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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator e diretor Munir Kanaan

"Quando assisti ao filme em 2020, durante a pandemia, pensei: "Esse filme daria uma baita peça." O texto é inteligente, os diálogos são rápidos, os personagens são complexos".

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Munir Kanaan é o diretor da peça “Dois Papas”, estrelada por Celso Frateschi e ZéCarlos Machado, em cartaz no Sesc Santo Amaro, em SP, até 27 de abril. No palco, os artistas dão vida ao cardeal Jorge Bergoglio e ao Papa Bento XVI.

O texto inédito no Brasil ganhou adaptação cinematográfica na Netflix, dirigida por Fernando Meirelles e indicada ao Oscar em 2019.  Com 45 anos de idade e 26 de carreira, o paulistano ganhou projeção nacional em 2017 ao atuar na prestigiada série “Dois irmãos”, de Luiz Fernando Carvalho, na TV Globo. Para este ano, está prevista a estreia do segundo espetáculo teatral que leva a sua assinatura. 

Fundador da Gengibre Multimídia - uma produtora teatral com 8 anos de existência no mercado, Munir Kanaan estreou em 2017 seu primeiro projeto autoral: o espetáculo "Hotel Mariana", indicado ao Prêmio Shell de Teatro. Em 2022, o paulistano estreou seu primeiro solo, a peça 'Horror Lavanda', que está em fase de adaptação para um longa-metragem, no qual ele também irá protagonizar e co-produzir.

Formado em artes cênicas e produção executiva de cinema, Munir Kanaan ainda tem em seu currículo de ator 16 espetáculos, como o sucesso "Dogville", e cinco filmes, como "Nome Próprio", de Murilo Salles, pelo qual foi indicado como Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado em 2008. Na TV, ele atuou nas novelas “Duas Caras” e “O Profeta”, da Globo, foi protagonista da série “Os Figuras”, do Multishow, e apresentou o programa “Futura Profissão”, do Canal Futura.

Munir é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ele fala sobre trabalhos, carreira e sobre a peça "Dois Papas" em cartaz em São Paulo.

Munir Kanaan é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Fabio Audi - Diagramação: Denis Felipe - Por Flávia Viana

CE - Munir, você está dirigindo a peça “Dois Papas”, que vai ficar em cartaz em SP até dia 27 de abril no Sesc Santo Amaro depois de passar pelo Sesc Guarulhos. Como surgiu a ideia de levar pros palcos brasileiros esse projeto que já foi montado no mundo? Houve  alguma adaptação pra cá?
MK -
 Quando assisti ao filme em 2020, durante a pandemia, pensei: “Esse filme daria uma baita peça.” O texto é inteligente, os diálogos são rápidos, os personagens são complexos, e imaginei que poderia ser interpretado por dois grandes atores de teatro – dois “papas” do teatro.

Comecei a pensar em uma adaptação, mas logo descobri, junto com meus sócios Carol Godoy e Rafa Steinhauser, que, na verdade, o filme era uma adaptação de uma peça teatral do mesmo autor, Anthony McCarten. A peça havia sido montada apenas uma vez, na Inglaterra, e soubemos disso ao entrar em contato com os detentores dos direitos, um escritório no Reino Unido.

Agora, ela ganha sua primeira montagem em língua portuguesa, com direção original minha. Uma grata surpresa foi descobrir que a peça traz mais duas personagens, duas freiras, interpretadas por Carol Godoy e Eliana Guttman. Isso traz uma presença feminina que é ausente no filme, enriquecendo ainda mais a narrativa no palco.

CE - Impossível falar de “Dois Papas” e não comentar sobre o filme que chegou a ser indicado ao Oscar. Quem viu o longa o que pode esperar da obra no palco? Tem alguma diferença da obra cinematográfica para a dos palcos?
MK -
 Quem viu o filme pode esperar algo completamente diferente nos palcos. A presença das freiras é marcante, e a estrutura narrativa da peça é bem distinta da do filme, embora a história continue girando em torno do encontro fictício entre Bento XVI e Bergoglio, o futuro Papa Francisco.

Mas, para além da narrativa, o teatro oferece recursos e uma emoção que nenhuma tela pode proporcionar. O teatro é a mais alta tecnologia que existe – quanto mais a tecnologia avança, mais o teatro se torna uma experiência única. Ele é ao vivo, envolve risco, é um pacto silencioso entre plateia e palco, público e atores. Além disso, a peça traz transições e mecanismos narrativos próprios do teatro, que tornam essa experiência ainda mais especial. Sou suspeito para falar, mas ouso dizer: a peça está linda. Assisto a todas as sessões.

CE - “Dois Papas” marca a estreia de Munir Kanaan como diretor de teatro. Como tem sido essa experiência pra quem já trabalha na área artística há 26 anos?  Já pensa em dirigir novos projetos?
MK - 
Sou artista de teatro há mais de 20 anos e, apesar de atuar principalmente como ator, produtor e diretor, já estive envolvido em diversas áreas, como iluminação, figurino, trilha sonora, enrolando cabo e carregando e montando cenário.

Cada trabalho que faço é um novo desafio, e parece que todos os projetos sempre me preparam para o próximo. As alegrias, o senso de responsabilidade e as angústias estão sempre presentes, e o processo de criação é justamente atravessar tudo isso. O trabalho acontece na sala de ensaio, no sofá com o texto na mão, olhando para o teto, no banho, enquanto durmo...

O entendimento e as decisões surgem a partir da soma de todos esses anos de estar e fazer teatro. Dirigir exige se debruçar sobre a obra, abrir a escuta ao máximo para entender o que aquela peça pede, com aquelas pessoas, naquele exato momento do teatro e da nossa sociedade.

Apesar de essa experiência ter despertado em mim uma enorme vontade de voltar a atuar – certamente por ter trabalhado com grandes atores e atrizes –, meu desejo de seguir dirigindo só aumentou. Já penso em novos projetos autorais e, ao que tudo indica, também irei dirigir produções idealizadas e produzidas por outros artistas que admiro.

CE - Aliás, por que só depois de duas décadas atuando decidiu mudar de lado e estrear na direção? 
MK - 
Sempre flertei com a direção. Antes, já havia dirigido um processo experimental singelo, uma peça-filme e algumas webséries. Minha primeira experiência dirigindo foi no audiovisual – adoro um set de filmagem também.

Mas agora senti um impulso e uma segurança para encarar a direção de uma peça grande, grande em todos os sentidos: duas horas e meia de espetáculo, um texto que levou sua adaptação ao Oscar sob a direção de Fernando Meirelles, grandes atores… Senti que era o momento. Costumo ser muito prudente e responsável. O teatro é a minha vida, e não posso descuidar. Há muita gente envolvida – artistas, técnicos, patrocinadores, instituições públicas e privadas.

Não entro para errar. Então, essa decisão veio da soma de responsabilidade, desejo e intuição. Foi assim também quando encarei um solo, um monólogo, como ator – outra grande experiência. Seguirei por esse caminho, tem dado muito certo.

Os caminhos sempre se abrem, e o retorno do público e da crítica especializada tem sido sempre positivo. Foi assim, por exemplo, com "Hotel Mariana", outro projeto idealizado e produzido por mim, que se tornou um sucesso e recebeu indicação ao Prêmio Shell de Teatro.

Munir Kanaan é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Fabio Audi - Diagramação: Denis Felipe - Por Flávia Viana

CE - Munir Kanaan é ator e tem no currículo a série “Dois irmãos”, na TV Globo.  Como foi fazer esse projeto tão elogiado? Pensa em atuar em mais projetos na TV?  
MK -
 Dois Irmãos foi uma grande alegria. Trabalhar com Luiz Fernando Carvalho era algo que estava na minha lista de desejos. Foi um prazer imenso. O livro de Milton Hatoum e a adaptação da Maria Camargo são fabulosos.

Lembro da Maria visitando o set, na cidade cenográfica da Globo, e vindo me dar um abraço caloroso depois de uma cena protagonizada por mim. Isso foi muito forte. Não pelo elogio em si, mas por sentir que estávamos criando algo juntos. Ela escreveu, eu estava ali dando vida. Essa consciência de que atuar, seja no teatro ou no audiovisual, é um trabalho coletivo é o que mais me fascina nessa profissão.

Estamos todos juntos – artistas e técnicos – com o mesmo objetivo, querendo contar a mesma história. Isso me emociona. Sou uma pessoa altamente gregária… já dizia minha psicóloga! (Risos) Penso muito em voltar para o audiovisual – TV, cinema – sou um apaixonado. E não só pelo texto, por estar em cena. Juro que sinto o cheiro de set, de câmera. Adoro uma externa, uma noturna. Sinto que estou no meu melhor momento, mais maduro.

CE - Inclusive, na época de “Dois irmãos”, você assinava Munir Pedroza. Por que optou pela troca de nome? Isso influenciou em alguma mudança na sua vida? 
MK -
 Sempre assinei como Munir Kanaan, mas na época da minissérie, um produtor de elenco me colocou como um ator voltado exclusivamente para trabalhos árabes. Não gostei daquilo, de me colocarem numa caixinha.

Afinal, a maioria dos atores da série não era descendente de libaneses, inclusive o próprio Cauã Reymond, o protagonista. Sempre me viram como um ator camaleônico, então por que eu deveria me limitar? Na época, achei que fazia sentido, mas admito que foi uma bobagem. Mudar o nome foi um erro, tanto que voltei para Kanaan. O Pedrosa vem da família do meu pai, que era brasileiro, e eu também carregava um desejo de homenageá-lo. Mas agora meu nome ficou dividido no Google (risos). Hoje assino como sempre: Munir Kanaan.

CE - Em 2022, Munir Kanaan fez seu primeiro espetáculo solo chamado “Horror lavanda”. Como é fazer uma peça sozinho no palco? Quais as vantagens e as desvantagens dessa “solidão”? Já pensa em novos monólogos?
MK -
 Adorei a experiência, mas senti falta do jogo, da troca com outro ator ou atriz. Contracenar é jogar, é essa brincadeira em que fingimos que tudo é verdade. Mas, por outro lado, a troca com o público se intensifica.

Você fica mais poroso, sente o público com você o tempo todo. É uma espécie de manipulação: você segura, solta, puxa, suspende… tudo para trazer as pessoas junto. E elas vieram. Amo fazer Horror Lavanda e devo voltar com ele em abril, simultaneamente com Dois Papas – meu solo durante a semana. Sinto que Dois Irmãos e Horror Lavanda foram as experiências mais potentes da minha trajetória, as que mais me alargaram como ator. No palco, não há solidão, a plateia joga junto. E, sim, já penso em outros monólogos.

Foto: Fabio Audi

CE - “Horror lavanda”, aliás, vai virar um filme e já está em fase de captação. O que pode adiantar sobre esse projeto? Acha que esse momento de destaque mundial do cinema brasileiro pode favorecer incentivos a mais produções? 
MK -
 O autor do texto, Rui Xavier, dramaturgo da Companhia de Teatro – companhia da qual faço parte –, acabou de finalizar o roteiro, que, ao contrário do solo, traz muitos personagens. Fechamos um contrato de coprodução e, este ano, partimos para a captação.

Vai ser um baita filme, tenho certeza. Esse momento do cinema nacional é uma das coisas mais lindas que já vi. Ganhamos todos com isso: a arte, o cinema, a sociedade, a justiça. Acredito – e espero – que, daqui em diante, os incentivos privados e as políticas públicas aumentem, assim como o interesse do público, das salas de cinema e a venda de ingressos para filmes nacionais. E não só para as comédias que replicam programas de humor da TV, mas para uma produção cinematográfica mais diversa e expressiva.

CE - No seu currículo tem indicação ao Prêmio Shell em 2017 por um projeto teatral de sua autoria: a peça “Hotel Mariana”. Como foi receber essa honraria justo na sua estreia como autor? Como essa nomeação influenciou na sua carreira?
MK -
 Hotel Mariana foi um espetáculo que idealizei e pesquisei in loco, indo até Mariana-MG durante os resgates dos sobreviventes do rompimento das barragens de rejeitos de minério em 2015. A dramaturgia se baseou em doze horas de áudios com relatos de mais de quarenta atingidos.

Dividi a escrita com Herbert Bianchi, que convidei para dirigir a peça. Além disso, assumi a produção – tenho uma produtora cultural, a Gengibre Multimídia e também fiz parte do elenco. Fiquei surpreso com a indicação ao prêmio. Fiz esse espetáculo como um artista cidadão, sem pensar em reconhecimento ou sucesso. Apenas fui tomado por um senso de responsabilidade e indignação diante do que estava acontecendo.

O resultado foi emocionante: milhares de pessoas assistiram a uma peça do circuito alternativo que ganhou projeção no mainstream. As vozes de Mariana ecoaram em muitos lugares. Foi uma peça diferente, um docuteatro, e seguimos em cena até hoje. Mas este ano, quando completará dez anos, devo "aposentá-la". Hotel Mariana me trouxe um reconhecimento que eu nem esperava, e sou profundamente grato pelo prêmio e por todas as pessoas que tornaram esse trabalho possível.

CE - Munir Kanaan é ator e diretor e ainda tem uma produtora de teatro. O que falta fazer que ainda não teve oportunidade?
MK -
 Ah, falta fazer muita coisa! Falta fazer tudo – tudo o que ainda está por vir e virá. Meu trabalho me dá sentido. Quero continuar dirigindo, atuando e produzindo muitas peças. Às vezes, imagino uma parede cheia de cartazes emoldurados, algo que eu possa olhar com orgulho daqui a alguns anos – e não só de teatro, mas também de cinema.

Recentemente, me formei em produção executiva de cinema, e foi daí que surgiu o projeto de adaptação do meu solo para as telas. Também quero expandir meus caminhos no audiovisual. O cinema brasileiro está em um momento lindo, com muitos filmes incríveis além de Ainda Estou Aqui, e o streaming tem trazido séries nacionais excelentes.

Quero embarcar nessa jornada, voltar a fazer parte do elenco de um filme, série ou até mesmo uma novela bacana, ao lado de colegas e amigos que admiro. E, sim, desejo protagonizar algumas dessas histórias. Assumir essa responsabilidade me traz força e alegria. Tive essa experiência no teatro e em uma série do Multishow, e é algo que te absorve completamente – estar entregue ao trabalho dessa forma é muito prazeroso.

 

AGENDA CULTURAL

Tributo aos Mamonas Assassinas, festa em alusão aos 109 anos de Manoel de Barros e mais

Com show de Raphael Vital e outras atrações, Casa-Quintal Manoel de Barros festeja os 109 anos de nascimento do poeta; Mamonas Assassinas ganha tributo na Feira do Bosque da Paz; Athayde Nery faz palestra sobre o complexo ferroviário

19/12/2025 10h00

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festa

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festa Divulgação/Montagem

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A Casa-Quintal Manoel de Barros está em festa e você pode participar da celebração. É que há exatos 109 anos nascia, no dia 19 de dezembro de 1916, em Cuiabá, o poeta das miudezas, que escolheu Campo Grande para viver e criar os versos que, além de magnetizar a sensibilidade de sucessivas gerações, segue intrigando leitores e estudiosos pela revolucionária reinvenção que sua lírica é capaz de provocar na língua portuguesa.

Música, artes visuais e, como não poderia deixar de ser, muita poesia vão dar o tom do evento.

Um dos protagonistas da comemoração por lá, hoje, é o cantor, compositor e violonista Raphael Vital, que vai apresentar o show “Voz & Cordas”.

A atriz, diretora e arte-educadora Ramona Rodrigues estende seu tradicional Varal de Poesias na Casa-Quintal, que funciona no imóvel no Jardim dos Estados que, por décadas, serviu de residência e laboratório criativo para o poeta. E a artista visual Isabê comparece com uma mostra de suas obras de apurada abstração, incluindo trabalhos inéditos.

RAPHAEL

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaCASA-QUINTAL 109 de Manoel de Barros: O museu que funciona na antiga residência do poeta, no Jardim dos Estados, celebra seu aniversário com a música de Raphael Vital (da esqeurda) e o Varal de Poesias de Ramona Rodrigues; ingressos limitados pela plataforma Sympla (R$ 60) - Foto: Divulgação/Montagem

Natural de Três Lagoas, Raphael Vital constrói com o seu show um espetáculo musical intimista permeado de canções autorais, como a singela “Pantanal”, e releituras de músicas que ele considera memoráveis do repertório regional. A instrumental “Lagos”, outra composição de sua autoria, também está no repertório.

“O show transita entre o campo e a cidade, unindo tradição e inovação com um olhar poético alinhado ao universo simbólico de Manoel de Barros”, diz um apreciador de Raphael, um virtuose na viola de 10 cordas.

RAMONA

Com quatro décadas de carreira, Ramona Rodrigues ergueu seu Varal de Poesias pela primeira vez em 2006, por ocasião dos festejos pelos 90 anos de nascimento de Manoel de Barros. Desde então, a ação artística circula por praças, mostras e festivais, promovendo um encontro direto e envolvente do público com a palavra poética. 

Em seu ateliê da Rua 14 de Julho, onde realiza oficinas e espetáculos, além de receber outros artistas, Ramona mantém um dos espaços culturais mais bacanas do centro de Campo Grande.

ISABÊ

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaAs pinturas de Isabê também estarão na Casa-Quintal 109 de Manoel de Barros, museu na antiga residência do poeta, no Jardim dos Estados - Foto: Divulgação

Completando a programação, a inquieta Isabê assina uma intervenção artística especial. A artista de Campo Grande é mestre em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e tem trajetória de destaque nas artes visuais. Suas exposições individuais – como “Água Viva” (2023) e “Morrer É Coisa de Quem Vive” (2022) – tem prêmios conquistados – Ipê, Arara Azul, etc. – e dão corpo ao reconhecimento dispensado aos seus trabalhos.

A expressão de Isabê é marcada por uma pesquisa de cores e formas em que os tons e nuances cromáticas conformam uma gestualidade de abstração incontida, ainda que a expressão final – de uma quentura instável e algo inflamável – dê a supor método e pensamento nos caminhos do instigante delírio criativo que a artista pavimenta.

Em pouco tempo de carreira, ela vem pontuando em mostras internacionais (14ª Bienal de Curitiba), residências artísticas e projetos de pesquisa como o Pantanal Sounds (UFMS/Harvard).

A Casa-Quintal Manoel de Barros se localiza na Rua Piratininga, nº 363, Jardim dos Estados. E quem for ao evento de hoje tem ainda a oportunidade de percorrer os cômodos do imóvel, por onde se espalham e espelham, em uma série de objetos da lida diária do poeta, a vida e a obra de Manoel. Ingressos limitados, via Sympla, por R$ 60.

MAMONAS

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaMÚSICA Alzira’s: A banda de Campo Grande apresenta seu tributo aos Mamonas Assassinas (foto), neste domingo, na Feira do Bosque da Paz; grátis - Foto: Divulgação

Na última edição da Feira do Bosque da Paz deste ano, que apresenta o tema Natal Mágico, a banda Alzira’s sobe ao palco principal, a partir das 13h deste domingo, para apresentar o seu tributo ao grupo Mamonas Assassinas. Com fartura gastronômica, moda, artesanato, colecionismo e antiquários, a feira funciona das 9h às 15h, na Rua Kame Takaiassu, Carandá Bosque.

ATHAYDE

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaMEMÓRIA Athayde Nery: O escritor e ex-vereador é o convidado do “Café com a Vizinhança – Histórias do Tombamento”, a partir das 8h30min, na Casa Amarela; na pauta, a mobilização em defesa da ferrovia - Foto: Divulgação

Outra temporada que se encerra neste domingo é a do ciclo de encontros “Café com a Vizinhança – Histórias do Tombamento”, a partir das 8h30min, na Casa Amarela – Ateliê do Museu de Arte Urbana (Muau) – Rua dos Ferroviários, nº 118, em Campo Grande.

O convidado da vez é Athayde Nery, figura importante no processo de tombamento do Complexo Ferroviário da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, patrimônio fundamental para a história, a identidade e a formação urbana da Capital.

Durante a roda de conversa, Athayde vai compartilhar os bastidores de um momento decisivo da história de Campo Grande. À época vereador, ele esteve diretamente envolvido na articulação que impediu a demolição do complexo ferroviário, ameaçado por projetos de venda e descaracterização após a privatização da ferrovia nos anos 1990. A entrada é franca.

BITA

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaNATAL “Encontro com o Bita”: O personagem faz a alegria da criançada em sua despedida do Shopping Bosque dos Ipês; amanhã e domingo - Foto Divulgação

Essa é para a criançada e toda a família. Tem despedida do “Encontro com o Bita no Bosque”, amanhã e domingo, em três horários (às 17h, às 18h e às 19h30min), no Shopping Bosque dos Ipês.

Boa pedida para uma divertida interação e sessões de fotos com o personagem que protagoniza o desenho animado de sucesso criado pelo designer pernambucano Chaps Melo em 2011.

CINEMA “Asa Branca - A Voz da Arena”

Casa-Quintal Manoel de Barros está em festaFilme lança hoje - Foto: Divulgação

Felipe Simas faz o papel principal no longa-metragem de Guga Sander e vive o lendário locutor de rodeios Asa Branca.

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FELPUDA

O PL e o PP estão colocando tapetes vermelhos para receber futuros filiados...Leia na coluna de hoje

Leia a coluna desta sexta-feira (18)

19/12/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Rita Levi-MontaLcini - escritora italiana
"Melhor acrescentar vida aos dias do que dias à vida”.

 

FELPUDA

O PL e o PP estão colocando os tapetes vermelhos para receber futuros filiados que vêm se espremendo “em frente” à janela partidária, esperando que se abra no dia 6 de março de 2026. Há quem garanta que até 5 de abril o “desfile” será muito grande. Vale ressaltar que, em menor proporção, outras siglas estão preparando cadeiras para também receber pequena demanda. Segundo alguns políticos que estarão de camarote assistindo a toda movimentação, lideranças de certos partidos “estão vindo de fusquinha, prontos para dar carona a quem interessar possa”. É cada uma!

Diálogo

Balanço

O governador Eduardo Riedel promoveu reunião com todos os secretários titulares e adjuntos, presidentes das autarquias e fundações. Na oportunidade, foi apresentado o balanço estratégico de todo o governo do Estado, com as metas e ações realizadas. 

Mais

O encontro, que aconteceu no dia 17, também mostrou que nos contratos de gestão foram apresentados 200 projetos, com 539 entregas. Já em relação às metas fixadas no plano de governo, 97% das ações previstas foram concluídas desde 2023.

DiálogoPatricia Maiolino e Isa Maiolino
DiálogoAna Paula Carneiro, Luciana Junqueira, Beto Silva e Cynthia Cosini

 Nem ele

Políticos mais irônicos andam dizendo que a administração da prefeita Adriane Lopes está sofrível o suficiente que nem o seu esposo, o deputado Lídio Lopes, é filiado ao PP, partido dela. Aliás, desde novembro de 2023 ele está sem partido, quando o Patriota se fundiu ao PTB, nascendo o PRD. As línguas ferinas afirmam ainda que até o Tribunal de Contas de MS, onde ele é servidor de carreira licenciado, não está “dando mole” à gestora. Ôôô... maldade!

"Guizo"

Político experiente sugeriu que a prefeita Adriane Lopes reunisse o seu secretariado para discutir um plano de emergência que contemplasse todos os segmentos que estão mergulhando sua administração em crise total. Para isso, porém, precisa de “cabeça pensante”, visando criar estratégias. Afirma que quanto mais o tempo passa, sua situação perante a população fica pior. E que a grande pergunta é: “Quem colocaria o guizo no gato?”

Atrevimento

Nos bastidores políticos, o que vem sendo motivo de muitos comentários é a pretensão de determinados vereadores de Campo Grande que querem porque querem mandar no Executivo. Alguns deles estão exigindo que a gestão municipal nomeie e “desnomeie” servidores na máquina municipal, como se não fosse atribuição da gestora nomear quem quiser, desde que sejam preenchidas as exigências legais. Pode?

Aniversariantes

  • Edson Carlos Contar,
  • Lilian Regina Riveros Monteiro
  • Salgado Silvestrini de Araújo,
  • Marcos Martins de Matos,
  • Diana Morais Molento,
  • Izaias Medeiros,
  • Dario Jose de Oliveira,
  • Lenita Brum Leite Pereira,
  • Paula Ferraz de Mello,
  • Wilson Bento,
  • Lindalva Miyahira,
  • Antonio Barreto Baltar Junior,
  • Silvana Mendes Pereira,
  • Osvaldo da Silva Monteiro,
  • Mauricio Martins Montazoli,
  • Airton Miyahira,
  • Jean Alexandre,
  • Daniel Nunes da Silva,
  • Elizeu Amarilha Mattos,
  • Aldo Brandão,
  • Marcello Cardoso Mendonça de Barros,
  • Fábio Shaen Souza,
  • Marta Assunção Manna,
  • Dr. José Roberto Pelegrino,
  • Luemir do Couto Coelho,
  • Maria Elizabeth Elesbão,
  • José Carlos Barcelos,
  • Ana Laura Nunes da Cunha,
  • Natalino Luiz Gritti,
  • Abadio Marques de Rezende,
  • Ana Margarida Gomes Freire,
  • Dr. Paulo Roberto de Almeida Insfran,
  • Raquel de Freitas Manna,
  • Sara Barbosa Ferreira,
  • Elvira Cox da Silva Mattos,
  • Adilson da Silva,
  • Marlova Moreira Leonardelli Ximenes,
  • Saturnino Ramires,
  • João Jair Sartorelo Junior,
  • Maria Fernanda Carli de Freitas,
  • Oliva Montania,
  • Edivaldo Canhete Costa,
  • Hélcio Furtado Vizeu,
  • David Rosa Barbosa Júnior,
  • Léa Satiko Saito Soares,
  • Raphael Sérgio Rios Chaia Jacob,
  • Christiane Abuhassan,
  • Rodrigo Alle Cardoso,
  • Abel Nunes Proença Junior,
  • Keila Priscila de Vasconcelos Lobo Catan,
  • Andréia Colombo de Moura,
  • Hernane Rodrigues Freire,
  • Jussara Aparecida Faccin Bossay,
  • Bruno Edgar Santullo,
  • Nathália da Silva Dantas,
  • Leda Garcia Esteves,
  • Lenita Fernandes de Oliveira,
  • Marcelo de Amorim Souza,
  • Jacinta Reis Cordeiro,
  • Deise Ana de Carli,
  • Glicemia Fonseca Mota,
  • Ana Claudia Kuroce,
  • Fernando Augusto Quintella,
  • Eduardo Rodrigo Ferro Crepaldi,
  • Roneicleiton de Aquino Araujo,
  • Augusto José Correa da Costa,
  • Wilson Amorim de Paula Junior,
  • Natália Gomes de Souza,
  • Orlando Ribas de Andrade Filho,
  • Maria Augusta Ferreira,
  • Carlos Augusto Freire,
  • Vanira Conde de Araujo,
  • Lilian Kely Freitas Oliveira,
  • Antonio Dacal Júnior,
  • Silvano Luiz Rech,
  • Beatriz Cruz da Luz,
  • Rogério José de Almeida,
  • Giovana Coutinho Zulin Nascimento,
  • Valter Caldeira de Souza.
  • Welles Nascimento Campos,
  • Arnaldo Marques da Silva,
  • Wolfgang Leo Arruda Herzog,
  • Marino Pinto da Silva Junior,
  • Célia Bogalho de Paula Paes,
  • Wilton Vilas Boas de Paula,
  • Sueli Ruppel de Medeiros,
  • Pedro Nogueira de Jesus,
  • Justino Mendes de Aquino Filho,
  • Rosângela Antonia Salvaterra Perez,
  • Alda Abadia Pereira,
  • Marisa Gimenes Figueiredo Silva,
  • Wanilza Gomes Soares Vendas,
  • Nayara Ibarra Albuquerque,
  • Virgilio José Bertelli,
  • Ilca Marilene da Costa Correa,
  • Roberto Cesar Azevedo Taveira,
  • Janaína da Cruz Serejo,
  • Ana Maria Ribeiro,
  • Thays Dittmar,
  • Concheta Hedissa Farina Guilardi,
  • Aldora Cação de Moraes,
  • Carlos Magno de Figueiredo,
  • Frederico Penna,
  • Ligia Gargioni,
  • Maria Joana Comandolli,
  • Boaventura Rispoli.

 

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