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Capa Especial Dia das Mães B+: Entrevista exclusiva com a atriz e roteirista Danni Suzuki

Entre seus próximos lançamentos estão as séries "Capoeiras" (Disney+) e "(In)Vulneráveis" (E! Entertainment).

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Multifacetada e dona de um currículo de peso, que envolve desde sua formação em direção e atuação na NY Film Academy até o bacharelado em Desenho Industrial (PUC-RJ) e pós-graduação em neurociência (PUC—RS), Danni Suzuki estrelou no último ano seu primeiro filme em inglês.

A atriz, que é também apresentadora, diretora, roteirista, palestrante, e se tornou a primeira atriz brasileira com ascendência asiática a protagonizar um longa-metragem no país com a estreia do suspense nacional "Secrets", seu segundo trabalho no idioma, após atuar ao lado de Penélope Cruz em "Sabor da Paixão", de 2003.

Neste projeto, já disponível no Prime Video, ela assume o papel de Naomi em uma narrativa densa, eletrizante e envolta de mistérios, que explora as entrelinhas dos relacionamentos abusivos, o firmamento de uma fachada feliz incompatível com a realidade em prol do status, expectativas amorosas distorcidas, e a revelação de grandes segredos desconhecidos mesmo após 7 anos de relacionamento conjugal.

Com um enredo que mistura thriller e romance, o longa-metragem explora como a verdade pode ser libertadora, mas também destrutiva.

A produção da Ruschel Studios, em parceria com a Great Movies e distribuição da A2 Filmes, já conquistou reconhecimento internacional, sendo premiada como "Melhor Filme de Drama" no Monthly Film Festival, na Sérvia, e no Marbella International Film Festival, na Espanha. Nacionalmente, entre os prêmios recebidos estão o de Melhor Atriz no Festival Cine Santo André e no Festival Bananeiras de Cinema.

Além de seu retorno ao cinema, Danni, que recentemente dublou para Dream Works Animation, personagens centrais em “Patos” e “Kung Fu Panda 4”, também está presente nas telas de TV e no streaming. A apresentadora, que conquistou o público em duas temporadas do “The Voice Brasil” (2012 e 2015), lançou o reality show de moda “New Faces” no canal E! Entertainment.

Sob a direção de Bernardo Bôscoli, o programa, disponível também no Universal+, redefine padrões de beleza, com foco na diversidade feminina, equidade e a inclusão, abordando marcas de vida como cicatrizes, tatuagens e rugas.

Com um elenco de oito participantes dispostas a enfrentar uma série de oficinas e desafios, a competição promete revelar talentos que desafiam os padrões tradicionais da moda. A vencedora ganhará um contrato com a agência Rock.

Também como apresentadora, esteve à frente de vários programas de cobertura dos mais importantes festivais de música, entrevistas de celebridades nacionais e internacionais, e morou com diversos povos de diferentes culturas pelo mundo filmando para o Multishow.

Com quase 30 anos no audiovisual, em destaque na Globo em novelas como "Malhação", "Bang Bang" e "Viver a Vida", Danni tem ampliado seu repertório no streaming. Entre seus projetos mais recentes estão "Arcanjo Renegado"(Globoplay) e "Desjuntados" (Prime Video), e seus futuros lançamentos "Capoeiras" (Disney+) e “(In)Vulneráveis” (E!).

Em paralelo à carreira de atriz, nos bastidores da indústria cinematográfica, ela também desponta como diretora e roteirista. Seu curta-metragem de estreia, "Pulso", lançado em 2016, recebeu prêmios em grandes festivais, como no argentino Mar del Plata, e nos americanos “LABRRIF” e “Olympus Film Festival”, realizados em Los Angeles. O filme também foi exibido no Laemmle Theater, em Hollywood.

Sua experiência se estende também ao campo das palestras, tendo participado de quatro edições do TEDx e atuado pela segunda vez como júri do International Emmy Awards. Como se não bastasse, atua também na área da educação integrando o corpo docente do MBA da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), no curso de Influência Digital e Neuromarketing.

Com compromisso social entre as suas marcas, foi embaixadora das organizações internacionais não governamentais "Waves for Water", que promove o acesso à água potável em comunidades vulneráveis, e "Make a Wish", que realiza sonhos de crianças e jovens com doenças graves, progressivas e degenerativas.

Somando 26 anos dedicados a ações humanitárias, realizando também seus próprios projetos sociais, Danni tem voltado atenção especial, desde 2016, para trabalhos que envolvem o apoio a famílias refugiadas, inclusive foi anunciada esse ano como Apoiadora de Alto Perfil da ACNUR — a Agência da ONU para Refugiados.

Entre suas iniciativas recentes, uma obra um tanto especial e que vai usufruir de toda a expertise adquirida: a direção de um documentário sobre crianças nessa situação, filmado em locais como Turquia, Líbano, Síria e na fronteira entre Brasil e Venezuela.

Danni é Capa exclusiva e Especial de Dia das Mães do Correio B+ desta semana, e em entrevista ao Caderno ela fala sobre carreira, novos trabalhamos e o papel de ser mãe neste dia tão especial.

A atriz Danni Suzuki é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Nanda Araújo - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana

CE - Sua carreira atravessa diversas funções — atriz, apresentadora, diretora e até palestrante — ao longo de mais de 20 anos. Quais foram os momentos mais transformadores dessa trajetória, e como essas diferentes experiências se complementam na sua vida artística? 
DZ -
 Foram experiências muito diversas e algumas muito fortes, como as do programa "Pé no Chão", quando eu morei com diversos povos diferentes pelo mundo. Uma vivência que ampliou a minha vontade de estudar mais o comportamento humano. Cada experiência da minha carreira foi compondo um pedacinho de mim e construindo minha história. Sou muito grata a todas, desde as mais simples às mais profundas. 

CE - Você estreou como diretora e roteirista com o curta-metragem “Pulso” em 2016, obra que foi premiada em diversos festivais. O que a motivou a assumir a direção, e como estar por trás das câmeras mudou sua perspectiva de contar histórias em comparação com atuar? 
DZ -
 Dirigir sempre foi um desejo desde antes de ser atriz. Sinto que posso compartilhar de forma mais ampla a minha perspectiva. Me dá autonomia e fala mais do que eu verdadeiramente sinto e como vejo o mundo. É um desafio diferente e extremamente gratificante ver um projeto ganhar vida de uma forma que eu idealizei.

CE - Além das artes, você se especializou em Neurociência e Comportamento e chega a dar aulas sobre influência digital e comportamento humano. De onde veio esse interesse pela ciência, e de que forma esse conhecimento influencia sua maneira de atuar, dirigir ou se comunicar com o público? 
DZ -
 A neurociência expandiu muito o meu conhecimento de mim mesma. Estudar o cérebro e seu funcionamento realmente muda sua expectativa de vida. Esse interesse pela ciência é antigo e se intensificou com minha curiosidade sobre como as pessoas pensam e porque se comportam da forma que se comportam. Esse conhecimento é fundamental, especialmente nas artes, pois me ajuda a compreender melhor as personagens que interpreto, que crio e como conectá-las com o público. Nas minhas palestras, posso integrar o comportamento humano à performance, tornando a comunicação e a habilidade de conexão emocional mais impactante.

CE - Tem algum personagem que adoraria interpretar? Qual seria o papel dos sonhos?
DZ -
 Papéis fortes e inspiradores onde grandes batalhas são vencidas, para o bem. 

CE - Entre seus próximos lançamentos estão as séries "Capoeiras" (Disney+) e “(In)Vulneráveis” (E! Entertainment). O que pode adiantar sobre elas? 
DZ - 
Ambas abordam temas relevantes e contemporâneos, com personagens que vão ressoar com o público de maneiras diferentes. A mistura de luta e drama em “Capoeiras” é algo que promete ser bem divertido! E a força emocional de (In)Vulneráveis vai arrancar aí algumas lágrimas e sorrisos do público. 

A atriz Danni Suzuki é Capa exclusiva do Correio B+ desta semana - Foto: Nanda Araújo - Diagramação: Denis Felipe -
Por Flávia Viana

CE - Seu engajamento em causas sociais é notório: você atua como apoiadora de alto perfil do ACNUR e desenvolveu projetos como cursos de inteligência emocional para refugiados , além de estar produzindo um documentário sobre crianças refugiadas. O que a levou a mergulhar tão profundamente nessas causas humanitárias, e de que maneira essas vivências influenciam sua visão de mundo e os projetos que você escolhe realizar? 
DZ -
 Certamente vem do meu compromisso com Deus de cada vez mais me tornar um ser humano construtivo para humanidade, e meu desejo de fazer a diferença. Essas experiências me tocaram profundamente e moldam minha visão de mundo. Acredito que todos temos uma responsabilidade social e, através do meu trabalho, busco dar voz a quem precisa, desenvolver, realizar e inspirar ações positivas.

CE - Você é uma das artistas de ascendência asiática mais reconhecidas no Brasil, mas já enfrentou situações em que o mercado não abraçou essa diversidade. Como foi superar esses obstáculos, e qual é sua visão hoje sobre representatividade e oportunidades para artistas asiáticos ou com ascendência asiática na mídia brasileira?
DZ -
 Ser uma artista de ascendência asiática no Brasil tem seus desafios, mas também uma grande oportunidade de quebrar estereótipos. Enfrentei obstáculos, mas hoje vejo uma mudança positiva em relação à representatividade, mas também vejo que ainda temos muito a conquistar. É fundamental que artistas asiáticos tenham mais espaço e oportunidades, e estou comprometida em ser parte dessa transformação.

Ela é apoiadora da ACNUR e luta dos refugiados - Divulgação

CE - Ano passado você alcançou o marco história de se tornar a primeira atriz brasileira com ascendência asiática a protagonizar um longa-metragem nos cinemas; no caso, "Secrets". Qual foi a sensação ao saber disso? E como foi a experiência de gravar totalmente em inglês pela segunda vez, em comparação com a primeira?
DZ -
 Foi um marco incrível saber que eu seria a primeira atriz brasileira de ascendência asiática a protagonizar um longa. A sensação foi de orgulho e responsabilidade. Gravar em inglês pela segunda vez foi desafiador, mas também libertador, pois pude explorar uma nova forma de expressar emoções em uma língua diferente. E me deu a certeza que estou pronta pra me expandir e atuar em qualquer parte do mundo. 

CE - A maternidade ocupa um lugar central na sua vida — você mesma afirmou “me sinto muito mãe, acima de qualquer coisa” após o nascimento do seu filho. Como ser mãe transformou a maneira como você encara o mundo? Que ensinamentos dessa experiência você mais procura transmitir ao seu filho no dia a dia?
DZ - 
A maternidade me fez perceber ainda mais o milagre que é a vida. Poder olhar o mundo com uma compreensão da espiritualidade e valorizar cada minuto como algo muito valioso. Procuro transmitir ao meu filho a importância da bondade, da curiosidade e do respeito, do amor e da fé. Esses valores são fundamentais para formar um ser humano íntegro.

CE - Depois de tantas experiências variadas, da arte à ciência, da fama ao trabalho comunitário, o que hoje dá sentido à vida de Danni Suzuki? Em suas palestras e TEDx, você frequentemente aborda o propósito e o “valor de ser humano” nas nossas ações. Como você define seu propósito pessoal neste momento da sua jornada? 
DZ -
 Hoje, o que dá sentido à minha vida é crescer em todas as áreas da vida enquanto busco impactar positivamente as pessoas ao meu redor. O propósito vai além da minha carreira; está em fazer pelo outro, definitivamente; e em inspirar outros a encontrarem seu valor e suas melhores habilidades enquanto ser humano. E é sobre isso que palestro. Para que compreendam que o mundo não é só sobre nós. Essa é uma das minhas missões atualmente.

Com o filho Kauai - Divulgação

 

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Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Sugestões da nossa colunista de cinema para o fim de ano que equilibram conforto, repetição afetiva e algumas boas surpresas do streaming

20/12/2025 14h30

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternos Foto: Divulgação Prime Vídeo

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Há anos encerro o ano com dicas de filmes e séries para atravessar o fim de dezembro — e quem acompanha minhas colunas já sabe: Natal, para mim, é revisitar o que já amo. É ritual, repetição afetiva, memória acionada pela trilha sonora certa ou por uma história que já conhecemos de cor. Por isso, a lista tende a mudar pouco. Não é preguiça. É escolha.

Existe um mercado fonográfico e audiovisual inteiro dedicado ao Natal, que entrega, ano após ano, produtos descartáveis, previsíveis e — ainda assim — confortantes. Eles existem para preencher o silêncio entre uma refeição e outra, para acompanhar casas cheias, para oferecer finais felizes sem exigir atenção plena. Em 2025, esse mercado deixa algo ainda mais claro: o Natal virou um ativo estratégico — e estrelas ajudam a sustentá-lo.

De blockbusters de ação a comédias familiares e retratos mais irônicos do cansaço emocional, as produções do ano revelam diferentes formas de explorar a mesma data. E, como toda boa tradição de fim de ano, a lista também abre espaço para um clássico que, mesmo não sendo natalino, atravessa gerações como parte indissociável desse período

Operação Natal Amazon Prime Video
Aqui, o Natal é tratado como evento global, literalmente. Operação Natal aposta em ação, fantasia e ritmo de blockbuster para transformar o dia 25 de dezembro em cenário de missão impossível. Tudo é grande, barulhento e deliberadamente exagerado.

É o exemplo mais claro do Natal-espetáculo. O filme existe como veículo de estrela para Dwayne Johnson, que transforma a data em entretenimento de alta octanagem, longe de qualquer delicadeza afetiva.

Um Natal Surreal Amazon Prime Video
Neste filme, o Natal deixa de ser acolhimento para virar ponto de ruptura. Michelle Pfeiffer interpreta uma mulher que decide simplesmente desaparecer da própria celebração depois de anos sendo invisível dentro da dinâmica familiar. O gesto desencadeia situações absurdas, desconfortáveis e reveladoras.

A presença de Pfeiffer requalifica o projeto. Não é um Natal infantilizado, mas um retrato irônico do cansaço emocional, da maternidade esvaziada e da pressão simbólica que a data carrega.

A Batalha de Natal Amazon Prime Video
O Natal volta ao território da comédia familiar clássica. Eddie Murphy vive um pai obcecado por vencer uma disputa natalina em seu bairro e transforma a celebração em um caos crescente de exageros, erros e humor físico. Murphy opera no registro que domina há décadas. É o Natal como bagunça coletiva, desenhado para virar tradição doméstica e ser revisto ano após ano.

My Secret Santa Netflix
Uma mãe solteira em dificuldades aceita trabalhar disfarçada de Papai Noel em um resort de luxo durante o Natal. O plano se complica quando sentimentos reais entram em cena. O filme cumpre com precisão a cartilha da comédia romântica natalina, com química funcional e uma premissa simpática o bastante para sustentar o conforto esperado do gênero.

Cinema B+: 10 filmes para assistir no Natal de 2025: entre novidades e clássicos eternosMy Secret Santa Netflix - Divulgação

Man vs Baby Netflix
É para os fãs de Mr. Bean, apesar de não ser “ele”. Rowan Atkinson volta como Mr. Bingley, um adulto despreparado precisa sobreviver a um bebê imprevisível em plena temporada de festas. O que poderia ser um Natal tranquilo vira uma sucessão de pequenos desastres.
Funciona quando assume o humor físico e o exagero, ideal como filme de fundo para casas cheias.

All I Need for Christmas Netflix
Uma musicista em crise profissional encontra, durante o Natal, a chance de reconexão pessoal e afetiva ao cruzar o caminho de alguém que parecia seu oposto. Produção que aposta no tom acolhedor e na ideia de recomeço como motores emocionais simples, mas eficazes.

A Merry Little Ex-Christmas Netflix
Alicia Silverstone e Oliver Hudson sustentam uma trama previsível, mas ainda assim, bem natalina. Ex-relacionamentos, ressentimentos antigos e um Natal que força reencontros. A tentativa de manter a civilidade rapidamente desmorona. Um filme que reconhece que o passado nunca está totalmente resolvido, especialmente em datas simbólicas.

Champagne Problems Netflix
Filme que anda liderando o Top 10 desde novembro, traz uma executiva americana viaja à França para fechar um grande negócio antes do Natal e se vê envolvida em dilemas profissionais e afetivos. Menos açucarado, aposta em melancolia leve e conflitos adultos, usando o Natal mais como pano de fundo do que como solução.

Jingle Bell Heist Netflix
Dois trabalhadores frustrados planejam um assalto na véspera de Natal, quando ninguém parece prestar atenção. Cheio de reviravoltas e troca o romance pelo formato de filme de golpe, oferecendo uma variação divertida dentro do gênero natalino.

A Noviça Rebelde Disney+
Não é um filme natalino, mas poucas obras ocupam um lugar tão fixo no imaginário do fim de ano. Em 2025, o musical completa 60 anos e segue atravessando gerações como ritual afetivo de dezembro. Música, família, infância e acolhimento fazem dele uma tradição que resiste ao tempo e às modas.

No fim, a lógica permanece: filmes de Natal não precisam ser memoráveis para serem importantes. Precisam estar ali — como trilha de fundo, como pausa emocional, como promessa silenciosa de que, por algumas horas, tudo vai acabar bem. Em 2025, isso já é mais do que suficiente. Feliz Natal!

"REI DO BOLERO"

Voz de 'Você é doida demais', Lindomar Castilho morre aos 85 anos

História de sucesso mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País, quando em 30 de março de 81 matou sua mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros

20/12/2025 13h30

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais.

Lili De Grammont e seu pai, Lindomar, em foto compartilhada nas redes sociais. Reprodução/Redes Sociais

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Conhecido como "Rei do Bolero", Lindomar Castilho morreu neste sábado, 20, aos 85 anos. A nota de falecimento foi postada pela filha do artista, a coreógrafa Lili De Grammont, em suas redes sociais.

A causa da morte não foi informada e o velório está marcado para esta tarde no Cemitério Santana, em Goiânia.

"Me despeço com a certeza de que essa vida é uma passagem e o tempo é curto para não sermos verdadeiramente felizes, e ser feliz é olhar pra dentro e aceitar nossa finitude e fazer de cada dia um pequeno milagre. Pai, descanse e que Deus te receba, com amor… E que a gente tenha a sorte de uma segunda chance", escreveu Lili.

Nascido em Rio Verde, Goiás, Lindomar foi um dos artistas mais populares dos anos 1970. Brega, romântico, exagerado. Um dos recordistas de vendas de discos no Brasil. Um de seus maiores sucessos, "Você é doida demais", foi tema de abertura do seriado Os Normais nos anos 2000.

Seu disco "Eu vou rifar meu coração", de 1973, lançado pela RCA, bateu 500 mil cópias vendidas.

Crime e castigo

A história de sucesso, porém, mudou após um dos feminicídios de maior repercussão no País. Em 30 de março de 1981, Lindomar matou a mulher, a também cantora Eliane de Grammont, com cinco tiros. Ela tinha 26 anos.

Os dois foram casados por dois anos, período em que a cantora se afastou temporariamente da carreira para cuidar da filha Lili. Depois de sustentar o relacionamento abusivo, Eliane pediu o divórcio.

Eliane foi morta pelo ex-marido no palco, durante uma apresentação na boate Belle Époque, em São Paulo. Ela cantava "João e Maria", de Chico Buarque, no momento em que foi alvejada

Lindomar foi preso em flagrante e condenado a 12 anos de prisão. Ele foi liberado da pena por ser réu primário e aguardou o julgamento em liberdade. O cantor cumpriu quase sete anos da pena em regime fechado e o restante em regime semi-aberto. Em 1996, já era um cidadão livre.

O caso tornou-se um marco na luta contra a violência doméstica no Brasil, impulsionando o movimento feminista com o slogan "Quem ama não mata".

 

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