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Capa B+: Entrevista exclusiva com a atriz Nina Frosi destaque na próxima novela das 19h da TV Globo

"É levantando seus próprios projetos que, o artista tem a possibilidade de fazer o que o mercado não enxerga"

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A atriz Nina Frosi é rosto conhecido de outras novelas escritas por Daniel Ortiz. Ela já atuou em "Haja Coração" e "Salve-se Quem Puder".
Com 38 anos, Nina também esteve em “Alto astral”, “Araguaia” e “Orgulho e paixão”, todas na TV Globo.

A atriz está no elenco de “Família é Tudo”. Na trama, a artista interpreta Bia, a melhor amiga e assistente de Vênus (Nathalia Dill) na Fundação Todos Humanos, uma instituição para acolhimento e apoio a jovens.

"Bia trabalha na fundação Todos Humanos ao lado da Vênus (NathalIa Dill), que é sua melhor amiga de infância, e de Babbo (Alan Oliveira). É uma mulher trabalhadora, alegre, sincerona, confidente e amiga de verdade! Estou muito ansiosa pra vocês conhecerem ela", explica.

Nina ainda pode ser vista como protagonista do filme de suspense “Eulália”, disponível na Prime Video. O longa, do qual ela ainda é produtora executiva, está sendo exibido em diversos festivais pelo mundo e lhe rendeu prêmio de Melhor Atriz do Berlim Indie Film Festival, na Alemanha, e do New York International Film Awards, nos EUA. A produção arrematou também o título de Melhor Filme Latino do Cannes World Film Festival.  

Formada em cinema e em teatro pela CAL, Nina Frosi ainda tem no currículo seis peças de teatro, como os musicais "Pedro no mundo da imaginação" e "Um lugar chamado Recanto". De 2018 a 2019 ficou em cartaz com a peça “Mansa” entre Rio de Janeiro e São Paulo.

A atriz global é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista para o Caderno ela fala sobre seus trabalhos e nova personagem da nova novela das 19h da Globo "Família É Tudo".
 

A atriz Nina Frosi é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Sérgio Baia - Diagramação Denis Felipe e Denise Neves

CE - Nina, você está no elenco de “Família é Tudo” da TV Globo. Fale um pouco da Bia, sua personagem na trama, e do que podemos esperar desse trabalho.
NF -
 Bia trabalha na fundação Todos Humanos ao lado da Vênus (NathalIa Dill), que é sua melhor amiga de infância, e de Babbo (Alan Oliveira). É uma mulher trabalhadora, alegre, sincerona, confidente e amiga de verdade! Estou muito ansiosa pra vocês conhecerem ela.

CE - Na trama, sua personagem trabalha numa instituição que acolhe jovens. Isso já está mexendo de alguma forma com a artista também?
NF -
 Eu sempre ajudei instituições de caridade. Tanto de crianças quanto idosos. Acho muito bom uma novela trazer luz a esse assunto que pode inspirar as pessoas a fazerem o mesmo! A gente pode doar o que puder, inclusive seu tempo a essas pessoas carentes. 

CE - Seu último trabalho na TV foi em “Salve-se quem puder”, também escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink. Como é poder voltar a fazer essa parceria com eles?
NF - Maravilhoso! Eu admiro demais os dois, como profissionais e como pessoas. Sou muito grata pela confiança e por mais essa oportunidade.

Família É Tudo - Divulgação

CE - Você também pode ser vista atualmente no filme “Eulália”, que está disponível na Prime Video. Além de protagonizar você ainda é a produtora executiva do projeto. Como é fazer cinema independente no Brasil?
NF -
Não é fácil, mas é gratificante ver que deu certo! O incentivo à cultura no Brasil ainda é pequeno, mas tenho esperança que isso cada vez mais crescerá por parte do governo e de empresas. Hoje, também vemos mais possibilidades com os diversos streamings e isso abriu caminhos para novas produções. 

CE - E como é ver seu trabalho abraçado por uma plataforma tão importante como a Prime? Tem recebido retornos do público?
NF - 
É resultado de um trabalho feito com amor e dedicação. Fico muito feliz de ver nosso projeto sendo reconhecido. Recebo muitos feedbacks de pessoas que adoraram o filme e puderam ver uma outra Nina bem diferente do que tenho feito na TV, por exemplo. Esse retorno pra uma atriz é maravilhoso! 

CE - Aliás, fale mais sobre a trama de “Eulália” e como foi fazer seu primeiro trabalho como protagonista.
NF -
 Foi uma delícia viver isso. “Eulália” foi pensada desde o início por mim e pelo Igor Moreira, que escreveu e dirigiu o filme. Trabalhamos juntos para que essa mulher fosse real e que o público se identificasse nas sutilezas e pudesse ver que é possível se reerguer, se refazer, tendo forças para sair de um relacionamento abusivo. Para compor a personagem, eu vi filmes e séries, conversei com pessoas que já passaram por relacionamentos parecidos...mergulhei nesse universo. 

Bastidores Salve-se quem Puder - Divulgação

CE - Cada vez mais vemos artistas levantando seus projetos no teatro e no cinema. Como isso impacta uma carreira?
NF -
Isso te dá autoridade sobre sua carreira, eu acho. É levantando seus próprios projetos que, muitas vezes, o artista tem possibilidade de fazer o que o mercado não enxerga que você possa fazer, já que é comum te colocarem numa caixinha e você acabar sempre interpretando personagens parecidos. Então, poder escolher seus personagens e o que te comove, é incrível!

CE - O filme “Eulália” e seu trabalho de atriz estão sendo indicados (e recebendo) para vários prêmios em festivais internacionais. Como é ver seu projeto e sua atuação conquistando o mundo? Há planos para carreira internacional?
NF -
 Nossa, é bom demais! Ver nosso primeiro projeto de um longa independente, feito na raça, com baixo orçamento, tendo amigos queridos e talentosos sendo já reconhecido assim é pra comemorar muito! E isso mostra que é possível entregar qualidade quando se ama o que faz. Fica a lição de que nós temos que nos arriscar mais! Com o filme, ganhei os prêmios de Melhor Atriz no Festival de NY e no de Berlim e ganhamos Melhor Filme também nesses e em outros festivais. É muito emocionante! 

CE - No seu currículo vemos muitos trabalhos em novelas das 19h, que costumam ter uma pegada mais leve e divertida. Quais seus sonhos profissionais?
NF -
 Quero muito fazer uma vilã! Seja em novela, filme ou série. Quero fazer algo bem diferente de mim!

Foto: Sérgio Baia

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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