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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator Murilo Sampaio, destaque na última temporada de DOM

"Na série DOM, o Colibri é um manipulador imprevisível, metade sombra e metade carisma"

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Com 32 anos de idade e festejando 10 de carreira, Murilo Sampaio é o grande vilão da terceira (e última) temporada da série "Dom", da Prime Video. Na trama, o ator dá vida ao traficante Colibri, que já fez aparição na segunda parte da produção.

Atualmente, seu trabalho pode ser visto na série "Depois da meia-noite", no Youtube, sob a direção do vencedor do Emmy Rogério Gomes e com texto de Lela Gomes. O projeto com temática LGBT estreou no dia 16 de abril e semanalmente tem novos episódios disponibilizados. E, por conta do sucesso, já há previsão para uma nova temporada.

"Suspense e imprevisibilidade. O personagem vem com a função dramatúrgica de acuar o Pedro Dom, de deter sobre ele certo domínio, coagi-lo a fazer coisas e usar de sua expertise em assaltos até a última gota. Agora, o modo como ele exerce esse poder é sempre uma caixa de surpresas. Ele é um manipulador imprevisível, metade sombra, metade carisma", explica.

No streaming, Murilo Sampaio está no elenco da aguardada novela "Guerreiros do Sol", do Globoplay. A produção sobre o cangaço, também com direção de Rogério Gomes, chegará na plataforma em 2025 como parte das comemorações dos 60 anos da Globo.

O artista ainda espera o lançamento da série "Vidas Bandidas", da Starplus, em que atua ao lado de Juliana Paes, Rodrigo Simas e Otávio Muller, além de ser protagonista das séries "Empurrando com a Barriga" e "Fim de Comédia", ambas sem previsão de estreia no CineBrasil TV.

No cinema, ele rodou os inéditos "Vilã das Nove", ao lado de nomes como Alice Wegman, "Oeste outra vez" e o pernambucano "A vida secreta dos meus três homens", de Letícia Simões, em que interpreta um contador que sonha em ser bailarino. Baiano, Murilo Sampaio acabou de fazer seu primeiro projeto em sua terra natal: o longa "O sino", de Isaac Donato, em que vive um pescador.  

Em seu currículo ele ainda tem o filme "Pacificado", em que atuou e fez seu primeiro trabalho como assistente de produção de elenco. Já na TV, o ator fez participação nas novelas "Malhação", "Orgulho e Paixão" e "Segundo Sol" e também na série "Justiça", todas na TV Globo.

Recentemente, esteve em "Todas a Flores", no Globoplay, e nas séries "Impuros", da StarPlus, e "Cidade Invisível", da Netflix. No teatro, fez algumas peças e integrou o Grupo Nós do Morro.

Capa exclusiva do Correio B+ desta semana, o ator fala sobre carreira, escolhas e também do sucesso da série DOM que chega a sua última temporada pela PRIME VÍDEO.

O ator Murilo Sampaio é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Dela - Diagramação - Denis Felipe e Denise Neves

CE - Murilo, o público já teve um gostinho do Colibri na segunda temporada de "Dom". Agora, o seu personagem vem com muito destaque na nova fase da produção. O que podemos esperar dele dessa vez?
MS -
Suspense e imprevisibilidade. O personagem vem com a função dramatúrgica de acuar o Pedro Dom, de deter sobre ele certo domínio, coagi-lo a fazer coisas e usar de sua expertise em assaltos até a última gota. Agora, o modo como ele exerce esse poder é sempre uma caixa de surpresas. Ele é um manipulador imprevisível, metade sombra, metade carisma.

CE - Como é entrar no meio de uma série de grande sucesso e ganhar muito espaço com um novo personagem ?
MS -
É como entrar num carrossel onde o ritmo da rotação e a música que toca é desconhecida por você, mas você tem q saltar nele em movimento e dançar junto. Claramente não é fácil, a gente cobra o êxito de si próprio o tempo todo, sente que tem que aderir a esse corpo de baile no mesmo padrão dos que já estão para manter a mesma energia e retroalimentar as boas expectativas que o público tem com a série, rola uma autocobrança forte.

Penso que é uma responsabilidade grande pra qualquer artista entrar no meio ou na sequência de um projeto grande como este. Ao mesmo tempo que é um presente, agradecerei ao Breno Silveira eternamente por esse espaço.

CE - Murilo Sampaio é baiano, mas em "DOM" vive um traficante que domina a Rocinha, a maior favela do Rio onde a história se passa. Como foi trabalhar para chegar no sotaque carioca? E como foi construir um bandido violento de uma realidade bem distante da sua?
MS - 
A Rocinha é uma das comunidades do Rio de Janeiro que mais teve migração nordestina, muitos ali são nordestinos ou filhos e netos de nordestinos. Colibri não era diferente. A ideia na dramaturgia era de que, como alguns traficantes da época, a personagem fosse filho de migrantes ou fosse nordestino.

Só que sem delimitar necessariamente de onde. Não tive que aprender ou fazer um sotaque carioca. Também não me foi recomendado fazer um "baiano convicto". Acredito que o que saiu no Colibri é resultado de um hibridismo que habita em mim, um baiano que mora há 9 anos no Rio de Janeiro. Quem é carioca não me ouve como um local, por exemplo. Acho que essa mistura foi boa para o personagem, já que muitos moradores daquela comunidade também são atravessados por esta mistura regional.

CE - Atualmente, também podemos ver seu trabalho na série "Depois da meia-noite", no Youtube. O projeto tem direção do Rogério Gomes, famosos ex-diretor da Globo que já ganhou Emmy. Como você observa essa possibilidade que os artistas têm de poder mostrar seus trabalhos independentes na internet?
MS -
A internet está aí, é uma realidade. A possibilidade de produzir conteúdos e depositá-los em veículos de streaming gratuitos (como o YouTube) é a janela que muitos realizadores de audiovisual tem para poder ter seus trabalhos vistos. É a saída pra muita gente que não tem seus trabalhos aprovados por canais ou que simplesmente quer comunicar, quer ter sua arte vista.

Acredito que as webséries e demais conteúdos gratuitos em plataformas de internet já são uma realidade que veio pra ficar e contribuem com q pluralidade de narrativas, uma das tantas novas alternativas que o público tem para consumir arte além da tv aberta. Acho excelente qualquer modalidade que permita difusão de diversidade. A internet é isso.

Murilo Sampaio em DOM - Divulgação

CE -"Depois da meia-noite" tem temática LGBT. Como artista, como você analisa a possibilidade de levar assuntos atuais para o público?
MS -
Fundamental. Toda manifestação artística é uma forma de comunicação, a possibilidade de levar informação, reflexão, emancipação de horizontes e discussões sociais através de uma obra de arte pra mim é essencial, se torna, muitas vezes, uma questão de compromisso.

CE - Ainda hoje vemos muitos artistas (até já renomados) sonhando em fazer cinema e chegar ao streaming, mas Murilo Sampaio tem feito justamente o caminho contrário. Como você enxerga essa sua trajetória além da teledramaturgia? Sonha em fazer novelas na Tv aberta?
MS - 
 Eu comecei a trabalhar no cinema de autor, natural que fosse estabelecendo redes alí. Foi o cinema e as séries que me deram as primeiras oportunidades, desde as pequenas participações aos grandes personagens como Colibri e Glauber (Guerreiros do Sol). Não me furto em dizer que o que vocês chamam de "caminho contrário" foi meu fluxo natural porque é um espaço mais aberto a heterogeneidades.

Veja, eu sou um homem preto e nordestino, por muitos e muitos anos essa não foi a cara da televisão brasileira. É natural que tenha tido mais oportunidade em uma seara mais alternativa. Eu desejo fazer novelas na televisão aberta, acredito que preciso ter essa experiência profissional e esse contato direto e abrangente com o público em geral.

CE - Hoje, estamos vendo cada vez mais artistas nordestinos ganhando espaço no mercado artístico fora da sua região e sendo reconhecidos pela imprensa e pelo público.  O que você pode falar sobre isso? Acha que realmente está mais fácil para atores além do eixo Rio-SP chegar na indústria?
MS -
 É necessário. Por uma questão lógica o mercado necessitou ampliar o espectro das narrativas que se debruçava, tendo que contar outras histórias, com outros rostos e vozes, onde o Brasil se visse e se reconhecesse.

Naturalmente seguir falando com, sobre e para o sudeste não é mais suficiente para atrair audiência. Então mais espaço foi criado para o novo, que na verdade sempre esteve aí. Rio e São Paulo sempre estiveram cheio de artistas do Brasil todo buscando um lugar ao sol. Bom que agora estes artistas estão tendo mais oportunidades de trabalho e, por consequência, de reconhecimento dos seus êxitos. 

Não acredito que a afirmação mais apropriada seja dizer que está mais fácil. Ainda encontramos muitas e muitas barreiras para conseguir trabalhos ou conseguir personagens de destaque e protagonismos.

É difícil quando ainda há muito preconceito e resistências mercadológicas, como por exemplo, a tão cobrada exigência de seguidores. Fator impossível de superar quando se é um artista desconhecido do grande público, ainda que com performances de qualidade. Mas concluo que, sim, hoje temos mais oportunidades do que há 10 anos atrás, por exemplo.

Foto: Dela

CE - Murilo Sampaio está no elenco da aguardada novela "Guerreiros do Sol", que vai estrear em 2025 no Globoplay. Geralmente, atores de novela gostam de acompanhar o retorno de público para ir moldando seu trabalho. Como foi fazer esse projeto às escuras nesse sentido?
MS - 
Foi como fazer uma série. Nessa minha pequena trajetória fiz mais séries e filmes do que teatro e TV, de modo que não tive a experiência de ter retorno imediato do público, já que boa parte do que fiz levou muito tempo entre feitura e lançamento. É o processo natural em cinema e séries de streaming. Como ainda nunca fiz uma novela inteira, não sei dizer como é isso de sentir o público ao passo que estou trabalhando. 

CE - É muito autocrítico?
MS - 
Me assisto, entretanto, o faço mais por um dever para com a investigação e melhora do meu trabalho do que por um prazer. Não é confortável me ver. Me crítico a todo tempo. Enquanto respondo essa entrevista ainda não terminei de assistir o DOM, por exemplo, comecei ontem, dias após a estreia (risos).

CE - Que avaliação faz desses seus 10 anos de carreira? E como se vê daqui 10 anos?
MS -
 Uma escala de batimentos cardíacos de uma personagem hipertensa (risos). Altos, baixos, vontade de desistir, sonhos muito altos a ponto de seguir continuando, enfim, muita coisa. Mas no geral é positiva, consegui nos últimos anos fazer projetos incríveis, colocar meus quereres e reflexões em processos autorais com Marcus Curvelo, meu amigo e sócio de sonhos, trabalhei com referências em atuação, direção roteiro. Conheci gente incrível em função do meu trabalho. Enfim, o saldo segue sendo positivo.

CE - Quais os próximos projetos em que poderemos ver seu trabalho?
MS -
 Em breve filmo um curta sob a direção da atriz Camila Márdila e rodo a segunda temporada da série "Depois da Meia Noite", web série no Youtube de direção de Rogério Gomes. Ainda no segundo semestre estreará a série "Vidas Bandidas", no Star Plus, o filme "Vilã das Nove", de Teo Poppovic, nos cinemas e para o ano que vem os longas "A vida Secreta dos meus três homens" e "O sino", de Leticia Simões e Isaac Donato, respectivamente. Na Globo, irá ao ar a aguardada "Guerreiros do Sol", também de direção de Rogério Gomes, o Papinha, em homenagem aos 60 anos da emissora

 

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Capa B+: Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes

"Procuro passar muita verdade nos personagens. Não sei contar piada, por exemplo".

03/11/2024 20h00

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo Fagundes Foto: Sergio Baia

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Rodrigo Fagundes está em “Volta por cima”, novela das 19h da Globo, onde interpreta o rico falido Gilberto Góis de Macedo, o Gigi. Na trama, o personagem de família quatrocentona que foi à falência ainda vive de aparências ao lado das irmãs Belisa (Betty Faria) e Joyce (Drica Moraes). Em breve, o ator também poderá ser visto num dos episódios do humorístico “Pablo e Luizão”, estrelado por Paulo Vieira, no Globoplay.

Com 51 anos de idade e 23 de carreira, Rodrigo Fagundes ganhou projeção  ao fazer parte do espetáculo "Surto", que lotou por 12 anos os teatros pelo país. Por conta disso, recebeu convites para participações na TV até ser escalado para fazer parte do elenco do extinto “Zorra total”, em 2005, onde permaneceu por quase uma década dando vida ao divertido Patrick. O trabalho lhe rendeu o prêmio de Melhor Comediante do Melhores do Ano promovido pelo “Domingão do Faustão”.

Formado em publicidade pela PUC-Rio e em teatro pela CAL, Rodrigo Fagundes estreou nas novelas em 2015 em "Babilônia". Em 2017, foi elogiado por seu desempenho em “Pega pega” como o altruísta e romântico mordomo Nelito e, em 2022, deu vida ao divertido malandro polígamo Armandinho em “Cara e coragem”.

Mineiro de Juiz de Fora, ele foi indicado ao Prêmio de Humor de Melhor Performance por sua atuação no espetáculo “Sylvia” em 2019 e em 2023 por “Gargalhada selvagem”. Já na TV, Rodrigo Fagundes tfez participação na série infantil “Detetives do Prédio Azul”, do Gloob. No streaming, ele pode ser visto na segunda temporada de “Impuros”, no Globoplay, e no filme “Tudo bem no Natal que vem”, ao lado de Leandro Hassum, na Netflix.

Em seu currículo ainda constam os longas “Me tira da mira” e “Desapega” e o curta-metragem “Das um Banho Zé Perri”, onde interpreta o escritor Antoine Saint-Exupéry.

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesO ator Rodrigo Fagundes é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Sergio Baia - Diagramação: Denis Felipe e Denise Neves (DM Comunicação).

CE - Rodrigo seu último trabalho na TV foi em “Cara e Coragem” onde você fazia um polígamo bem galanteador. Como é agora encarnar em “Volta por Cima” um tipo totalmente diferente: um falido gay de humor extremamente ácido? Quais suas referências pra esse novo papel?
RF -
Claudia Souto sempre me brinda com personagens deliciosos, cheios de camadas. Nelito de “Pega Pega” foi uma alegria na minha vida! Armandinho de “Cara e Coragem” me fez acessar sentimentos distantes de mim, como aquela auto estima delirante e desvio de caráter no seu início, e todos com um arco dramático maravilhoso que dá pano pra manga na hora de fazer.

Gigi é de uma liberdade linda que eu demorei pra ter na vida. A diferença é que Gigi sempre teve tudo fácil, ele é sem freio e sem noãao nas palavras. Ao mesmo tempo, sua liberdade de ser quem é o deixa resistente e de grande referência pra encorajar que temos que nos orgulhar da nossa essência. Eu estou amando fazer Gigi. Na alegria e na tristeza. Porque vem drama pra ele aí, já adianto (risos).

CE - Gigi, seu papel em “Volta por Cima”, imediatamente caiu no gosto do público e da crítica. Ao ler a sinopse e cenas você já imaginava esse sucesso tão rápido? A que você atribui essa paixão que ele tem despertado?
RF -
 Justamente porque de cara ele diz a que veio. E tem aquele tempero delicioso do politicamente incorreto que o público ama. Quando li já sinopse á percebi logo a riqueza dele no texto e no raciocínio do personagem. Aparentemente, ele quer só se dar bem. Mas, aos poucos, vão notar suas carências e pontos mais sensíveis também! E ter caído tão rápido no gosto do público e da crítica é o maior reconhecimento pra nós da novela. 

CE - Gigi é um personagem que no meio do caos financeiro ainda se mostra muito amigo e próximo às irmãs. E como é Rodrigo com os amigos e com os irmãos?
RF - 
É muito linda a relação dos Gois de Macedo. Eles só têm uns aos outros nesse mundo. E Sebastian que é o anjo da guarda da família, né?!. Eu sempre procurei ser muito parceiro dos meus irmãos e amigos. Eu sou o mais velho e tenho meio que um comportamento de “mãezona” com eles e com amigos. Sou do tipo que pergunta: você está bem? Almoçou? Fez os exames? Que dia vamos jantar? Vem aqui em casa fofocar e tomar café com bolo. Essas coisas simples e sem preço. Se importar! É isso! 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes é sucesso em todos os personagens que atua - Divulgação/Contigo

CE - Gigi assim como você é um homossexual assumido e bem resolvido. Como é poder levar pro público esse personagem em 2024?
RF - 
Amei essa pergunta. Digo que Gigi me ajuda a ser mais livre, até inconsequente, mas sem ser grave (risos). Eu tive muitos problemas com minha sexualidade no início. Demorei pra me entender, me aceitar. Pensava coisas tenebrosas e já fui meu maior inimigo por isso.

Hoje, sei que andei bastante numa direção mais resolvida, tive amor da família e dos amigos e isso é um fator importante. Sei que fui um privilegiado e que a situação de muitos jovens gays é de rejeição da família, expulsão de casa e até morte. O que eu puder fazer pra diminuir o preconceito e a ignorância das pessoas quanto a isso, farei! Gigi está aí pra ajudar a construir esse novo pensamento. Assim espero. 

CE - Na vida, o que você considera ter dado (ou pretende dar) sua volta por cima?
RF - 
Não ter minha mãe comigo mais. Perdemos ela em 5 dias por causa da covid 19 em 2021. Ainda é uma dor e todo dia um exercício pra não alimentar o trauma. Ela era minha fã e amaria estar vendo esse sucesso todo. Penso nela e sigo. Sinto sua energia e sei que ela sempre teve muito orgulho de mim e meus irmãos! 

CE - A gente sempre vê Rodrigo Fagundes fazendo ótimos trabalhos no humor. É uma escolha sua? Tem vontade de fazer personagens com muita carga dramática?
RF -
 Em “Pega Pega” tive cenas bem dramáticas e eu amo fazer. Até no Gigi tento colocar a graça dele na tragédia de vida em que vive. Acaba sendo divertido pra quem assiste. Mas, pra mim, a comédia é drama. Procuro passar muita verdade nos personagens. Não sei contar piada por exemplo. Procuro ver a tragedia do personagem e expô-la de maneira que o outro vai achar graça. 

CE - Impossível não comentar com você sobre Patrick, seu papel em “Zorra total”, que te deu muito destaque (e até prêmio). O que ele representa pra você? Acha que um personagem como esse teria espaço hoje na TV?
RF -
Ah, Patrick sempre será meu carro chefe. Meu abre-alas para o público. Veio do teatro, da nossa peça “SURTO” que ficou 11 anos em cartaz. Direto!  Adorava fazer na TV também e sei que hoje teria que adaptá-lo de muitas formas. Mas Patrick tinha uma inocência que eu fazia questão de impor.

E sabia se defender. O entorno dele é que não era legal. Mas ele era feliz sim, rs. Mas foram anos bem vividos. Não sinto vontade de fazê-lo de novo. Já recusei, educadamente, participações em programas que queriam que eu o fizesse. Foi lindo. Me deu muita coisa boa. Mas está nas minhas mais lindas lembranças agora. 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes - Divulgação TV Globo

CE - Você é casado há 21 anos com o ator e roteirista Wendell Bendelack, que faz parte do time de autores de “Volta por cima”. Até que ponto um dá palpite no trabalho do outro? E como é a troca de um casal de artistas?
RF -
 Outro privilegio ter Wendell no trabalho também. Nos damos muito bem. Nos conhecemos na CAL (escola de teatro), nos apaixonamos na nossa peça “SURTO” e a vida é tão louca e boa conosco que até a arte nos aproxima. Nosso primeiro contrato na Globo foi na série “Sexo Fragil”, do João Falcão, em 2004. Já colhendo frutos da peça. A gente rende junto, sabe?! No teatro e na TV. Até internet fizemos na série Novela Brasil, onde faziamos uma sátira de Avenida Brasil. Mas não se engane. Wendell nunca me fala nada sobre a novela. É um trato que temos. E funciona.  Prova disse é estarmos juntos na 3 obra de Claudia Souto. Não misturamos as estações. Acho que é maturidade ne?! A gente clica junto. Flui! É gostoso. 

CE - Aliás, em tempos de amores líquidos, qual o segredo de um relacionamento tão duradouro?
RF - É acordar todo dia e escolher estar com ele. Dividir a vida, rir muito de tudo. E de nunca nos definirmos. Somos eternos namorados.

CE - O que te tira o humor?  
RF - 
Segregação, preconceito, e ignorância voluntária. 

Entrevista exclusiva com o ator Rodrigo FagundesRodrigo Fagundes - Foto: Sergio Baia

CE - De uns anos pra cá, artistas começaram a se expor mais e a ter um contato mais direto com os fãs e com a imprensa através das redes sociais. Como você lida com as suas? Elas interferem no seu trabalho?
RF - 
Eu levo bem de boa. Mas não domino bem, não. Posto o que gosto. Eu fazia uma peça com um amigo e quando disse a ele que eu não tinha Tik Tok ele me olhou com se eu não tivesse plano de saúde (risos). Foi aí que ele criou um pra mim esse ano.  E lá eu posto coisas do cotidiano, de casa, das nossas gatas, do Wendell e são os vídeos mais acessados. Mas não sucumbo às redes, não. Uso moderadamente. 

CE - Rodrigo Fagundes tem 23 anos de carreira. Como avalia essa trajetória? Teria feito algo diferente? E o que planeja para o futuro?
RF -
 Tenho muito orgulho dessa estrada e poucos arrependimentos. E sempre digo que num país como o nosso, viver da minha arte, sem partir pra plano B, é um triunfo. Sei agradecer e procuro sempre me investigar, ler, ver filmes e novelas pra sempre me aprimorar no que faço. Gigi, pra mim, é uma mistura de Scarlet O´hara com Clodovil e Lady Violet Crawley ( Downtonabbey) e muitas outras divas do cinema e da TV. Temos que ter referencias. E saber observar. 

 

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Bem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidas

Especialista na modalidade explica por que as mulheres deveriam fazer uso da técnica no pré e no pós-parto e como a técnica faz da fase mais importante da vida da mulher um momento ainda mais transformador.

03/11/2024 17h00

Bem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidas

Bem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidas Foto: Glauco Epov

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A massagem terapêutica integrativa possui diversos benefícios às gestantes, como alívio de dores e tensões, aumento da circulação sanguínea, alongamento e relaxamento, além de oferecer disposição física, conforto e segurança emocional.

A massoterapeuta, Marina Monteiro, é mãe e especialista na técnica. Na profissão, ela encontrou o seu propósito unindo o amor pela maternidade e o cuidado ao próximo, com o objetivo de se dedicar a proporcionar uma experiência única a outras mulheres no momento mais importante da vida delas.

Na gestação, a massagem terapêutica integrativa funciona como uma preparação para o parto. Já no pós-parto, o trabalho deve ser mais sútil, com massagem de toque leve e acolhedor, por ser o momento no qual a mulher está vivenciando muitas emoções.

“A técnica não é recomendada para gestantes que têm algum problema na gestação, sendo possível uma avaliação caso a caso. No pós-parto, se for uma cesariana, tem que esperar a cicatrização. Agora, se a mulher estiver se sentindo bem, podemos realizar as massagens após o 7º dia e trabalhar o corpo aos poucos com muita delicadeza”, alerta a massoterapeuta, Marina Monteiro.

Para tornar a experiência de gravidez ainda mais especial, Marina indica também o “Chá de Bênçãos”, que pode ser realizado após a mulher completar o terceiro mês de gravidez.

“É um momento de introspecção e acolhimento que a grávida pode viver com outras mulheres, com a sua doula e com o seu marido. A intenção é abençoar a mulher e o bebê para que tenham um bom parto. Não é religioso, é um momento de conexão da mãe com o bebê, de despedida da barriga, no qual a gestante tem uma troca de energia com o seu filho, podendo preparar o neném ao conversar com ele sobre o que está por vir”, explica.

A massoterapeuta faz o Chá de Bênçãos desde a sua gravidez. “O meu, foi o primeiro que eu fiz. Atualmente, o meu filho tem 8 anos”, afirma Marina Monteiro, que descobriu a técnica ao fazer cursos de doula e parteria tradicional. “Eu fiz a formação de doula mais ou menos um ano antes de ficar grávida. Trabalhei como voluntária por um tempo e atendi alguns partos. Depois que eu tive o meu filho, passei a me dedicar à maternidade e atendi partos de pessoas conhecidas que me procuravam”, conclui.

Bem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidasBem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidas - Foto: Glauco Epov

SOBRE MARINA MONTEIRO

Marina Monteiro é massoterapeuta, especialista em massagem terapêutica integrativa. A modalidade desenvolve técnicas que estimulam a consciência corporal e o autoconhecimento, tendo uma abordagem holística que considera todos os aspectos do ser humano, no seu estado físico e mental. A massagista também realiza atendimentos especializados para gestantes e famílias. Às grávidas, atende como doula e faz massagem durante a gestação e pós-parto. Através dos toques das suas mãos, ela se dedica a combater o estresse e dores musculares, a fim de promover uma vida mais saudável ao corpo e a mente.

Bem-estar B+: Massagem terapêutica integrativa para gestantes, conheça os benefícios para grávidasMarina Monteiro - Massoterapeuta - Foto: Glauco Epov

 

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