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Wolbachia ajudou a estabilizar dengue em Campo Grande

Após seis fases de soltura do mosquito com a bactéria, prefeitura anunciou o fim da implementação do método; último pico da doença na Capital foi em 2019

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Em execução desde o fim de 2020, a implementação do Método Wolbachia em Campo Grande contribuiu para estabilizar o número de casos notificados da dengue na Capital, que teve o seu último pico da doença há cinco anos.

De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) no ano de 2019, de janeiro a junho, foram notificados 42.475 casos da dengue na cidade, no ano seguinte, no mesmo período, os registros chegaram a 17.539 e, a partir de 2021 as ocorrências caíram.

No ano passado, de janeiro e junho foram registrados 14.331 notificações de dengue em Campo Grande, e até o mês de junho deste ano são 9.289 casos prováveis, uma redução de 35%.

Segundo a Superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, o Método wolbachia é um dos fatores que podem ter ajudado a manter a estabilidade de casos de dengue em Campo Grande, evitando a volta de grandes picos da doença.

“A população de Campo Grande vem convivendo com a dengue desde 1986 e, desde então, enfrentou várias epidemias que causaram muito transtorno e sofrimento à população, além de sobrecarregar os serviços de saúde. Os casos de dengue têm se mantido estáveis em Campo Grande desde o último pico, que aconteceu em 2019, e há dois anos o município não enfrenta uma epidemia da doença”, declarou a superintendente.

Para Veruska, o Método Wolbachia trás uma esperança na queda do número de casos da doença, que deve se comprovar nos próximos dois anos de observação do efeito da soltura dos mosquitos com a bactéria, que foi finalizada em dezembro de 2023.

“O Método Wolbachia, além de ser uma metodologia inovadora, que veio para compor as demais estratégias já existentes, trouxe uma grande esperança para todos nós na redução da transmissão de doenças graves como dengue, Zika e chikungunya”, disse Lahdo.

Outro ponto que pode comprovar inicialmente e eficácia do método se dá pela ausência de surto da dengue em Campo Grande em meio ao surto nacional da doença, que em alguns estados se transformou em uma epidemia no primeiro semestre do ano.

Na capital sul-mato-grossense houve neste período uma mobilização por parte da Sesau para manter a estabilidade das notificações de dengue na Capital. 

Campanhas como Meu Bairro Limpo e Todos em Ação contra a Dengue foram feitas, além de ações focadas nos bairros e regiões com a maior incidência, como é o caso do Anhanduizinho, onde os bairros Los Angeles, Jardim Centenário e Jardim Parati estão entre os locais com risco muito alto para a doença.

O efeito da mobilização se vê nos dados recentes, que após o segundo pico de casos no ano, em abril (2.240) os meses de maio e junho se manterão abaixo de mil notificações.

AÇÕES DO MÉTODO

Em andamento deste 2020, o projeto de liberação dos mosquitos do Aedes aegypti com a bactéria da wolbachia espalhou pelas sete regiões de Campo Grande 102 milhões de mosquitos.

De acordo com o World Mosquito Program (WMP), responsável por implementar o método em Campo Grande,  a prevalência da Wolbachia na população de mosquitos na Capital aumentou constantemente, sendo que em algumas áreas à prevalência deste inseto que impede a fecundação dos ovos do mosquito da dengue varia de 70% a 100%.

Ao longo das liberações, que aconteceram em seis etapas, mais de 2,5kg de ovos de mosquitos foram eliminados segundo a WMP. As fases realizadas do projeto atingiram aproximadamente 130 mil pessoas por fase. 

Além da liberação dos mosquitos nos bairros, a pesquisa também desenvolveu outros métodos, como a iniciativa “Wolbito em casa” e a instalação de uma biofábrica na sede do Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), para produzir milhões de mosquitos com a bactéria Wolbachia usados para o enfrentamento da Dengue, Zika e Chikungunya, doenças transmitidas pelo Aedes.

A eficácia do método já foi comprovada em outras cidades que desenvolveram as fases da pesquisa. 

Em Niterói (RJ) houve uma redução de até 70% nos casos de dengue e de 60% nos casos de chikungunya, se tornando o município com menor número de casos de dengue no estado do Rio de Janeiro, registrando apenas nove casos até abril de 2023.

No Centro-Oeste do país, Campo Grande foi a primeira cidade a receber e completar todas as etapas do Método Wolbachia.

Saiba

A Wolbachia é uma bactéria presente em 60% dos insetos. A ação dela no Aedes aegypti impede que os vírus da Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela se desenvolvam no mosquito, sem a necessidade de modificação genética.

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Cidades

Lista suja do trabalho escravo tem 13 empregadores de Mato Grosso do Sul

Cadastro é atualizado a cada seis meses e manteve o quantitativo da divulgação anterior; Confira a lista

09/04/2025 16h01

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo

Treze empregadores de MS estão inscritos na chamada lista suja do trabalho escravo Foto: Agência Brasil / Arquivo

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Mato Grosso do Sul tem 13 empresas e empregadores na chamada lista suja do trabalho escravo. O Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão foi atualizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (9).

Em comparação com a lista anterior, divulgada em outubro de 2024, o Estado manteve o mesmo quantitativo de propriedades cadastradas.

Em Mato Grosso do Sul, o município de Corumbá concentra a maioria das propriedades onde foram encontrados trabalhadores em situação de escravidão, com seis locais e 22 trabalhadores resgatados.

Também há empregadores de Ponta Porã, Angélica, Porto Murtinho, Aparecida do Taboado, Laguna Carapã, Dourados e Caracol. Somando os trabalhadores resgatados nestas propriedades, foram 81.

Em todo o Brasil, são 745 nomes cadasttrados na lista suja.

Entre as atividades econômicas com maior número de patrões incluídos estão:

  • criação de bovinos;
  • cultivo de café e
  • trabalho doméstico.

Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses com o objetivo de dar transparência às atividades de auditores-fiscais do trabalho no enfrentamento ao problema. 

O Cadastro existe desde 2003 e é regulamentadpo atualmente pela Portaria Interministerial nº 18, de 13 de setembro de 2024.

Empresas e empregadores

De acordo com nota divulgada pelo MTE, os nomes incluídos são de empresas e empregadores que passaram por processos administrativos finalizados e sem possibilidade de recurso.

Após um flagrante, “é lavrado um auto de infração específico que descreve a situação de trabalho análogo ao de escravo. Cada auto dá origem a um processo administrativo, no qual os empregadores têm garantidos seus direitos de defesa, podendo apresentar argumentos e recorrer em duas instâncias”, descreve.

Após a inclusão, o nome permanece publicado por dois anos, conforme determina a instrução normativa que regula a lista.

Na última sexta-feira (4), foram retirados 120 nomes que haviam completado esse prazo.

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Encomenda com pistola e entorpecente é interceptada nos Correios

A apreensão realizada pela GCM ocorreu nesta quarta-feira (9) em uma agência em Campo Grande

09/04/2025 15h33

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios

Arma e drogas vieram da Turquia e foram interceptadas nos Correios Foto: Divulgação

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A Guarda Civil Metropolitana apreendeu, na agência dos Correios, uma pistola de origem turca enviada da fronteira e outro pacote com entorpecentes, em Campo Grande.

A apreensão ocorreu nesta quarta-feira (9), na agência localizada na Rua Vasconcelos Fernandes. A GCM foi acionada por volta das 10h para verificar o conteúdo suspeito.

A Gerência de Segurança Corporativa dos Correios repassou aos agentes que se tratava de três encomendas: uma pistola Canik 9mm, de fabricação turca, sem munição, e tabletes de skunk.

A encomenda que continha a arma de fogo foi enviada de uma cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul, cujo nome não foi divulgado, e teria como destino o estado de Minas Gerais.

Junto com a pistola, havia dois carregadores que não estavam municiados.

Já outra encomenda, postada em Campo Grande com destino ao Rio de Janeiro, continha, em um pote que deveria armazenar proteína em pó, um líquido que passará por perícia para determinar sua composição.

A terceira apreensão, conforme pesagem da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), continha 3,422 kg de skunk, divididos em seis pacotes que estavam dentro de um micro-ondas. A encomenda também foi remetida em Campo Grande com destino à fronteira.

O líquido e o entorpecente foram levados até a Denar, enquanto a pistola foi entregue à Depac Cepol para os devidos procedimentos.

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