A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) com anuência de entidades e órgãos de manifestação de importância e interesse, teve a proposta selecionada para receber o Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua). A oferta é voltada aos profissionais e pesquisadores da área.
Com exclusividade, o Coordenador da Comissão de elaboração da proposta do mestrado, Fábio Ayres, conversou com o Correio do Estado, e explicou a aliança por meio da manifestação de importância - exigência do edital - e o êxito na formação da equipe multidisciplinar para atender uma demanda da sociedade de qualificar de profissionais que atuam na parte de gestão e regulação de recursos hídricos.
O Edital abriu no dia 5 de janeiro, e a UEMS mobilizou forças para compor os pré-requisitos como buscar apoio de instituições públicas e privadas com manifestação de anuência.
Como critérios de composição, de acordo com o professor Fábio Ayres, a proposta encaminhada conta com quinze professores de Campo Grande, do curso de Geografia, Biologia e Letras. E ainda:
Professores da UEMS
- Vera Lúcia Freitas Marinho, Análise Ambiental e Dinâmica Territorial;
- Vanessa Aparecida de Moraes Weber, Computação Aplicada;
- Zildamara dos Reis Holsback, Ciências Biológicas;
- Ruberval Franco Maciel, Linguística Aplicada;
- Lúcio Flávio Joichi Sunakozawa, Direito do Estado;
- Fábio Martins Ayres, Ciências Ambientais;
- Sidney Kuerten, Análise Ambiental;
- Jolimar Antônio Schiavo, Solos e Nutrição de Plantas;
- Yzel Rondon Súarez, Zoologia;
Professores da UFMS
- Ariel Ortiz Gomes, Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental;
- Fabiano Quadros Rückert, Ciências Humanas;
- Maria Helena da Silva Andrade, Meio Ambiente;
UFGD
- Joelson Gonçalves Pereira, Geografia;
- Paulino Barroso Medina Junior, Multidisciplinar;
Embrapa
Rodiney de Arruda Mauro, Ecologia;
"Ainda temos a [parceria da] Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, do campus de Campo Grande, do campus de Corumbá e também nós temos a UFGD de Dourados. A Embrapa também faz parte. Então são os 15 docentes, que são multidisciplinares. Este programa, ele vem atender uma demanda da sociedade, onde vai qualificar os profissionais que atuam hoje na parte de gestão e regulação de recursos hídricos", explicou Fabio.
A UEMS ainda contou com apoio de instituições públicas e privadas por meio de manifestações de anuência que deram peso na importância de trazer a oferta deste curso para os profissionais de Mato Grosso do Sul..
"Tivemos todo o apoio da nossa Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação, que prontamente atenderam a todos os requisitos necessários para essas etapas. Colocamos à disposição a infraestrutura necessária e os espaços. E hoje o nosso espaço que é o Centro de Pesquisa que nós temos, que acontece no Cefronte que é um espaço do Ministério do Exército, onde nós temos um termo de sessão", contou o coordenador.
Com a proposta selecionada, o Coordenador da Comissão de elaboração Fábio destacou que a pesquisa realizada pela universidade deixa de ser básica e alcança outros patamares que servirão para o desenvolvimento não apenas dos profissionais, como também trarão respostas efetivas.
Imagem Arquivo / Centro de Estudo de Fronteira General Padilha (Cefront)
O Centro de Estudo de Fronteira General Padilha (Cefront) onde serão ministradas as aulas, possui um espaço para que sejam desenvolvidos os projetos de pesquisa.
"Concorremos a um edital, conseguimos formar uma equipe multidisciplinar, com professores de diversas áreas, diversas unidades da UEMS, e além da UEMS temos a Embrapa, o UFGD, o UFMS, que são nossas proponentes juntos a este programa. E a gente acredita que agora essa inserção na rede vai permitir elevar as pesquisas e a inovação e colocar Mato Grosso do Sul num cenário onde recursos hídricos é um dos elementos fundamentais e muito importante para o nosso Estado, que até então estava fora de uma formação acadêmica", comemorou Fábio.
A Pró-reitora da UEMS, Amanda Danaga, por sua vez, destacou a importância de receber o curso na instituição que irá trabalhar com total compromisso e ética na formação dos profissionais que cursarem o mestrado.
"A gente considera que é superimportante capacitar profissionalmente por meio desse mestrado as pessoas a trabalharem com os recursos hídricos. A gente vai buscar, através desse programa, garantir e melhorar todo o arcabouço conceitual, teórico, prático e também crítico na formação das pessoas para trabalhar com os recursos hídricos. Eu acho que esse é um compromisso que a UEMES tem com a nossa sociedade de Mato Grosso do Sul. Também é um compromisso, um alinhamento com o próprio governo do Estado no sentido de pensar na preservação dos recursos hídricos, pensar um pouco mais sustentavelmente nesse recurso que a gente está discutindo aqui. Desde pensar soluções para o Pantanal e a sua importância para o equilíbrio do regime hídrico", pontuou Danaga.
O mestrado foi idealizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), em 2015. O novo edital selecionou outras oito universidades no país para receber o mestrado. A divulgação ocorreu na última sexta-feira (22), no Dia Mundial da Água.
A superintendente adjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Renata Maranhão e o coordenador geral do ProfÁgua, Jefferson de Oliveira, anunciaram os nomes das nove instituições públicas de ensino superior selecionadas para receber o mestrado.
Além da UEMS foram selecionadas as seguintes instituições:
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Federal do Piauí (UFPI);
- Universidade Federal do Tocantins (UFTO);
- Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA);
- Universidade Estadual do Maranhão (UEMA);
- Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Universidade Federal do Amapá (UNIFAP);
- Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA/RN);
A UEMS teve que submeter uma proposta de adesão e concorreu o Edital ProfÁgua nº 01/2024 e concorreu com outras 13 instituições públicas de ensino superior onde o mestrado profissional ainda não é ofertado sendo estes: Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
No Brasil apenas quatro Estados ainda não estão ofertando o ProfÁgua: Goiás, Santa Catarina, Alagoas e Acre.
Mestrado
O Mestrado Profissional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) pretende proporcionar ao acadêmico formação teórica e prática. É voltado aos profissionais e pesquisadores de área de recursos hídricos.
São 24 meses de duração em formato presencial, além de ofertar material de educação a distância (EaD) para que o estudante tenha todo aparato durante sua formação.
Com as mudanças climáticas, o curso pretende qualificar os alunos para lidar com a gestão e regulação das águas no país. Portanto, todo material desenvolvido durante os estudos tem o caráter efetivo de contribuir para o aprimoramento em questão de gestão dos recursos hídricos.
O ProfÁgua recebeu R$ 7,3 milhões em investimento e a avaliação do mestrado de nota 4 (considerado a maior entre novos cursos). Segundo divulgação da ANA, mais de 500 profissionais concluíram o mestrado e ainda há a expectativa de que outros 500 concluam seu projeto de pesquisa.
Veja as 14 universidades que oferecem o ProfÁgua
- Universidade Estadual Paulista (UNESP);
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
- Universidade Federal de Roraima (UFRR);
- Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ);
- Universidade do Estado do Amazonas (UEA);
- Universidade Federal da Bahia (UFBA);
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
- Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT);
- Universidade Federal de Rondônia (UNIR);
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
- Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
- Universidade Federal de Campina Grande (UFCG);
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
- Universidade de Brasília (UnB);




