facção "Família Terror do Amapá", que tenta se estabelecer em MS por ser região fronteiriça
Um dos principais integrantes da facção criminosa "Família Terror do Amapá", que atua também em Mato Grosso do Sul, foi preso em Campo Grande, nesta terça-feira (1º). A prisão aconteceu durante cumprimento de mandato de prisão preventiva, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco).
Segundo a Polícia Civil, a captura ocorreu em uma residência localizada na Vila Piratininga, após troca de informações entre a Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil do Amapá e a Dracco.
O criminoso foi alvo de operação da Polícia Civil do Amapá, deflagrada em 25 de março de ano, com objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro.
Desde 2021o, as polícias civis de Mato Grosso do Sul e do Amapá trabalham em conjunto contra a facção criminosa, que é considerada uma das mais violentas da Região Norte do País e que há meses tenta se estabelecer na região fronteiriça de MS.
A operação se estende também para o estado do Pará.
Foi expedido mandado de prisão contra o homem, mas ele não foi encontrado na ocasião, sendo preso agora em Campo Grande.
As investigações apontam que a facção movimentava aproximadamente R$ 2,5 milhões por semestre, utilizando mecanismos sofisticados de ocultação de valores ilícitos, como contas bancárias em nome de terceiros, empresas de fachada e a técnica conhecida como “smurfing”, que fragmenta grandes quantias em pequenas transações para dificultar o rastreamento financeiro.
Facção criminosa
A organização criminosa que se autodenomina “Família Terror do Amapá” é uma das mais violentas do norte do País, consolidada no estado do Amapá, e que começou a se estabelecer em Mato Grosso do Sul há cerca de cinco por causa da região fronteiriça.
Ao longo dos anos, várias operações foram deflagradas contra integrantes da facção, conforme noticiou o Correio do Estado.
Em um dos casos, em dezembro de 2020, na “Operação Estol” foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e 9 de prisão preventiva contra responsáveis por roubar uma aeronave na cidade de Laranjal do Jari (AP) em março do mesmo ano.
Os criminosos eram narcotraficantes que enviavam drogas da Bolívia para o Amapá em grandes quantidades através de aeronaves de pequeno porte. O líder era de Mato Grosso do Sul e comandava o envio de entorpecentes para o Amapá junto com os demais membros.
Após ter sua aeronave apreendida com entorpecentes no Paraguai, o grupo criminoso teria roubado outra no Amapá para continuar o transporte da mercadoria ilícita.