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Capa da Semana B+: Entrevista exclusiva com a atriz Bia Guedes destaque na novela "Volta Por Cima"

"O Humor me abraçou logo no início da minha carreira"

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Bia Guedes está festejando 20 anos de trajetória profissional fazendo parte do elenco d da novela “Volta por cima”. Na trama das 19h, a artista dá vida à divertida secretária Beth, que trabalha na Viação Formosa. Em paralelo, ela segue fazendo suas apresentações de stand-up comedy pelo país.

Dia 31 de janeiro, ela sobe ao palco do Qualistage, no Festival Humor Contra-Ataca. Em 4 de fevereiro, a carioca participa do “Q Comedia”, no Teatro Riachuelo comandado por Suzy Brasil. Já no dia 7 de fevereiro, se apresenta com o grupo 4k Comédia entre Amigos, na Casa da Comédia Carioca. Tudo na Cidade Maravilhosa. Para este ano também está prevista a estreia nas telonas com o filme “Cansei de ser Nerd” atuando ao lado de nomes como Cissa Guimarães e Fernando Caruso. 

Bia foi uma das finalistas do Prêmio Multishow de Humor, em 2017, e pode ser vista atualmente na série “Ponto Final”, disponível na Netflix, e na temporada 2024 de “Cilada” no Multishow. Na TV, fez participações em novelas como “Joia Rara”, “Salve Jorge”, “Nos tempos do Imperador” e “Novo Mundo”. Ela ainda esteve em séries como “A Grande Família”, “Amor e Sexo” e ‘Tapas e Beijos”, todos na Globo. 

Na internet, Guedes atuou em diversos vídeos nos badalados canais “Porta dos Fundos” e “Parafernalha” Já no teatro, a artista fez parte do elenco de dezenas de peças, como os sucessos “Ela é Meu Marido”, “Surto” e “Terapia do Riso”. Em seu currículo ainda constam trabalhos nos filmes “Minha Mãe é uma Peça 2” e “De Pernas pro Ar 3” e prêmios de Melhor Atriz em festivais de teatro pelo país.   

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CE - Bia, você está na novela “Volta por Cima” da TV Globo, onde interpreta a divertida secretária Beth. A personagem já tinha essa vertente de humor ou você que colocou esse toque nas cenas dela? E como tem sido fazer essa novela que é um sucesso desde sua estreia? 
BG -
 A personagem já chegou para mim com vários textos divertidos! E, durante as gravações, eu sempre tento propor algumas ideias que eu acho que teria a ver com o que pensei para a Beth.

Tanto a direção quanto os autores são muito disponíveis para propostas e fomos descobrindo características no desenrolar das cenas. E ainda estamos nessa caminhada! A maravilha da obra aberta! Só alegria pelo sucesso que tem sido Volta por cima! Essa combinação de autores, diretores, elenco e público satisfeitos é sempre motivo de comemorar! 

CE - Antes de “Volta por Cima” você tinha feito apenas participações em novelas. Inclusive, temos visto muitos humoristas sendo escalados para tramas na Globo. Como você avalia o trabalho de quem faz humor - acostumado com shows de improviso - interpretando texto de um folhetim?
BG -
 Essa é a terceira novela que estou no elenco, além das participações e sempre vibro com uma nova personagem. Acho maravilhoso que atores de humor sejam testados em várias vertentes e mostrem que são capazes de atuar em todos os meios de comunicação. Que as portas se abram cada vez mais para verem quantos multitalentos existem nos palcos. E que maravilha que o público tem abraçado e gostado dessas escalações. 

CE - Em paralelo à TV, você segue fazendo shows de stand-up comedy pelo país. Como Bia Guedes se descobriu essa humorista de mão cheia? E como é subir num palco e fazer as pessoas rirem?
BG -
 O humor me abraçou logo no início da minha carreira. Fiz peças de todos os tipos. Quando era bem nova, em um curso de teatro, o professor me viu em uma improvisação e me falou que eu era uma comediante. Nesse dia eu me entendi e vi que estava sempre feliz no palco… mas com a comédia eu me completava 100%. É emocionante ter a resposta imediata que o humor proporciona! A energia é contagiante! 

CE - Você dirige e faz seus textos? Em que se inspira pra fazer piadas num momento em que muitos assuntos já não cabem mais para fazer rir?
BG -
 Sim! Principalmente no stand-up, todos precisam ser autorais. Falo muito do meu cotidiano e histórias que já aconteceram comigo. Isso me dá liberdade para falar da forma que preferir! Mas acho justo ter temas que não cabem mais e estamos sempre aprendendo. 

CE - Ainda vemos poucas mulheres fazendo stand-up. Mulheres ainda sofrem preconceito por fazer humor em 2025?
BG -
 O machismo é muito difícil de ser combatido em todos os lugares, assim que como todos os outros tipos de preconceito. Mas hoje temos muito mais voz e espaço. Então podemos mostrar que desde sempre mulheres sabem fazer humor, a diferença que agora somos mais ouvidas! Mas ainda temos muito o que conquistar. 

CE - Você também faz parte do grupo 4k Comédia entre Amigos, que faz shows de humor pelo país. Como é dividir o palco numa apresentação de improviso? * Stand Up e improviso 
BG -
 Dividir o palco com amigos é sempre maravilhoso. Nosso grupo surgiu por puro entrosamento. Fizemos um filme juntos que estreará esse ano. E foi um super encontro. Nos bastidores resolvemos que a parceria não poderia acabar ali. E nasceu o 4K. 

CE - Bia Guedes se assiste? É muito autocrítica?
BG - 
Acho que faço parte do grande grupo de atores que se julgam em cena. Rs. Gosto de ver minhas cenas, mas sempre tem alguma coisa que a gente acha que pode melhorar. Mas me assisto sim! 

CE - Em seu currículo, vemos um trabalho totalmente voltado para o humor, na TV, no teatro, no streaming, no cinema, na internet....Pensa em fazer drama em algum momento? 
BG -
 Meu lado do humor é sempre o que me faz ser chamada para a maioria dos trabalhos. Mas gosto de me arriscar em todos os tipos de interpretação. Inclusive na minha primeira novela tive muitas cenas de choro e bem dramáticas! Gostei bastante de experimentar esse lugar na TV. Mas quero estar em todas as vertentes sempre! 

CE - Quais seus próximos projetos? 
BG -
 Além de estar aproveitando muito esse momento da novela vou estrear meu solo em breve e terá o lançamento do filme “Cansei de ser Nerd”, onde pude experimentar ser a mocinha heroína pela primeira vez. (risos) . Estou a ansiosa para ver o resultado.

E, em paralelo, segue minha agenda de stand-up.  Aliás, dia 31 de janeiro vou me apresentar no Qualistage, no Festival Humor Contra-Ataca. Sigo também com os shows do 4k e meu curso de teatro “EnCena” que está completando mais um ano de existência, junto com minha sócia Clarissa Kahane e minha irmã Aline Guedes. 

CE - Você está comemorando 20 anos de carreira. Como avalia essa sua caminhada? E seus sonhos profissionais?
BG -
 A vida de atriz só me trouxe alegria. Eu comemoro poder viver dessa profissão todos os dias. Não que seja fácil, porque é uma correria diária e estamos sempre colocando expectativas em cada projeto. Mas vale a pena cada segundo. Me sinto feliz com o que já conquistei e continuo em busca de muito mais.

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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