Cidades

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Tropa na estrada...

Tropa na estrada...

RUBEN FIGUEIRÓ DE OLIVEIRA

27/01/2010 - 07h44
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E já fazendo poeira, tal como, em tirada oportuna, afirmou o presidente regional do PPS, o combativo ex-vereador Atayde Nery, em necessária resposta ao atual governador, o qual em tom irônico e a destempo sugerira que o BDR – Bloco Democrático Reformista (PSDB, DEM e PPS), colocasse sua tropa na estrada. Razões para tal decisão política são claras e robustas, dentre elas a imperiosidade de fazer restabelecer sua identidade programática, até então desgastada por uma aliança de algum tempo, esclerosada pela ação deletéria e dominadora de uma aliado papão, o andrezismo. As recentes declarações do governador como também do presidente da Assembleia Legislativa, daquele surpreendentemente cautelosa, e deste desnecessariamente contundente até porque querendo atingir a honorabilidade política da senadora Marisa Serrano, com ressalvas ao seu partido, o PSDB, na realidade atingiu este também face a solidariedade irrestrita que o tucanato tem pela sua principal liderança no Estado. É preciso que haja sensibilidade de alguns dos próceres peemedebistas para entender que ao PSDB, DEM e PPS há o direito e o dever de atender aos reclamos de imensa parcela da opinião pública, no sentido de outra oportunidade para escolha do futuro magistrado do Estado e que este esteja distante da disputa egoísta hoje colocada entre o atual e o ex-governador. No curso do tempo pretérito, os partidos que formam o BDR, têm, não obstante os dissabores pela preterições impostas com certa constância pelo PMDB, se postado como leais aliados, mas isso não os obriga na perpetuação de uma aliança que já não lhe convém pelo desgaste político ocasionado. O BDR está consciente de sua potencialidade eleitoral. Portanto, não apenas luta pela vitória nas urnas e sim pelo revigoramento de uma postura democrática onde as ideias, os programas, as intenções efetivas para o bem-estar da população sul-mato-grossense sejam atendidas pelo governo, como primado de sua luta eleitoral. Não fique o andrezismo enciumado. Coloque também sua tropa na estrada – mas primeiro cure aqueles que estão estropiados pela madrinha da tropa – e não estranhe a dianteira daquela do BDR que lhe ganhou o tirão da partida e aguente agora a poeira levantada. Agora, transitando de afas a nefas. Não sei, caros leitores, se tiveram a oportunidade de ler o sugestivo artigo do sociólogo Demétrio Magnoli, em recente edição do jornal "Estadão", sob o título “O Bonaparte ausente”. Trata o artigo de uma análise da conduta política de Lula da Silva ao longo de sua trajetória como sindicalista e líder do PT até atingir o ápice da carreira, deslocando-se do patamar do proletariado para o do “conservadorismo popular” (expressão do Magnoli), hoje conhecido como lulismo onde o presidente se conduz como um autêntico sósia do Imperador Napoleão Bonaparte. Este editou o Código Napoleônico, ainda hoje relembrado; já Lula da Silva, no auge da sua popularidade lança o estrambólico PNDH 3 e já prepara para cercear a cultura nacional com um provável programa, este também com intenções discricionárias e de vezo esquerdista. O que deseja Lula da Silva? Simplesmente amarrar sua discípula Dilma Rousseff a compromissos tais nos quais a distância ele manobre os cordéis? Conclui Demétrio Magnoli, opinião que me permito reproduzir ipsis litteris: “Como não é trivial imaginar um lulismo sem Lula, capitaneado por uma liderança política derivada (a senhora Dilma, o parenteses é meu) avulta uma indagação tão crucial como inevitável. Na Presidência, não se converteria Dilma em refém da cartilha na esquerda autoritária recuperada e reescrita por um PT em declínio? ” . De minha parte, indago: com o curriculum revolucionário da senhora Dilma Rousseff, que, segundo se propala, possui personalidade dominadora e prepotente, não irá ela libertar-se do lulismo napoleônico, criar voo próprio juntando-se à esquerda dogmática nascida de uma coalizão de forças trotskistas, castristas e botar fogo neste País? E pior, com o apoio de um capitalismo pantagruélico com vetores nos bancos, no parque industrial, em áreas ingênuas do agronegócio e de um PMDB sem rumos e sem estrelas, como bois de piranha... João Paulo II, o santo e emérito Papa, afirmou certa vez, e de forma categórica, que tanto a esquerda radical (stalinista ou maoísta) como a direita simbolizada pelo nazismo, alcançaram o poder em muitos países através do gesto ora ingênuo, ora generoso e leniente do eleitorado. De tudo dá pra pensar, né?

Networking

Evento reúne Pablo Marçal e João Doria em Campo Grande

A atividade, com enfoque em empreendedores e empresários, contará com a participação do ex-candidato à prefeitura e do ex-governador de São Paulo, no projeto que traz nomes conceituados no ramo dos negócios

29/10/2024 15h30

Reprodu

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Evento de empreendedorismo reunirá Pablo Marçal, João Doria e até um príncipe da Arábia Saudita entre os dias 6, 7 e 8 de dezembro em Campo Grande.

A reunião busca reunir empresários e empreendedores durante o Know How Experience, um projeto considerado um dos maiores do ramo na América Latina.

Marçal

Entre os nomes estão o ex-candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, natural de Goiás, que ficou conhecido como um dos principais influenciadores do país.

Durante as eleições de 2024, Pablo Marçal teve embates com os candidatos, sendo o mais conhecido o episódio em que afirmou que o também candidato tucano José Luiz Datena “não era homem” e acabou levando uma cadeirada.

 

Doria

Já João Doria ficou à frente do governo de São Paulo até o dia 31 de março de 2022, quando passou o bastão com a intenção de concorrer como candidato à Presidência da República, o que acabou não acontecendo.

No mandato como governador do estado de São Paulo, Doria comandou o movimento pró-vacina e durante o mandato dele o Butantan desenvolveu a vacina brasileira Coronavac contra a Covid-19.

Além disso, Doria é empresário, fundador do Grupo Doria e do LIDE, e chegou a apresentar o programa de televisão “O Aprendiz”.

Evento

Estão confirmados entre os palestrantes o príncipe Fahad bin Nasser Al Saud, que atua como promotor de Inovação e Empreendedorismo na Arábia Saudita.

Veja os outros palestrantes:

  • Peter Diamandis - Eleito pela Fortune como um dos "50 Maiores Líderes do Mundo";
  • Filipe Trindade - conhecido por ser jurado do reality show mundial "Meet the Drapers";
  • Carol Piffer - que possui expertise tanto em empreendedorismo quanto em educação;
  • Guilherme Lippert - cofundador e Gerente de Contas Chave da V4 Company;
  • Artur Horta - que possui graduação em jornalismo e em Ciências Econômicas pela UFMG e atua pela The Link;
  • William Tang - diretor de Operações do grupo Alibaba no Brasil;
  • Alexandre Baldy - fundador da Allbox Embalagens;
  • Filipe Sabará - fundador do Instituto ARCAH, Horta Social Urbana e Permavita Ambiental;
  • Kaio Poffo - fundador da inovadora pizzaria “Heróis da Pizza”;
  • Ronaldo Estima - que saiu de garçom para se alçar como empresário renomado;
  • Augusto Contijo - formando em contabilidade, comanda as empresas WA Contabilidade & Soluções Empresariais e Tudo Bem Contábil;
  • Mauro Nunes - CEO da MVPN Finance.

Serviço

Know How Experience
Data: 6, 7 e 8 de dezembro
Local: Bosque Expo em Campo Grande

Saiba mais do evento clicando aqui.

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ultima ratio

Juiz que denuncia colegas é visto como "câncer" por desembargador

Quem o classifica assim é o desembargador Marcos Brito, afastado pelo STJ.  "Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar", ameaça outro magistrado

29/10/2024 14h17

Em conversa no watsapp, o desembargador Marcos Brito diz que

Em conversa no watsapp, o desembargador Marcos Brito diz que " O câncer de toda essa estória é aquele fdp do juiz de Três Lagoas"

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Autor de uma série de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra supostos crimes cometidos por colegas magistrados de Mato Grosso do Sul, o juiz Rodrigo Pedrini Marcos, de Três Lagoas, é visto como um “câncer” pelo desembargador Marcos Brito, um dos cinco afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no último dia 24. 

A revelação de que o juiz de Três Lagoas é mal visto pelos colegas aparece na transcrição de uma conversa pelo watsapp entre o desembargador Marcos Brito e o juiz Fernando Paes, no dia 5 de fevereiro de 2022. 

À época, o CNJ estava prestes a votar uma denúncia contra o juiz Fernando Paes Campos, que em novembro do ano passado foi promovido, por merecimento, a desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

“Bom dia. De qualquer forma, seja qual for o voto da ministra, verdade é que estão fazendo uma puta sacanagem com você Esquecí de perguntar: será que ela faz maioria pro voto dela? O câncer de toda essa estória é aquele fdp do juiz de Três Lagoas”, escreveu o desembargador Marcos Brito. 

O diálogo deixou claro que não era só o desembargador conhecido como Marcão que estava irritado com o colega que insiste em denunciar o mal feito. Além da ira, ele é alvo inclusive de uma espécie de ameaça. 

 “Quanto ao filho da puta de TL, ele não perde por esperar”, respondeu o agora desembargador Fernando Paes, conforme mostram as transcrições feitas pela Polícia Federal, que conseguiu a quebra do sigilo telemático de Marcão. 

Fernando Paes fora denunciado porque, segundo Rodrigo Pedrini, havia ajudado pessoalmente a desembargadora Tânia Borges a tirar da cadeia de Três Lagoas o filho que havia sido preso em flagrante com centenas de munições e 230 quilos de maconha.

Em abril de 2022 o CNJ abriu investigação contra Fernando Paes. Em novembro do mesmo ano, ele foi absolvido e exatamente um ano depois foi promovido a desembargador. A desembargadora Tania Borges, porém, foi demitida a bem do serviço público, em outubro de 2021. 

A prisão do filho da desembargadora foi em 2017 e a demissão, quatro anos depois, somente ocorreu porque o juiz Rodrigo Pedrini fez a denúncia e ficou insistindo na abertura de processo no CNJ. 

Fernando Paes, que à época atuava no TJ como assessor da presidência, acompanhou pessoalmente a desembargadora na viagem de Campo Grande a Três Lagoas, cidade na qual já havia trabalhado e por conta disso tinha “portas abertas” no sistema prisional.  A cúpula do TJ ajudou na defesa do magistrado durante as investigações no CNJ, onde foi absolvido por unanimidade. 

MEGATRAFICANTE

O mesmo “câncer” foi o autor das denúncias que resultaram na abertura de investigação contra o desembargador Divoncir Maran, que supostamente recebeu propina para colocar em liberdade o traficante Gerson Palermo, em abril de 2020. O traficante de cocaína estava condenado a 126 anos de prisão. A libertação foi revogada no dia seguinte, mas ele está foragido até hoje.

Divoncir chegou a ser afastado do cargo em fevereiro deste ano, mas logo depois, em abril, completou 75 anos e se aposentou. Com isso, o caso dele no CNJ acabou não sendo julgado. Em conversa transcrita na operação Ultima Ratio, uma juíza de Aquidauana revela que a Amamsul atua para travar as investigações no CNJ. Divoncir voltou a ser alvo de operação da PF na Ultima Ratio, na semana passada. 

PROPINA

Aqueles diálogos nada típicos entre dois magistrados apareceram na investigação de agora porque existe a suspeita da Polícia Federal de que o desembargador Marcos Brito tenha recebido propina. 

“Na sequência, apresentaremos as mensagens entre MARCOS BRITO e ANDRESON GONÇALVES (proprietário da empresa que transferiu mais de R$ 1 milhão para o Advogado FELIX JAYME, suspeito de compra de decisões de vários desembargadores do TJMS, incluindo MARCOS BRITO, tendo FELIX sacado em espécie grande parte de tal valor)”, diz trecho do documento oficial que traz detalhes das investigações. 

Embora não revele detalhes, a investigação informa que Marcos Brito teria recebido propina para garantir a vitória judicial de Andreson Gonçalves em “um conjunto de processos com valor da causa de mais de R$ 64 milhões” 

Este Andresson, dono de quatro empresas e sócio de uma quinta, por sua vez, é amigo também de um ministro do STJ que tem voto no Conselho Nacional de Justiça. A Polícia Federal acredita que o desembargador Marcos Brito estivesse tentando influenciar na votação no CNJ com a ajuda deste empresário lobista. 

“Aparentemente eles conversam sobre um processo que FERNANDO PAES estaria sofrendo no CNJ. Contudo não fornecem maiores detalhes. É possível que pretendessem que ANDRESON os ajudasse de alguma forma, pois, além de MARCOS BRITO passar o contato deste, FERNANDO PAES cita o “CONS BANDEIRA”, aparentemente o mesmo conselheiro com o qual ANDRESON afirmou ter contato direto (vide acima - ressaltando novamente que tal conselheiro não se encontra sob investigação, nem há elementos de atuação criminosa dele)”, diz trecho da investigação.  

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