Com 15 horas de programação diária, que envolve teatro, arte circense e literatura, além de shows musicais, começa nesta quarta-feira o 23º Festival de Inverno de Bonito (FIB).
Até domingo, um público estimado em 120 mil pessoas deverá marcar presença nas várias apresentações artísticas e outras atividades culturais agendadas para os cinco dias de evento, que neste ano tem como tema “Da Terra Viva, Nossa Arte Vibra”.
A música tradicionalmente costuma ser o programa mais cobiçado, e a noite de abertura terá o pagodeiro Alexandre Pires como protagonista. As outras atrações do line-up musical são: Concerto Gaia, de Portugal, com o bandolinista Norberto Cruz se apresentando como solista (quinta-feira); Zé Ramalho (sexta-feira); Olodum e Sandra Sá (sábado); e Teodoro e Sampaio (domingo). Entre as atrações locais estão os grupos Filho dos Livres e O Bando do Velho Jack, que se reúnem na segunda noite para apresentar o show “Fundição”.
ALÉM DO PAGODE
Alexandre Pires levará ao palco do festival, na Praça da Liberdade, o “O Baile do Nêgo Véio 2”. O show oferece uma viagem nostálgica pelos anos 1990 e 2000, relembrando sucessos que marcaram gerações e convidando o público a reviver canções que, com o tempo, ganharam o status de clássicos.
O espetáculo é uma homenagem aos ritmos que dominaram o Brasil nas últimas décadas, incluindo axé, forró, sertanejo e pagode.
Com um repertório que abrange mais de 40 canções, o músico mineiro promete “uma noite inesquecível”, enriquecida por uma cenografia impressionante e efeitos especiais. Canções icônicas como “Mineirinho”, “Depois do Prazer” e “Essa Tal Liberdade” serão revisitadas, proporcionando ao público uma experiência ao mesmo tempo dançante e aberta à nostalgia.
MULHERES
Antes de Alexandre Pires assumir o palco, a noite será marcada por uma apresentação que se propõe a mostrar “a autenticidade da cultura local”.
O grupo Mulheres de Bonito, composto por cinco artistas talentosas, abrirá o festival com o show “Nossas Vozes, MS Mais Bonito”. A performance não apenas destacará suas vozes poderosas, mas também as histórias e as vivências que fazem de Bonito um lugar singular.
Está programado para este show “um momento especial à parte”. Marcia Cordeiro dará início ao show com a inédita “Rios Vivos”. Morgana Zhen, com uma interpretação “que mescla o autoral com o tradicional, trará ao palco a essência da cultura regional”. Izabelê, “conhecida por sua ousadia”, prestará homenagem aos grandes intérpretes de Mato Grosso do Sul. Riquelme, com uma composição própria, revisitará o melhor dos bailes sul-mato-grossenses.
Encerrando a apresentação, Telma Cordeiro, com sua irmã Marcia, fará uma homenagem ao lendário Geraldo Espíndola e à dupla Délio e Delinha.
A banda que acompanha essas cantoras é composta por músicos locais, que prometem “uma sonoridade rica e cativante”.
A participação dos alunos da Banda Municipal de Bonito, na mesma noite, apresentando a composição “Rios Vivos”, pretende simbolizar a união entre gerações e o poder inspirador da música.
TURISMO
“O festival já é uma marca consolidada de Mato Grosso do Sul e de Bonito, claro, mas ele tem a capacidade e a dimensão de trabalhar muitas formas de desenvolvimento.
É um produto turístico hoje, e a gente conseguiu fechar a programação quatro meses antes do festival, para que a nossa Fundação de Turismo promovesse fora do Estado, fora do País, nos encontros de turismo mundo afora”, declarou o governador
Eduardo Riedel, durante o evento de lançamento do FIB, no Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande, no dia 29 de julho.
“Ele é um produto social, de formação educacional, até o [Festival] Bonitinho, que foi uma inovação do ano passado e está fazendo um grande sucesso, ajuda as nossas crianças também a terem acesso às programações culturais apropriadas à idade.
O festival integra não só o turismo, [mas também] o esporte, a natureza e leva o nome de Mato Grosso do Sul com aquilo que é o nosso DNA, a nossa alma, a nossa referência cultural, gastronômica, de turismo e natureza”, disse o governador.
“Queremos atrair o turismo”, reiterou, na ocasião, Eduardo Mendes, diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.
“É um festival multicultural. Teremos teatro, dança, apresentações na rua, hip hop, oficinas, além da economia criativa. Vamos expor o nosso artesanato do Estado para que as pessoas possam comprar alguma coisa e levar, gerando renda. E este ano o festival vai estar ainda mais tecnológico, com muitas inovações para que as pessoas tenham uma experiência inesquecível”, afirmou.