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Capa B+: A atriz Larissa Ferrara fala com exclusividade ao Correio B+

"Eu sempre me senti mais à vontade no teatro, mas hoje, meu coração bate muito forte com o audiovisual"

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Larissa Ferrara é atriz, dubladora e roterista. Ela iniciou seus estudos cênicos aos 13 anos na Escola de atores Nilton Travesso, onde ficou três anos. Estudou dois anos no renomado Grupo TAPA com orientação de Eduardo Tolentino.

A atriz foi integrante do Teatro da Rotina com Leonardo Medeiros. Se formou na Escola de atores Wolf Mayae também em Dublagem na escola Dubrasil. Fez cursos com Fátima Toledo, estudou o Método Meisner e é adepta ao Método Ivana Chubbuck. 

Além disso, Larissa é graduada em Comunicação Social na Espm e durante sua vida, fez cursos de canto, dança e idiomas, (como Francês e Inglês) e recentemente está estudando Roteiro e escrevendo seus próprios projetos. 

"Quando eu assisti “O Fantasma da Ópera” eu tinha 11 ou 12 anos e ali, eu decidi que esse era o meu caminho. Meu coração acelerou e a contagem de subir no palco ficou constante. E então, meus pais toparam me colocar na escola Nilton Travesso. Fiz minha primeira peça lá aos 13 anos, e não parei até hoje (risos). Eu amo a minha profissão", explica. 

No Áudiovisual

O primeiro grande trabalho foi a série “Contos do Edgar” veiculado no canal Fox em 2013. A serie foi produzida por Fernando Meirelles e pela O2 filmes. Larissa fez a protagonista de um episódio que conta a história de Íris, uma menina drogada e festeira que incomoda o seu vizinho Jorge. E muitas coisas tenebrosas acontecem nesse encontro. 

Já em 2016, Larissa faz uma Serial Killer em um plano sequência na minissérie Missão Axn no canal AXN. No Cinema, participou de inúmeros filmes e integrou mais de 15 curta- metragens, entre eles, o filme ON dirigido por Lucas Romano e foi indicada melhor atriz no festival ALTFF de 2018 em Toronto.

No teatro o começo de tudo. Foram inúmeras peças e em 2020, Ferrara criou, produziu e atuou junto com a atriz Nicole Cordery a Websérie Nós, veiculada nas redes sociais. 

Estreias...

A série As aventuras de José e Durval dirigida por Hugo Prata e produzida pela O2 filmes em conjunto com a Globoplay pode ser vista na paltaforma. A série conta a história icônica da dupla Chitãozinho e Xororó que será interpretado por Rodrigo Simas e Felipe Simas. Larissa está no elenco principal da série com a personagem ADENAIR, esposa de Chitãozinho. Ela faz o par romântico com Rodrigo Simas. 

A atriz Larissa Ferrara é Capa do Correio B+ desta semana e fala com exclusividade ao Caderno sobre começo de carreira, paixão pelo teatro e audivisual, dificuldades e trabalhos atuais.

A atriz Larissa Ferrara é Capa do Correio B+ desta semana - Foto: Vinícius Mochizuki - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE - Você começou com os estudos cênicos aos 13 anos. Desde muito nova você sempre soube que queria isso como carreira?
LF:
Sim, eu me encantei pelo teatro. Quando eu assisti “O Fantasma da Ópera” eu tinha 11 ou 12 anos e ali, eu decidi que esse era o meu caminho. Meu coração acelerou e a contagem de subir no palco ficou constante. E então, meus pais toparam me colocar na escola Nilton Travesso. Fiz minha primeira peça lá aos 13 anos, e não parei até hoje (risos). Eu amo a minha profissão. 

CE - Como foi esse início e evolução? 
LF:
O meu início foi regado com muito estudo, muitos cursos e métodos diferentes. Agora, o início no mercado do audiovisual foi bem complexo. O ator vive altos e baixos durante toda extensão de sua carreira, e não foi diferente comigo. 

Fiz diversas peças sem ganhar nenhum tostão. Na verdade, pagando para trabalhar. (Risos). E então, eu tive que ganhar dinheiro de outra forma. Já vendi bolo, já trabalhei em empresa, já fiz tradução de livros e por aí vai, mas nunca deixei a carreira e os meus estudos.

Um andava ao lado do outro. Eu acho que essas quedas, os nãos, os erros, as rejeições te deixam mais fortes, sabe? Faz parte da vida! É muito fácil cair na tristeza. Falo isso por experiência própria! (Risos), difícil mesmo, é ter a coragem de ser feliz e superar os obstáculos que sempre vão existir. E eu sou grata por ter insistido, estou em um momento muito bacana da minha carreira. Eu olho para trás e tenho orgulho de todos os degrauzinhos que eu subi. Persistência, foco e muito amor. 

Foto: Vinícius Mochizuki

CE - O que te instiga a aceitar uma personagem? 
LF:
Eu ainda não estou em um momento de escolher personagens (Risos), mas eu acho que esse lugar está próximo. Em projetos menores, eu tenho um poder de escolha melhor. Acabo aceitando ou não, devido a vários pontos. Como o enredo da personagem, a relevância dela no projeto, o desafio que terei em fazê-la, o que aquele projeto quer comunicar para o público e principalmente, ter um roteiro consistente com um diretor que tenha uma visão clara. 

CE - O seu primeiro grande trabalho foi a série “Contos do Edgar” como foi o processo de criação da sua personagem?
LF:
Esse trabalho foi meu grande “sim”. Foram vários testes para pegar essa personagem. Tivemos duas semanas de preparação. Eu e Jorge Cerruti que infelizmente nos deixou há um ano. Grande ator... Me ensinou muitas coisas sobre o nosso ofício. Tenho muita saudade dele. 

Sobre a personagem, eu tive que acessar um lado mais sombrio. Ela era usuária de drogas e fazia muitas festas no seu apartamento. O problema com o vizinho foi se intensificando até resultar em um momento trágico. 

Foi sensacional fazer essa série com inspiração dos contos de Edgar Alan Poe.  Foi meu primeiro trabalho com Fernando Meirelles, Pedro Morelli e Cassiano Prado. 

CE - Como atriz e como plateia / telespectadora onde você se sente mais à vontade?
LF:
Humm, difícil dizer! Eu sempre me senti mais à vontade no teatro, que foi o lugar que me acolheu, mas hoje, meu coração bate muito forte com o audiovisual. Sou muito feliz fazendo séries e filmes. Por mim, eu filmaria todos os dias. Eu sou completamente viciada em assistir as obras. Todos os dias eu assisto um filme ou série. Todos os dias mesmo, sem exceção. Eu até dou dicas do que assistir no meu Instagram, porque eu realmente assisto muita coisa. (Risos). 

Na séria sobre a vida da dupla Chitãozinho e Xororó - Foto: Divulgação

CE - Você é atriz, roteirista e dubladora...O que mais gosta de fazer?
LF:
Vou falar de um costume meu que eu ainda não falei em entrevistas. Eu sou andarilha (risos). Eu amo sair andando pela cidade. Já cheguei a ficar 5 horas andando e olhando os detalhes das casas, das ruas, das árvores, dos estabelecimentos e observando as pessoas. Eu saio sem rumo e sigo caminhando. Coloco uma trilha sonora e vou! Eu amo fazer isso, volto para o meu centro. Bem Forrest Gump, mesmo (Risos), e quando canso, só volto para a casa. 

CE - “As Aventuras de José e Durval” conta a história icônica da dupla Chitãozinho e Xororó, como foi o convite para estar no elenco principal?
LF:
Foi através de teste de elenco. Eu fiz o teste já direcionado para a Adenair. 

E acho que temos coisas muito parecidas. Ela é uma mulher forte, carismática, alegre e intensa. Segundo o diretor, a nossa essência é muito parecida. 

Eu me diverti muito na pele da Dena, e sou uma forte defensora da personagem. Através da minha preparação e dos meus estudos, eu entendi tudo o que ela passou. Coisas que nem serão retratadas na série, mas que criou uma empatia e identificação imediata comigo. 

Fui feliz sendo a Dena, ou melhor, como a equipe da série a chamava “Adrenalina”. (Risos).

CE - Você já conhecia algo sobre essa dupla tão amada do sertanejo?
LF:
Eu conhecia as músicas e já cantei muito “Evidências” no Karaokê. (Risos). Eu sabia que Chitão era Tio e Xororó era pai de Sandy & Júnior (de quem fui muito fã na minha infância). Agora, a história que está sendo retratada na série, disso eu desconhecia, e é simplesmente incrível. Tudo o que a dupla passou para chegar onde estão hoje, é inspirador. O fato da Dona Araci ter aquele diagnóstico e a dupla passar por tudo aquilo com a mãe, é um reflexo da minha vida. Minha mãe também tem um diagnóstico bem sério e cuidei dela desde a minha adolescência. E fiz como a dupla, dei o melhor para a minha mãe e segui insistindo na minha carreira. Me identifico muito com a história deles. 

Larissa no cinema - Foto: Divulgação

CE - Você participou do filme “Apanhador de Almas” como foi fazer um filme com o gênero diferente dos seus outros trabalhos?
LF:
Apanhador de almas é um filme de suspense e terror, e posso dizer que me divirto muito fazendo esse gênero! Eu faço a Isabella, uma mulher impulsiva e que devido aos fatos de vida e morte na história, ela acaba se perdendo na loucura. 

As filmagens foram intensas e levo comigo a Klara Castanho, tivemos uma parceria maravilhosa. Estou ansiosa para assistir esse filme e quero que o público assista também! Foi uma personagem bem diferente e bem antagonista. 

CE - Tem algum personagem que você sonha em fazer?
LF:
Eu sonho em fazer uma personagem que esteja inserida em séries atuais como, “Justiça”, “Os outros”, “Cangaço Novo” e por aí vai. Eu gosto da intensidade, gosto de personagens complexos e com um enredo completo, bem humano. Aquele personagem que mostra suas qualidades e defeitos e é testado a todo momento na história. Esse é meu desejo. 

CE - Quem te inspira? E o que te inspira? 
LF:
Na vida? Posso citar três inspirações. Meu avô Ferrara, artistão, que já não está mais aqui. Minha adorável e resiliente, Mãe. E a força e caráter do meu Pai. 

Na carreira, tenho como rota, Ricardo Darin, Isabelle Huppert, Phoebe Waller-Bridge, Adriana Esteves, Maeve Jinkings, Alice Carvalho, Fernandona, Elizabeth Taylor, Olivia Colman, Cate Blanchett e vou deixar um monte de fora. Mas essas são as que vieram no meu impulso de falar. O que me inspira…Viver abertamente. Escutar. Contemplar os detalhes. Me experimentar em coisas novas. Errar com gosto. E a eterna busca dos meus desejos e vontades. 

Larissa Ferrara - Foto: Divulgação

CE - Quais seus planos para 2023, pode nos adiantar alguma coisa?
LF:
Terminei recentemente de filmar a série “Estranho Amor” com direção de Ajax Camacho, e roteiro de Ingrid Zavarezzi. É uma série que fala sobre a violência contra a mulher. Eu sou o personagem tema do episódio 2, com a personagem Glorinha, uma mulher que junto com a sua filha (Gabi Cardoso) sofre sérios abusos de seu marido (Emílio Orciollo Neto). A estreia está prevista para janeiro de 2024. É uma série muito importante e estará na Record TV e no Canal Axn. 

Sobre o futuro, estou com dois projetos de teatro que já estão em andamento. E ansiosa para o meu próximo projeto na TV e streaming (risos).  Em breve! 

 

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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