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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator Miguel Ângelo, sucesso em "A Infância de Romeu e Julieta"

Miguel é protagonista de mais um sucesso no SBT. "Romeu é meu primeiro protagonista. E, com ele, a responsabilidade de mostrar que podemos estar e ocupar qualquer lugar".

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O ator mirim Miguel Ângelo brilha em mais um grande sucesso e fenômeno do SBT: “A Infância de Romeu e Julieta” interpretando Romeu Monteiro, filho de Vera (Bianca Rinaldi e Bernardo (Fábio Ventura). 

Nascido na Cidade de Deus, na periferia do Rio de Janeiro, Miguel se mudou para São Paulo, junto com a mãe, Vânia Regina para viver seu primeiro protagonista na Tv aberta. E apesar de ter apenas 12 anos, o ator sabe da responsabilidade que carrega e da inspiração que representa para outras crianças negras.

“Eu me sinto muito honrado em poder mostrar que podemos ser o que quisermos, mas entender também que não é fácil realizar os nossos projetos e sonhos. E como é importante para nós, nos vermos em outras pessoas como nós, do outro lado, narrando outra história, de amor, carinho, prosperidade, respeito e potência para gerar sonhos. Então, é Ubuntu: “eu sou porque nós somos.”,  declara Miguel.

Romeu é um personagem que adora esportes e é aventureiro, assim como Miguel. Para a preparação de seu personagem, Miguel precisou fazer aulas de tênis, mesmo adorando futebol.

A carreira doa ator começou em 2014, quando participou da série “O Caçador”, dirigida por  José Alvarenga Jr e Heitor Dhalia, disponível na HBO Max. Em 2018, Miguel Ângelo fez uma participação no curta “O Nosso Legado”, exibido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. Também atuou em “Barba, Cabelo e Bigode”, longa da Netflix, de 2022, dirigido por Rodrigo França e Leticia Prisco. E na série da Netflix, “Candelária”, com direção de Luis Lomenha e Marcia Faria, ainda inédita. No teatro, ele atuou no infantil “O Mágico de OZ” e na peça “O Amor Como Revolução”, adaptação do livro homônimo do pastor Henrique Vieira, dirigida por Rodrigo França e coproduzida por Lázaro Ramos.

 Ao longo de sua carreira, Miguel participou de outros curtas-metragens e clipes musicais como “Mais Jovem, Mais bela, Mais Linda”, de Thiago Martins, e “Eu precisava Voltar com a Folhinha” e “Dai a Cesar o que é de Cesar”, ambas de César Mc. Ele também esteve em “Proteja os Seus Sonhos’, álbum de Conceição Evaristo, com projeto colaborativo entre a plataforma de cultura negra AUR, o produtor Theo Zagrae, o Laboratório Musical MangoLab e a Som Livre.    

Miguel Ângelo considera maravilhosa a oportunidade e experiência no SBT. Ele conta que recebeu a notícia da aprovação do teste no dia de São Cosme e Damião e que comemorou muito com sua família.

Este ano tem sido de reconhecimento do talento do jovem ator. Ele ganhou o Prêmio Jovem Brasileiro, na categoria Jovem do Futuro, e venceu o 1º Prêmio ArteBlitz de Novela, na votação popular, como Melhor Ator Revelação, categoria em que foi a única criança indicada. Ele também foi um dos finalistas, na categoria Melhor Ator Mirim ou em Papel Adolescente, no Prêmio Noticias da tv, e está indicado ao Prêmio Área Vip- Melhores da Mídia 2023, como   "Melhor Talento Jovem de 2023".

Miguel é a Capa do Correio B+ desta semana, fechando o ano do Caderno com uma entrevista exclusiva falando sobre sua carreira, seu primeiro protagonista e sobre sua representatividade nos papéis que jáconquistou e conquista todos os dias.

O ator Miguel Rômulo é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Jordan Vila - Diagramação Denis Felipe e Denise Neves

CE - Você começou cedo sua carreira. Como foi?
MA -
Sim, comecei com apenas 4 anos de idade. No início, na verdade, eu fazia muitas publicidades.Um dia eu estava no shopping com a minha mãe, uma.produtora nos parou e perguntou se minha mãe topava  me levar para um teste. Ela aceitou, e aí, comecei a fazer as 2 coisas: publicidade e também atuar.

CE - Romeu é a seu primeiro protagonista? Qual a alegria e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de estar nesse espaço, numa novela infanto-juvenil?
MA -
 Sim ele é meu primeiro protagonista, e me deixou muito feliz, pois saiu do estereótipo dos nossos serem sempre serviçais.  A responsabilidade de mostrar que podemos estar e ocupar todos e quaisquer lugares.

CE - Como se sente protagonizando a história inspirada no maior símbolo do grande amor -impossível?
MA - Me sinto honrado de poder contar a história com outros olhos: olhar do perdão, do amor, e do respeito.

Ao lado da atriz Vittória Seixas - Divulgação

CE - Como surgiu a oportunidade do papel na novela?
MA - 
A meu perfil se encaixava muito do que procuravam, e cá estou eu de Romeu.

CE - Como se preparou para o papel?
MA -
 Como eu já fazia teatro, foi um pouco mais fácil. E o Romeu é muito parecido comigo.

CE - Qual o aprendizado deste trabalho Miguel?
MA - 
Responsabilidade, companheirismo, respeito, e troca de experiência  com os mais velhos.

CE - O que tem em comum com o Romeu?
MA -
 O espírito pacificador e o fato de ser esportista e desbravador.

CE - Você precisou mudar de cidade para atuar na novela. Valeu a pena tantas mudanças na sua rotina?
MA - 
Sim, valeu muito porque você cresce como pessoa saindo um pouco da sua bolha, tendo a chance de abrir oportunidades.

Miguel Ângelo - Divulgação

CE - Além da TV, você já fez teatro, cinema, clipes musicais... Qual é a diferença? 
MA -
 Em teatro tem muito como trabalhar com improvisos. Já nos outros, você é dirigido, tem as marcações, posição de luz...  Enfim, sou artista e amo o que faço. Teatro, tv, cinema, tudo é arte. Estou feliz!

CE - Dá para conciliar com tranquilidade gravações e escola?
MA - 
Se não for semana de prova, dá tranquilo. Em semana de prova, fico bastante tenso, mas faz parte, e tudo que você faz com amor, fica leve...

CE - Você se inspira em outros atores?
MA -
 Sim! Lázaro Ramos, David Junior, Aílton Graca, Junior Vieira, Ju Paiva, Douglas Silva e outros.

CE - Tem algum trabalho que está para ser lançado? E quais seus planos para o futuro?
MA - 
Sim. Participei da minissérie “Candelária”, da Netflix, ainda inédita. O plano para o futuro é continuar inspirando outros jovens, como fui inspirado pelos trabalhos dos que sou fã.

Ao lado do ator Lázaro Ramos - Divulgação

 

Miguel Rômulo - Divulgação

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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