Três testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça nesta segunda-feira (17) na primeira audiência do caso do lutador de Jiu Jitsu, Rafael Martinelli Queiroz, 27 anos, acusado de matar o engenheiro eletricista Paulo César de Oliveira em um quarto de hotel em Campo Grande, no dia 18 de abril.
De acordo com o advogado que representa Rafael, Darguim Julião Villalva Júnior, outras quatro testemunhas de defesa são de São Paulo e devem prestar depoimento por meio de carta precatória. Rafael só será ouvido depois do depoimento de todas as testemunhas, ainda sem data definida. O advogado e o lutador acompanharam os depoimentos desta segunda.
A defesa pediu um exame para atestar insanidade mental do lutador, mas o laudo ainda não ficou pronto. “O que se tem até então é um laudo preliminar de psiquiatra particular que atesta surtos psicóticos, mas é preliminar e ele ainda vai passar por outros procedimentos”, disse o advogado.
O lutador é acusado do crime de lesão corporal dolosa em relação à namorada (C.M de M.), em situação de violência doméstica, além do crime de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e por recurso que dificultou a defesa de Paulo César, além do crime de resistência à prisão. A denúncia foi recebida no dia 14 de maio.
O CASO
O crime ocorreu no dia 18 de abril, no Hotel Vale Verde. O lutador, que é de Valparaíso, no interior de São Paulo, estava em Campo Grande para participar de uma competição, no entanto, teria perdido a luta por WO (desistência).
Rafael agrediu a namorada, que fugiu do quarto e se escondeu na recepção. Transtornado, Rafael saiu pelo corredor do segundo andar do hotel batendo de porta em porta a procura de Carla. Ele quebrou câmeras de segurança, sensores de presença, forro, gesso, derrubou extintores e danificou portas de vários apartamentos.
Durante a procura, Rafael invadiu o quarto de Paulo Cezar e o agrediu com cadeiradas na cabeça.
Em depoimento à Polícia Civil,o suspeito confessou ter agredido a namorada com um soco, mas afirmou não se lembrar de todos os detalhes do ocorrido no dia do crime. Depois do depoimento, Rafael foi encaminhado a uma prisão, onde aguarda julgamento em uma cela especial por possuir nível superior.


