Cidades

Imbróglio

Vereadora promete entrar com ação para cancelar votação da reforma administrativa

Projeto que prevê a dissolução de secretarias foi aprovado por 25 a 2; Luiza Ribeiro alega que falta fundamentação por parte da Prefeitura

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"Vamos à Justiça para anular essa decisão", foi o que disse a vereadora Luiza Ribeiro (PT) na manhã desta quarta-feira (11), após a Câmara Municipal, aprovar sob protestos, a reforma administrativa que altera a estrutura atual da Prefeitura Municipal de Campo Grande e desmembra algumas pastas. Com o placar de 25 a 2, apenas Luza Ribeiro e o Prof. Andre Luis (PRD) foram contrários ao remodelamento de gestão. 

"A prefeitura não pode fazer uma modificação tão estrutural na cidade sem qualquer justificativa plausível. Ela precisava apresentar primeiro o impacto econômico desta reforma. Não foi apresentado quanto custa hoje a estrutura existente e quanto custará para a cidade a redução destas secretarias. Então, este pedido dela (prefeita Adriane Lopes) não tem fundamento jurídico. Nós vamos apresentar uma ação para o cancelamento desta votação.", falou a vereadora petista. 

Com as mudanças, o Turismo, antes alocado na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), vai para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana.

A Secretaria de Cultura, antes parte da Secretaria de Educação, será vinculada a Secretaria Municipal de Governo, convertendo-se em Fundação de Cultura a partir de março do próximo ano, enquanto a pasta da Juventude, também será anexada a Secretaria Municipal de Governo. 

Antes da votação da reforma administrativa, Luiza Ribeiro apresentou quatro emendas em favor da manutenção das secretarias de Juventude, Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Cultura e Turismo, e da subsecretaria de Políticas para a Mulher, e tinha como objetivo, atender às reivindicações que preencheram a Câmara Municipal na manhã de ontem (10), quando a sessão precisou ser suspensa por falta de energia elétrica na Casa de Leis. No entanto, as matérias em questão não foram aprovadas.

"As emendas que trouxemos foram para conservar as áreas que nós achamos muito importantes na cidade. Do meio ambiente da gestão urbana, que é a Semadur. Essa é uma secretaria que foi conquistada pela cidade há mais de 30 anos. Regulamenta todo o desenvolvimento econômico da cidade, todas as licenças, cuida do meio ambiente, faz toda a disciplina da ocupação do solo e hoje a proposta aprovada aqui separa as grandes áreas dessa secretaria, dissolvendo em outras secretarias, o que vai (ocasionar) perda de agilidade e qualidade na decisão administrativa", complementou a vereadora. 

O texto agora vai à sanção da Prefeitura Municipal. Com as alterações, a administração municipal mantém as seguintes pastas - Secretaria de Governo e Relações Institucionais;  Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, além das secretarias de Educação e Saúde.

Serão criadas secretarias para a Casa Civil; Secretaria Especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas; Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente, e Fiscalização Urbana e Secretaria Especial de Articulação Regional, ao passo que outras secretarias serão remodeladas. 

A Secretaria de Fazenda toma o lugar da antiga Secretaria de Finanças e Planejamento; Secretaria de Gestão dá lugar a Secretaria de Administração e Inovação, enquanto a Secretaria de Assistência Social, Mulher e Cidadania será responsável pelas ações então desenvolvidas pela Secretaria de Assistência Social.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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