Cidades

Acolhida

Venezuelanos representam 83% dos estrangeiros "legais" em MS

Associações auxiliam imigrantes a emitirem documentos e se colocarem no mercado de trabalho

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De acordo com o Centro de Atendimento de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), entre janeiro e maio deste ano, 438 imigrantes entraram em Mato Grosso do Sul por meio das vias legais. 

Ao Correio do Estado, a pasta informou que 364 (83%) eram venezuelanos. Além da Venezuela, o estado atendeu 29 paraguaios, 24 colombianos e outros 21 bolivianos.

Conforme a Sedhast, o número é expressivamente menor do que a quantidade de imigrantes que chegam diariamente em Mato Grosso do Sul. “Esse número é bem reduzido, e pode variar bastante, uma vez que o imigrante pode estar em Campo Grande hoje, e amanhã estar em Cascavel, no Paraná”. 

Segundo a secretaria, muitos imigrantes vêem o Brasil como uma alternativa às crises de emprego e renda em seus respectivos países. Em 2021, a Sedhast atendeu 963 imigrantes ao longo do ano.

Com a expressiva chegada de venezuelanos e outros imigrantes tanto na capital como em todo o estado, a Associação Venezuelana de Campo Grande (AVCG) acolhe compatriotas, imigrantes de outros países e ajuda os “recém-chegados” a se regularizarem no país.

“Hoje estamos constituídos legalmente, e obedecemos todas as regras do ordenamento jurídico brasileiro, CNPJ, organização, escrituras, tudo segundo a lei brasileira”, disse Linoel Leal, vice-presidente da Associação Venezuelana de Campo Grande, no Brasil desde 2018.

De acordo com Leal, os venezuelanos chegam ao Brasil em razão da crise humanitária vivida no país. “As questões políticas, econômicas, humanitárias, sanitárias e  educacionais vividas no país influenciaram a saída de muitos venezuelanos”. Segundo ele, mais de 6 milhões de compatriotas estão fora de seu país.  

A associação apoia os imigrantes por meio de parcerias e acolhe haitianos, colombianos, e outros imigrantes.  “O que precisar a gente faz. Apoia com  logística, documentação, cadastros de CPF, regulamentação com a Polícia Federal e encaminhamento escolar”, disse o diretor. 

De acordo com Leal, a organização conta atualmente com mais de 350 famílias e trabalha integralmente de maneira voluntária. O espaço auxilia os imigrantes com carteiras trabalhistas, e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nacional

Conforme o último relatório do Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), o Brasil recebeu 20.582 imigrantes apenas em maio deste ano, e de acordo com o Sistema de Registro Nacional Migratório, 11. 717 eram venezuelanos.

No mesmo mês, o número de pessoas que  solicitaram a condição de refugiados  foi de 3.158 pessoas, destas, 1.973 eram venezuelanas.

Alternativa

Outra via de auxílio aos imigrantes na Capital é a Pastoral dos Imigrantes de Campo Grande. Coordenada pela Irmã Rosane desde 2015, a arquidiocese atendeu mais de 3,7 mil famílias de mais de 13 países ao longo dos últimos sete anos. 

De acordo com a coordenadora, a pastoral já atendeu imigrantes da Colômbia, Peru, Guiné Bissau, Síria, Palestina, Senegal, Cuba, Uganda, Congo, Angola, Bangladesh e Nigéria e realiza trabalhos inclusivos com grupos de voluntários sobre diversidade, vulnerabilidade, e outras atividades.

Desde 2019, a pastoral atua em parceira com a Arquidiocese de Campo Grande, além de uma parceria estadual, criada em junho de 2021. A organização atende associações e comunidades de imigrantes e refugiados em Campo Grande, e em municípios do interior de Mato Grosso do Sul. 

Na capital, a pastoral auxilia imigrantes haitianos no Rita Vieira, Morenão, Vila Progresso, Guanandi, Nova Lima, São Francisco, Tiradentes, Guaicurus, Itamaracá e atende imigrantes venezuelanos residentes do Nova Lima, Aero Rancho, Guanandi e Batistão.

Já no interior, as ações se estendem por Corumbá, Três Lagoas, Nova Andradina, Itaquiraí, Dourados, Coxim, Jardim, Naviraí, Porto Murtinho e Ribas do Rio Pardo. O espaço realiza ações culturais, sanitárias e jurídicas aos imigrantes.

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ANUÁRIO 2024

Acidentes em rodovias mataram uma pessoa a cada 2 dias em MS

Anuário da PRF aponta que 1.940 pessoas ficaram feridas e 182 morreram nas BRs do Estado no ano passado

17/04/2025 18h00

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes Marcelo Victor/ Correio do Estado

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No ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, divulgados nesta quinta-feira (17). Com relação aos óbitos, em média, houve uma morte a cada dois dias.

De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. Dentre os feridos, 1.393 tiveram ferimentos leves e 547 foram graves.

O tipo de veículo em que os acidentes mais resultaram em mortes foram os de passeio. Na sequência, aparecem caminhões, motos e ônibus.

No Estado, são 4.109,2 quilômetros de rodovias federais, segundo a PRF, e a maioria dos acidentes aconteceram na BR-163, conhecida como rodovia da morte.

Infrações

A PRF também flagrou imprudência nas estradas em 2024, quando 228. 602 autos de infrações foram emitidos em Mato Grosso do Sul.

Dentre as condutas mais observadas no Estado estão o excesso de velocidade (125.630), as ultrapassagens indevidas (14.578) e o não uso do cinto de segurança (6.003).

Com relação a embriaguez ao volante, foram constatados 517 casos, além de 1.585 motoristas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia.

A BR-163 também foi a rodovia do Estado que concentrou a maioria dos flagrantes de infrações, com 143.349.

No ano, foram 835.165 pessoas fiscalizadas, 854.465 veículos e realizados 172.671 testes de alcoolemia.

A BR-101, no Rio de Janeiro (1.174.194), a BR-116, em São Paulo (883.880), e a BR-101, no Espírito Santo (695.947), lideram as estatísticas de infrações. 

Brasil

Em todo o Brasil, o levantamento revela que 6.160 pessoas morreram e 84.526 ficaram feridas em meio a 73.156 acidentes.

As unidades federativas que se destacaram negativamente foram Minas Gerais, com 794 mortes e 11.756 feridos em cerca de 9,3 mil acidentes de trânsito, seguida pelo Paraná, com 607 mortes e 8.456 feridos em cerca de 7,6 mil sinistros. Já em Santa Catarina foram 415 mortes e 8.381 feridos nos mais de 9,5 mil acidentes no decorrer do ano.

Com relação ao tipo de acidente, o anuário não traz dados regionalizados, mas, em todo o País, colisões traseiras lideram as estatísticas, seguidas por saída de pista e tombamento.

As estradas com mais ocorrências de acidentes foram as BRs-101, 116 e a 381.

“A PRF atendeu 12.778 sinistros na BR-101, sendo 4.375 deles em Santa Catarina. Já na BR-116 houve 11.478 casos, a maior parte, 3.478, em trechos que cortam São Paulo. Em terceiro lugar está a BR-381, com 3.469 sinistross. Desse total, 2.793 aconteceram em Minas Gerais”, detalhou a PRF.

Cerca de 35,3 mil ocorrências foram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes. Foi observado também que os acidentes ocorreram em maior número entre as sextas-feiras e os domingos entre 17h e 19h.

ACESSIBILIDADE

Mato Grosso do Sul é o estado com maior arborização e acessibilidade, aponta IBGE

A pesquisa entrevistou 2.397.255 moradores de um total de 2.757.013

17/04/2025 17h11

MS é o estado mais arborizado do Brasil

MS é o estado mais arborizado do Brasil Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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Mato Grosso do Sul é o estado com maior acessibilidade do País, quando se trata de vias urbanas com rampas para cadeirantes, e também a unidade da federação mais arborizada, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com relação a acessibilidade, o censo aponta que os municípios de MS com maior destaque em número de rampas são: Alcinópolis, com 69,39%, seguido por Paraíso das Águas (62,59%) e Nova Andradina (58,98%). Na contramão, vêm Miranda (5,66%), Jateí (5,79%) e Bela Vista (6,91%).

Ainda conforme o levantamento, mesmo sendo o líder no ranking, em média ainda há três em cada cinco moradores que não tem acesso a este item de acessibilidade.

Atrás de Mato Grosso do Sul, vem o Paraná, com 37,33% e Distrito Federal, com 30,42%. Os menores valores foram vistos no Amazonas, com 5,61% e Pernambuco, com 6,19%.

Arborização

Além disso, Mato Grosso do Sul continua ocupando o primeiro lugar no país em arborização urbana, segundo os dados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada no Censo Demográfico 2022. O levantamento mostrou ainda que 92,44% dos moradores do Estado vivem em vias com arborização, o que representa o equivalente a 2.216.098 pessoas. Isso é o maior percentual entre todas as Unidades da Federação.

O estado também se destaca pela densidade de árvores nas vias públicas. Do total de moradores contabilizados, 1.413.865 (58,98%) vivem em ruas com cinco ou mais árvores, enquanto 360.764 (15,05%) residem em vias com uma ou duas árvores, e 441.469 (18,42%) vivem em locais com três ou quatro árvores.

Os números reforçam a liderança de Mato Grosso do Sul em arborização urbana, posição que o estado já ocupava em 2010, quando apresentava o maior índice do país, com 95,56% da população vivendo em vias arborizadas.

Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores percentuais de moradores em vias com arborização são encontrados em Bataguassu (99,15%), Iguatemi (98,23%), Mundo Novo (97,85%), Nova Andradina (97,60%) e Aquidauana (97,60%).

No ranking das capitais, Campo Grande também lidera, com 91,39% de seus moradores vivendo em vias arborizadas. Em seguida aparecem Goiânia (89,64%), Palmas (88,70%), Curitiba (85,24%) e Brasília (84,19%).

No interior do Estado, Chapadão do Sul apresentou o maior percentual de vias pavimentadas, sendo 99,96%. Em MS eram 78,77% os moradores que viviam em vias pavimentadas em 2022, totalizando 1.888.310 pessoas, enquanto 507.247 viviam em vias não pavimentadas (21,16%).

Além de Chapadão do Sul, o município que apresenta mais vias pavimentadas é Laguna Carapã, com 99,73%. Já entre os que apresentaram as menores porcentagens foram Nioaque (42,08%) e Bela Vista (29,89%).

A pesquisa divulgada contempla grande parte da população do estado, tendo investigado o entorno de 2.397.255 moradores, de um total de 2.757.013 residentes no estado em 2022.

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