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LUAN SANTANA

Cantor volta a Campo Grande com turnê que começou e será encerrada na Capital

Em entrevista exclusiva, astro sertanejo fala sobre MS, comenta sua atual fase e promete canção inédita no show

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De volta ao começo, Luan Santana retorna a Campo Grande para o show de encerramento da turnê "Luan City". A Capital foi também o ponto de início da excursão do álbum, que fez o cantor emplacar 10 singles nas paradas das plataformas de música e conquistar mais de um bilhão de streams de áudio e vídeo.

Em entrevista ao Correio do Estado, o astro sertanejo fala da alegria e do frio na barriga que sente a cada regresso à sua cidade natal, exalta a música, a culinária "gostamos de comer bem e muito" e a natureza de Mato Grosso do Sul, comemorar o "conceito de festa", que fez da turnê a sensação da temporada, conta o que mais gosta de fazer por aqui e confirma lançamento de novo single "Deus É Muito Bom" para a próxima semana.

"Realizado e amadurecido" com a carreira, Luan adianta que a faixa inédita, parceria do músico com Lucas Santos, Matheus Marcolino e Marcos Estevez, está garantida no repertório do show deste sábado, no encerramento da Expogrande (ingressos de R$ 120 a R$ 599 mais taxas).

Quem esteve na primeira apresentação de "Luan City", no ano passado, também na Expogrande, ou acompanhou a turnê pela tevê ou pelas redes sociais sabe que tudo é mega na produção.

ABRAÇAR AS PESSOAS

Mais que um show, as apresentações foram pensadas como "uma grande festa, capaz de abraçar as pessoas da plateia". A gravação que deu nome à turnê foi realizada, em dezembro de 2021, na Vila Itororó, patrimônio histórico tombado em São Paulo.

No palco, em meio à parafernália de jogos de luzes e efeitos especiais, que remete à Nova York dos anos 1920, inéditas e grandes sucessos integram um repertório para nenhum fã botar defeito.

"Minha ideia foi realmente trazer uma nova sonoridade para a minha história", conta Luan. "As pessoas vão estar envolvidas nesse mundo, nessa cidade que a gente criou para percorrer o Brasil no propósito de que tudo seja uma grande festa, uma grande tribo em nome da alegria, da emoção e da energia que envolve o repertório, bem na vibe de Campo Grande", afirma.

REPERTÓRIO

Embora o cancioneiro se debruce sobre as "questões de amor", como traição, saudade, prazer e perdas, a maioria das faixas está embalada com "muita pulsação e energia" para o público cair na dança e usar e abusar das coreografias que tomaram conta do gênero.

Mas o artista promete que o romantismo também vai ter um lugar especial na city sob o seu comando.

"Quando a Bad Bater", "Choque Térmico", "Água com Açúcar", "Ilha", "Seu Doutor", "Morena", "Abalo Emocional" e "Erro Planejado" não faltarão no show, assim como, "Meteoro", "Amar Não É Pecado", "Sinais", "Acordando o Prédio", "Vingança" e "Escreve Aí", além de covers, como "Muda de Vida", "Dois Corações e uma História" e "Estou Apaixonado", e de sucessos mais recentes, como "Sorria", "Vingança", "Abalo Emocional", "Perigo Noturno", Coração Cigano" e "Perigosa".

"Vai ser uma festa com astral muito gostoso. Estou falando festa porque é o que a gente quer passar. A gente quer que todo mundo se sinta assim, não necessariamente em um show. Não é só olhar para o palco e ver a apresentação.

Eu quero que as pessoas se sintam abraçadas por toda essa energia, envolvidas nessa cidade. E ter Campo Grande como cenário já é motivo para comemorar", festeja Luan, aos 32 anos de idade, 15 anos de carreira e oito álbuns lançados.

Entrevista

O que sente a cada nova apresentação em Campo Grande?

Ainda sinto o mesmo frio na barriga de quando comecei. Acho que por ser tão especial: a cidade onde nasci, onde tenho tantos amigos e familiares.

Cada show parece o primeiro e me traz muitas recordações. Inclusive, Campo Grande foi a primeira cidade a receber o 'Luan City Festival', que tem percorrido o Brasil e vem sendo muito elogiado. Na ocasião, em abril do ano passado, o festival teve Clayton e Romário e Jetlag. Foi incrível.

O que podemos esperar do show na Expogrande? 

O 'Luan City' tem recebido elogios em todos os lugares que passamos. Começamos o festival por Campo Grande e agora voltamos para encerrar uma turnê com o conceito de festa, do conectar as emoções em meio a uma cidade criada para um grande espetáculo, com músicas que marcaram minha carreira e hits atuais. Mas já adianto que a inédita "Deus É Muito Bom" [que estreia dia 28/4 em todas as plataformas digitais] está no repertório do 'Luan City'.

Na tua opinião, o que o sul-mato-grossense tem de mais característico?

A natureza , com seus sons e tons, da fauna e da flora, creio que desenha e esculpe com maestria a arte como um todo do nosso estado. Somos ricos musicalmente, com grandes nomes como Almir Sater. 

Como avalia a contribuição do Estado (MS) para o sertanejo?

Mato Grosso do Sul é um estado jovem em comparação a outras regiões do Brasil, mas que já vinha sendo ocupado há séculos por nativos e migrantes de vários locais, seja do Brasil, de países vizinhos ou de outros continentes. Isso fez com que a nossa terra seja palco de uma gama de tradições e de costumes.

E é na culinária que sentimos a força dessa variedade: vamos do tropeiro ao sobá japonês. Gostamos de comer bem e muito, e o sul-mato-grossense também gosta de reunir amigos e família para uma boa viola.

O que mais gostava e/ou gosta de fazer por aqui? 

Gosto muito de ir para o Pantanal, pescar com amigos e familiares. Visitar a família. Quando tenho mais tempo, rever lugares importantes. Reviver minha infância que foi tão incrível. 

Como vê a tua atual fase da carreira?

Me sinto realizado, amadureci na imagem e no som, colocando em prática os projetos que quero mostrar e dedicar ao meu público. Estou com a carreira consolidada, graças a Deus, e abraçada pela crítica e pelo público. 

E o que anda aprontando em termos de novidades? O que vem por aí?

O lançamento do DVD que gravamos em Belo Horizonte no dia 18 de março, "Luan City 2.0" [dirigido por Gui Dalzoto]. Ele será feito em etapas, e o primeiro single, "Deus É Muito Bom", chega nas plataformas digitais semana que vem [a faixa, às 21h de 27/4; e o clipe ao vivo, às 12h de 28/4].

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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