O Bada Bar, famoso e movimentado bar de Campo Grande está sendo alvo de uma polêmica, desde que um tiktoker famoso da Capital, Orlando Beraldo, publicou um vídeo no Instagram na noite de sábado (14), após ser barrado na porta do local junto com seu companheiro. A justificativa? O acompanhante do influencer chegou usando regata, o que é proibido pelo estabelecimento desde 24 de setembro de 2024, e está publicado e fixado no Intagram do bar.

Diante da situação, o influenciador alegou contrangimento, e ainda na rua do bar, ele gravou um vídeo com os seguintes dizeres: "Passem longe desse barzinho de m****, PRECONCEITUOSO".
Na publicação, Orlando contou que já tinha ido ao bar em outra ocasião, quando foi convidado para fazer divulgação de drinks, e na noite do dia 14 de junho, foi até lá para um lazer acompanhado do seu namorado que foi impedido de entrar por causa da vestimenta.
"As mulheres podem entrar só com um topzinho tampando o bico do peito, mas a gente não pode", disse ele indo embora do local, inconformado com a situação.
VEJA O VÍDEO:
No TikTok, conhecido como rede vizinha, Orlando acumula 1,4 milhão de seguidores, publicando vídeos de humor, nos quais as visualizações vão de 2 mil a 25 milhões. Já no Instagram, ele possui 212 mil seguidores e também publica vídeos de humor, publicidades, curiosidades sobre Campo Grande, eventos e outros conteúdos.
Em quatro dias, a publicação de Orlando no Instagram sobre o acontecimento no bar rendeu milhares de visualizações, mais de 15 mil likes, 1.087 comentários e mais de 5 mil compartilhamentos.
A postagem também gerou muita polêmica, tanto entre pessoas defendendo o bar que já tinha a regra estabelecida desde o ano passado, quanto pessoas defendendo o influenciador e classificando o estabelecimento como preconceituoso.
Após o acontecimento que gerou grande repercussão, na segunda-feira (16), em tom de brincadeira, o bar debochou da situação, com uma publicação que mostrava um aviso que fica nas repartições judiárias de Mato Grosso do Sul, como o Fórum de Campo Grande, que fica a 600 metros do bar, que também proíbe a entrada de pessoas trajando shorts, bermudas, camisetas regatas, chinelo, boina e chapéu.
A imagem que foi publicada nos stories temporariamente e sumiu após 24 horas, veio acompanhada dos seguintes dizeres: "Aos ofendidos com nossa regra de dress code: Atenção ao procurar a justiça, lá também não entra de chinelo e camiseta regata", escreveu na publicação. Veja abaixo:

A reportagem do Correio do Estado procurou o estabelecimento para que se pronunciasse oficialmente sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem não obteve retorno. O espaço segue aberto.
OUTRA POLÊMICA
Recentemente, o Bada Bar foi alvo de outra polêmica, desta vez envolvendo acusações de poluição sonora, poluição ambiental e de funcionamento sem a devida licença para as atividades. Cabe que ressaltar que, o estabelecimento é conhecido como um dos mais badalados entre os jovens de classe média e classe alta de Campo Grande, localizado no Jardim dos Estados.
Nesse caso, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) foi à Justiça para pedir o fechamento do bar, alegando barulho vindo do local, que superlota nos fins de semana, com apresentações de DJs durante a noite, além do descumprimento do horário de fechamento e da invasão da calçada sem autorização.
No pedido, a delegada a delegada Gabriela Stainle Pacetta, afirmou que o Bada é potencialmente poluidor, em razão das apresentações habituais de DJs na área externa do imóvel, tendo sido de fato constatada a poluição sonora e havendo grande número de reclamações e pedidos de providências por parte de vizinhos. Segundo ela, fica claro que o empreendimento está operando sem a devida licença ambiental.
A delegada informou que o proprietário do Badá Bar foi notificado para providenciar a devida licença ambiental para a atividade, mas limitou-se a afirmar que a única alteração que está sendo providenciada é na atividade econômica, passando de “bar sem entretenimento” para “bar com entretenimento”.
ALVO DE RECLAMAÇÕES
As reclamações sobre barulho, som alto e uma certa baderna (com cenas de brigas no meio da Rua da Paz anexadas no inquérito) partem, sobretudo, do condomínio Park Platinum, cuja síndica é uma delegada de polícia: Maria de Lourdes Souza Cano.
“Costumeiramente há superlotação no bar e, além do volume extremamente alto do som e dos ruídos estridentes, o comércio ocupa quase toda, senão toda a calçada em torno, com mesas e cadeiras, impedindo a passagem de pedestres, inclusive dos portadores de deficiência visual”, afirma o relato da delegada da Decat, com base em informações recebidas da síndica do prédio.
“Disse que o som advém de DJ com mesa de som e que, na qualidade de síndica, já recebeu inúmeras reclamações dos moradores, principalmente dos apartamentos com prumada para o bar, que são os mais prejudicados”, afirmou.
Mato Grosso do Sul está em alerta para tempestades (Reprodução / Inmet)


