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Valor da passagem poderia chegar a R$ 5,27 mostra estudo

Agência de Regulação alega que preço apontado não será o reajuste no passe de ônibus

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O valor técnico apontado pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) para a passagem de ônibus de Campo Grande é de R$ 5,27, atualmente o valor cobrado é de R$ 4,20. 

Esse preço foi calculado levando em consideração a fórmula de cálculo que hoje está no contrato de concessão com o Consórcio Guaicurus. Entretanto, a autarquia afirma que esse não deve ser o valor a ser instituído pela prefeitura.

De acordo com o diretor executivo da Agereg, Otávio Gomes Figueiró, ainda há muito para se resolver sobre a tarifa do transporte coletivo, que é reajustada sempre em dezembro de cada ano. 

Entretanto, levando em consideração o que hoje é o contrato de concessão, esse seria o valor para que o serviço se pagasse.

“Muita coisa está se resolvendo em questão de atenção, se nós fossemos pelo calculo do IPK [índice de passageiro por quilômetro] hoje a tarifa custaria R$ 5,27, não tem como nós colocarmos isso." 

"Segundo o contrato hoje e de acordo com número de pessoas que utilizam o transporte a tarifa teria que ser esse valor. Então nós precisamos ter esse serviço rodando e que esses caras [Consórcio Guaicurus] entreguem, os dois lados reclamam e dois lados estão certos." 

"O usuário pede um serviço de melhor qualidade e o Consórcio a remuneração que ele merece”, afirmou Figueiró ao Correio do Estado.

Para tentar resolver esse problema, a Agência fez um novo modelo de contrato de concessão, o famoso reequilíbrio econômico-financeiro, tão cobiçado pelo Consórcio Guaicurus. 

O resultado do estudo foi apresentado esta semana para o Conselho de Regulação, além do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), órgão que acompanha o tema por conta de um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) assinado no ano passado e que previa a medida.

“O contrato fala que todo ano precisa ter o reajuste, porém, chegamos numa fase que a tarifa já está muito alta e o serviço já não é mais de qualidade também." 

"O prefeito tem segurado a tarifa até agora, porém, esse ano é necessário que haja isso”, alegou o diretor executivo. 

MUDANÇAS

Segundo o Figueiró, entre as soluções encontradas pelo estudo elaborado foi a mudança na fórmula de cálculo da passagem, que hoje leva em consideração o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), a inflação de acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o índice de aumento do salário dos funcionários do setor e o índice de passageiros por quilômetro.

O que a Agência propõe é que esse cálculo seja feito de acordo com o quilômetro rodado pelo passageiro. 

“Uma das opções é por quilômetro rodado ou pode ser através de um subsídio do fundo municipal, mas eu garanto à população que seremos referência nisso tudo”.

Outro ponto tem a ver com as gratuidades, tão discutidas pelo Consórcio Guaicurus. 

O que a Agereg indica é subsidiar a passagem dos estudantes, no caso dos que estão em escolas públicas municipais, esse valor ficaria a cargo da prefeitura, já em relação aos das instituições estaduais seria o governo do Estado quem pagaria a conta.

“Campo Grande é uma cidade onde tem muita gratuidade, em torno de 30 a 35% dos usuários são gratuidade e isso entra no custo dos pagantes, então a nossa saída é que Estado arcasse com estudantes estaduais, fizesse o pagamento do valor da passagem deles." 

"Com isso conseguiríamos equilibrar as contas e como o Consórcio não está tendo lucro, não presta serviço de excelência”, alega o diretor executivo.

Em Campo Grande, ao todo, 13 mil estudantes (tanto da Rede Municipal de Ensino, quanto da Rede Estadual de Ensino) utilizam diariamente o serviço, se considerarmos o número total, por dia são R$ 54.600 que as gestões públicas teriam que desembolsar para o Consórcio Guaicurus. 

Por mês, seriam R$ 1.638.000,00 e por ano o montante chegaria a R$ 19.656.000,00.

O transporte coletivo ainda tem 10 mil idosos com gratuidade, além de 7 mil pessoas com deficiência.  

Outro ponto que se aprovado será uma vitória para o Consórcio Guaicurus é em relação a idade média dos ônibus. No contrato atual a média não pode ser superior a 5 anos, entretanto, com o reequilíbrio ele passa para 7 anos. 

Conforme Figueiró, uma fiscalização in loco verificou que alguns ônibus estão inteiros, mesmo o veículo tendo mais de 5 anos de uso. 

O pedido já havia sido feito pelas empresas que gerem o transporte da Capital na Justiça, mas não houve decisão sobre o tema.

Apesar das medidas terem sido apresentadas, elas ainda aguardam decisão dos membros do Conselho de Concessão e posteriormente da Prefeitura de Campo Grande, para serem colocadas em prática.

TERMINAIS

Outro ponto que também foi posto no estudo foi a concessão dos terminais de Campo Grande para a iniciativa privada. 

A medida, como os outros pontos do documento, está em análise, mas a princípio, segundo Figueiró, seria para que um grupo gerisse os locais. 

Entretanto, o diretor executivo não deu detalhes sobre como seria feita essa parceria privada e como a empresa que ficasse a cargo desses locais seria remunerada.

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Brasil

Expectativa de vida no Brasil atinge 76,4 anos, superando dados anteriores à pandemia, segundo IBGE

Índice subiu e superou pela primeira vez o patamar de antes da crise da Covid-19. Calculadora mostra expectativa de vida de acordo com a idade segundo os dados do IBGE

29/11/2024 20h00

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia

Expectaiva de vida do brasileiro sobe e supera patamar de antes da pandemia Foto: Reprodução/GloboNews

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A expectativa de vida ao nascer no Brasil aumentou em 2023 para 76,4 anos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O dado mantém a recuperação após o período marcado pelo aumento de mortes causadas pela Covid-19. Isso significa que uma pessoa nascida no Brasil em 2023 tinha a expectativa de viver 76,4 anos, em média. Para homens, a previsão cai a 73,1 anos e, entre mulheres, alcança 79,7 anos.

Já a taxa de mortalidade infantil, que calcula a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,5 mortes para cada 1.000 nascimentos. Para crianças até 5 anos de idade, a previsão ficou em 14,7 a cada 1.000 nascidos.

O instituto calcula a expectativa a partir de projeções populacionais, que têm como base os dados verificados em cada Censo Demográfico. A projeção para 2023, com dados do último recenseamento, foi de 211,7 milhões de habitantes no país.

As estimativas integram as Tábuas de Mortalidade 2022, que levam em conta dados populacionais do Censo Demográfico relativo ao ano passado e estatísticas do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde.

A recuperação, de acordo com o instituto, reflete uma redução no excesso de mortes registradas durante as fases mais graves da pandemia.

Para além da diferença de seis anos na expectativa de vida ao nascer, segundo o IBGE, a probabilidade de morte de homens com idades entre 20 e 24 anos é quatro vezes a de mulheres. Essa sobremortalidade masculina também foi verificada em dados do recenseamento, segundo os óbitos relatados por moradores dos domicílios visitados pelo IBGE.

Já se sabe, segundo os técnicos, que homens estão mais expostos a mortes violentas, como homicídios e acidentes de trânsito. Além disso, os hábitos de vida também influenciam no excesso de mortes masculinas.

Esses dados fornecem, segundo o IBGE, estimativas da expectativa de vida para idades até os 80 anos. As informações são usadas para, por exemplo, o cálculo de fator previdenciário para aposentadorias.
Em todo o mundo, o crescimento da expectativa de vida, apesar de não ter sido revertido, desacelerou, segundo artigo publicado na revista especializada Nature Aging. O estudo não considera 2020 por causa da pandemia, e analisa o período dos anos 1990 até 2019.

Já um levantamento de pesquisadores com dados globais feito para o Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME, na sigla em inglês), com sede nos EUA, apontou que a Covid fez com que a expectativa de vida média das pessoas no planeta caísse 1,6 ano nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021).

 

*Informações da Folhapress 
 

Rodovias Federais

BR-163 é trecho com mais atropelamentos de animais em MS

São 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, além de outros 11 registrados no segundo semestre

29/11/2024 18h15

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A BR-163 é a rodovia federal com o maior número de atropelamentos de animais em Mato Grosso do Sul em 2024. Divulgada no último dia 21, a atualização realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) destaca que 16 dos 33 atropelamentos ocorreram neste trecho que liga sul e norte do Estado.

Os demais incidentes ocorreram na BR-262 (9); BR-158 (2); BR-060 (3); BR 419 (2) e BR-367 (1).

Conforme a polícia, desde janeiro último foram registrados oito acidentes em Campo Grande, além de acidentes em Dourados (2), Três Lagoas (2), Rio Brilhante (2), Caarapó (2), Jaraguari (2), Terenos (2) e Nova Alvorada (2); Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauna, Chapadão do Sul, Coxim, Itaquiraí, Bela Vista, Miranda, Ribas do Rio Pardo, Selvíria e Vicentina registraram um acidente cada.

Em média, são três atropelamentos por mês em todo o Estado, destaque para os meses de maio e junho, com 15 acidentes registrados. Foram 22 acidentes deste tipo entre janeiro e junho, ao passo que outros 11 foram registrados no segundo semestre. 

Vítimas fatais 

Além do atropelamento de animais, este tipo colisão ocasionou quatro acidentes fatais em todo o estado, sendo três no primeiro semestre e outros dois em julho último. Em janeiro, 

Elaine Zangerolami, proprietária da Pax Brasil, que junto com o motorista de carro funerário da empresa, Reginaldo Carvalho, morreram após o veículo em que estavam colidir contra duas antas na BR-060, próximo a Chapadão do Sul.

Em abril, o empresário Carlos Dias Miranda, 63 anos, morreu após colidir a caminhonete que dirigia em um animal na BR-060, em Jardim, região oeste do Estado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu no caminho para Bela Vista. Após a colisão a caminhonete saiu da pista e caiu nas margens da rodovia. A equipe de socorro foi acionada e Carlos foi encontrado sem vida. Outras duas mortes foram registradas em Miranda, em junho último, e em Campo Grande, trecho próximo de Terenos, em junho. 

Na BR-262, em Terenos, Evaldo Luis do Nascimento, 21, morreu após o carro em que estava atingir várias árvores ao desviar de um "lobinho". 

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