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Vereadores e pesquisadores debatem medidas para amenizar os impactos climáticos na Capital

A proposta é a criação do Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima

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Na manhã desta sexta-feira (9), a Câmara Municipal de Campo Grande sediou uma Audiência Pública para discutir a proposta de criação do Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima.

O encontro reuniu especialistas, professores, estudantes e representantes de órgãos públicos, que debateram o conteúdo do Projeto de Lei 11.438/24 e sugeriram ajustes antes da votação em plenário.

O debate foi convocado pelo vereador Jean Ferreira, presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente, com apoio da vereadora Luiza Ribeiro, autora do projeto. Também devem apoiar oficialmente a proposta os vereadores Maicon Nogueira e Landmark.

O plano propõe intervenções em áreas como drenagem urbana, infraestrutura, prevenção de alagamentos, recuperação ambiental e estratégias para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

“Não é admissível que a cada chuva a cidade esteja despreparada. Precisamos agir com planejamento”, destacou Jean Ferreira.

Segundo ele, reuniões técnicas serão realizadas nas próximas semanas para aprimorar o texto do projeto e garantir sua efetividade. Ele também chamou atenção para a importância de justiça climática, apontando que populações vulneráveis e comunidades indígenas estão entre as mais afetadas pelas mudanças no clima.

A vereadora Luiza Ribeiro elogiou a qualidade das contribuições feitas durante a audiência e afirmou que o texto final do projeto passará por adequações. Segundo ela, o projeto tem base em propostas anteriores, incluindo um modelo elaborado pela deputada federal Camila Jara, ainda quando exercia mandato como vereadora.

Contribuições técnicas

Especialistas presentes à audiência apresentaram dados e sugestões para fortalecer o plano. A professora e pesquisadora da UFMS, Maria Helena da Silva Andrade, defendeu a criação de um Fórum Permanente de Crise Climática no legislativo municipal e alertou para a necessidade de atualizar a legislação sobre proteção de nascentes.

“A atual delimitação legal de 30 metros é insuficiente. Precisamos considerar toda a área de contribuição da nascente”, argumentou.

Já o professor Ariel Ortiz Gomes ressaltou que políticas climáticas precisam ser integradas entre diferentes setores da administração pública. Ele destacou a relevância de medidas no transporte público e na mobilidade urbana como parte da estratégia para reduzir emissões.

O físico Widinei Alves Fernandes, também da UFMS, enfatizou a urgência de ampliar o monitoramento meteorológico.

“Faltam estações no norte da cidade. Precisamos de dados mais completos para agir com precisão”, afirmou.

Ele apresentou ainda informações sobre o índice de qualidade do ar e alertou para o aumento das chuvas neste ano, comparado ao mesmo período de 2024.

Perspectiva jurídica e social

A professora de Direito Ambiental, Lívia Gaigher, reforçou a responsabilidade coletiva na preservação do meio ambiente.

“Campo Grande tem potencial para se tornar referência em práticas sustentáveis. É hora de repensarmos hábitos de consumo e produção”, afirmou. Ela também mencionou o problema do assoreamento de córregos e lagos na cidade.

A juíza federal Raquel Domingues do Amaral destacou o protagonismo da juventude no debate ambiental e sugeriu que a natureza seja reconhecida como sujeito de direito em legislações futuras.

Participação do poder público

Representantes da administração municipal também participaram do encontro. A arquiteta Neila Janes Vieira, da Secretaria Municipal de Planejamento, destacou a importância de integrar a legislação ambiental à lógica urbanística da cidade.

Já o coordenador da Defesa Civil, Enéas Netto, alertou para o impacto das mudanças climáticas nos serviços públicos e defendeu a adoção de ações preventivas.

O vereador Maicon Nogueira encerrou reforçando a necessidade de políticas públicas claras para educação ambiental e conclamou os jovens a repensarem práticas de consumo excessivo. “A mudança precisa começar por cada um de nós”, afirmou.
 

VIAGEM

MS: 790 mil veículos devem trafegar na BR-163 no Natal e Ano Novo

No Natal, 343 mil veículos vão passar pela rodovia e 446 mil no Ano Novo

23/12/2025 12h00

BR-163, em MS

BR-163, em MS Gerson Oliveira

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O movimento será intenso neste fim de ano nas estradas que cortam Mato Grosso do Sul. Quem tem disponibilidade e oportunidade, não perde a chance de curtir o Natal e Ano Novo em outra cidade.

De acordo com a Motiva Pantanal, e estimativa é que 790.279 veículos trafeguem pela BR-163/MS entre 23 de dezembro de 2025 e 5 de janeiro de 2026.

No Natal, entre 23 e 28 de dezembro, 343.326 veículos vão passar pela rodovia. Os dias com maior pico no movimento serão 23, 26 e 27 de dezembro.

No Ano Novo, entre 29 de dezembro até 5 de janeiro, o tráfego será de 446.953 veículos. Os dias mais movimentados serão 2, 3 e 4 de janeiro.

Operação Fim de Ano, da Motiva Pantanal - antiga CCR MSVia - iniciou às 00h desta terça-feira (23) e vai até 5 de janeiro.

BR-163

A BR-163 é a rodovia que corta o sul-norte de Mato Grosso do Sul. Possui 845,4 quilômetros de extensão e cruza 21 cidades, sendo elas:

  • Mundo Novo
  • Eldorado
  • Itaquiraí
  • Naviraí
  • Juti
  • Caarapó
  • Dourados
  • Douradina
  • Rio Brilhante
  • Nova Alvorada do Sul
  • Campo Grande
  • Jaraguari
  • Bandeirantes
  • Camapuã
  • São Gabriel do Oeste
  • Rio Verde de Mato Grosso
  • Coxim
  • Sonora
  • Pedro Gomes

A BR-163 em Mato Grosso do Sul (MS) possui nove praças de pedágio, nos municípios de Sonora, Coxim, São Gabriel do Oeste, Bandeirantes, Campo Grande, Rio Brilhante, Dourados, Naviraí e Mundo Novo.

A rodovia é 100% monitorada por 477 câmeras de monitoramento, distribuídas ao longo da BR-163/MS, permitindo acompanhamento em tempo real das condições de tráfego e apoio às ações integradas com a Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso do Sul (PRF/MS).

ORIENTAÇÕES

Se for pegar estrada neste fim de ano, é necessário que o condutor:

  • Não dirija caso consuma bebida alcoólica
  • Não dirija cansado ou com sono
  • Use cinto de segurança
  • Respeite a sinalização
  • Respeite o limite de velocidade da via
  • Porte documentos oficiais com fotos, os quais devem estar quitados
  • Realize revisão do carro: pneus, limpadores de para-brisa, freios, nível de óleo, bateria, lâmpadas, lanterna e extintor

 

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Verba da saúde banca mais 240 mil cestas para indígenas

Estado renovou por mais 12 meses contratos que somam R$ 46 milhões para aquisição de alimentos distribuídos em 86 aldeias

23/12/2025 11h30

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

Cerca de 20 mil famílias indígenas espalhadas em 86 aldeias são contempladas com 25 quilos de alimentos a cada mês

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Assinados em dezembro do ano passado com possibilidade de serem prorrogados por até dez anos, cinco contratos para fornecimento de cestas de alimentos para familias indígenas foram renovados até o final de 2026, conforme publicação do diário oficial desta terça-feira (23). 

Juntos, os cinco contratos chegam a quase R$ 46 milhões e apesar da inflação do período, de 4,4%, foram renovados com os mesmos valores do ano passado com as empresas Tavares & Soares (R$ 15,83 milhões), Forte Lux Comércio (R$ 9,6 milhões) e Serviço e a empresa Fortes Comércio de Alimentos (R$ 20,67 milhões) 

Ao todo, em torno de 20 mil famílias estão sendo atendidas  em 86 aldeias de 29 municípios de Mato Grosso do Sul. A cesta conta com arroz, feijão, sal, macarrão, leite em pó, óleo, açúcar, fubá, charque, canjica e erva de tereré.

A estimativa do Governo do Estado é de que o programa beneficie pelo menos 90% das famílias indígenas espalhadas pelo Estado. Ao longo de um ano são em torno de 240 mil cestas, com peso médio de 25 quilos. 

Desde o começo do ano está havendo controle digital como mais um instrumento de garantia da destinação correta dos alimentos. Os beneficiários receberam um cartão com um QR Code para ser usado no momento da retirada da cesta. Existe um cartão azul, que é do titular do benefício e outra na cor verde, entregues a pessoas autorizadas a retirar o alimento caso o titular não consiga. 

Apesar de o programa ser coordenado pela Secretaria de Assistência Social e dos Direitos Humanos (SEAD), ele é bancado com recursos  da Saúde (Fundo Especial da Saúde/FESA/MS). 
 

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