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Turismo rural, descanso ao redor de Campo Grande

Turismo rural, descanso ao redor de Campo Grande

DA REDAÇÃO

01/03/2014 - 21h00
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                              Um dos espaços da Pontal das Águas (Foto: Divulgação)

Como curtir o campo próximo sem se distanciar longa distâcia da área urbana? Nove propriedades ao redor da Cidade Morena e uma delas em Jaraguari, próximo à Capital, oferecem não só a tranquilidade, mas comodidade, incluindo aí a boa alimentação, espaço físico para o descanso e área de lazer. Todas são filiadas à Associação Campograndense de Turismo Rural (ACTUR), presidida por Rosa Maria Demundo, da Fazenda Haras Cachoeia.

Nas propriedades há um esforço para se oferecer serviço diferenciado para atrair o turista que aprecia esse segmento de lazer. Engana-se quem acredita que encontrará funcionários sisudos ou cordiais apenas por conveniência. São lugares onde podem nascer boas amizades tamanha é a dedicação das equipes para deixar as pessoas bem à vontade e, em sua maioria, os proprietários ou alguém da família se fazem presente para que nada saia da linha e a satisfação dê o tom na estadia dos visitantes.

Assim é na Estância Alegria - na região das Três Barras - onde há desde o passeio a cavalo a campo de futebol, com minilanche antes do almoço (cardápio regional) e lanche da tarde com produtos da própria fazenda. A proprietária, Elda Regina Leite Galvão de Ávila, lembra que o horário é das 9h às 17h e que o day-use "é para todas as idades".

Pontal das Águas

  

Para quem deseja viver bons momentos da autêntica vida rural "emoldurada por um cenário deslumbrante", basta chegar na Ponta das Águas (saída para Três Lagoas), convida a proprietária Margareth Regina de Mello e Silva, ex-presidente da ACTUR.

Ela desta que o lugar é cheio de história, cultura, conforto e hospitalidade. "Marque um encontro om a natureza e seu dia será simplesmente inesquecível", afirma Margareth.
O visitante terá à disposição café da manhã, almoço com a comida feita no fogão à lenha e o lanche da tarde com pães, bolos, geleias e outros produtos elaborados de maneira artesanal;

As crianças terão, nesse período de Carnaval, oficina de teatro de fantoches ministrada por um artista plástico.

O grupo ou família que tiver ao menos uma pessoa fantasiada concorrerá a descontos de 5% a 20% (para um dos integrantes).

Cavalgada e ''santuário dos animais"

A Pontal das Águas está oferecendo um novo serviço que a Cavalgada Pantaneira. Grupos de até oito pessoas percorrerão cerca de 3 mil metros, com paradas no meio do caminho para contemplação, até chegar à uma reserva que está sendo chamada de "santuário dos animais".

Nesta reserva poderão ser contemplados aves, quatis, capivaras, antas, macacos e outros tipos de animais.

 

PROPRIEDADES QUE OPERAM TURISMO RURAL EM CAMPO GRANDE

     Compotas, queijos e geleias de produtos naturais da Pontal das Águas (Foto: Divulgção)

Fazenda Haras Cachoeira
Proprietária: Rosa Maria Demundo
99837514 / 36811007
Br 163 Saída para São Paulo KM 445 2 km à esquerda, Campo Grande MS

Estância Alegria
Proprietária: Elda Regina Leite Galvão
96314113 / 99122355
MS 040 - Km 9 / 2,5 km à direita, Zona Rural, Campo Grande MS

Fazenda Toca do Ouriço
Proprietário: João Alberto
40639540
Rodovia MS 010 - Km 31 - Lado Nascente - Municipio de Jaraguari.

Estância Ouro Verde
Proprietária: Ana Cisneiro Ribeiro
99834970
MS 040 – Km 10 à direita, Zona Rural. Campo Grande MS

Fazenda Pontal das Águas
Proprietária: Margareth Regina de Mello Silva
99827175
BR-262, Km 312, Zona Rural, Campo Grande - MS

Estância Vovô Dede
Proprietária : Rosa Maria Nogueira do Amaral
99122434 / 36811065
MS 080 ,3192, Zona Rural Campo Grande MS

Fazenda Dom Fernando
Proprietária: Vanda
99063336
MS 080 km 15, zona rural, Campo Grande

Estância Hanay
Proprietário: Diógenes
92907634 / 92920421
Br262, Km 315, Zona Rural, Campo Grande MS

Pousada Vovó Vera
Proprietária: Vera Lúcia Barbosa Nogueira
91412222
MS 080, Km 16, Saída para Rochedo, Zona RuralCampo Grande MS

Mel Vovô Pedro
Proprietário: Albano
33931027
BR 163 Km 458, Campo Grande MS 

(Relação de propriedades, nomes, telefones e endereços fornecidos pela ACTUR)

INCERTEZAS

Gigante da celulose recua e engaveta projeto de R$ 15 bilhões em MS

No fim de novembro a Eldorado informou que ampliaria o plantio de eucaliptos em 2026 de olho da duplicação da fábrica. Agora, porém, diz que esse aumento não sairá do papel

20/12/2025 16h50

A Eldorado, dos irmãos Batista, funciona em Três Lagoas desde 2012 e existe a previsão de que sua capacidade aumente em 100%

A Eldorado, dos irmãos Batista, funciona em Três Lagoas desde 2012 e existe a previsão de que sua capacidade aumente em 100%

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Depois de anunciar, no final de novembro, que a partir do próximo ano pretendia ampliar de 25 mil para até 50 mil hectares o plantio anual de eculiptos na região de leste de Mato Grosso do Sul, a indústria de celulose Eldorado deixou claro nesta semana que engavetou, pelo menos por enquanto, o projeto de expansão. 

Com o recuou, a empresa, que produz em torno de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, deixa claro que está adiando a prometida duplicação de capacidade de produção da Eldorado, o que demandaria investimentos da ordem de R$ 15 bilhões US$ 3 bilhões), conforme anunciado em abril do ano passado pelos irmãos Joesley e Wessley Batista, donos da empresa. 

Em entrevista ao site AGFeed, especiliazado em agronegócio, o diretor florestal da Eldorado, Germano Vieira, afirmou que a empresa tem atualmente 305 mil hectares de pantações de eucaliptos na região, mas precisa de apenas dois terços disso para abastecer a fábrica. 

Ou seja, a empresa tem em torno de 100 mil hectares de eucaliptos sobrando e este excedente está sendo vendido ou permutado com a Bracell e a Suzano, que opera duas fábricas do setor na região, em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo. 

Então, caso o comando da Eldorado decida desengavetar repentinamente o projeto da duplicação,  já existe um excedente que seria capaz de abastecer a segunda unidade no período inicial, mesmo que não ocorra o início do plantio extra a partir de 2026, explicou Germano Vieira.

Atualmente são colhidos em torno de 25 mil hectares por ano para abastecer a indústria e o mesmo tanto é replantado, fazendo um giro para que sempre haja florestas "maduras".

São necessários, em média, sete anos para que a planta chegue ao estágio de corte e por conta disso havia a programação de começar o plantio agora (2026) para que houvesse matéria-prima suficiente quando a ampliação da fábrica estivesse concluída. Em três anos é possível fazer a ampliação da indústria, acredita Germando Vieira.  

Uma das explicações para o recuo, segundo a reportagem do AGFeed, é que a Eldorado ainda têm uma série de ajustes financeiros a serem feitos depois que os irmãos Batista conseguiram, em maio deste ano, fechar um acordo e colocar fim a batalha judicial com a Paper Excellence.

Para retomarem o controle total da Eldorado, que funciona em Três Lagoas desde 2012 e havia sido vendida parcialmente em 2017, eles se comprometeram a pagar US$ 2,640 bilhões à canadense Paper, que detinha pouco mais de 49% das ações do complexo industrial.  

Para duplicar a produção, segundo Germando Vieira, serão necessários 450 mil hecteres de florestas. Para chegar a esse montante, a empresa teria que arrendar mais 150 mil hecteres, o que demandaria um investimento da ordem de R$ 180 milhões anuais, já que o arrendamento custa em torno de R$ 1,2 mil por ano por hectare. 

Além disso, somente para o plantio de 25 mil hectares anuais a mais, conforme chegou a ser anunciado, seriam necessários em torno de R$ 220 milhões extras no setor florestal por ano, uma vez que o custo do plantio está na casa dos R$ 8,7 mil por hectare. E isso sem contabilizar os custos com o combate a pragas e combate a incêndios, entre outros. 

No final de novembro, Carlos Justo, gerente-geral florestal da Eldorado, chegou a informar ao site The AgriBiz que 15 mil hectares já haviam sido arrendados para dar início à ampliação do plantiu a partir do próximo ano. 

Preços da celulose

Embora Germano Vieira diga que a demanda mundial por celulose cresça em torno de um milhão de toneladas por ano e por conta disso a Eldorado mantem viva a promessa da duplicação, a empresa pisou no freio em meio à queda nos preços mundiais e ao aumento da oferta. 

Neste ano, o faturamento das três fábricas de Mato Grosso do Sul literalmente despencou. Por conta da ativação da unidade de Ribas do Rio Pardo, que tem capacidade de até 2,55 milhões de toneladas por ano, as exportações de Mato Grosso do Sul aumentaram em 57% nos dez primeiros meses de 2025, passando de 3,71 milhões de toneladas para 5,84 milhões de toneladas. 

Porém, o faturamento cresceu apenas 25,6%, subindo de U$ 2,121 bilhões para U$ 2,665 bilhões. No ano passado, quando a cotação da celulose já não estava nos melhores patamares, o valor médio da tonelada rendeu 570 dólares aos cofres das três indústrias. Neste ano, porém, elas tiveram rendimento médio de apenas 456 dólares, o que representa queda de 20%. 

Em decorrência desta queda nos preços, as indústrias deixaram de faturar em torno de 666 milhões de dólares, ou algo em torno de R$ 3,6 bilhões na moeda local, nos dez primeiros meses deste ano. 

Por conta disso, a Suzano, concorrente da Eldorado, chegou a emitir um alerta no começo de novembro dizendo que os preços internacionais estavam "completamete insustentáveis" e por isso estava reduzindo sua produção em cerca de 3,5%. 

O alerta da Suzano foi feito durante a prestação de contas relativa aos resultados do terceiro trimestre da empresa. E, segundo Leonardo Grimaldi, diretor do negócio de celulose da Suzano, a situação é crítica e “o setor está sangrando há meses”. 

Mas, apresar deste cenário de apreensão, investimentos da ordem de R$ 25 bilhões estão a todo vapor em Inocência, onde a chilena Arauco está instalando uma fábrica que terá capacidade para colocar 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano a partir do final de 2027. 

Outra empresa, a Bracell, pretende começar, em fevereiro do próximo ano, em Batagussu, as obras de uma fábrica que terá capacidade para 1,8 milhão de toneladas por ano. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 16 bilhões. 


 

MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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