O violento trânsito de Dourados já matou 16 pessoas de janeiro até julho deste ano – a maioria motociclistas e pedestres. No total, foram 1.317 acidentes até o último dia de junho, segundo revelam as estatísticas do Departamento Estadual de Transito (Detran).
Com uma frota automotor em torno de 80 mil veículos, os douradenses correm risco diário de morrer, principalmente os condutores de motos que somam aproximadamente 25 mil. Muitos abusam da velocidade e não respeitam as outras leis de transito.
A última vítima foi a auxiliar de enfermagem, Eliziane Fleitas, de 27 anos, que morreu na manhã de segunda-feira no cruzamento da avenida Weimar Torres com a rua 31 de Março, no bairro Cabeceira Alegre, depois de ter sido colhida por um carro.
Os números do Detran/MS indicam aumento gradativo no número de colisões, atropelamentos e outros tipos de acidentes. Desde o início de 2011, apenas em fevereiro não houve caso de vítima fatal no transito local. Durante 2010, houve o registro de 2.629 acidentes de trânsito em Dourados.
Nos primeiros três meses deste ano, 579 acidentes foram registrados. No segundo trimestre, os casos saltaram para 738. Seis pessoas morreram no primeiro trimestre e no segundo, foram nove, com media mensal de 2,5 obitos. Motociclistas (cinco), pedestres (quatro) e em colisões(seis). E julho começou com a morte de Eliziane Fleitas.
Risco
Segundo um levantamento recente feito pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas, um em cada três acidentados de moto fica com seqüelas para o resto da vida. A principal causa dos acidentes é a imprudência no trânsito pois geralmente está associadas a alta velocidade.
Segundo o chefe do Centro de Traumas do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, Leonardo Rocha, “as lesões são mais graves do que os acidentes automobilísticos em função do motociclista ficar menos protegido. Em função da alta velocidade e da falta de proteção, você acaba causando uma lesão não só do osso, mas também da parte dos tendões e dos músculos."


