Cidades

RIO GRANDE DO NORTE

Um mês após massacre, nº de presos
mortos em Alcaçuz ainda é incerto

Um mês após massacre, nº de presos
mortos em Alcaçuz ainda é incerto

G1

12/02/2017 - 07h29
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Após quase um mês das rebeliões, confrontos armados entre facções criminosas e morte de detentos dentro de Alcaçuz -- o maior presídio do Rio Grande do Norte -- o governo do estado ainda não sabe com exatidão quantos presos foram vítimas da matança e muito menos quantos conseguiram, de fato, fugir da unidade. Nesta sexta-feira, mais um crânio foi localizado por trás do Pavilhão 3, o que deve elevar a contagem oficial de mortos. A visita de familiares foi liberada, pela primeira vez após a rebelião, neste sábado (11).

Até o momento, segundo o Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), 22 corpos já foram entregues às famílias e enterrados. Contudo, ainda há 12 cabeças, outros membros e mais quatro cadáveres -- sendo três totalmente carbonizados -- que necessitam de identificação. Exames de DNA devem ser feitos em outro estado, já que o Itep não possui equipamentos para isso, mas também não há previsão de quando estes testes serão realizados. No dia 25 de janeiro, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que pelo menos 56 detentos haviam fugido de Alcaçuz, mas já alertava que esse número poderia subir.

Além disso, até esta sexta-feira (10), nenhum familiar reivindicou a identificação desses quatro corpos que restam no necrotério do instituto. Atualmente, no laboratório de DNA do Itep, existem 16 amostras já recolhidas desses corpos e de partes recolhidas na penitenciária.

De acordo com a direção do Itep, na primeira semana que os corpos foram recolhidos, 48 familiares estiveram na sede do órgão para reconhecer os mortos. Na ocasião, 22 foram oficialmente identificados. Desses, 11 corpos foram liberados para os familiares sem cabeça.

O órgão informou que esses 22 mortos foram identificados através de exames de papiloscopia, que é comparação das impressões digitais. Algumas identificações também foram facilitadas por causa das tatuagens das vítimas. Porém, quatro corpos, 12 cabeças e outros membros só poderão ser identificados através de DNA.

O perito criminal Fabrício Fernandes, que tem formação em genética forense e é um dos responsáveis pela realização de exames de DNA do Itep, disse que foram colhidas 16 amostras das vítimas de Alcaçuz, mas a comparação genética só pode ser feita quando há material recolhido de familiares.

"No caso dos três carbonizados, por exemplo, nós teríamos que recolher material genético dos possíveis familiares, geralmente feito com mucosa oral, e levar para comparar geneticamente com as amostras dos três corpos, até se chegar a uma identificação", explica o perito.

O problema, ainda segundo o Itep, é que para esses corpos carbonizados -- e para um quarto corpo que também não é possível fazer identificação visual -- não há familiares tentando identificá-los.

A assessoria do Instituto disse que as cabeças e os outros membros que estão no necrotério poderão ser identificados se forem comparados com material genético dos corpos que foram liberados para sepultamento faltando partes.

Sobre a possível realização desses exames de DNA, a direção do órgão alega que a situação será definida na próxima semana. Geralmente, as amostras são levadas para Salvador, na Bahia.

Fabrício Fernandes, o perito responsável, frisa que a última viagem aconteceu em agosto de 2016. "A expectativa para próxima ida é entre abril e maio deste ano. Atualmente, nós temos no laboratório, no geral, aproximadamente 100 amostras aguardando identificação, mas dessas, são cerca de 20 que têm família reivindicando o parentesco com a vítima".

No caso específico para os presos mortos em Alcaçuz, o Itep afirma que a Força Nacional se dispôs a levar as amostras para análises em Brasília, bem como o Instituo Médico Legal do Ceará também se ofereceu para realização dos exames de DNA. O diretor do Itep, Marcos Brandão, terá uma reunião na próxima segunda-feira (13) com a peritos da Força Nacional para definir qual a melhor maneira de viabilizar essas identificações.

Sem grades

Inaugurada em 1998 com foco na "humanização", a penitenciária de Alcaçuz está sem grades nas celas desde uma rebelião em março de 2015. Com isso, os presos circulam livremente e os agentes penitenciários se limitam a ficar próximos à portaria. O presídio fica no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, e tem capacidade para 620 detentos. Contudo, antes de acontecerem as rebeliões, a unidade abrigava mais de 1.500 presos (veja como funciona Alcaçuz).

Massacres

O Rio Grande do Norte foi o terceiro estado a registrar matanças em presídios deste ano no país. Na virada do ano, 56 presos morreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Outros oito detentos foram mortos nos dias seguintes no Amazonas: 4 na Unidade Prisional Puraquequara (UPP) e 4 na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoal. No dia 6, 33 foram mortos na Penitenciária Agrícola Monte Cristo (Pamc), em Roraima.

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, classifica o massacre em Alcaçuz como "retaliação" ao que ocorreu em Manaus, onde presos supostamente filiados ao PCC foram mortos por integrantes de uma outra facção do Norte do país.

 

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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