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Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Lola Fanucchi

Atriz comemora a trajetória de superação, personagens inesquecíveis e a chance de viver Adrian Pennino na produção inspirada na saga de Rocky Balboa.

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Lola Fanucchi, conhecida de trabalhos no teatro musical e no audiovisual brasileiro, se despede hoje de Adrian, a protagonista feminina de “Rocky - O Musical”, que teve sua estreia a partir dia 14 de março no 033 Rooftop, do Teatro Santander, em São Paulo.

Com uma trajetória pessoal marcada por coragem, determinação e uma paixão inabalável pelos palcos, a atriz trouxe à vida uma versão sensível e cheia de nuances da personagem que, ao lado de Rocky Balboa, imortalizado por Sylvester Stallone, representa também resiliência e autodescoberta. 

Desde criança, a artista demonstrava um espírito criativo e teatral, mas foi na adolescência que entendeu a profundidade de seu amor pela atuação. No entanto, a caminhada até os palcos não foi linear.

Após a perda de sua mãe, Lola chegou a buscar estabilidade em empregos tradicionais no mundo corporativo, mas o chamado da arte falou mais alto, levando ela a apostar todas as fichas na carreira artística. A decisão, inicialmente arriscada, hoje norteia sua acertada trajetória de mais de uma década.

Formada no Instituto de Artes da Unicamp, a atriz coleciona alguns personagens de destaque no teatro, a exemplo de Vanessa na montagem brasileira de “In the Heights” e Princesa Mary em “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”.

Já em produções originais nacionais, brilhou como Maria Rosa em “Vingança - O Musical”, Mocinha em “As Cangaceiras, Guerreiras do Sertão” e, mais recentemente, como Iara Iavelberg em “Codinome Daniel” obra autoral da renomada equipe criativa do Núcleo Experimental de São Paulo.

Agora, Lola mergulhou no universo em torno do pugilismo para dar vida à Adrian Pennino, uma figura fictícia considerada um dos pilares emocionais da icônica saga de Rocky, e que contou com a atuação de Talia Shire na filmografia.

Inicialmente apresentada como uma mulher tímida e introvertida, ao longo dos filmes ela evolui como personagem e torna-se uma fonte de apoio emocional e força para o boxeador, especialmente em seus momentos de dificuldade, tanto dentro quanto fora do ringue.

A relação entre Rocky e a companheira foi vista também nos palcos, como uma das partes mais emocionantes e significativas da história, mostrando como o amor e a parceria podem ajudar a superar desafios. 

O encontro com Adrian e a força do musical

Viver Adrian em “Rocky” veio como uma virada em sua jornada, especialmente após um ano pessoalmente desafiador. "Nem sempre a vida é fácil, né? Adrian chegou como um grande plot twist do meu 2024. Foi como receber uma oportunidade para voltar ao meu lugar de força. Ao lugar que eu mais amo, com as pessoas que mais admiro", revela.

O papel, foi complexo e cheio de camadas, que exigiu da atriz uma entrega intensa. Durante os ensaios, ela mergulhou profundamente na construção da mocinha, compondo-a com inspirações que vão desde a patinadora olímpica Dorothy Hamill até as memórias de sua própria mãe.

"É uma Adrian que olha com muito respeito para a interpretação da Talia Shire, mas que traz uma composição com novos elementos, que conversam tanto com a obra original, quanto com a nossa versão para o teatro”, explica sobre sua construção.

Assim como Adrian, que reflete muitas mulheres, Lola carrega em sua história o poder da transformação, de superar adversidades e encontrar sua força. A atriz se reconhece em traços da personagem como a timidez e o senso de desamparo diante de grandes desafios pessoais, mas também percebe diferenças:

Atriz comemora a trajetória de superação, personagens inesquecíveis e a chance de viver Adrian Pennino na produção inspirada na saga de Rocky Balboa - Divulgação

"Acredito que não teria metade da devoção dela para com seu irmão tóxico. Acho importantíssimo que, ao longo da narrativa, ela aprende a se impor. Nenhuma relação deveria sobreviver sem respeito e cuidado mútuos, nem mesmo familiares. Adrian nos mostra isso.", reflete ao destacar a jornada inspiradora de autoconfiança e empoderamento por trás da obra.

O musical, teve composições de Stephen Flaherty, e também se tornou um terreno fértil para a artista explorar suas emoções através das canções. Uma das mais especiais para ela é o solo que revela as inseguranças e os desejos internos de Adrian. "É como uma confissão muito particular em forma de música. A partitura é emocionante e desafiadora. Ela nos ajuda a entender as nuances dessa mulher”.

Para além dos palcos

Lola Fanucchi é uma intérprete que transita com leveza e autenticidade entre linguagens. Para ela, tanto o teatro quanto o audiovisual exigem um compromisso inegociável com a verdade da personagem, mas cada meio traz desafios únicos e encantadores que a impulsionam a explorar novas possibilidades como atriz.

A estreia trouxe ainda mais conquistas, incluindo seu primeiro longa-metragem, a comédia “Tudo Bem no Natal que Vem”, da Netflix, protagonizada por Leandro Hassum, e que alcançou, só em seu mês de estreia, 26 milhões de espectadores em diferentes países. "Até hoje, é quase inimaginável para mim pensar que, em algum lugar do mundo, alguém deu risada com a gente. É muito prazeroso saber que nosso humor ultrapassou fronteiras e foi tão bem aceito", reflete.

Fiel aos sonhos que carrega desde a infância, Lola Fanucchi enxerga seu caminho artístico com gratidão e entusiasmo. "Meu maior sonho é continuar. Me manter fiel a esse amor que segue me fazendo sentir que ‘a vida presta' demais’", compartilha ela sobre o futuro, parafraseando Fernanda Torres.

Para a artista, cada novo projeto é um presente, uma oportunidade de explorar histórias humanas e complexas ao lado de colegas e criativos generosos. Com "Rocky", ela celebra mais uma etapa especial em sua carreira, reafirmando seu compromisso com a arte e o desejo de seguir encantando plateias, seja nos palcos ou nas telas.

Lola é Capa do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela celebra com a gente o sucesso de Adrian sua personagem em Rocky - O Musical e também fala de escolhas, sucesso e carreira.

A atriz Lola Fanucchi é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Rael Borja - Diagramação: Denis Felipe -
Por: Flávia Viana

CE - Sua história com a arte começou ainda na infância, mas foi na adolescência que você percebeu a profundidade desse amor. Como foi esse momento de virada na sua vida?
LF - 
Olha, acho que a virada mais intensa veio mais velha até. Foi na adolescência que entendi que eu amava o ofício de atriz. Conforme fui estudando, me inserindo em grupos de teatro, realizando montagens, fui arrebatada pelo amor aos palcos que antes, na infância, era mais uma brincadeira. Porém só fui, de fato, trabalhar com isso muitos anos depois.

Como perdi minha mãe (que foi quem me criou), muito cedo, eu tive receio de arriscar me jogar numa carreira instável como a artística. Acho que tentei buscar um pouco da estabilidade que senti que havia perdido com o falecimento dela. Mas depois de alguns anos numa área mais segura, percebi que realmente meu coração sentia muita falta da arte. Aí realmente tive um momento de largar tudo e tentar viver meu sonho.

CE - Você teve a oportunidade de conhecer um pouco do mundo corporativo, mas escolheu viver da arte. Teve algum aprendizado daquele tempo que levou com você e que ainda reflete na sua trajetória como atriz? 
LF - 
Muitos. A vida no corporativo de empresas grandes como as que tive o privilégio de trabalhar exige muito também. Acho que existem aspectos básicos que todo bom profissional deve ter independente da sua área.

O corporativo me ensinou muito sobre saber organizar prioridades, ser responsável com minhas demandas para entregar os resultados desejados (seja lá quais forem eles dependendo do contexto), saber trabalhar em equipe respeitando o tempo de todos e saber traçar metas para chegar nos meus objetivos. Tudo isso aplico até hoje na minha vida, mesmo ela agora sendo fora do escritório. Rs!

CE - Quais são os medos ou inseguranças que ainda te acompanham como artista — e como você os enfrenta no dia a dia?
LF - 
Acho que o caminho da carreira artística é pouco linear e isso dá uma sensação de falta de controle sobre o futuro. Existem poucas garantias. Eu tenho essa tendência de gostar de planejar as coisas, então é um pouco difícil para mim lidar com a instabilidade do "não saber". Mas venho tentando ver isso de forma mais leve.

Na vida a gente tem poucas garantias mesmo, né? Até quando achamos que algo está bem estabelecido e seguro, às vezes levamos uma rasteira, então temos que aceitar um pouco essa imprevisibilidade. No dia a dia busco me lembrar que eu só controlo a minha parte. Eu foco no que eu sei que depende apenas da minha dedicação e empenho. É isso que eu posso fazer. O resto, que não está nas minhas mãos, não adianta tentar controlar. Até hoje tem dado certo! Rs! 

CE - Ao longo de mais de uma década, você já deu vida a personagens bem diversas no teatro e no audiovisual. Quais foram os papeis que mais te transformaram como artista e como pessoa?
LF - 
 Eu tenho um carinho tão imenso por todas as personagens que vivi e me deram a chance de continuar trabalhando com o que eu amo que é difícil escolher. Mas vou citar aqui uma delas que foi “Mocinha” de "Cangaceiras - as guerreiras do Sertão".

Ela me trouxe uma alegria imensa que foi voltar aos palcos após a pandemia, com um texto absolutamente poético de Newton Morenno e com a possibilidade de levar aquela história para o Nordeste do país, algo infelizmente pouco comum, pois dificilmente as peças fazem grandes turnês.

Foi muito mágico poder participar desse momento. Sentia a alegria das pessoas de poderem estar  de volta reunidas nos teatros, vivendo o presencial com aquela força da narrativa que a obra propunha, convocando a força do povo brasileiro. Foi um momento muito lindo e emocionante para mim como atriz e pessoalmente também. 

CE - Algumas personagens já devem ter te exigido muito emocionalmente. Como você se cuida fora de cena para não se deixar levar pelas emoções dos papéis que interpreta?
LF -
 Eu costumo separar bem as coisas. Eu deixo para explorar aquela narrativa nos meus momentos de ensaio, estudo e performance, mas quando volto para casa não sou do tipo que costuma continuar "na personagem”, como dizem.

Claro que existe um cansaço pós qualquer trabalho intenso (acho que com qualquer profissional é assim) e talvez para o ator essa sensação às vezes é de um lugar mais emocional.

Quando fazia, por exemplo, Maria Rosa em Vingança, existiam cenas fortes de violência psicológica e física, eu saia bem cansada do espetáculo, mas depois de ir para casa jantar ou encontrar amigos, enfim depois de descansar, tudo volta ao normal. Não pode ser sofrido fazer o que eu amo. Tenho sempre essa certeza comigo. 

A atriz Lola Fanucchi é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Rael Borja - Diagramação: Denis Felipe -
Por: Flávia Viana

CE -  Atualmente você vive Adrian, em “Rocky - O Musical”. O que essa personagem representa para você hoje, tanto artisticamente quanto pessoalmente?
LF -
 É seguramente uma das maiores alegrias da minha vida. Rocky está sendo um trabalho de muitas realizações. Artisticamente é um papel que me desafia, me faz crescer como atriz e ao lado de colegas extraordinários! Toda a nossa equipe é maravilhosa, o que torna o ambiente de trabalho uma delícia! Estou imensamente realizada e já até sofrendo com o fim da temporada! Rs! Queria poder continuar por mais tempo ao lado de todos eles e contando essa história tão querida do público.

CE - Você já mencionou que se inspirou em figuras como Dorothy Hamill e nas lembranças da sua mãe para compor a Adrian. Como foi o seu processo de construção da personagem, que, embora fictícia, está no imaginário de muitas pessoas?
LF - 
Eu amo o processo da criação. Busco misturar inspirações para criar algo interessante e não apenas uma cópia. Com certeza eu olho com muito respeito para a interpretação da Talia Shire. Acho que ela eternizou a personagem no filme e parte do meu trabalho é levar essa essência para os fãs da obra.

Mas também busquei explorar outras referências, até porque nossos contextos são completamente distintos. Nossa produção foge do usual. Estamos num espaço imersivo, com um palco estilo arena. Existe uma proximidade grande com o público. Tudo isso pede que seja criada uma nova versão da personagem até para a história manter seu impacto original que tocou tantos corações pelo mundo. 

Atriz comemora a trajetória de superação, personagens inesquecíveis e a chance de viver Adrian Pennino na produção inspirada na saga de Rocky Balboa - Divulgação

CE - Como foi, para você, ser descoberta num momento espontâneo, durante uma sessão de teatro, para fazer sua primeira novela? Isso mudou sua forma de ver as oportunidades na carreira?
LF -
 Ah, eu adoro que tenha acontecido assim minha entrada no audiovisual. Parece até aquelas coisas que a gente acha que só acontece em filme. Rs!

E sim, acho que me ensinou no sentido de que nunca sabemos da onde pode vir uma oportunidade. Isso me faz manter em mim a vontade de continuar colocando meu coração em tudo que eu faço. Independente de qualquer oportunidade, eu sinto que estar presente com entusiasmo torna a vida muito mais interessante e, por muitas vezes, isso pode trazer lindos resultados inesperados. 


CE - "Órfãos da Terra" foi sua estreia em novelas e um projeto com forte impacto social. O que essa experiência te ensinou sobre o alcance da arte e seu papel como atriz?
LF -
 Olha, não é sempre na nossa carreira que conseguimos estar em projetos que trazem reflexões importantes e que casam com nossos valores pessoais. Então quando me encontrei colaborando em algo como: “Órfãos da Terra", eu sabia que estava vivendo um momento especial da minha carreira. Foi realmente uma obra desenvolvida com um cuidado absoluto.

Todos nós do elenco estávamos imersos no estudo do tema dos refugiados e suas implicações. Ninguém que está em situação de refúgio deseja passar por aquilo. É uma realidade extremamente dura e traumática. Muitos colaboraram com suas histórias no processo da novela.

Me sinto até hoje privilegiada por poder ter participado de um projeto que levou luz a esse tema com o alcance da TV aberta. Acho que a TV Globo foi muito corajosa em apostar naquela história e o reconhecimento veio com a boa aceitação do público e crítica. 

CE - Quais são seus planos para o futuro? Pensa em retornar ao audiovisual? Já pode falar sobre algum novo projeto?
LF -
 Tenho alguns projetos para teatro e audiovisual que venho escrevendo e trabalhando para tirar do papel, mas ainda sem uma data que poderia confirmar. Adoraria sim voltar também para o audiovisual. Fui muito feliz nas oportunidades que tive nos sets e, com certeza, é um campo que me realiza muito também como atriz.

 

MÚSICA

Entre onças e tuiuiús, o jazz

Em parceria com o trombonista Ryan Keberle, com nove composições inspiradas na exuberância do Pantanal, URBEM lança segundo álbum; 2º Campo Grande Jazz Festival celebra o gênero na Capital, com apresentações gratuitas

15/12/2025 10h00

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro Moreno

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro Moreno Divulgação / Alexis Prappas

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Sem dar muitos detalhes, o baterista Sandro Moreno, quando conversou comigo, em junho, sobre o álbum que a Urbem gravaria com Ryan Keberle, adiantou que o projeto seria “algo muito especial”.

Após o show – memorável, diga-se – que fizeram juntos no Teatro do Mundo, o quarteto campo-grandense – além de Sandro, Bianca Bacha (vocais), Ana Ferreira (piano), Gabriel Basso (contrabaixo) – e o trombonista norte-americano foram para a zona rural de Miranda e se instalaram na Fazenda Caiman.

Foi lá que a magia aconteceu. Na estrada desde 2013 e com apenas um álbum lançado até então, “Living Room” (2016), a banda disponibilizou “Pantanal Jam” no Spotify no dia 29 de outubro, três dias antes do show que realizaria em Nova York, em um evento na Detour Gallery que uniu arte, gastronomia e turismo para promover o Pantanal.

São nove faixas criadas e gravadas com extremo apuro e sensibilidade, que alcançam os músicos da Urbem e Ryan num ponto bem elevado de suas capacidades.

Os temas soam como se os cinco artistas tivessem se deixado abraçar pela contagiante pregnância da natureza de Miranda, e Bianca Bacha confirma isso em entrevista exclusiva.

Melodias, pulsações e andamentos foram se definindo conforme eles mergulhavam em tudo que viam, ouviam e sentiam por ali: ventos, o canto das aves, “o esturro da onça”, como Bianca relata. Ouvindo os sons naturais, captados previamente por Sandro, que assina a produção musical do projeto, cada um estabeleceu sua conversa criativa com o Pantanal.

O registro dos sons naturais – de aves, por exemplo — introduz, se mescla ou faz a ponte para uma execução instrumental (voz inclusa) coesa e deveras inspirada, que não força a barra para sorver e devolver, em forma de música, a fartura que o habitat de Miranda oferece.

“Suspiro da Terra”, doce e pulsante, e “Paisagem Invertida”, essa mais selvagem e misteriosa, são uma prova disso.

Ryan pontua, preenche ou arremata sempre com uma precisão e desprendimento envolventes. Ana, como se ouve em “Espiral”, migra da base para os solos numa transparência que comove. Gabriel – em “Canção do Ninho”, por exemplo, que começa e segue na cama dos gomos que vai colhendo ao longo do tema – parece deter a justa medida para o desempenho de seu baixo.

"Foi uma grande honra participar da criação do ‘Pantanal Jam’. Os sons da Pantanal, do modo como Sandro captou, tiveram um papel direto no processo de composição das duas músicas que fiz para o álbum.

A partir da esquerda, Bianca Bacha, Ana Ferreira, Ryan Keberle, Gabriel Basso e Sandro MorenoRyan Keberle, trombonista - Foto: Divulgação / Alexis Prappas

O tom e os ritmos dos sons naturais do Pantanal, inspirados por ideias musicais e paisagens sonoras próprias, criaram um clima que eu tentei capturar nas minhas composições. Quando nós gravamos, literalmente no meio de um dos lugares mais selvagens e remotos do mundo, a beleza e a energia natural nos inspirou a ouvir a natureza e um ao outro mais profundamente, o que resultou numa performance musical que demonstra uma profunda comunicação musical.

Adoro os músicos e a música da Urbem. E, desde que tocamos juntos em diversas ocasiões anteriores, eu compus as minhas músicas especificamente com o talento e a habilidade musical especial deles em mente” - Ryan Keberle, trombonista.

Sandro é um laboratório inquieto, dos pedais aos pratos de condução. E Bianca conduz os vocais numa têmpera e numa fruição que se articula como síntese do conjunto.

Comparações e referências são uma tentação no mundo do jazz. Mas a qualquer palpite sobre “Pantanal Jam”, é melhor calar e ouvir. É um álbum estimulante para esse silêncio de dentro, que nos faculta as melhores emoções da escuta e da experiência musical.

Brazilian jazz? Jazz? Ouça. Música apenas. E quanta música! Embrenhada e revelada nos refúgios de um lugar mágico, onde a natureza se recobra e o espírito se fortalece.

A Urbem lança “Pantanal Jam” hoje, às 18h, no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo. Apareça.

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DIÁLOGO

Articulações políticas entre lideranças farão com que alguns partidos sejam... Leia a coluna de hoje

Leia a coluna desta segunda-feira (15)

15/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Jean-Jacques Rousseau escritor suÍço
"A arte de interrogar não é tão fácil como se pensa.  
É mais uma arte de mestres do que de discípulos; é preciso ter 
aprendido muitas coisas para saber perguntar o que não se sabe”.

FELPUDA

Articulações políticas entre lideranças farão com que alguns partidos sejam “barriga de aluguel”, afirma escolado político. Segundo ele, sem espaço na formação de chapas, partidos começam a conversar
com outras agremiações para que cedam vagas, a fim de filiar ansiosos pré-candidatos. Aliás, tem gente tomando litros de chá de erva-cidreira, aguardando a abertura da “janela partidária” para que seja “gestada” em outra sigla, na esperança de que assim possa ter sucesso nas urnas. Vai vendo...

Diálogo

Em pauta

Nesta quarta-feira, o chamado PL da Dosimetria será o único item da pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O texto, aprovado pela Câmara dos Deputados no dia 10, tem relatoria do senador Esperidião Amin. 

Mais

A proposta altera pontos do Código Penal e da Lei de Execução Penal. Também poderá reduzir penas dos condenados por crimes contra a democracia. Se aprovado na CCJ, o projeto vai para o Senado, e a expectativa é de que seja de votado ainda este ano.

DiálogoMarcio Benevides, Maria José falcão e Fabiana Jallad

 

DiálogoAndreas Penate e Monica Ramirez

Mal, mal...

Por determinação da Justiça, a Prefeitura de Campo Grande será obrigada a fazer o “dever de casa”, que estará acompanhando o trabalho como “severa professora”, diante do desleixo que resultou em ação civil pública do Ministério Público de MS. A decisão reconheceu omissões administrativas na manutenção e na limpeza de áreas públicas, bem como na fiscalização de imóveis particulares notificados, situação comprovada por meio de documentos reunidos ao longo da instrução processual. Isso, sem contar o “puxão de orelha” lá pelas bandas do Paço Municipal. Nada é tão ruim que não possa piorar... 

Caos

Durante pronunciamento da tribuna, o vereador Carlão questionou a eficácia do comitê de gestão e cobrou da prefeita Adriane Lopes a nomeação de um secretário de Saúde, considerando que o setor está enfrentando grave “colapso”. Ele citou casos desse problema, como o de paciente que perdeu uma das pernas e ficou aguardando a liberação de uma vaga. Apesar do caos nessa área, mostrou-se contra a abertura de uma CPI.
avanço. A “Cartilha do Registro Civil de Nascimento de Pessoa Indígena em Língua Guarani e Terena”  
foi lançada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS). O ato ocorreu no dia 10 e contou com a presença de diversas lideranças indígenas, marcando avanço significativo no combate ao sub-registro. Quatrocentas cartilhas foram confeccionadas nesta primeira etapa. 

  • Dr. mafuci Kadri, 
  • Monica regis Wanderley, 
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  • Euler danubia nascimento,
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  • Weligton da silva martins,
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  • Marco antônio Lechuga Moraes filho
  • Dra. maria madalena santos,
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  • Silvério Kerkhoff,
  • João razuk Jorge,
  • Antônio botelho gonçalves ferreira,
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  • César Quintas guimarães,
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 Colaborou Tatyane Gameiro

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