Pessoas já recuperadas que ficaram com sequelas, devido à infecção pela Covid-19, têm acesso a tratamento gratuito, em Campo Grande. Os pacientes têm direito a atendimento respiratório, cardiovascular, ortopédico e fisioterápico.
Os serviços são oferecidos pela Uniderp, e também pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Apae.
Para auxiliar as pessoas debilitadas pela doença, a universidade criou o Ambulatório de Fisioterapia pós-Covid-19 para os ex-pacientes com comprometimentos moderados ou graves.
O serviço é voltado a pessoas de baixa renda (com até dois salários mínimos), já que a intenção é dar mais acessibilidade àqueles que não conseguem frequentar uma clínica particular.
A clínica conta com acadêmicos do último semestre do curso de Fisioterapia que trabalham sob a supervisão dos professores, e os atendimentos acontecem de segunda a quinta, no campus da avenida Ceará.
"Estamos cumprindo rigorosamente os protocolos de biossegurança, usando todos os equipamentos de proteção individual, as alas de atendimento foram montadas prezando pelo distanciamento entre os pacientes, além disso, não só quem recebe o atendimento está passando por triagem, mas, também, os acompanhantes e a equipe de terapeutas," completou o Melk Mussato, professor do curso de Fisioterapia.
Quem tiver interesse pode realizar o agendamento por meio do telefone de contato: (67) 99613-3710, no horário das 8h às 12h.
Em relação ao Município, além dos tratamentos para melhorar o desempenho físico dos recuparados da Covid-19, o ambulatório também oferece acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
O Prefeito Marquinhos Trad destacou que este tipo de acompanhamento é importante tanto pelos acometimentos do vírus, como também pelos medos e sensações geradas pela infecção.
Todo o serviço do ambulatório é oferecido pela Associação dos Amigos Excepicionais (Apae) e aberto para pessoas que utilizam o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para ajudar no funcionamento, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), cedeu um monitor cardíaco e um respirador, que também auxiliarão os pacientem que desenvolveram doenças residuais.
“Todos os pacientes a partir do 21º dia de infecção serão regulados, e aqueles que possuírem algum sintoma de doença residual iniciará o tratamento na APAE. Hoje há a possibilidade de avaliação de 70 pessoas por dia”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.
Também para o coordenador técnico da Apae, Paulo Muleta, a abertura do ambulatório é um passo gigante para a população, já que os atendimentos são 100% SUS, o que marca a história da saúde pública.
Ao todo, serão investidos cerca de R$ 53,5 mil por mês no ambulatório, e há uma expectativa de que outro pólo seja aberto ainda este mês.