Cidades

"os canibais de Garanhuns"

Trio de canibais é condenado a penas de 19 a 21 anos em Pernambuco

Trio de canibais é condenado a penas de 19 a 21 anos em Pernambuco

correio24horas

15/11/2014 - 03h00
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A Justiça condenou na noite desta sexta-feira (14) Jorge Negromento, Isabel Cristina e Bruna Cristina pela morte de uma adolescente em 2008. O trio ficou conhecido como "os canibais de Garanhuns" porque usava carne humana em alimentos. Eles foram condenados por homicídio, vilipêndio (agressão ao cadáver) e ocultação do corpo de Jéssica Camila Pereira da Silva.

Com a decisão da Justiça de Pernambuco, Jorge cumprirá pena de 21 anos e 6 meses de prisão e mais 1 ano e 6 meses de detenção. Isabel foi condenada a 19 anos de prisão e Bruna a 19 anos de prisão e mais um de detenção. Foram considerados quatro agravantes no crime: motivo fútil, emprego de meio cruel, sem chance de defesa à vítima e para assegurar impunidade.

A defesa dos três já informou que irá recorrer para diminuir a sentença. Este foi o primeiro julgamento dos três, que são acusados de mais dois homicídios.

O julgamento começou na quinta. Todos os três assumiram o crime. Jorge disse que estava arrependido e tentou se comportar como portador de doença mental durante seu interrogatório, em estratégia da defesa em busca da semi-imputabilidade. Ele admitiu o canibalismo, mas disse que nunca vendeu salgados com as carnes das vítimas.

Isabel negou ter participado do assassinato de Jéssica, mas confessou ter ajudado a esconder o cadáver. Ela disse que participou do crime por conta de uma "profunda dependência emocional por Jorge", tese defendida por sua defesa. Ela disse que todos na casa comiam a carne humana, inclusive a filha da vítima, uma criança que vivia com o trio. "Ela já estava lá (na casa) e fazia parte da família", disse. A carne era preparada em uma grelha e misturada a outros alimentos.

Bruna foi a última a ser ouvida. Ela disse que ficou aterrorizada com os assassinatos, mas não os denunciou por amor a Jorge e medo por sua própria vida. Questionada se havia feito coxinhas com carne humana, ela provocou riso com a resposta: "Está repreendido!", segundo o Uol.

Crime
Jéssica foi esquartejada na casa em que o trio vivia em maio de 2008, em Olinda. O caso só foi descoberto quatro anos depois, durante investigações das mortes de outras duas mulheres em Garanhuns. O trio criou a filha de Jéssica, que tinha 1 ano quando a mãe morreu. O objetivo de Jorge e Isabel era ficar com a criança. Segundo a denúncia, eles eram casados há mais de 30 anos e não podiam ter filhos.

Isabel conheceu a vítima em Recife e a partir daí a atraiu para sua casa com uma proposta de falso emprego. Jéssica foi morta com uma facada no pescoço e esquartejada. Os três guardaram a carne de vítima para consumo próprio, segundo eles em um ritual de "purificação". Eles criaram a seita "O Cartel" e consideram as mortes como missões. Jorge afirmou que o objetivo era fazer um controle populacional matando mulheres que tinham filhos mesmo sem ter condições financeiras para sustentá-los. O canibalismo era feito para salvar a alma das vítimas, segundo os réus.

Os três réus ainda serão julgados pelas mortes de Giselly Helena da Silva, 21 anos, e Alexandra da Silva Falcão, 20, em 2012. A data do júri ainda não foi marcada.

Ribas do Rio Pardo

Motorista ignora parada e capota carro roubado no interior de MS

Homem confessou aos policiais que veículo era produto de furto e que receberia R$ 1,5 mil para levar carro até Minas Gerais

24/12/2025 15h45

Foto: Divulgação / PRF

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Um motorista foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na tarde desta terça-feira (23), após desobedecer a uma ordem de parada, fugir em alta velocidade e capotar um carro roubado na BR-262, em Ribas do Rio Pardo, no interior do Estado. Apesar da gravidade do acidente, o condutor saiu ileso.

De acordo com a PRF, a equipe realizava fiscalização de rotina no km 150 da rodovia quando deu ordem de parada a um Nissan/Versa. A sinalização foi feita por meios físicos, sonoros e luminosos, mas o motorista ignorou a determinação e iniciou a fuga.

Durante a perseguição, o condutor passou a dirigir de forma extremamente perigosa, com manobras em alta velocidade, ultrapassagens pela contramão e também pelo acostamento, colocando em risco outros usuários da via. Já no km 165, ao tentar ultrapassar um veículo pelo acostamento, ele colidiu lateralmente com o retrovisor de outro automóvel.

Após a colisão, o motorista perdeu o controle da direção, saiu da pista e capotou o veículo. Com o carro imobilizado, os policiais se aproximaram e deram voz de prisão ao condutor, identificado como Régis Yuri do Nascimento. Ele não sofreu ferimentos e foi algemado por precaução, diante do receio de nova tentativa de fuga.

Ainda no local, o homem confessou aos policiais que sabia que o veículo era produto de furto e que receberia R$ 1.500 para transportá-lo de Uberlândia (MG) até Campo Grande. Os agentes também constataram que o Nissan/Versa, modelo 16SL CVT, de cor cinza, estava com as placas adulteradas.

Durante a ocorrência, a PRF apreendeu o automóvel e um telefone celular da marca Samsung. A princípio, foram constatados os crimes de adulteração de sinal identificador de veículo automotor e desobediência. O caso foi encaminhado à Polícia Civil de Ribas do Rio Pardo.

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CRISE

Santa Casa "esquece" de médicos em acordo e incerteza sobre o 13º continua

Hospital anunciou fim da paralisação dos enfermeiros, farmacêuticos e parte administrativa na manhã desta quarta-feira (24), mas 'acordão' não contempla os médicos celetistas

24/12/2025 14h30

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário

Santa Casa e médicos celetistas ainda não entraram em acordo sobre o 13º salário Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A Santa Casa de Campo Grande e os médicos celetistas da entidade ainda não entraram em acordo sobre o pagamento do 13º salário e a previsão é incerta.

Nesta quarta-feira (24), o hospital anunciou que entrou em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de Mato Grosso do Sul (Siems), Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de MS (Sintesaúde), Sindicato dos Técnicos e Tecnólogos em Radiologia de MS (Sinterms) e Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de MS (Sinfarms).

Na proposta feita pela Santa Casa e aceita pelas classes acima consta o pagamento de 50% do benefício na manhã desta véspera de Natal e o restante no dia 10 de janeiro, que será feita com dinheiro da 13ª parcela que o Governo do Estado transfere aos hospitais filantrópicos de MS e não está prevista em contrato. Com isso, a paralisação parcial chegou ao fim.

Porém, dentro deste ‘acordão’ feito entre o hospital e os sindicatos não estão contemplados os médicos celetistas. Segundo o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS), não houve sequer uma proposta da instituição para a classe, que, até o momento, não ameaça entrar em greve para que os serviços essenciais à população não parem.

Para garantir o pagamento do 13º, o sindicato entrou com pedido de liminar na Justiça na última terça-feira (23), pedindo para que o benefício fosse quitado integralmente dentro de 48 horas. Além disso, o Sinmed-MS pede indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil, que seria revertida ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

ACUSAÇÃO

Nesta terça-feira, o Sinmed enviou uma nota à imprensa acusando a Santa Casa de lockout, ou seja, que o hospital estaria pressionando uma greve da classe para gerar pressão no poder público.

Ainda no comunicado, o Sinmed-MS disse que os ofícios do hospital chegaram após o sindicato convocar uma assembleia com a categoria, na noite de segunda-feira, para debater sobre uma proposta feita pela instituição de como seria feito o pagamento do 13º salário. 

Na oferta, constava o parcelamento do benefício com início em janeiro de 2026, sem a inclusão de juros ou correções pelos atrasos.

Firmes na posição de não parar com as atividades, os médicos celetistas decidiram por não acatar a sugestão da Santa Casa. Além de entrar com pedido de liminar determinando o pagamento imediato do benefício, o sindicato também pede responsabilização de gestores e audiência de conciliação entre as partes para que o problema seja resolvido logo.

“Nunca vimos esse tipo de atitude na história da Santa Casa. O problema da falta de pagamentos e do 13º salário é de responsabilidade exclusiva deles como empregadores. Eles nos chamaram apenas um dia antes do vencimento do prazo para dizer que não pagariam, demonstrando total falta de gestão e de respeito com os médicos celetistas”, esclarece o presidente do Sinmed-MS, Marcelo Santana.

GREVE

Com duração de cerca de dois dias, a greve dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa impactou a população campo-grandense logo na semana de festividades natalinas, já que 30% dos funcionários das áreas citadas ficaram sem trabalhar, afetando atendimento e alguns serviços considerados essenciais.

Os serviços afetados pela paralisação dos funcionários foram: consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto-socorro e unidade de terapia intensiva (UTI), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros e corredores), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha.

Esta foi a segunda greve no setor de serviços essenciais em Campo Grande nos últimos sete dias. Na semana passada, todos os motoristas de ônibus ficaram quatro dias parados também por causa de atraso em pagamentos salariais, situação que foi resolvida somente no final da tarde de quinta-feira (18), após audiência de conciliação selar acordo entre as partes.

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