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Com equipe multidisciplinar UEMS é selecionada para receber mestrado de recursos hídricos

O processo seletivo do ProfÁgua na UEMS será divulgado entre os meses de abril e maio para início do curso no 2° Semestre de 2024

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A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) com anuência de entidades e órgãos de manifestação de importância e interesse, teve a proposta selecionada para receber o Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). A oferta é voltada aos profissionais e pesquisadores da área.

Com exclusividade, o Coordenador da Comissão de elaboração da proposta do mestrado, Fábio Ayres, conversou com o Correio do Estado, e explicou a aliança por meio da manifestação de importância - exigência do edital - e o êxito na formação da equipe multidisciplinar para atender uma demanda da sociedade de qualificar de profissionais que atuam na parte de gestão e regulação de recursos hídricos.

O Edital abriu no dia 5 de janeiro, e a UEMS mobilizou forças para compor os pré-requisitos como buscar apoio de instituições públicas e privadas com manifestação de anuência.

Como critérios de composição, de acordo com o professor Fábio Ayres, a proposta encaminhada conta com quinze professores de Campo Grande, do curso de Geografia, Biologia e Letras. E ainda:

Professores da UEMS

  • Vera Lúcia Freitas Marinho, Análise Ambiental e Dinâmica Territorial; 
  • Vanessa Aparecida de Moraes Weber, Computação Aplicada;    
  • Zildamara dos Reis Holsback, Ciências Biológicas;
  • Ruberval Franco Maciel, Linguística Aplicada;    
  • Lúcio Flávio Joichi Sunakozawa, Direito do Estado;
  • Fábio Martins Ayres, Ciências Ambientais;    
  • Sidney Kuerten,    Análise Ambiental; 
  • Jolimar Antônio Schiavo, Solos e Nutrição de Plantas;
  • Yzel Rondon Súarez, Zoologia; 

Professores da UFMS

  • Ariel Ortiz Gomes, Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental;
  • Fabiano Quadros Rückert, Ciências Humanas;
  • Maria Helena da Silva Andrade, Meio Ambiente;

UFGD   

  • Joelson Gonçalves Pereira, Geografia;
  • Paulino Barroso Medina Junior, Multidisciplinar; 

Embrapa

Rodiney de Arruda Mauro, Ecologia;

"Ainda temos a [parceria da] Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, do campus de Campo Grande, do campus de Corumbá e também nós temos a UFGD de Dourados. A Embrapa também faz parte. Então são os 15 docentes, que são multidisciplinares. Este programa, ele vem atender uma demanda da sociedade, onde vai qualificar os profissionais que atuam hoje na parte de gestão e regulação de recursos hídricos", explicou Fabio.

A UEMS ainda contou com apoio de instituições públicas e privadas por meio de manifestações de anuência que deram peso na importância de trazer a oferta deste curso para os profissionais de Mato Grosso do Sul..

"Tivemos todo o apoio da nossa Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, que prontamente atenderam a todos os requisitos necessários para essas etapas. Colocamos à disposição a infraestrutura necessária e os espaços. E hoje o nosso espaço que é o Centro de Pesquisa que nós temos, que acontece no Cefronte que é um espaço do Ministério do Exército, onde nós temos um termo de sessão", contou o coordenador. 

Com a proposta selecionada, o Coordenador da Comissão de elaboração Fábio destacou que a pesquisa realizada pela universidade deixa de ser básica e alcança outros patamares que servirão para o desenvolvimento não apenas dos profissionais, como também trarão respostas efetivas.

Imagem Arquivo / Centro de Estudo de Fronteira General Padilha (Cefront)

 

 

 

O Centro de Estudo de Fronteira General Padilha (Cefront) onde serão ministradas as aulas, possui um espaço para que sejam desenvolvidos os projetos de pesquisa. 

"Concorremos a um edital, conseguimos formar uma equipe multidisciplinar, com professores de diversas áreas, diversas unidades da UEMS, e além da UEMS temos a Embrapa, o UFGD, o UFMS, que são nossas proponentes juntos a este programa. E a gente acredita que agora essa inserção na rede vai permitir elevar as pesquisas e a inovação e colocar Mato Grosso do Sul num cenário onde recursos hídricos é um dos elementos fundamentais e muito importante para o nosso Estado, que até então estava fora de uma formação acadêmica", comemorou Fábio.

 

 

A Pró-reitora da UEMS, Amanda Danaga, por sua vez, destacou a importância de receber o curso na instituição que irá trabalhar com total compromisso e ética na formação dos profissionais que cursarem o mestrado. 

"A gente considera que é superimportante capacitar profissionalmente por meio desse mestrado as pessoas a trabalharem com os recursos hídricos. A gente vai buscar, através desse programa, garantir e melhorar todo o arcabouço conceitual, teórico, prático e também crítico na formação das pessoas para trabalhar com os recursos hídricos. Eu acho que esse é um compromisso que a UEMES tem com a nossa sociedade de Mato Grosso do Sul. Também é um compromisso, um alinhamento com o próprio governo do Estado no sentido de pensar na preservação dos recursos hídricos, pensar um pouco mais sustentavelmente nesse recurso que a gente está discutindo aqui. Desde pensar soluções para o Pantanal e a sua importância para o equilíbrio do regime hídrico", pontuou Danaga.
 

O mestrado foi idealizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em 2015. O novo edital selecionou outras oito universidades no país para receber o mestrado. A divulgação ocorreu na última sexta-feira (22), no Dia Mundial da Água.

A superintendente adjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Renata Maranhão e o coordenador geral do ProfÁgua,  Jefferson de Oliveira, anunciaram os nomes das nove instituições públicas de ensino superior selecionadas para receber o mestrado. 

Além da UEMS foram selecionadas as seguintes instituições:

  • Universidade Federal do Ceará (UFC);
  • Universidade Federal do Piauí (UFPI);
  • Universidade Federal do Tocantins (UFTO);
  • Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA);
  • Universidade Estadual do Maranhão (UEMA);
  • Universidade Federal de Sergipe (UFS);
  • Universidade Federal do Amapá (UNIFAP);
  • Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA/RN);

A UEMS teve que submeter uma proposta de adesão e concorreu o Edital ProfÁgua nº 01/2024 e concorreu com outras 13 instituições públicas de ensino superior onde o mestrado profissional ainda não é ofertado sendo estes: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. 

No Brasil apenas quatro Estados ainda não estão ofertando o ProfÁgua: Goiás, Santa Catarina, Alagoas e Acre.

Mestrado

O Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) pretende proporcionar ao acadêmico formação teórica e prática. É voltado aos profissionais e pesquisadores de área de recursos hídricos. 

São 24 meses de duração em formato presencial, além de ofertar material de educação a distância (EaD) para que o estudante tenha todo aparato durante sua formação. 

Com as mudanças climáticas, o curso pretende qualificar os alunos para lidar com a gestão e regulação das águas no país. Portanto, todo material desenvolvido durante os estudos tem o caráter efetivo de contribuir para o aprimoramento em questão de gestão dos recursos hídricos. 

O ProfÁgua recebeu R$ 7,3 milhões em investimento e a avaliação do mestrado de nota 4 (considerado a maior entre novos cursos). Segundo divulgação da ANA, mais de 500 profissionais concluíram o mestrado e ainda há a expectativa de que outros 500 concluam seu projeto de pesquisa. 

Veja as 14 universidades que oferecem o ProfÁgua

  • Universidade Estadual Paulista (UNESP);
  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
  • Universidade Federal de Roraima (UFRR);
  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ);
  • Universidade do Estado do Amazonas (UEA);
  • Universidade Federal da Bahia (UFBA);
  • Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
  • Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT);
  • Universidade Federal de Rondônia (UNIR);
  • Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
  • Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
  • Universidade Federal de Campina Grande (UFCG);
  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
  • Universidade de Brasília (UnB);

 

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BALANÇO

MPMS intermediou mais de R$ 15 milhões em acordos na área da saúde em 2025

Ministério Público mediou o plano emergencial entre a Santa Casa e o Município de Campo Grande para solucionar os diversos problemas do hospital

19/12/2025 18h45

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça

Romão Avila Milhan Junior, procurador-geral de Justiça Divulgação: Ministério Público de Mato Grosso do Sul

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recebeu a imprensa para apresentar o balanço geral do ano de 2025. O procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Junior, acompanhado de membros da Administração Superior, divulgou informações relevantes sobre atuações da instituição ao longo do período.

No setor da saúde, Romão Avila destacou a atuação do Centro de Autocomposição (Compor) para solucionar crises agudas, como a mediação que resultou no plano emergencial para a Santa Casa de Campo Grande. O hospital enfrenta problemas de superlotação, falta de insumos e de dinheiro para pagar profissionais de várias áreas, com risco de paralisação de serviços essenciais

No ano, os acordos mediados pelo Compor envolveram mais de R$ 15 milhões em benefícios para áreas como saúde e assistência social. 

Também relembrou a resposta da instituição após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, episódio que impulsionou a criação da ferramenta Alerta Lilás, para monitoramento de agressores e a melhoria do atendimento especializado às mulheres.

Com relação a proteção à mulher, o sistema Alerta Lilás emitiu mais de 19 mil alertas automáticos para monitorar agressores reincidentes.

No campo da segurança pública, a pauta central foi a modernização, com destaque para a força-tarefa que agilizou o processamento de boletins de ocorrência de violência doméstica e viabilizou a digitalização de peças e a gravação de interrogatórios e depoimentos.O Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) disponibilizou mais de 400 mil dados para subsidiar investigações complexas.

Dados 

Produtividade jurídica: mais de 4 mil ações ajuizadas e 30 mil denúncias apresentadas à Justiça.

Combate à corrupção: o Grupo de Atuação Especial e Combate à Corrupção (Gecoc) atuou contra desvios de mais de R$ 66 milhões, executando 180 mandados de busca em 13 cidades.

Enfrentamento ao crime organizado: o Gaeco realizou 19 operações estratégicas, resultando em 107 prisões e 370 mandados de busca.

Preservação ambiental: monitoramento e fiscalização de 71 mil hectares de desmatamento ilegal por meio de programas como Pantanal em Alerta.

Impacto social: arrecadação de R$ 6 milhões via campanha Declare Seu Carinho e destinação de 350 celulares apreendidos para uso pedagógico em escolas públicas.

Diálogo com o cidadão: a Ouvidoria processou mais de 5 mil manifestações, que fundamentaram novas investigações e missões constitucionais.

O encontro

Ao abrir o evento, o Procurador-Geral de Justiça promoveu um resgate histórico sobre o papel da instituição como guardiã das garantias individuais e coletivas conquistadas após o período ditatorial, lembrando que a evolução da sociedade brasileira, sob a criação da Constituição de 1988, é indissociável de uma imprensa livre.

"A imprensa tem um papel fundamental na redemocratização e na evolução constante da nossa sociedade. Graças à imprensa livre, fatos que muitas vezes não chegariam pelos canais comuns — como a falta de um medicamento em uma UPA — chegam ao nosso conhecimento por denúncias de usuários via jornalismo", exemplificou Romão Avila Milhan Junior.

Diante dessa observação, fez um agradecimento público ao apoio dos veículos de comunicação, especialmente durante os embates judiciais que preservaram o poder investigatório do Ministério Público. Segundo ele, essa prerrogativa é o que sustenta as atuais ofensivas contra a corrupção e o crime organizado.

 

Colapso na saúde

Deputado protocola ação pedindo intervenção urgente do Estado na saúde de Campo Grande

O parlamentar classifica a situação do SUS da Capital como grave e à beira de um colapso

19/12/2025 18h15

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar

Saúde de Campo Grande é alvo de ações e acumula discussões por estar "à beira de um colapso" FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O deputado estadual Pedrossian Neto entrou com uma ação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul pedindo que o Governo do Estado adote medidas e providências na saúde de Campo Grande. 

O parlamentar classifica o quadro como “grave, estrutural e persistente”, além de “risco concreto de desassistência à população”. 

No documento encaminhado ao procurador-geral de Justiça, Romão Ávila, o deputado afirma que a crise na saúde da Capital não apresenta mais episódio pontuais de descaso, mas, sim, falhas recorrentes de organização, financiamento e governança, afetando diretamente na segurança dos pacientes, capacidade de resposta da rede de urgência e emergência, além do funcionamento regular do Sistema Único de Saúde. 

Um dos pontos centrais do pedido é a situação da Santa Casa de Campo Grande, o maior em atendimento do SUS no Estado e referência em urgência, emergência e alta complexidade. 

O documento mostra alertas e registros públicos que apontam superlotação extrema, atendimento de pacientes em corredores e macas, ocupação acima da capacidade e risco iminente de um colapso assistencial, repercutindo em toda a rede estadual. 

Além disso, o hospital sofre com desabastecimento de insumos e medicamentos na área de urgência e atenção básica, segundo já foi alertado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MS), além de falhas estruturais na rede de odontologia, como comunicado pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO-MS), o que já levou à paralisação de atendimentos e prejuízo à assistência. 

Pedrossian ainda destacou a fragilidade da governança da saúde municipal, evidenciada pela reprovação do Relatório Anual de Gestão da Saúde de 2024 pelo Conselho Municipal de Saúde, aliado à ausência de secretário municipal de Saúde, deixando a pasta sob condução de um comitê gestor, que não condiz com o princípio de direção única do SUS. 

Para o deputado, a intervenção estadual não se trata de uma medida política, mas de “providência excepcional prevista na Constituição, necessária para assegurar a continuidade de um serviço público essencial, evitar um colapso sistêmico e proteger o direito à saúde da população”. 

PLANO DE AÇÃO

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul determinou na última quinta-feira (18) que o Estado de Mato Grosso do Sul e o Município de Campo Grande têm 90 dias para apresentarem um Plano de Ação que se mostre eficaz à plena retomada do atendimento integral no Hospital Santa Casa. 

A decisão foi dada após o MPMS entrar com uma Ação Civil com o objetivo de impedir o agravamento da crise assistencial enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande. 

O hospital, maior do Estado que atende o Sistema Único de Saúde (SUS), enfrenta problemas constantes de superlotação extrema, falta de insumos, dívidas acumuladas com médicos e fornecedores, comprometendo a continuidade dos serviços prestados. 

Na ação, o MPMS descreve o cenário como um “colapso institucional”, com setores essenciais funcionando muito acima da capacidade, superlotação do pronto-socorro agravada por uma reforma iniciada sem planejamento financeiro e sem conclusão após mais de dois anos de obras. 

Segundo o órgão, a unidade funciona em condições precárias há anos, com pacientes aguardando atendimento em ambiente inadequado, como os corredores, além do desabastecimento de medicamentos e insumos, falta de materiais cirúrgicos, dívidas com médicos e prestadores e o risco real de paralisação de atendimentos de alta complexibilidade. 

Diante desse quadro, o Estado e o Município, com a participação da Santa Casa, têm 90 dias para apresentarem um plano emergencial concreto voltado para a regularização integral dos atendimentos, regularização dos estoques, reorganização do fluxo do Pronto-Socorro, além de garantir um cronograma físico-financeiro para a retomada plena dos serviços. 

Em caso de descumprimento, deve ser aplicada multa no valor de R$ 12 milhões mensais, valor correspondente ao déficit apontado pelo hospital. O valor deve ser pago de forma dividida igualmente entre o Estado e o Município, mediante o sequestro de R$ 6 milhões das contas de cada um. 

A decisão da 76ª Promotoria de Justiça enfatiza que a situação ultrapassou o limite da gestão interna do hospital e ameaça diretamente o direito fundamental à saúde. 

“A ação civil pública destaca que o que está em risco não é apenas a administração de um hospital, mas a vida de milhares de pacientes que dependem diariamente da Santa Casa. A crise instalada ultrapassa qualquer margem de tolerância administrativa, e o MPMS atua para impedir que a situação se transforme em tragédia assistencial, garantindo respostas imediatas e soluções estruturais para que o SUS continue a prestar atendimento em saúde com segurança e respeito ao cidadão”, ressaltou o Ministério Público. 
 

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