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A resposta do público a Rafael Portugal

"Cria" da internet, o humorista brinca com a rotina do programa no quadro "CAT BBB", do "Big Brother Brasil"

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A comédia sempre pautou boa parte da trajetória profissional de Rafael Portugal. O comediante, que faz parte da trupe do Porta dos Fundos, trouxe o humor para a competição da atual temporada do “Big Brother Brasil”. À frente do quadro “CAT BBB”, o ator de 35 anos viu como o rápido quadro do “reality show”, que vai ao ar uma vez por semana dentro do programa, tem um amplo alcance de público. “Está sendo uma experiência incrível. Eu sabia que o programa seria um sucesso, mas não sabia que o meu quadro seria tão comentado. O que eu mais escuto são pedidos para que o quadro fique maior, para que seja todo dia. As pessoas pedem muito”, vibra. O quadro “CAT BBB” é uma paródia de um serviço real da Globo. Há mais de 40 anos, a Central de Atendimento ao Telespectador recebe dúvidas, sugestões e os mais diversos pedidos do público que acompanha os programas, novelas e demais produções da emissora. “Eu já assistia ao ‘BBB’. Mas acho que, se por acaso eu participasse, sairia logo. Não iria aguentar muito tempo longe dos meus amigos e da minha família não (risos). Fiquei encantado pela possibilidade de fazer algo relacionado ao ‘Big Brother Brasil’, que é um programa que acho genial e que minha mãe adora”, valoriza.

Recentemente, o quadro o contou com a participação especial de Boninho, diretor geral de gênero da Globo. A participação foi um convite do grupo de roteiristas da produção e selou uma antiga vontade do “Big Boss”, como é conhecido nos bastidores do “reality”, de participar do programa. “Ele topou participar de cara. Foi muito legal, no 20º ‘Big Brother Brasil, uma edição de aniversário, ter a presença dele”, afirma. Além do “BBB”, Rafael também poderá ser visto na segunda temporada de “Homens?”, nova série do Comedy Central. Com estreia marcada para o próximo dia 14 de abril, a série também estará disponível para os assinantes do Amazon Prime Video. “A nova temporada está sensacional. É uma séria muito legal e é impressionante como as pessoas amam. E mais uma vez eu estou lá”, ressalta.

Nome: Rafael Portugal Cardoso.

Nascimento: Em 15 de fevereiro de 1985, no Rio de Janeiro.

Atuação inesquecível: “O vídeo ‘Descobrimento’, do Porta dos Fundos, em que fiz um índio e contracenei com Fábio Porchat. Amei ter feito”.

Interpretação memorável: Tom Hanks em “Forrest Gump”, de Robert Zemeckis, e Joaquin Phoenix como Coringa.

Momento marcante na carreira: “Meu prêmio de Melhor Ator de Comédia no Festival Risadaria, em 2018”.

O que falta na televisão: “Tem um público gigante que ama a tevê do jeito que ela é, mas talvez um pouco mais de liberdade”.

O que sobra na televisão: “A necessidade. Muita gente hoje assiste a ‘streaming’ e vai sentindo falta da diversidade, eu acho”.

Com quem gostaria de contracenar: “Adam Sandler. Estou louco para aprender inglês completamente, para um dia, o Adam Sandler me descobrir e eu fazer um filme com ele”.

Se não fosse ator, o que seria: “Veterinário. Eu amo bichos”.

Ator preferido: Gero Camilo, Zé Dumont, Chico Anyzio e Osmar Prado.

Atriz preferida: Fernanda Montenegro.

Humorista preferido: “Todos os meus amigos do Porta dos Fundos, que privilégio que eu tenho. Tom Cavalcante também. Tenho uma história linda com ele: a primeira vez que eu vi meu pai sorrindo foi assistindo ao Tom Cavalcante”.

Programa de humor: Porta dos Fundos.

Vilão marcante: O Cadeirudo de “A Indomada”, de 1997, da Globo.

Que novela gostaria que fosse reprisada: “Eu amava ‘O Rei do Gado’, ‘Pedra sobre Pedra’ e ‘Torre de Babel’. Tinha de falar uma só? (Risos)”.

Que papel gostaria de representar: Coringa.

Filme: “Afinado no Amor”, de Frank Coraci.

Autor predileto: Ariano Suassuna.

Diretor favorito: Ian SBF.

Um medo: “De perder as pessoas que eu amo e os meus amigos”.

Projeto: “Quero trabalhar durante muito tempo, fazer novas coisas, projetos infantis, projetos musicais. Quero trabalhar no Porta dos Fundos para sempre. E fazer séries, amo séries”.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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