Dados divulgados pelo painel de monitoramento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que a umidade relativa do ar em Campo Grande atingiu nível de emergência no início da tarde desta quarta-feira (14), com 12%. O índice, considerado grave pode trazer riscos à saúde da população.
Nos últimos dias, o tempo seco se tornou parte da rotina dos campo-grandenses que precisam se atentar ao combo: calor + umidade baixa. O clima é de deserto em boa parte das cidades de Mato Grosso do Sul. Em julho passado a instituição enviou "Alerta Laranja", indicando baixíssima umidade no Estado.
Ainda, segundo o instituto, essa baixa umidade não deve ir embora tão cedo em boa parte do estado. No portal do instituto há um aviso de perigo potencial de baixa umidade para a região oeste do território brasileiro, incluindo todo o Mato Grosso do Sul.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade ideal para a saúde dos seres humanos deve estar entre 50 e 60%. Conforme consta no alerta, ele irá durar até o início da noite desta quarta-feira (14).
A situação pode aumentar os riscos de incêndios florestais e à saúde". Com os dias mais secos, algumas doenças, principalmente respiratórias, podem se tornar mais frequentes. Recomenda-se:
- ingerir bastante líquido ao longo do dia, ou seja, de 2,5 a 3 litros;
- evitar atividades físicas, principalmente aquelas com exposição ao sol e nas horas mais quentes do dia;
- hidratar a pele constantemente para evitar ressacamento e/ou dermatites;
- umidificar o ambiente com equipamentos eletrônicos ou, na ausência do mesmo, utilizar baldes, bacias e outros utensílios domésticos;
- usar protetor solar diariamente.
Para reduzir os impactos da baixa umidade do ar na saúde, a biomédica Patrícia Pacheco afirma que se manter bem hidratado é fundamental. Manter a higiene nasal também é essencial para driblar a baixa umidade do ar.
“Além da lavagem nasal, é possível usar soluções salinas em formato de spray nasal para manter as vias nasais limpas e úmidas. Evitar o uso excessivo de descongestionantes nasais é importante, pois eles podem levar ao efeito rebote e piorar a congestão a longo prazo”, alerta a biomédica.
A especialista lembra que, se possível, deve-se evitar a exposição a ambientes com poluição excessiva, como fumaça de cigarro, produtos químicos irritantes e poluentes atmosféricos.
Esses fatores podem agravar problemas respiratórios e causar irritação nas vias aéreas. Para obter mais informações, basta entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone 199 ou através do 193 - Corpo de Bombeiros.
Altas temperaturas
Em Campo Grande registra 32°C nos horários mais quentes. Na região do Bolsão, Três Lagoas e Paranaíba as máximas respectivas são de 32°C e 31°C. Coxim, na região Norte, tem mínima de 15°C e máxima de 34°C, já em Camapuã os valores variam entre 13°C e 32°C.
No Pantanal, os termômetros em Corumbá chegam aos 30°C nos horários mais quentes; Aquidauana, na mesma região, também tem máxima de 30°C. Na região Sudoeste, Porto Murtinho registra 32°C à tarde.
Na fronteira com o Paraguai, Ponta Porã tem máxima de 30°C. Os municípios de Iguatemi e Dourados são responsáveis pela temperatura máxima baixa desta quarta-feira, 29°C e 27°C, respectivamente.
*Colaborou Felipe Machado