Cidades

Enem 2013

Veja erros gramaticais comuns
na redação e como evitá-los

Veja erros gramaticais comuns
na redação e como evitá-los

terra

10/07/2013 - 07h18
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O caminho para uma redação perfeita é árduo. Diversos pontos devem ser observados, e manter a calma para atender a todas as exigências dos corretores é difícil. Cobra-se coesão, embasamento, articulação. No meio disso tudo, o aluno ainda esbarra nas peculiaridades da língua culta e formal. "É uma outra língua, que não a do menino", aponta Francisco Platão, professor do Sistema de Ensino Anglo. Erros de gramática e ortografia se repetem e afastam os alunos da nota máxima. Contra tudo isso, recomenda-se calma. "Entende-se que o momento da prova é uma fase de muito nervosismo, mas são necessárias concentração e muita prática para o sucesso", ensina a professora Talita Aguiar, do Curso Progressão Autêntico.

Outra dica infalível, dizem os mestres, é a leitura. Essa é, talvez, a única forma de realmente se aprender a fazer uma boa redação. "O aprendizado se dá ao longo do tempo, com o convívio com a língua padrão. E onde está a língua culta? Nos livros", diz Platão. Vivian Carrera, do Cursinho do XI, diz que "em geral, uma associação incorreta, com o "auxílio" da pressa e do nervosismo na hora da prova, faz com que se coloquem acentos em palavras que não os têm ou que se esqueçam algumas regras. Além da leitura, ela também exalta o hábito da escrita: "Escrever põe em prática as normas assimiladas".

Confira os principais erros ortográficos e gramaticais na opinião de Talita, Platão, Vivian e os professores Ana Paula Ramos, do Sistema Elite de Ensino, e Ester Chapiro, psicopedagoga da Central de Professores - Soluções Pedagógicas.

Haver
Ana Paula Ramos diz que muitos erros estão relacionados com o verbo “haver”: "Dificilmente os candidatos acertam o emprego desse verbo, já que sabem que os verbos concordam com o núcleo do sujeito de uma frase". Contudo, ressalta a professora, na língua portuguesa, sempre existem exceções. Por isso, ela dá uma dica:
"Na maioria dos casos em que o verbo haver é empregado, ele não tem sujeito, ele é sujeito inexistente. Portanto não há com quem esse verbo concordar. Se não há com quem concordar, ele ficará no singular, independentemente do seu tempo e modo verbal. Que casos são esses? Quando o verbo haver indicar tempo transcorrido", explica, citando como exemplos a frase "há duas semanas, vi-o caminhando na rua" e o caso do verbo empregado no sentido de existir, como em "havia 20 alunos naquela sala".

Onde
É um erro comum usar “onde” para se referir a não-lugares, aponta Ana Paula. “Os candidatos costumam jogar o pronome relativo onde em tudo o que é lugar. Porém, cuidado! Onde só retoma lugar", diz a professora. Caso o aluno queira retomar um nome que não é um lugar concreto, o correto é usar "em que", "no qual", "nos quais", "na qual" ou "nas quais".

Vivian também comenta que é comum o uso incorreto do pronome de lugar "onde". Ela dá um exemplo do erro na frase "a amizade é algo presente na vida de todos, onde muitos se esquecem disso". No caso, o "onde" não se refere a um lugar, portanto, não deve ser usado.

Pronomes demonstrativos
Segundo os professores, é recorrente a confusão entre pronomes demonstrativos como "este", "esse" e "aquele". Ana Paula ensina: “Essas são formas usadas para retomar ou anunciar nomes que utilizamos ou utilizaremos. Servem para não ficarmos repetindo sempre a mesma palavra".

Entenda: "este", "esta" e "isto" são usados para anunciar, como, por exemplo, na frase "o maior problema do continente africano é este: a fome". "Esse", "essa" e "isso" servem para retomar algo recentemente dito. Exemplo: "O maior problema do continente africano é a fome. Essa se apresenta também em países asiáticos". "Aquele", "aquela" e "aquilo" usa-se para retomar um nome dito antes do último nome que aparece: "Gosto de goiabada e queijo. Aquela porque é doce."

Quando houver três elementos, diz a professora, o correto é: "Tenho três irmãos: Antônio, Arnaldo e Amadeu. Aquele é arquiteto, esse é advogado e este aeronauta". Vivian também dá exemplos do mau uso desses pronomes: No texto é necessário conhecer as próprias limitações. 'Isto' deve ser feito aos poucos, o correto seria 'isso', por fazer referência a uma ideia anteriormente apresentada.

Concordância
Ana Paula explica que o candidato costuma fazer a concordância do verbo com a palavra que vem imediatamente antes dele, como, por exemplo, "a participação dos manifestantes foram muito importantes" ou "as roupas da Joana é muito bonita". A dica para fugir desse erro é, segundo a professora, lembrar que o verbo concorda com o núcleo do sujeito. “Nas frases anteriores, 'participação' é o núcleo do sujeito da primeira frase, por isso, o verbo fica no singular. Na segunda frase, 'roupas' é o núcleo do sujeito, então o verbo fica no plural”.

Vivian destaca outro erro de concordância comum: "'Fazem' dois anos que ninguém resolve o problema". Os verbos "fazer" e "haver", quando indicam tempo cronológico, não têm plural. O correto seria: “Faz dois anos que ninguém resolve o problema”.

Pleonasmo
O conselho é ter cuidado com textos cheios de palavras repetidas e ideias que chegam a um mesmo ponto: "Eles não são apreciados pelos corretores", aponta Talita Aguiar. Segundo ela, quanto mais repetidas forem as ideias, mais claro fica que o candidato não tem conhecimento suficiente para escrever um bom texto. "Diversifique seus argumentos. Uma ótima dica para isso é a constante leitura", aconselha.

Vivian traz outro exemplo de redundância: "Aconteceu uma manifestação há dez dias atrás, então é necessário criar novas saídas para as discussões". A professora explica que ou se usa "há" ou "atrás", ressaltando que "criar" e "novas" também apresentam a mesma ideia.

Pontuação
Ana Paula ressalta, aqui, o uso da vírgula: "As pessoas costumam colocar vírgula quando lhes falta ar, quando precisam de uma pausa para respirar". Contudo, a vírgula é uma questão sintática e não de entoação. Ela relembra que é importante saber que a ordem padrão de uma frase na língua portuguesa é: sujeito + verbo + complementos (direto e/ou indireto) + adjunto adverbial.

A dica, nesse caso, é: "Se a frase estiver nessa ordem, não há motivos para virgular, só existe regra para o adjunto adverbial - se ele estiver em outra posição que não seja no final, será virgulado”. Ana Paula acrescenta que, além dessa, há outras regrinhas da vírgula que convêm serem estudadas. Ester Chapiro aconselha: "É preciso conhecer as regras de pontuação para garantir o sentido do texto. Não abuse das exclamações e evite o uso dos parênteses", diz.

Coloquialismo
Para Talita Aguiar, esse é um dos principais erros nas redações: "Muitos alunos fazem uso de gírias ou expressões que usam no dia a dia, mas essas não devem ser empregadas, visto que tornam o texto muito informal. Deve-se substituí-las pela norma culta".

Ester Chapiro chama a atenção dos candidatos para o fato de que a escrita não funciona exatamente do modo como falamos. "Cuidado ao tentar escrever de maneira simples para não exceder na simplicidade. A formalidade deve estar acima do coloquialismo, portanto nunca use gírias, palavras de baixo calão e abreviaturas". Chapiro acrescenta que palavras estrangeiras só deverão ser usadas quando não houver outra com o mesmo significado em português.

Uso da primeira pessoa do singular
O uso do "eu" nas provas é um erro constante. Ana Paula explica que, quando os candidatos se identificam com o tema, "eles parecem se empolgar e começam a escrever suas experiências relativas ao assunto". Ela indica aos alunos, nesses casos, lembrar que a redação do Enem é do gênero dissertativo-argumentativo, no qual predomina a impessoalidade, e é aceitável, no máximo, a primeira pessoa do plural, nós, que marca a coletividade, ou seja, que aquele pensamento é compartilhado por um grupo.

"O texto não é um diário no qual se expõem relatos pessoais", complementa. Portanto, nada de usar expressões como "na minha opinião" ou "eu acho".

Clichês e generalizações
Clichês, frases prontas e provérbios devem ser evitados, porque mostram ao corretor falta de originalidade do candidato para expor suas opiniões. Para Talita Aguiar, também se deve evitar argumentos generalizadores:

"Expressões como 'a população é alienada', 'o povo brasileiro não acredita' generalizam muito a ideia. Procure particularizar seus argumentos", ensina. Ester Chapiro ressalta a importância de demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação: "Esse domínio você adquire através da leitura de jornais, revistas e livros. O importante é conseguir, ao escrever, convencer o leitor de que tem conhecimentos fundamentados".

Semelhança sonora
É Vivian quem aponta erros comuns relacionados à semelhança sonora entre as expressões. Ela explica com exemplos: "isso não tem haver" no lugar da forma correta "isso não tem a ver"; "ele não sabe lhe dar com o problema" em vez de "ele não sabe lidar com o problema"; "as pessoas encontrão situações complicadas" no lugar de "as pessoas encontram situações complicadas"; "a situação foi mau resolvida" e "ele é um mal elemento" no lugar de "a situação foi mal resolvida" e "ele é um mau elemento"; "o governo não investe como deveria em educação, mais cobra muitos impostos" em vez de "o governo não investe como deveria em educação, mas cobra muitos impostos". Esses equívocos se repetem, explica Vivian, em sua maioria, por semelhanças sonoras entre as palavras e expressões.

Ela cita outros erros ortográficos recorrentes nas redações do Enem: "consiente", "siguinificar", "extresse", "supérfulos". As grafias corretas são: "consciente", "significar", "estresse", "supérfluos". Há também junção errada de elementos, como "encomum" (no lugar de "em comum"), "concerteza" (em vez de "com certeza"), "encontra partida" (quando o correto é "em contrapartida"), "apartir" (em vez de "a partir"), "porisso" (no lugar de "por isso").

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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